MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA: FORMAÇÃO DOCENTE NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE PÚBLICA DE MANAUS

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Transcrição:

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA: FORMAÇÃO DOCENTE NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE PÚBLICA DE MANAUS Claudia Regina Rodrigues Nazaré Magalhães, Secretaria Municipal de Educação Msc. Jacy Alice Grande da Soledade, Universidade Federal do Amazonas Maria Izania Alves de Souza, Secretaria Municipal de Educação Eixo Temático: 5) Formação de professores na perspectiva inclusiva PALAVRAS-CHAVE: Mediações Pedagógicas- Formação Docente- Inclusão 1. Introdução Esta pesquisa apresenta um panorama da ação desenvolvida em uma das oito Creches Municipais de Manaus por meio do projeto de formação de professores intitulado Mediações Pedagógicas na perspectiva de Educação Inclusiva desenvolvida pela Divisão de Educação Infantil/Gerência de Creches SEMED, na busca de que a política de inclusão seja de fato real nas salas de referência pela qual as crianças passam. Este processo se deu no ano de 2015, e essas práticas formativas foram extremamente exitosas, pautadas numa análise qualitativa e reflexiva. Este artigo abordará apenas o resultado de uma Creche analisada.. 1. Formação de Professoras na perspectiva Inclusiva O projeto Mediações Pedagógicas Inclusiva nasceu de uma observação direta da necessidade de haver encontros dialógicos pertinentes à prática pedagógica Inclusiva dos docentes e pedagogos das creches municipais e dos demais profissionais que atendem a essa fase na rede. Outro elemento determinante foi a carência de fundamentos para a fase creche na formação acadêmica dos professores.

Os encontros tiveram como elo indissociável a articulação teoria e prática, com o caráter de fornecer subsídios para o trabalho pedagógico inclusivo nas creches da rede municipal de Manaus. No ano de 2014, foram realizados dois momentos atendendo professores das seis Divisões Distritais da zona urbana da cidade, os quais foram extremamente exitosos, segundo avaliações entregues pelos participantes. Considerando as particularidades do atendimento nas creches municipais que demandam reflexões e práticas distintas das outras unidades da rede, a partir de 2015, os encontros das Mediações inclusivas serão realizados nas próprias creches e foram registrados como formação docente. Já os professores dos maternais inseridos nos Centro Municipais de Educação Infantil foram atendidos pelas Divisões Distritais distribuídas de forma geográfica na cidade, em um único encontro por zona. Para que essa ação aconteça buscamos também analisar o perfil e competência do educador como agente fundamental nesse processo onde a luz da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação Inclusiva (2008) retrata. Dessa forma, encontramos respaldo para fundamentar esse profissional, contribuindo de maneira significativa na formação continuada inclusiva. Serão apresentados no corpo desse artigo dados concretos da pesquisa desenvolvida na instituição de ensino Municipal de Manaus. Os momentos são interativos e bastante construtivos, fazendo-os refletir sobre a articulação entre teoria e prática. É nesse contexto que o trabalho busca apresentar e realizar encontros inclusivos numa perspectiva dialógica junto aos profissionais da fase creche. 2. Políticas Públicas: Em defesa de uma educação inclusiva A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) traz consigo em um de seus objetivos a formação de professores para o Atendimento Educacional Especializado- AEE e demais profissionais da educação para a inclusão escolar. É com esse viés que a Secretaria Municipal de Educação, visa contribuir significativamente com a formação contínua do professor associado aos demais profissionais existentes nas creches.

A Formação Continuada é elemento central para o desenvolvimento subjetivo e profissional dos professores e faz parte de um projeto pessoal, como uma escolha necessária para que se possa dar sentido e valor à atividade docente. Representa bem essa visão a proposta de Hargreaves (1995). Finalmente, no que tange ao envolvimento emocional, Hargreaves indica ser central recuperar a alegria de ensinar e aprender, a surpresa diante do novo, a satisfação por conseguir enfrentar novos desafios e por superar conflitos, sentimentos que foram, aparentemente, excluídos da escola, deixando em seu lugar a angústia, a ansiedade e a frustração. Salienta, ainda, que essas dimensões não devem ser tratadas isoladamente, mas em conjunto. Todas precisam receber um tratamento integrado em programas de formação continuada inclusiva dos docentes, para que professores e alunos possam aprender continuamente nas escolas, com contentamento e criatividade. Portanto, temos a seguir dados referentes de uma creche quanto á mediação Pedagógica Inclusiva com professores de creches com o tema Significando Espaços Pedagógicos Fonte: Creche Municipal Maria Ferreira Bernardes - Dados Quantitativos Minhas Expectativas 1. Aumentar os conhecimentos e habilidades quanto a inclusão 2. Adquirir novos conhecimentos e experiências; 3. Que pudéssemos vivenciar práticas diversificadas; 4. Orientação de novas e possíveis praticas pedagógicas; 5. A troca de conhecimento foi muito boa! as expectativas todas alcançadas; 6. Aprimorar meus conhecimentos; 7. Minhas expectativas foram superadas;

Após a tabulação dos dados podemos observar o grau de satisfação dos professores mediante a formação aplicada quanto a inserção e inclusão da criança ao âmbito da creche no município de Manaus. É considerando a fala das professoras em meio as avaliações que se atribui a necessidade de se estar próximo a eles mediante uma linguagem prática naquilo que se chama qualidade no atendimento da pessoa com deficiência. Considera-se público alvo da Educação Especial, de acordo com a atual Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva: alunos com Deficiência Mental e/ou Intelectual, física e sensorial (Deficiência Auditiva/Surdez, cegueira, baixa visão e Surdo cegueira); alunos com Transtornos globais do desenvolvimento (Síndrome do Autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett e Síndrome de Williams); alunos com Altas Habilidades / Superdotação. É para este público que se busca qualificação mediante o fazer pedagógico do professor da fase creche. Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução CNE/CP nº1/2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, define que as instituições de ensino superior devem prever em sua organização curricular formação docente voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. 3. Conclusões Diante da realidade dessa pesquisa constatou-se que apesar da formação continuada ser real na secretaria municipal de educação, ainda encontramos grandes lacunas na prática inclusiva do educador, pois embora exista uma lei da inclusão da pessoa com deficiência a mesma não se faz presente na rotina da escola. A fala dos educadores mediante sua avaliação coletada nos faz perceber o quanto se deve debruçar-se na orientação prática junto ao professor mediante a inclusão, uma vez que a instituição por si só busca inserir ações junto a comunidade, porém ainda deixa muito a desejar quanto uma ação de qualidade e eficiente. Percebeu-se uma satisfação quanto a metodologia aplicada durante os encontros inclusivos, pois o público entendeu que em muitas vezes a inclusão não acontece devido a fraca

ou nenhuma intervenção lúdica pedagógica em favor do aprendizado e do desenvolvimento da pessoa com deficiência e sim permanecendo com aulas chatas e sem nenhuma ação atrativa para a turma. Os resultados aqui obtidos nos fazem refletir sobre as ações educativas precárias ainda existentes nas salas de aula considerando o processo de inclusão escolar de baixo proveito. Os professores encontram-se por muitas vezes sozinhos, despreparados e sem o conhecimento breve da concepção de criança e da cidadania inclusiva. Portanto conclui-se que esta formação contribuiu de maneira significativa para o processo do desenvolvimento da pessoa com deficiência no que diz respeito a inclusão, precisando sim de um fortalecimento governamental, estadual e municipal quanto os ajustes junto aos gestores, pedagogos e professores relacionado aos estudos sobre a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Referências. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasilia: MEC/SEESP, 2008. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 5. Ed. Brasília: Edições Câmara, 2010. HARGREAVES, A. introduction. In: CLARK, C.M. (Eds.). Thoughtful tecahing. Wellington: Cassel, 1995. HUBERMAN, M.; GUSKEY, T.R. The Diversities of professional development. In: GUSKEY, T.R.; HUBERMAN, M. (Eds.). Professional development in education. New York: Teachers College. 1995. IMBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010. LAPLANE, A. L. F.; PRIETO, R. G. Inclusão, diversidade e igualdade na CONAE 2010: perspectivas para o novo plano nacional de educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 112, p. 919-938, jul./set. 2010.