1 2 3 4 Cistites em ruminantes PROF. ME. DIOGO GAUBEUR DE CAMARGO Infecção do trato urinário de ruminantes Cistites, ureterites e pielonefrites Infecção ascendente do trato urinário: Corynebacterium renale ou Escherichia coli Corynebacterium pilosum, Corynebacterium cystidis e outros gram negativos Infecção Hematógena: Salmonella spp, Truperella (Arcanobacterium) (Actinomyces) pyogenes, Corynebacterium pseudotuberculosis (pequenos ruminantes) Fatores predisponentes: trauma urogenital, conformação vulvar anormal, manipulação obstétrica, cateterização urinária, retenção urinária cistite -> altera contratilidade devido engrossamento da parede -> refluxo vesicouretral -> infecção nos ureteres (uni ou bi) -> hemorragia, deposição de fibrina e/ou obstrução renal (cólica) Pielonefrite -> necrose papilar e do epitélio tubular -> acumulo de debris necróticos -> Perda da função renal, formação de abscessos, fibrose e alteração da forma do rim Corynebacterium habitante normal da pele -> adere-se a vesícula urinária, vagina e epitélio vulvar Aderência do C. renale -> mediada por pili e ph dependente aumentada em meio alcalino e diminuída em meio acido 5 6 Portadores Transmissão através de contato vulvar direto, urina, iatrogenica ou venérea (touros infectados) E. coli --> sorotipos e fatores de virulência envolvidos ainda não identificados transmissão por contaminação fecal ou diminuição/perda das defesas do trato urinário microbiota vulvar e prepucial imonuglobulinas na urina (IgA) e camada protetora de mucopolissacarideos da superfície uroepitelial. Disúria e polaquiúria volume de micção pequeno posição de micção permanece após urina esforços expulsivos adicionais gemidos, mímica de dor, membros abduzidos a palpação retal vesícula urinaria dolorosa e com a parede engrossada, perda da lobulação do rim e dor 1
Ultrassonografia 7 8 9 10 11 pielonefrite aguda -> diminuição da ingestão de alimentos e da produção de leite, febre, depressão, estase ruminal e episódios ocasionais de cólicas moderadas Pielonefrite crônica -> perda de peso, anorexia e diminuição da produção leiteira poliúria sem alterações macroscópicas da urina hematúria, piúria e febre são achados ocasionais Diagnóstico Leucocitose Hiperfibrinogenemia casos crônicos hipoalbuminemia (pressão oncótica - diarréia) anemia (diminuição da produção de eritropoetina) Uremia -> pionefrite bilateral Urinálise (diagnóstico definitivo) hematúria, proteinúria e bacteriúria gram e cultivo Diagnóstico diferencial Alterações do trato gastrintestinal cólica -urinálise Hematúria enzoótica hematúria e disúria -anemia, bacteriúria Urolitíase cólica, disúria e hematúria machos -distensão bexiga Outras causas de disúria vaginite trauma vulvar abscesso perivaginal Controle da Infecção princípios gerais de antibióticoterapia considerações especiais concentração do antibiótico na urina diferente do plasma ph urinário tratamentos longos - repetir cultura de 3 a 5 dias se positivo resistência alterar principio ativo de preferência a drogas menos tóxicas e com menos resíduos em carne/leite penicilina - ceftiofur - ampicilina - sulfa/tmp 2
C. renale: Penicilina Procaína 20000 a 40000 UI/Kg IM BID Penicilina G Potassica 20000 a 40000 UI/Kg IV TID Ampicilina 20 mg/kg IV BID no mínimo por 3 semanas!!!!!! Cultura e urinalise semanal evitar sondagens excessivas Atenção no período eliminação 12 13 14 15 16 17 E. coli: Penicilina e Ampicilina avaliação clínica e por tiras reagentes apetite, atitude e temperatura retal sem melhora em 96 horas mudar atb Ceftiofur 2-4 mg/kg IM SID Gentamicina 6,6 mg/kg SID (em casos refratários) nefrotoxicidade e resíduos Sulfa + Trimetoprim 15 mg/kg IV ou IM SID Alteração do ph urinário Cloreto de amônio 100 a 200 mg/kg BID PO (0,5 a 1% da matéria seca da ração não utilizar em animais com insuficiência hepática ou renal e acidose metabólica Vitamina C (1 a 2 g/kg dia) Indução da Diurese remoção de bactérias, debris celulares, cristais fluidoterapia IV ou oral Prevenção da nefrotoxicidade induzida por drogas Prognóstico Depende da duração da infecção, extensão da infecção (cistite, ureteritis, pielonefrite) manutenção da função renal mortalidade de 18 a 32% dos casos tratados Prevenção e controle Isolamento dos animais afetados (C. renale) Desinfecção das instalações Higiene adequada nos exames do aparelho genito-urinário Transmissão venérea - IA É a presença de cálculos ou concreções no trato urinário 3
Causa mais comum de problemas no trato urinário de ruminantes Fatores predisponentes Machos (castrados) Alimentação rica em grãos Aumenta mucoproteinas -> matriz orgânica -> deposição de sais minerais (estruvita) 18 Causas: Alta proteína na dieta baixa quantidade fibra alto fósforo (maior 0,6%) alto magnésio (maior 0,2%-0,6%) Fatores genéticos: Texel Cuidado na ingestão água 19 20 21 Controversa São necessários: Núcleo ou matriz (cels epiteliais, cilindros urinários, coágulos, fibrina, pus ou debris) Precipitação de solutos na urina Alcalinidade da urina (cálculos de fosfatos/carbamatos) -> alteração colóides protetores (formação de gel não ocorre) Concentração aumentada de solutos (privação de água Ingestão excessiva de minerais (fósforo) Assintomáticos Disúria Estrangúria Gotejamento de urina Vocalização Contração da musculatura abdominal hematúria Dificuldade de locomoção (andar rígido, dorso arqueado) Inquietação Anúria ou emissão gota a gota 22 23 24 25 26 4
Excisão do apêndice vermiforme Relaxamento Muscular Acidificação da urina Cloreto de amônio 200-300 mg/kg dia (2% dieta)(ovinos) 45 g dia bovinos Dieta (ca:p 1,5-2,0/1,0) Castração tardia Fluidoterapia 27 28 Uretrostomia Penectomia Prevenção Adicionar cálcio (carbonato de cálcio ou cloreto de cálcio) a dieta (proporção 2:1) Diminui absorção de fósforo e magnésio Diminui a formação de cálculos 29 5