Prescrição administrativa no TCU: débito e multa.

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Transcrição:

Prescrição administrativa no TCU: débito e multa.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO DIREITO CIVIL Ônus jurídico consiste na necessidade de se adotar determinado comportamento para obtenção ou conservação de certa vantagem. A atividade aqui é voluntária. Age-se facultativamente, a fim de conservar ou adquirir alguma vantagem jurídica. Não há sanção. A não-adoção do comportamento significa apenas que a pessoa deixa de obter a vantagem possível. Exemplo: registro da hipoteca para valer contra terceiros; ônus da prova etc.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO DIREITO CIVIL Obrigação consiste na relação jurídica em virtude da qual um sujeito ativo (credor) pode exigir de um sujeito passivo (devedor) uma prestação ou uma abstenção. A pretensão consiste no poder do credor de usar os meios permitidos na lei para exigir do devedor a prestação. Se o devedor ainda não prestou, tem o credor a pretensão. Começa a existir a obrigação, no momento em que a prestação é devida.

DECADÊNCIA NO DIREITO CIVIL O conceito de decadência (ou caducidade ) liga-se ao conceito de ônus jurídico. Há determinados direitos para os quais a lei impõe, como condição de exercício, um determinado período de tempo. Significa que a lei dá uma faculdade à pessoa de agir, em determinado prazo. Se a pessoa não age (não exerce esse direito) dentro do limite temporal estabelecido, simplesmente perde esse direito, ou seja, ocorre a caducidade (o direito caduca) ou decadência do direito. Na decadência não existe nenhuma obrigação da parte contrária.

PRESCRIÇÃO NO DIREITO CIVIL O conceito de prescrição liga-se aos conceitos de obrigação e de pretensão. Em uma relação jurídica, a partir do momento em que a prestação se torna exigível, ou seja, a partir do surgimento da pretensão, a lei estabelece um prazo dentro do qual a prestação pode ser exigida por meio de ação. Após o vencimento desse prazo, se acionado pelo credor, o devedor podese negar ao cumprimento daquela prestação, sob a alegação de prescrição. Assim, a prescrição é essencialmente um meio de defesa.

PRAZOS NO DIREITO CIVIL De acordo com a Exposição de Motivos do Código Civil de 2002, os prazos de prescrição, no sistema do Código, passam a ser, apenas e exclusivamente, os taxativamente discriminados na Parte Geral, Título IV, Capítulo I, sendo de decadência todos os demais, estabelecidos, em cada caso, isto é, como complemento de cada artigo que rege a matéria, tanto na Parte Geral como na Especial.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DA PRESCRIÇÃO Art. 37, 5º, da Constituição Federal: 5º. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DA FUNÇÃO SANCIONADORA Constitucional: art. 71, inciso VIII: Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.

PREVISÃO LEGAL DO DÉBITO Lei Orgânica do TCU (Lei n. 8.443/1992): Art.19. Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o Tribunal condenará o responsável ao pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros de mora devidos (...). Art. 57. Quando o responsável for julgado em débito (...).

IMPRESCRITIBILIDADE DO DÉBITO O 5º do art. 37 da Constituição Federal traz norma que explicitamente ressalva as ações de ressarcimento ao erário de prazo prescricional. Assim, no caso de condenação de gestor público ao pagamento de débito, com vistas à recomposição do dano ao erário, a regra é a imprescritibilidade.

PRECECENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL As ações de ressarcimento em favor do erário, no caso de prática de atos irregulares, são imprescritíveis, com base no art. 37, 5º, da Constituição Federal (MS 26.210/DF).

PRECEDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Acórdão n. 2.709/2008 Plenário, de 26/11/2008 deixar assente no âmbito desta Corte que o art. 37, 5º, da Constituição Federal conduz ao entendimento de que as ações de ressarcimento movidas pelo Estado contra os agentes causadores de danos ao erário são imprescritíveis.

MULTA: MATÉRIA EM DISCUSSÃO A incidência ou não da prescrição sobre a multa aplicada pelo TCU aos gestores de recursos públicos federais não constitui matéria pacificada no Tribunal.

COMPETÊNCIA DO TCU PARA APLICAR SANÇÕES A ação punitiva do TCU encontra amparo na Constituição Federal, que, entre outras atribuições, conferiu ao Tribunal, em seu art. 71, inciso VIII, a competência para: aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.

COMPETÊNCIA DO TCU PARA APLICAR SANÇÕES Em nível infraconstitucional, tem-se, ainda, a Lei n. 8.443/1992, que trata da matéria em seus arts. 46 e 56 a 61.

MULTAS APLICÁVEIS PELO TCU Multa do art. 58 da LO/TCU. Multa do art. 57 da LO/TCU.

MULTA DO ART. 58 Caso a irregularidade não ocasione dano ao erário: ; - multa prevista no art. 58 da Lei n. 8.443/1992, nos seguintes casos: - contas julgadas irregulares de que não resulte débito aos responsáveis; - ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária operacional e patrimonial; - ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; - não atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, à diligência do Relator ou à decisão do Tribunal;

MULTA DO ART. 58 - obstrução ao livre exercício das inspeções e auditorias determinadas; - sonegação de processo, documento ou informação, em inspeções ou auditorias realizadas pelo Tribunal; - reincidência no descumprimento de determinação do Tribunal.

MULTA DO ART. 58 O valor máximo da multa prevista no art. 58 da Lei n. 8.443/1992 é estabelecido anualmente pelo TCU. Para 2014, esse limite foi fixado em R$ 46.551,46. A gradação em função desse valor encontra-se prevista no Regimento Interno do TCU (art. 268) e será proposta pelo Relator conforme a gravidade dos fatos que ensejaram a punição.

MULTA DO ART. 57 Na hipótese de se apurar dano ao erário: - Multa prevista no art. 57 da Lei n. 8.443/1992, concomitantemente à condenação do responsável ao pagamento do dano causado ao erário.

MULTA DO ART. 57 De acordo com o art. 57 da Lei n. 8.443/1992, quando o responsável for julgado em débito, o TCU poderá aplicar-lhe multa de até 100% do valor atualizado do dano causado ao erário.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DA PRESCRIÇÃO Art. 37, 5º, da Constituição Federal: 5º. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

PRESCRIÇÃO DO CÓDIGO CICIL Ementa do Acórdão 510/2005 Plenário Representação (...) Pedido de reexame de acórdão que aplicou multa aos responsáveis em decorrência da violação aos princípios da isonomia, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, probidade administrativa e de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração em procedimentos licitatórios. Ausência de fatos novos. Conhecimento. Negado provimento. - Prazo prescricional para atuação do TCU. Prazo previsto no novo Código Civil. Análise da matéria

PRESCRIÇÃO DO CÓDIGO CIVIL Eis a Ementa do Acórdão n. 3.132/2006 2ª Câmara/TCU PEDIDOS DE REEXAME. PROCESSUAL. INAPLICABILIDADE DA PRESCRIÇÃO DO DECRETO 20.910/32 E DA LEI 9.873/99. APLICABILIDADE DA PRESCRIÇÃO DECENÁRIA. (...).NEGADO PROVIMENTO. 1. A prescrição da dívida com fundamento na Lei 9.783/99 ou no Decreto 20.910/32 não se aplica à atividade de controle externo desempenhada pelo TCU. 2. Aplica-se a prescrição decenária quando o decurso de prazo, observada a interrupção do prazo prescricional com a citação válida do responsável, não ultrapassar a metade do prazo vintenário estabelecido pelo antigo Código Civil. (...)

ACÓRDÃO 1.314/2013 PLENÁRIO TC 021.540/2010-1 Matéria: estudo sobre a prescritibilidade da pretensão punitiva do TCU: multa. Inexiste norma legal específica que estabeleça prazo prescricional das multas do TCU.

ACÓRDÃO N. 1.314/2013 - PLENÁRIO Conclusão da CONJUR/TCU: adoção de prazo prescricional de cinco anos, com base na analogia a diversas normas do Direito Público.

ACÓRDÃO 1.314/2013 PLENÁRIO A prescrição quinquenal está presente, por exemplo, nas seguintes normas legais do Direito Público: Decreto 20.910/1932 Leis: 5.172/1966; 6.838/1980; 8.112/1990; 8.429/1992; 9.873/1999; 12.529/2011.

ACÓRDÃO N. 1.314/2013 - PLENÁRIO Relator: favorável ao prazo prescricional de cinco anos, com base na analogia às diversas normas de direito público.

ACÓRDÃO N. 1.314/2013 - PLENÁRIO Deliberação adotada pelo TCU: 1) não conheceu da Representação, haja vista o não cumprimento dos requisitos de admissibilidade dos arts. 235 e 237, parágrafo único, do RI/TCU. 2) Dar ciência dos estudos formulados pela Conjur acerca da prescrição da pretensão punitiva do TCU ao corpo de Ministros, Ministros-Substitutos e ao Ministério Público junto ao TCU, de forma a subsidiar a análise dos futuros processos de controle externo.

PROCESSO TC 007.822/2005-4 Ata n. 7, de 12/03/2014 Sessão Plenária, aprovada em 19/03/2014 e publicada em 20/03/2014. Resumo do processo: Recursos de Reconsideração. Contas dos responsáveis julgadas irregulares, com débito e multa. Questão em discussão: prescrição da multa.

PROCESSO TC 007.822/2005-4 Matéria Min. BZ Relator Min. WAR 1º Revisor Min. AC Declaração de Voto PRESCRIÇÃO DO PODER-DEVER DE SANÇÃO DO TCU Prazo de cinco anos (quinquenal) Imprescritível *Se for vencida a tese da imprescritibilidade; defende a tese da prescrição decenal. Prazo de dez anos (decenal)

PROCESSO TC 007.822/2005-4 Matéria Min. BZ Relator Min. WAR 1º Revisor TERMO INICIAL DA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL Começa a contar a partir da data em que os fatos tidos como irregulares se tornaram conhecidos no TCU. Idem ao Relator Divergência: nos fundamentos

PROCESSO TC 007.822/2005-4 Matéria Min. BZ Relator AMin. WAR 1º Revisor INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL Divergência: qual o momento de reinício da contagem do prazo. A citação e audiência válidas interrompem a prescrição para a aplicação da multa. Só pode ocorrer uma única vez. A recontagem do prazo inicia-se do ato que a interrompeu. Idem ao Relator. A recontagem do prazo inicia-se a partir do término do prazo que deveria o Tribunal decidir o processo de controle de externo.

PROCESSO TC 007.822/2005-4 Matéria Min. BZ Relator AMin. WAR 1º Revisor SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL Divergência: na fundamentação jurídica. Toda vez que o responsável juntar documentos adicionais, além daqueles trazidos em decorrência da citação/audiência. Idem ao Relator.

INSTITUTO DA PRESCRIÇÃO É fundamental no Estado Democrático de Direito, porquanto visa a estabilização, com base no princípio da segurança jurídica, das relações sócio-jurídicas em face da inércia do detentor original do direito

Obrigado! MARCOS BEMQUERER COSTA Ministro-Substituto Tribunal de Contas da União e-mail: bemquererm@tcu.go.br fone: (61) 3316-7474 Site: www.tcu.gov.br