A PARTICIPAÇÃO DAS CONSULTORIAS EMPRESARIAIS NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE SERTÃOZINHO-SP.



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Transcrição:

99 A PARTICIPAÇÃO DAS CONSULTORIAS EMPRESARIAIS NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: UM ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE SERTÃOZINHO-SP. ARTIOLI JUNIOR, Jucelem 1 BORGES, Sonia Aparecida Cândida ² RESUMO O processo de consultoria empresarial vem apresentando uma demanda como potencial de mercado de trabalho, isso vem acontecendo devido as exigências do mercado, em tempos em que a competitividade é muito alta, as micro e pequenas empresas, vêm sendo obrigada a buscar maneiras de sobressair e se manter no mercado, mudando as estatísticas de mortalidade nesse segmento, o que é muito importante para a economia do país, considerando o número de emprego ofertados por elas. O estudo tem como objetivo identificar as necessidades de serviços de consultoria nas micro e pequenas empresas do município de Sertãozinho-SP. A metodologia de pesquisa utilizada foi revisão bibliográfica exploratória e pesquisa de campo descritiva com aplicação de questionário e análise qualitativa. Os resultados mostraram que as necessidades dessas organizações estão na escolha e implantação do sistema de informação que melhor se enquadra na organização, planejamento e acompanhamento dos valores fornecidos pela empresa-cliente, dessa forma, é possível afirmar que o consultor pode visualizar um potencial, e promissor mercado de trabalho. Palavra Chave: Consultoria; Microempresa: Diagnósticos; Gestão de Negócios; Mercado de Trabalho. ABSTRACT The process of consulting business has been showing a demand as potential of the labour market, this has been going on because of the demands of the market, at a time when the competitiveness is very high, the micro and small companies have been forced to seek ways to stand out and stay on the market, changing mortality statistics in this segment, which is very important for the economy of the country considering the number of jobs offered by them. The study aims to identify the consulting 1 Graduado em Administração pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Nossa Senhora Aparecida (UNIESP - Unidade de Sertãozinho-SP). E-mail: ninoartioli@hotmail.com. 2 Especialista em Gestão de Negócios e Finanças pela ESAB e Professora do Curso de Administração da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Senhora Aparecida (UNIESP de Sertãozinho-SP). E-mail: professora@soniaborges.com.br.

100 service needs in micro and small businesses in the municipality of Sertãozinho-SP. The research methodology used was exploratory literature review and descriptive field research with a questionnaire and qualitative analysis. The results showed that the needs of these organizations are the choice and implementation of information system that best fits the organization, planning and monitoring of figures provided by the client company, so it is possible to state that the consultant can view a potential and promising labor market. Keyword: Advice; Microenterprise; Diagnostics; Business management; The labour market. INTRODUÇÃO A consultoria é um processo interativo que envolve atividades estruturadas e sequenciais, com o objetivo de trazer a satisfação do cliente, tendo envolvimento entre duas ou mais pessoas da área. O consultor se torna assim, um agente de mudanças externo, porque não faz parte do quadro funcional da empresa, apesar de com ela, interagir propondo mudanças e ajudando em seu desenvolvimento organizacional. O consultor tem em seu rol de responsabilidades, auxiliar as pessoas, utilizando-se de métodos convincentes sem ter que necessariamente conhecer o negócio da empresa e trabalhar com ferramentas administrativas elaboradas por ele mesmo. Seu papel distingue-se dos executivos e diretores que tem autoridade sobre as tomadas de decisões, portanto, tem como responsabilidade primordial apontar alternativas para solucionar possíveis problemas. Pode-se pensar em uma analogia com a área médica, onde o consultor seria uma espécie de médico da empresa, já que essa é composta de organismos vivos, de pessoas que se movimentam para obter melhor desempenho e funcionamento da organização. Isso assemelha-se aos processos dos seres vivos, que adoecem por ter absorvido impurezas, algum tipo de vírus, necessitando passar por cuidados e tratamentos, tal reflexão faz pensar que as empresas têm um processo semelhante. O trabalho justifica-se por levantar a discussão sobre a gestão das micro e pequenas empresas, e os fatores que contribuem para se manterem no mercado, considerando o índice histórico de mortalidade dessas, antes de completar um ano

101 de vida. Com a crise do mercado, as empresas menores são as que sofrem o maior impacto, já que estão em condições financeiras não muito estáveis. Neste sentido, o estudo tem como objetivo identificar as necessidades de serviços de consultoria nas micro e pequenas empresas do município de Sertãozinho-SP. Para tanto, como procedimentos metodológicos utilizou-se a pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, seguido de pesquisa de campo com aplicação de questionário em 11 empresas do setor de comercio da cidade de Sertãozinho-SP, obtendo respectivamente, dados secundários e primários, para uma análise qualitativa. Desde o ano de 2008, com a crise da bolha americana e queda dos bancos europeus, a economia mundial vem sofrendo alterações significativas. Desta forma, a região de Sertãozinho, localizada no interior do estado de São Paulo, considerada a maior produtora de etanol e montagem de usinas do setor, vem buscando manterse economicamente saudável, mas, é preciso registrar, que a instabilidade das grandes empresas fazem com que as micro e pequenas empresas também sejam atingidas, e precisam buscar alternativas para se manterem no mercado. De modo geral, na mencionada crise, os consultores são muito procurados, levando a hipótese de que há uma demanda nesse mercado, por serviços especializados, gerando assim, oportunidades para profissionais com qualificação na área de gestão, fazendo com cada vez mais, estes busquem se aprimorar, atendendo assim, essa escassez de mão de obra do mercado de consultoria, principalmente, para atender as micro e pequenas empresas. Este artigo está organizado em três momentos, além da introdução, sendo que o primeiro conduz o leitor a posicionar-se sobre a necessidade de um gerenciamento eficiente por meio de consultorias. O Segundo momento apresenta o contexto das micro e pequenas empresas, seguido, posteriormente, pela pesquisa de campo que demonstra a necessidade de utilização da consultoria como opção. 1. GESTÃO EFICIENTE E O PROCESSO DE CONSULTORIA As organizações fazem parte de nossas vidas e, sendo assim, a forma como elas são gerenciadas produzem significativos reflexos. Assim, um processo administração eficiente é essencial para a vida humana. Chiavenato (2009), afirma que a administração é a que conduz a organização, tendo como principais recursos, o planejamento, organização, direção e controle das

102 ações empresariais. A administração tem muita importância, dentro de uma organização e tem como finalidade, fazer com que os recursos sejam utilizados corretamente para que se possa atingir determinado objetivo. Segundo Maximiano (2004, P. 6) a organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo. A administração pode ser definida, como o processo de tomar decisões sobre objetivo e utilização de recursos, e abrange cinco tipos principais de decisão, também chamada de processos ou funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Entende-se que a administração é o processo de tomar decisões sobre o objetivo, utilizando recursos de gestão, tendo como meta, alcançar a eficiência e a eficácia de toda a organização, sendo assim, atendendo as expectativas dos clientes e usuários. Como forma de destacar a relevância de uma adequada gestão, Chiavenato (2009, p. 7), diz que: A administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos e de competências organizacionais, para alcançar determinados objetivos, de maneira eficiente e eficaz através de um arranjo integrado e convergente. De certa forma, os recursos de gestão formam o ciclo administrativo, recursos essenciais para que se atinjam a eficiência e a eficácia da organização. Sendo assim, é necessário que se tenha um administrador ou um conjunto de administradores, cada um em determinada função, para obter um planejamento adequado e atingir o objetivo, ou seja, organizar tendo o controle e a direção dos recursos disponíveis pela organização. Quando esse processo não é concebido pela própria organização, as empresas têm como alternativa utilizar outras opções, como a conhecida consultoria. Consultoria empresarial está ligada a área de gestão de negócios, e hoje, vem sendo uma das áreas mais promissoras. De acordo com a Institute of Management Consultantis apud Crocco e Guttmann (2010, p. 7) consultoria é: Serviço prestado por uma pessoa ou grupo de pessoas, independente e qualificadas para a identificação e investigação de problemas que digam respeito a politica, organização e procedimentos e métodos, de forma a recomendarem a ação adequada e proporcionarem auxilio na implantação dessas recomendações.

103 Oliveira (2011), diz que a consultoria é um processo interativo de um agente de mudança externo à empresa, que assume a responsabilidade de auxiliar seus executivos, e profissionais, na tomada de decisão, não tendo o controle direto da situação. A concepção de consultoria está relacionada ao aprendizado, considerando que o conhecimento permanece com a organização. É um importante processo que contribuiu para que seus gestores agregam mais informações sobre a condução dos negócios, do processo de tomada de decisão e de indicadores de avalição, melhorando assim, a capacidade administrativa sobre os processos de planejar, organizar, dirigir e controlar o seu negócio, de forma planejada e estratégica. De acordo com Crocco e Guttmann (2010, p.14): o planejamento estratégico é de extrema importância e todas as empresas devem conte-la, todas devem se destacar em seus segmentos de negócio e todas devem ter claramente definidos sua visão, suas missões e suas finalidades. A concepção de consultorias empresariais podem ser organizadas e aplicadas no contexto interno, e no externo. A consultoria interna é aplicada dentro da organização, esse consultor tem autoridade limitada, pois se se refere a um profissional que é enquadrado em um nível hierárquico, tendo que receber ordens de diretores e executivos. Crocco e Guttmann (2010, p. 67) cita algumas vantagens do trabalho como consultor interno, a saber: a. Tem alto grau de conhecimento das praticas da empresa, de como trabalha e suas funcionalidades; b. Participação efetiva no processo inteiro, por ser um integrante da empresa tem conhecimentos dos planejamentos e implementações podendo fazer correções imediatas. c. Tem relação mais próxima aos integrantes por pertencer a mesma organização. d. Presença constante e diária nos projetos e trabalhos em andamentos. Por outro lado, também tem as desvantagens oferecidas pelo cargo, como: a. Menor aceitação em nível hierárquico, já que não poderá tomar vantagens das decisões da empresa. b. Terá seu trabalho mais dirigido a algo e com o tempo limitado por estar sempre dentro da empresa; c. Menor liberação das ações em razão de ter que alcançar metas e objetivos dos procedimentos.

104 Já o consultor externo e um profissional com as mesmas características do consultor interno, pôr também trazer uma diversificação maior das experiências obtidas no mercado e, por atuar em empresas diferentes. Neste caso, por se tratar de um profissional externo, este poderá especificar no ato de seu contrato as suas atividades oferecidas, tendo comunicação direta com o nível mais alto da hierarquia. Crocco e Guttmann (2010, p.68), citam as vantagens e as desvantagens da consultoria externa. Entre as vantagens: a. O consultor externo tem maior conhecimento por trabalhar em diversas empresas de segmentos diferentes; b. Pode correr riscos diferentes; c. Tem acesso mais fácil com o alto escalão da empresa; d. Maior impassibilidade e possibilidade de critica, pois não esta envolvida na rotina do cliente; Como desvantagens, o mesmo autor expõe alguns motivos: a. De menor aceitação dos colaboradores da empresa por não fazer parte do quadro de funcionários; b. Não tem o poder de tomar decisões isso pode atrasar o seu trabalho e se tornar barreiras; c. Ter que marcar horário para estar na empresa; d. Não tem a visão freqüentemente dos acontecidos na organização. Nas duas situações, é preciso deixar claro que não é função do Consultor tomar decisão. Essa é e será sempre de responsabilidade da direção da Empresa. A função do consultor é ajudar a empresa a identificar problemas, e propor soluções, considerando as melhores alternativas para resolvê-los. Ainda, segundo Crocco e Guttmann (2010, p. 26): o consultor não é referencia de alguém que ficou desempregado e que atua circunstancialmente como agente externo, não é outra profissão ou atividade que assim foi denominada ou se autodenominou consultor. Ele deve comprovar ter um perfil de conhecedor das atividades a serem exercidas, e não um mero profissional que possa ter perdido o trabalho. As formas de atuação específicas do setor de Orientação Empresarial em consonância com os objetivos e missão da instituição demandam um profissional extremamente qualificado, capaz de captar informações referentes ao atendimento ou situação específica, confrontá-las com todo o know-how disponível dentro do SEBRAE-SP, o que faz com que ele deva ter a capacidade de aliar o conhecimento acerca do universo das PMEs, ao ferramental acadêmico para desenvolver o que se pode chamar de pacote ou solução para um

105 problema de gestão, que pode não somente se materializar na forma de um atendimento individualizado, como também na forma de algum produto de massificação da consultoria como alguma cartilha ou material impresso (DONADONE et al., 2012, p.166). Quanto as vantagens do processo de consultoria nas micros e pequenas empresas, pode ser justificada pelas dificuldade dessas, em gerenciar seus processos. Essas dificuldades são apontada em diversas pesquisa, a do Sebrae (2015), ao afirmar que no ano de 2002, 60% das micro e pequenas empresas fecharam as portas até o 5º ano de vida, por fatores relacionados a falta de competências e conhecimentos sobre gestão empresarial. Os principais fatores citados nessa pesquisa estão relacionados ao comportamento do empreendedor, falta de planejamento prévio, pouco tempo dedicado ao negócio, e descuidos da administração do negócio, principalmente na gestão do fluxo de caixa. Percebe-se que diante desse cenário, a contratação de consultoria,como alternativa de grande valia para manter as empresas competitivas, no atual e concorrido mercado. 2. AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Orientações disponíveis no site do SEBRAE aos empresários, determina que o empreendedor deve ter iniciativa, visão de futuro, capacidade de inovar, organizar demandas e gerenciar equipes, com firmeza e determinação. Essas são algumas características e talentos fundamentais para um bom empreendedor. É este espírito que motiva as pessoas a abrir seu próprio negocio e a realizar coisas novas. (SEBRAE, 2015). De grande importância para sociedade, os empreendedores têm como responsabilidade, servir através da criação de empregos, produzindo bens e serviços, gerando rendas as famílias. Outra característica do empreendedorismo é inovar sempre que haja necessidade. Mas para dirigir uma organização, é necessário obter conhecimentos e competências, que são adquiridas através da educação formal vinculado a área da administração. Responsáveis pela maior parte do nosso PIB (Produto Interno Bruto), as micro e pequenas empresas são de grande importância para o nosso pais, porem,

106 ainda não se tem uma definição especifica sobre esse assunto, portanto, será utilizado idéias de vários autores para compreender melhor esse contexto. O conceito de micro e pequenas empresas no Brasil são definidos pela legislação e está relacionado a um sistema diferenciado de tributação. A explicação pode estar no fato do governo reconhecer a importância e sua importância no mercado brasileiro. O critério utilizado para se definir se a empresa é micro, pequena, média ou grande empresa, vem do seu faturamento ou sua receita anual bruta, e seu enquadramento é vinculada com a Lei n 9.317/96, podendo assim, ser meramente fiscal ou opcional. As empresas que utilizam os parâmetros do simples nacional se beneficiam das diminuições dos impostos tributários. De acordo Silva (2002), em orientações contidas no Manual de Procedimentos Contábeis para micro e pequenas empresas, as empresas constituídas como sociedade anônima são as únicas que não podem ser enquadradas como ME ou EPP, as demais, exceto as de profissão regulamentada, poderão ser enquadradas e se beneficiam das vantagens do simples. De acordo com Azevedo (2000) apud Jacintho (2004, p. 25): a empresa cujo faturamento bruto anual não ultrapasse os limites legais de R$ 120.000,00, tendo por isso o tratamento diferenciado e tem as obrigações sociais e fiscais reduzidas. Por parte do Estado, pode se firmar individual ou sociedade civil (exceto a por ações), constituídas por pessoas físicas no País. Está previsto no estatuto da Microempresa e regulamentado pela Lei Federal n 7256, de novembro de 1984, alterada por lei de fevereiro de 1989. Segundo o Brasil (2015), pela Lei n 9.317/96, os enquadramentos dos pequenos empreendimentos são feitos pela receita bruta referente ao ano anterior. As Microempresas são sociedades ou firmas com a receita bruta anual de até R$120.000,00, e as Empresas de Pequeno Porte, serão sociedades ou firmas individuais com a receita bruta anual superior a R$120.000,00, e igual ou inferior a R$1.200.000,00. De acordo com a mesma legislação, os critérios de classificação das empresas foram alterados em 2006 pela Lei 123/06, e assim definidos: Microempresas: até R$ 360.000,00; Empresa de Pequeno Porte EPP: de R$ 360.000,00 até R$ 3.600.000,00;

107 Enquanto aos critérios de classificação de números por empregados, o Sebrae (2015), utiliza os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), como classificação do porte da empresa, para os fins bancários, ações de tecnologia, exportação e outros, sendo: - Indústria: Microempresa com até 19 empregados; empresa de pequeno porte com 20 até 99 empregados; empresa de médio porte com 100 até 499 empregados e de grande porte com mais de 500 empregados; - Comércios e Serviços: Microempresa com até 9 empregados; pequena empresa com 10 até 49 empregados; empresa de médio porte com 50 a 99 empregados, ou grande empresa com mais de empregados. Segundo uma pesquisa, o Brasil já tem aproximadamente seis milhões de micro e pequenas empresas, tornando um dos países com mais empreendedores no mundo. Em geral são 97% das empresas correspondem a micro e pequenas empresas e 3% do total são formadas por médias e grandes empresas (SEBRAE, 2015). Donadone et al (2012), afirmam que para uma melhor justificativa da relevância do tema micro e pequena empresa no cenário nacional, é preciso conhecer dados quantitativos relacionados a geração de vagas de emprego deste setor, conforme apresentado na Tabela 1, que segue. Tabela 1 - Evolução do número de empregos por porte dos estabelecimentos, Brasil 2000-2008 (em números absolutos). Porte 2000 2002 2004 2006 2008 Micro e pequena 8.596.928 9.515.330 10.466.450 11.594.247 13.027.233 Micro 4.279.475 4.707.216 5.098.599 5.577.424 6.112.602 Pequena 4.317.453 4.808.114 5.367.851 6.016.823 6.914.631 Média 2.649.584 2.783.296 3.076.278 3.468.593 3.988.142 Grande 4.631.536 4.824.686 5.563.608 6.581.638 7.908.324 Total 15.878.048 17.123.312 19.106.336 21.644.478 24.923.699 Fonte: Adaptado de Donadone et al (2012) Esses dados mostram que juntas, as Micro e pequenas empresas geram mais vagas de empregos que as grandes organizações. Em 2000 enquanto as grandes empresas empregavam 4.631.536 trabalhadores, as Micro e pequenas empregava 8.596.928 trabalhadores. Na Tabela 1, é possível observar que esses números se mantiveram até 2008.

108 São as micro e pequenas empresas, que movimentam grande parte da economia do país, elas empregam aproximadamente 52% de todos os trabalhadores urbanos e movimenta 20% do PIB nacional, sendo também o principal mercado que absorve muita mão de obra dos formados em curso de administração de empresas (SEBRAE, 2015). Ainda segundo a mesma pesquisa realizada pelo Sebrae, 27% das Micro e Pequenas empresas fundadas no Brasil, fecham as portas em seu primeiro ano de atuação, uns dos principais motivos para essa causa é a falta de planejamento. Porém essa taxa de mortalidade vem diminuindo, e a taxa de sobrevivência das empresas de até dois anos aumentando. A Figura 1 demonstra a taxa de sobrevivência das empresas de dois anos no Brasil. Figura 1 - A taxa de sobrevivência de empresas de dois anos, evolução do Brasil. Fonte: SEBRAE (2015) Em 2005 a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas constituídas eram de 73,6%, no ano seguinte aumentou para 75,1%, mantendo-se em 2007, em 75,6%. De acordo com Teixeira (2012, p.11): entre os principais motivos que causam a mortalidade das empresas, os defeitos encontrados mais comuns foram: falta de experiência no ramo, pouco tempo dedicado ao estudo de viabilidade do negócio, falta de planejamento antes da abertura, descuidado da administração dos negócios, dedicação parcial ao negócio, falta de apoio externo na concepção e administração do negócio, estrutura

109 Inadequada, falta de clientes, problemas legais, e impostos/encargos elevados. Pode-se considerar que a falta de gerenciamento, ou seja, a capacidade administrativa, cuja essa é a principal vantagem da consultoria, está presente e confirmado como sendo as causas prioritárias na mortalidade das empresas. Esse pensamento confirma a necessidade de melhoria no processo gerencial das organizações, seja com pela própria competência ou de terceiros, pois o importante é nortear de forma estratégia as ações empresariais rumo ao sucesso organizacional. É com essa convicção, que este trabalho foi desenvolvido objetivando identificar a necessidade do processo de consultoria nas empresas Sertanezinas. 3. PESQUISA SOBRE A NECESSIDADE DE CONSULTORIAS A pesquisa foi realizada no município de Sertãozinho-SP, que possui atualmente pouco mais de 100 mil habitantes. A cidade encontra-se na região nordeste do Estado de São Paulo, na zona fisiográfica de Ribeirão Preto, distante 305 km da capital paulista. Conhecida como capital mundial da indústria sucroalcooleira, visto que a cidade tem uma ampla carteira de indústrias, sendo a terceira cidade no ranking em termos de arrecadação, população e produção. O questionário foi estruturado com 10 (dez) perguntas, sendo três abertas e sete fechadas, em caráter qualitativo, buscando o desenvolvimento e contribuição das respostas unicamente para o tema abordado. A classificação das empresas, através de seu porte, tendo como acumulado, seis microempresas e cinco empresas de pequeno porte, que atuam no comercio de Sertãozinho-SP. A figura 2 mostra o numero de empresas de médio e pequeno porte que utiliza a consultoria para a administração.

110 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 ME EPP Sim Não Não sei o que é isso Figura 2 - Quantidade de empresas que utiliza consultoria Fonte: Elaborado pelo autor Os resultados da figura 2 mostraram que das empresas pesquisadas, tanto as Micro, como as de Pequeno Porte, a maioria não tem serviço de consultoria. Nos dois tipos de empresa apenas 02 (duas) já contam com serviços de consultoria. Na Figura 3, pode-se visualizar a importância que as Micro e pequenas empresas, atribuem ao serviço de consultoria. 3 2,5 2 1,5 1 0,5 Baixa Média Alta Não sei o que é isso 0 ME EPP Figura 3 - Nível de importância do serviço de consultoria Fonte: Elaborado pelo autor Como a Figura 3 ilustra, o resultado apresenta que o nível de importância dos serviços de consultoria é alto, desta forma, é entendido que o trabalho esta valorizado no mercado. Já Figura 4, contempla quais são as atividades que os empresários esperam que o consultor execute em sua empresa.

111 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 ME EPP Trabalho organizacional Trabalhos no financeiro Analise e pesquisa de mercado Todas as alternativas Não sei o que é isso Figura 4 - Atividades que se espera da consultoria Fonte: Elaborado pelo autor Diante da 4º Figura, pode-se perceber, que os empresários possuem conhecimentos das qualificações do consultor, desta forma, pode se dizer, que o consultor é um profissional com conhecimentos em varias áreas, podendo contribuir com os diversos setores. A figura 5 mostra qual o perfil esperado do consultor na visão dos empresários das micro e pequenas empresas. 5 4 3 2 1 Pessoa sabia com grande barganha de conhecimento Pessoa interativa com facilidade em trabalhar em grupo Pessoa analítica que sabe identificar os problemas Todas as alternativas 0 ME EPP Não conheço esse profissional Figura 5 - O perfil esperado do consultor Fonte: Elaborado pelo autor Visualiza-se que na Figura 5, o perfil esperado do consultor na opinião dos empresários, é de um profissional com amplas qualificações, que tenham habilidades em trabalhar em equipe, agilidade em organização, que saiba identificar e diagnosticar os problemas e com grande quantidade de conhecimento. A Figura 6 identifica se os empresários admitem terem ou não competência em administrar seu próprio negocio.

112 3 Sim 2,5 2 1,5 Não Talvez 1 0,5 0 ME EPP Sim, mas necessito de auxilio de um consultor Prefiro não opinar Figura 6 - Ter conhecimentos suficientes para dirigir a empresa. Fonte: Elaborado pelo autor De acordo com os resultados na Figura 7, verifica-se que a maioria dos empresários, afirma possuir conhecimentos para gerenciar seus próprios negócios, porem, se houver uma ajuda de uma consultoria, poderá ter resultados mais significativos. A Figura 7 é para verificar se os empresários acreditam ter demorado em contratar os serviços de uma consultoria. 3 2,5 2 Sim Não 1,5 Talvez 1 0,5 0 ME EPP Ainda não contratamos nenhuma consultoria Prefiro não opinar Figura 7 - Necessidades de obter consultoria Fonte: Elaborado pelo autor Sobre o tempo em optar pela contratação de consultorias, das onze empresas consultadas, seis ainda não contrataram os serviços de consultoria, mas que sente a necessidade de obter esses serviços, desta forma, pode se definir que o mercado é atrativo. 3.1. Resultados Com a pesquisa, verifica-se que cerca de 60% das empresas abordadas, nunca tiveram serviços de consultoria, e as que tiveram, aponta-se como as atividades mais destacadas, as seguintes situações:

113 Ajustes na organização da empresa; Acompanhamento do financeiro; e E planejamento para acertos fiscais junto à contabilidade. Os entrevistados também se demostraram satisfeito pelo trabalho executado e maioria mantem os serviços de consultoria, como acompanhamento dos resultados da empresa. Os entrevistados, em seu modo de ver, as empresas chegam a mortalidade por alguns motivos, a saber: Falta de planejamento estratégico; Nível de inadimplências elevado; Retiradas descontroladas dos sócios; Falta do plano de negocio; Falta de organização. O fator que obteve mais repetições entre os entrevistados, foram as retiradas descontroladas dos sócios e inadimplência elevada, o pró-labore do sócio, muitas vezes é realmente a causa da mortalidade, por que não é o que você quer ganhar e sim o que a empresa pode pagar, e muitas vezes, o empresário não entende isso. Em relação a importância do planejamento estratégico, cerca de 70% das empresas abordadas não possuem um formado e o restante confirmaram que aplica, mas se sentem confusos em relação à execução desse planejamento. O fato é que, as micro e pequenas empresas, não conseguem se direcionar pelo planejamento e muitas desistem ou esquecem no meio do caminho, a maioria das empresas buscam em seus planejamentos resultados, como expansão de mercado, sendo que a maioria, esquece de se estabilizar antes disso acontecer. CONSIDERAÇÕES FINAIS A crise que assolou vários países em 2008, causou impactos no mundo, fazendo com as empresas em geral passassem a buscar serviços especializados, movimentando o mercado de consultorias de empresas. Na região de Ribeirão Preto e Sertãozinho, interior de São Paulo, a crise atingiu o setor sucroalcooleiro que vem tentado se recuperar. Com as dificuldades de algumas usinas, as micro e pequenas empresas, cujos clientes se concentram nesse setor, vem apresentando dificuldades de se

114 manterem, o que pode justificar a procura de auxilio externo, isso demostra a preocupação do mercado, e a valorização dos trabalhos administrativos externos. O mercado de negócios que buscam pelos serviços de consultoria, exige profissionais qualificados. As instituições de ensino superior devem estar atentas na ofertam de curso, pensando a estruturação da grade, e as atividades para proporcionar ao aluno uma boa formação. Os alunos devem estar atentos, pois mesmo depois de formados, ainda são encontradas algumas barreiras para atuar na área, como foi abordado o consultor precisa possuir conhecimentos em várias áreas especificas. Pode se concluir, a partir de uma analogia da área de consultoria com a área médica, o paciente quando apresenta com alguma patologia procura o médico para ser consultado e ter a indicação do melhor remédio para sua cura. No ambiente de negócios a empresa seria o paciente, e o consultor seria o médico que irá fazer um levantamento e análise da situação da empresa, e após o diagnóstico, indicar quais são as premissas e processos a serem desenvolvidos estabelecendo um plano de ações. E por último, o estudo deixa claro, a importância do consultor para as micro e pequenas empresas, estes são crianças e por esse motivo sofrem mais com os impactos e crise do mercado, sendo assim, deve ter um acompanhamento especial, para que possa ser auxiliado no planejamento e nas tomadas de decisões, justificando a necessidade dos serviços de consultoria. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei nº 9.317/96. Simples Nacional - Avanços e ajustes necessários. Set. 2007 Disponível em: <http://leigeral.sp.sebrae.com.br/publicacoes/simples_nacional.aspx>. Acesso em 27/07/2015. CHIAVENATO, I. Iniciação à administração geral. Barueri: Manole, 2009. CROCCO, L.; GUTTMANN, E. Consultoria Empresarial. São Paulo: Saraiva 2010. DONADONE, J. C. et al.consultoria para pequenas empresas:as formas de atuação e configuração no espaço de consultoria brasileiro. Gestão da Produção, São Carlos, v. 19, n. 1, p. 151-171, 2012. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/gp/v19n1/a11v19n1.pdf. Acesso em 27/07/2015.

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