O AGRONEGÓCIO DO BRASIL

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Transcrição:

O AGRONEGÓCIO DO BRASIL I A IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES Miracyr Assis Marcato - 03/2016 Em momentos de recessão da atividade econômica do País, como os atuais, com queda do Pib de 3-4% ao ano, ociosidade de mais de 24% da indústria, estoques elevados, queda de vendas do comércio e serviços, desemprego generalizado e desequilíbrios fiscais dos Governos, as soluções emergenciais para a retomada do crescimento passam, no curto prazo, entre outras medidas de rápido retorno, pelo enxugamento e cortes consistentes de gastos da máquina estatal (difíceis de realizar) e por uma ação conjunta público-privada com ênfase nas exportações dos setores que se tornaram mais competitivos pela atual alta do dólar. Isso poderia compensar em parte, as perdas do mercado interno, já exaurido pelo excessivo endividamento e pela diminuição de renda da população, utilizando a capacidade ociosa dos agentes produtores sem agravar as pressões inflacionárias na economia. É o que estão fazendo o Agronegócio e diversas empresas do setor industrial, compartilhando a produção com suas congêneres no exterior, diminuindo o uso de insumos importados e reabrindo os perdidos canais de distribuição que já resultaram num apreciável saldo da balança comercial brasileira deste ano de US$ 3,96 bilhões até fevereiro/16, conforme dados do Siscomex MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio):- Brasil. Tabela 1 Brasil - Comparação das Exportações jan/fev 2015/2016 em US$ Ano Mês EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDOS 2016 02 13.347.436.459 10.304.773.745 3.042.662.714 2016 01 11.243.118.615 10.322.365.736 920.752.879 2016 1+2 24.590.555.074 20.627.139.481 3.963.415.593 2015 02 12.092.230.670 14.932.172.572-2.839.941.902 2015 01 13.704.044.559 16.873.839.267-3.169.794.708 2015 1+2 25.796.275.229 31.806.011.839-6.009.736.610 16/15-4,9% -54,2% Embora tenha havido uma diminuição das exportações de 4,9%, no bimestre, causada pela suspensão de compras de soja pela China, o aumento nas vendas de Produtos Alimentícios e a redução de 54% nas importações, contribuíram sensivelmente para o superávit da Balança Comercial amenizando, em parte, o déficit de US$ 9,2 bilhões do Balanço de Pagamentos de fevereiro/16 com a saída do Pais de grandes investidores estrangeiros pela perda de confiança nos rumos da política e da economia. A médio e longo prazos o foco para retomada do crescimento deverá passar pela busca de incrementos dos volumes de produção, da produtividade e do Pib/capita (hoje deteriorado), visando uma redução de custos, melhora das condições de vida e de emprego da população e uma maior inserção do Brasil nos fluxos do comércio mundial dos quais participa com menos de 3% do total. Nesse particular o Agronegócio brasileiro se destaca por suas vantagens competitivas oriundas do continuado aumento de sua produtividade com o uso 1

eficiente dos fatores de produção, aplicando capital adequado na incorporação de novas tecnologias e equipamentos, melhorando a administração dos recursos, criando empregos, formando mão de obra especializada e otimizando o uso da terra e dos recursos naturais do pais. Os resultados do Agronegócio são patentes, pois além de garantir a alimentação de mais de 205 milhões de brasileiros ele tem um papel importante nas exportações com uma participação superior a 40% do total e geração de saldos positivos na Balança Comercial que em 2015 ultrapassaram 70 bilhões de dólares. Os quadros seguintes mostram os valores das exportações brasileiras de 2015 e janeiro de 2016 identificadas por Produtos, Destinos, valores e percentuais, evidenciando as diversas participações e permitindo avaliar as respectivas variações e observar, a pauta de exportações do Agronegócio que é bastante diversificada (a soja representou 27% da mesma e 11,1% do total das exportações em 2015). Como dito acima, em janeiro de 2016, com o cancelamento das importações por parte da China, (manobra já efetuada no passado) houve queda das cotações e das exportações de soja, em grande parte compensadas pelo acréscimo da participação de outros produtos do Agronegócio como (carne, café, celulose, etc.(30%) e industriais (62%). Quadro 1 Exportações do Agronegócio Janeiro de 2016 e Total 2015 em US$ EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS - 2015/JAN 2016 - US$ - PRODUTOS jan/16 % Total 2015 % PRODUTOS ALIMENTICIOS E ANIMAIS VIVOS 3.324.689.646 30% 45.956.367.772 24,0% Carne e preparações de carne 911.344.098 8,1% 14.410.074.467 7,5% Cereais e preparações de cereais 801.030.507 7,1% 5.906.004.542 3,1% Café, chá, cacau, especiarias e respectivos produtos 473.436.767 4,2% 7.014.425.557 3,7% Alimentos para animais 448.729.198 4,0% 6.171.802.568 3,2% Açúcares, preparações de açúcar e mel 444.787.013 4,0% 7.864.267.618 4,1% Vegetais e frutas 162.325.972 1,4% 3.072.574.109 1,6% Produtos e preparações alimentícias diversas 35.111.450 0,3% 635.633.755 0,3% Animais vivos 19.322.446 0,2% 278.156.148 0,1% Laticínios e ovos de aves 15.364.791 0,1% 383.266.953 0,2% Pescado, crustáceos, moluscos etc. 13.237.404 0,1% 220.162.055 0,1% OUTROS PRODUTOS DO AGRONEGÓCIO 926.543.281 8,2% 29.926.107.672 15,7% Celulose e resíduos de papel 492.145.366 4,4% 5.603.404.708 2,9% Sementes e frutos oleaginosos (SOJA) 159.843.098 1,4% 21.128.001.789 11,1% Fibras têxteis 149.324.808 1,3% 1.439.054.180 0,8% Cortiça e madeira 84.884.015 0,8% 1.113.720.574 0,6% Couros e peles, peles finas em bruto 331.845 0,0% 8.172.807 0,0% Matérias brutas de animais e vegetais 40.014.149 0,4% 633.753.614 0,3% OLEOS ANIMAIS E VEGETAIS, GORDURAS E CERAS 72.185.287 0,6% 1.533.890.525 0,8% TOTAL AGRONEGÓCIO 4.323.418.214 38% 77.416.365.969 40,5% 2

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS - 2015/JAN 2016 - US$ - PRODUTOS jan/16 % Total 2015 % OUTROS PRODUTOS INDUSTRIAIS, MINERAIS, DIV. 6.922.133.482 62% 113.717.958.615 59,5% MATERIAS EM BRUTO, EXCETO COMBUSTÍVEIS 1.193.353.812 11% 20.571.767.955 10,8% MAQUINAS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 1.687.164.297 15% 31.189.369.228 16,3% ARTIGOS MANUFATURADOS 1.611.248.005 14% 24.877.081.441 13,0% COMBUSTIVEIS MINERAIS, LUBRIFICANTES 882.075.221 7,8% 13.747.976.560 7,2% PRODUTOS QUIMICOS E RELACIONADOS 822.437.654 7,3% 11.475.452.168 6,0% MERCADORIAS E TRANSACOES NAO ESPECIFICADAS 411.460.266 3,7% 5.349.718.547 2,8% ARTIGOS DIVERSOS 234.259.190 2,1% 4.178.003.948 2,2% BEBIDAS E TABACO 80.135.037 0,7% 2.328.588.768 1,2% TOTAL GERAL DAS EXPORTAÇÕES 11.245.551.696 100% 191.134.324.584 100,0% No que tange ao destino das exportações brasileiras a primazia dos mercados importadores em 2015 foi ocupada pela Ásia (33% - China 20%), seguida pela Europa (21%), América do Sul (16%), América do Norte (16% - EUA -13%), Oriente Médio (5%), África (4%), América Central e Caribe (3%), Outros (2%). Este quadro aponta para as prioridades dos futuros acordos comerciais, tanto com a Europa e com os EUA e a necessidade de ações promocionais continuadas na América do Sul e outros países para um desejável e possível incremento da participação do Brasil nos fluxos do comércio mundial, para o qual o Agronegócio pode ser uma alavanca de inestimável valor. Quadro 2 Destinos das Exportações Brasileiras Jan.de 2016 e Total 2015 em US$ EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS - 2015/JAN 2016 - US$ - DESTINOS jan/16 % Total 2015 % ASIA (EXCLUSIVE ORIENTE MEDIO) 3.397.173.921 30% 63.438.317.646 33,2% CHINA, HONG KONG E MACAU 1.579.020.336 14% 37.716.022.635 19,7% ASSOCIACAO DE NACOES DO SUDESTE ASIATICO - ASEAN 688.161.661 6% 10.703.284.694 5,6% OUTROS 479.505.353 4% 7.051.838.181 3,7% JAPAO 454.152.325 4% 4.844.959.300 2,5% COREIA DO SUL 196.334.246 2% 3.122.212.836 1,6% EUROPA 2.567.633.105 23% 40.872.625.368 21,4% UNIAO EUROPEIA - UE 2.159.421.257 19% 33.946.636.998 17,8% OUTROS 301.407.627 3% 4.461.558.044 2,3% RUSSIA 106.804.221 1% 2.464.430.326 1,3% 3

jan/16 Total 2015 % AMERICA DO SUL 1.889.825.707 17% 31.071.409.831 16,3% MERCADO COMUM DO SUL 5 - MERCOSUL 5 1.188.866.144 11% 20.986.834.593 11,0% COMUNIDADE ANDINA DAS NACOES 373.707.239 3% 6.078.337.352 3,2% OUTROS 327.252.324 3% 4.006.237.886 2,1% AMERICA DO NORTE 1.792.224.258 16% 30.166.686.508 15,8% ESTADOS UNIDOS E PORTO RICO 1.406.900.729 13% 24.215.796.048 12,7% MEXICO 222.600.748 2% 3.588.345.840 1,9% CANADA 162.722.781 1% 2.362.544.620 1,2% ORIENTE MEDIO 610.538.917 5% 9.957.388.310 5,2% ORIENTE MEDIO 610.538.917 5% 9.957.388.310 5,2% AFRICA 530.057.314 5% 8.202.082.594 4,3% AFRICA 530.057.314 5% 8.202.082.594 4,3% AMERICA CENTRAL E CARIBE 287.310.393 3% 4.508.564.465 2,4% AMERICA CENTRAL E CARIBE 287.310.393 3% 4.508.564.465 2,4% PAIS NAO DECLARADO/SEM INFORMACAO DE PAIS 132.093.959 1% 2.426.898.875 1,3% PAIS NAO DECLARADO/SEM INFORMACAO DE PAIS 132.093.959 1% 2.426.898.875 1,3% OCEANIA 38.694.122 0,3% 490.350.987 0,3% OCEANIA 38.694.122 0,3% 490.350.987 0,3% TOTAL GERAL DAS EXPORTAÇÕES 11.245.551.696 100% 191.134.324.584 100,0% II Uso da terra, produção, segurança alimentar, energia e meio ambiente Dos 851 milhões de hectares (MMha) do território nacional, cerca de 40% (ou 339 milhões de ha) possuem aptidão agropastoril, considerado o atual estágio da ciência agronômica, dos quais apenas 73 milhões de ha (8,6% do território) são utilizados como áreas de cultivo, sendo 59 MMha dedicados à produção de grãos (210 milhões de toneladas-) e 14 MMha utilizados para os demais produtos vegetais (café, cana, celulose, fruticultura, etc.). Outros 166 milhões de ha (19,5% do território) são dedicados às pastagens naturais ou cultivadas - que alimentam um rebanho de cerca de 210 milhões de cabeças de gado de corte e 24 milhões de gado de leite. A produção de carnes do Brasil, em 2014, atingiu um total de 25,7 milhões de toneladas (bovina 9,7 M, frango 12,7 M, suína 3,7 M) com exportações globais de 6,1 milhões de toneladas. Nessas terras aptas para o Agronegócio (339 milhões de ha) restam ainda cerca de 100 milhões de hectares (12% do território) disponíveis (além das áreas que podem ser liberadas pela pecuária) para mais do que duplicar a atual produção agrícola (sem afetar a Amazônia legal) e sem agredir o meio ambiente ou comprometer a cobertura florestal permanente do país, a segunda maior do mundo, depois da Rússia. 4

Nos demais 60% (512 MMha) da superfície do pais, as áreas das terras indígenas ocupam 106 milhões de ha (12% do território) para uma população total, segundo o censo de 2010 do IBGE, de 817.963 habitantes, sendo 315.180 os habitantes indígenas de população urbana e 502.783 habitantes da floresta. As áreas de florestas públicas cadastradas (2010) cobrem 290 MMha (34% do território) enquanto que as áreas alagadas pelos reservatórios das principais hidrelétricas brasileiras somam cerca de 2 MMha (menos 0,5% do território nacional). Os restantes 114 MMha (13,5% do território) compreendem áreas urbanas e industriais, lagos, rios, estradas, linhas de transmissão, etc. Tabela 2 Brasil agrícola, safras, produtividade, áreas ocupadas PRODUTO 1 UNID. PRODUÇÃO AGRÍCOLA DO BRASIL Fontes: (Conab) (FIESP) 2014/15 Export. Produtiv. Kg/Há ALGODÃO - CAROÇO 2.348,6 2.266,2 2.200,0 1.200,0 2.363 959,2 931,0 AMENDOIM TOTAL 346,8 414,0 464 3.430 120,7 135,2 AMENDOIM 1ª SAFRA 319,3 391,3 3.541 110,5 AMENDOIM 2ª SAFRA 27,5 22,7 2.403 10,2 ARROZ 12.436,1 11.475,3 14.000,0 781,0 5.399 2.125,6 2.593,3 AVEIA 351,2 351,2 393,3 1.853 189,5 212,3 CANOLA 54,9 54,9 61,5 1.236 44,4 49,7 CENTEIO 2,9 2,9 3,2 1.706 1,7 1,9 CEVADA 263,0 263,0 294,6 2.568 102,4 114,7 FEIJÃO TOTAL 3.115,3 3.385,6 4.000,0-68,0 1.127 3.003,6 3.549,0 FEIJÃO 1ª SAFRA 1.131,6 1.276,1 1.245 1.024,9 FEIJÃO 2ª SAFRA 1.131,1 1.260,3 962 1.310,4 FEIJÃO 3ª SAFRA 852,5 849,0 1.270 668,3 GIRASSOL 153,2 177,3 198,6 1.590 111,5 124,9 MAMONA 47,0 97,3 109,0 777 125,1 140,2 MILHO TOTAL 84.672,4 83.336,0 105.200,0 35.600,0 5.432 15.341,8 18.300,0 MILHO 1ª SAFRA 30.082,0 28.345,6 4.953 5.723,4 MILHO 2ª SAFRA 54.590,5 54.990,6 5.717 9.618,4 SOJA 96.228,0 100.933,0 128.800,0 79.600,0 3.037 33.234,0 42.409,7 SORGO 2.055,3 1.941,4 2.174,4 2.778 698,8 782,7 TRIGO 5.534,9 5.534,9 8.000,0-4.000,0 2.260 2.448,8 3.539,8 TRITICALE 56,9 56,9 63,7 2.647 21,5 24,1 BRASIL- PRODUÇÃO 207.666,5 210.289,9 265.962,0 3.593 58.528,6 72.908,4 DE GRÃOS 5

OUTROS PRODUTOS AGRÍCOLAS UNID. 2014/15 Export. Produtiv. Kg/Há CAFÉ Mmsacas 42 55,7 38,0 1.320 2.220,0 2.200,0 CANA M 650,5 806,6 72.000 8.990,0 9.800,0 AÇUCAR M 34,6 42,3 30,3 ETANOL BIL.Lt 30,3 40.1 1,0 CELULOSE MMT 16,4 17,1 26,1 19,0 7.008 2.440,0 2.900,0 LARANJA M 16,1 16,8 22.826 705,0 698,0 SUCO DE LARANJA M 1,0 1,2 1,1 FERTILIZANTES cons. M -14,0-17,0-10,0 TERRA-Outros MMHa 14.355,0 15.598,0 Produtos Agrícolas BRASIL AGRÍCOLA - Totais MMHa 72.883,6 88.506,4 PARTICIPAÇÃO TERRITORIAL DAS LAVOURAS 8,6% 10,4% BRASIL - PECUÁRIA (MHa) 166.116,4 152.493,6 PARTICIPAÇÃO TERRITORIAL DAS PASTAGENS P/PECUÁRIA 19,5% 17,9% BRASIL - AGRONEGÓCIO Área Ocupada (MHa) 239.000,0 241.000,0 BRASIL - PARTICIPAÇÃO TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO 28% 28,3% Cana de açúcar A área ocupada com cana no País alcança cerca de 9 milhões de hectares (1,1% do território) com uma colheita prevista na safra de 650 milhões de toneladas, utilizadas em 40% para a produção de 34 milhões de toneladas de açúcar (23 M exportadas) e 60% para a produção de 30 bilhões de litros de etanol (1,3 bilhões exportados). A expansão dos canaviais para a produção de etanol - em São Paulo o espaço ocupado pela cana alcança cerca de 50% da área de plantio - é motivo de cuidados tanto com relação à competição por alimentos como pela sua viabilidade econômica atual e futura. É um combustível que poderia agregar valor permanente à matriz energética nacional em termos de custo e mitigação dos gases do efeito estufa como concordado na recente conferência de Paris (COP21), mas que periodicamente entra em crise, como ocorre atualmente, seja por razões climáticas, seja pela falta de atualização tecnológica industrial, agrícola e administrativa do setor, bem como pela política errática de preços praticada pelo governo que inviabiliza o setor sucro-alcooleiro como um todo, afeta o equilíbrio econômicofinanceiro da Petrobrás e o próprio balanço de pagamentos do pais. 6

Área alagada pelos reservatórios das principais represas hidrelétricas do Brasil 2,08 MMHa Independentemente dos eventuais problemas setoriais, conjunturais ou políticos, o Agronegócio brasileiro, pelas suas caraterísticas inovadoras e competitivas será sempre um ator fundamental do desenvolvimento e um agente capaz de galvanizar a desejada e necessária retomada do crescimento da economia da Nação brasileira. 7