Hipertrofia Muscular Prof. Dra. Bruna Oneda
Hipertrofia muscular A hipertrofia de fibras musculares individuais, com o treinamento de força, é resultante de um aumento da síntese de proteínas musculares, do número de miofibrilas e de filamentos de actina e miosina, os quais forneceriam mais pontes cruzadas para a produção de força durante a contração máxima (LIEBER, 2002; KER, 2002; BOONYAROM; INUI, 2006; COFFEY; HAWLEY, 2007; RATAMESS et al., 2009;).
Células Satélites (CS) Durante a adaptação muscular decorrente do treinamento de força também ocorre ativação de CS. Estas células exercem um papel de extrema importância no processo de hipertrofia muscular, pois possuem uma grande atividade mitogênica que contribui para o crescimento muscular pós-natal, promovem o reparo de fibras musculares danificadas e a manutenção do músculo esquelético adulto (ADAMS, 2006)
Células Satélites (CS) A partir de um estímulo externo, como as microlesões inerentes ao treinamento de força, as CS podem se diferenciar em mioblastos, dividir -se, migrar e fundir-se, contribuindo assim para a regeneração e hipertrofia muscular (ADAMS, 2006; SHI; GARRY, 2006; ANDERSON, 2006).
Células Satélites (CS) As fases de proliferação, diferenciação e a migração das CS são reguladas por fatores que podem atuar como reguladores positivos como alguns hormônios: (GH; insulina e a testosterona) fatores de crescimento, como por exemplo o IGF (fator de crescimento semelhante à insulina) e as citocinas (IL-6, interleucina 6; IL-15, interleucina 15). E os reguladores negativos, como o TGF-β, fator de crescimento de transformação beta (CHARGÉ; RUDNICKI, 2004; SHI; GARRY, 2006).
Hormônios Anabólicos Testosterona Insulina Hormônio de crescimento Fator de crescimento IGF -1 Hormônio Catabólico: Costisol
Glândulas Hormonais
CREWTHER et al.(2006)
Testosterona Principal hormônio masculino produzido pelas células de Leydig dos testículos Na mulher liberada principalmente pelo córtex da adrenal ou é transformada a partir da progesterona
Testosterona no homem
Testosterona na mulher
Testosterona Possuí tanto ações anabólicas quanto androgênicas em ambos os sexos. Considerada essencial para o crescimento, desenvolvimento, diferenciação sexual e função reprodutiva
Testosterona e massa muscular Possível transição da fibra muscular tipo II para perfis mais glicoliticos. Estimula a secreção de GH, aumenta a produção de IGF que também poder ajudar a no anabolismo.
Wilmore e Costill, 2001
Testosterona e Exercício Exercícios de curta duração: a concentração de testosterona (total e livre) aumenta. Proporcional a intensidade do exercício! (Quanto maior a intensidade, maior a liberação) Exercícios de Força: Aumento da testosterona parece resultante da combinação de: INTENSIDADE e VOLUME + QUANTIDADE DE MASSA MUSCULAR e IDADE DO INDIVÍDUO
Insulina Hormônio anabólico secretado pelo pâncreas, quando os níveis de glicose sanguínea estão aumentados Age no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas
Insulina e metabolismo dos CHO transporte de glicose, aminoácidos e íons síntese de glicogênio glicólise: Utilização da glicose como fonte de energia
Insulina e metabolismo dos lipides Lipólise: desintegração da gordura triglicerídeo é hidrolisado em glicerol e ácidos graxos lipogênese: formação da gordura a partir da molécula de carboidrato
Insulina e metabolismo das proteinas síntese de DNA síntese protêica catabolismo proteico
Hormônio de Crescimento (GH)
Hormônio de Crescimento (GH) Produzido pela hipófise Estimula a captação tecidual de aminoácidos; Síntese de novas proteínas; Crescimento dos ossos longos; Se opõe a ação da insulina para reduzir a utilização de glicose plasmática; Aumenta a mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo para poupar a glicose plasmática.
Hormôniode Crescimento(GH) É secretado durante toda a vida, muito embora o crescimento cesse na adolescência Após a adolescência a sua secreção diminui um pouco mas continua atuar promovendo a síntese de proteinas
Hormôniode Crescimento(GH) Exercício aumenta sua produção 1.Aumenta a sintese de proteínas em todas as células do corpo 2.Diminui a utilização de carboidratos por todas ou quase todas as células 3.Aumenta a mobilização de gorduras.
Fator de crescimento insulínico IGF 1 Também conhecido como somatomedina- C, é sintetizado e liberado pelo fígado estando sob influência do GH para posteriormente ser transportado a tecidos específicos (KRAEMER e RATAMESS 2005). As respostas do IGF-1 ao treinamento de força ainda não estão claras necessitando de maiores pesquisas (SIMÃO 2003)
Cortisol Secretado pelo córtex da supra-renal Hormônio de natureza hidrofóbica, consegue passar pela membrana plasmática das células-alvo, indo atuar no interior delas. Lá, ele se associa a proteínas receptoras específicas e pode agir inibindo a síntese de proteínas
Efeitos do Cortisol -No fígado: estimula a gliconeogênese -Músculos: induz a degradação de proteínas, além de frear a síntese proteica. Assim, há uma maior disponibilização de aminoácidos para a gliconeogênese. Além disso, provoca a diminuição no consumo de glicose pelos músculos, a fim de combater a hipoglicemia (como o glucagon), e economizar glicose para o uso do cérebro (que aumenta sua demanda em condições de stress); para isso, também gera uma queda na sensibilidade à insulina.
Efeitos do Cortisol - Tecido Adiposo: induz a lipólise, aumentando a disponibilidade tanto de glicerol (para a gliconeogênese) quanto de ácidos graxos livres (para oxidação e obtenção de energia). Também há a queda no consumo de glicose e na sensibilidade dos adipócitos à insulina, a fim de preservar os níveis glicêmicos.
Efeitos do Cortisol
Produção de força Aumento da degradação protéica Miofilamentos contráteis RNAm RECEPTOR DE CORTISOL CITOPLASMÁTICO Membrana da célula muscular (bi-camada lipídica) estresse nutrição excesso de treino doenças hipófise CÓRTEX ADRENAL CORTISOL hipotálamo ACTH SIMÃO (2003)
Estudo de caso 2 Wellington, 64 anos. Sedentário há 10 anos. Obeso e hipertenso. Deseja começar treinamento resistido 3 vezes na semana. Elabore aquecimento, treino e volta a calma.