Empresas familiares. Como elas estão conseguindo vencer os desafios da globalização e profissionalizando seus quadros administrativos



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N o 42 ano 12 AGOSTO 2010 Empresas familiares Como elas estão conseguindo vencer os desafios da globalização e profissionalizando seus quadros administrativos Ganho para todos Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) de cargas permite redução de custos em tempo recorde Santa Catarina Solenidade marca inauguração oficial da nova filial de Joinville As atrações turísticas e as belas paisagens de Floripa Entrevista - Gustavo Cerbasi: mais tempo, mais dinheiro?

Sumário Editorial 02 04 08 10 14 16 34 36 04 Farol Gustavo Cerbasi responde: mais tempo, mais dinheiro? 07 Por dentro da Atlas Inauguração da filial de Joinville 08 Por dentro da Atlas Os melhores consultores de negócios em 2009 10 Por dentro da Atlas Filial pernambucana está de cara nova 12 Logística é isso 14 Carga segura CT-e de cargas ajuda a reduzir custos Expediente 16 Capa Empresas familiares: como elas estão se profissionalizando 20 Express 22 História viva 24 Inovação 26 Capital humano 30 Atitude cidadã 34 Vida saudável Cuidado com a gripe 36 GPS Florianópolis: o paraíso fica ao sul 38 Homenagem 39 Retrovisor A Revista Mundo Atlas é uma publicação da Atlas Transportes & Logística. Todas as matérias desta edição poderão ser reproduzidas, desde que o processo seja autorizado pela redação e concedidos os créditos. Conselho Editorial: Antonio Aurelio Megale Diretor Operacional, Celia Maria Biagiotti Diretora Financeira, Maria Afonsina Megale Rezende dos Santos Diretora de Desenvolvimento Organizacional, TI e Administrativa, Lauro Felipe Megale Diretor de Planejamento & Marketing Coordenação Geral: Lauro Felipe Megale Diretor de Planejamento & Marketing Coordenação Editorial: Trama Comunicação Diretora de Redação: Leila Gasparindo (MTb 23.449) Editora-Chefe: Helen Garcia (MTb 28.969) Editor: Adriano Zanni (MTb 34.799) Reportagens: Adriano Zanni e Fernanda Ângelo Fotos: Marcos Fernandes Revisão: Gisele C. Batista Rego Projeto Gráfico: Dande Propaganda Direção de Criação: Angela Nogueira Diagramação: Marina Furlan Produção Gráfica: Dande Propaganda Para enviar dúvidas, críticas ou sugestões, escreva para adriano@tramaweb.com.br Atlas Transportes & Logística Rua Soldado Hamilton Silva Costa, 58 Parque Novo Mundo São Paulo (SP) - CEP 02190-901. Telefone: (11) 2795-3100 Home Page: www.atlastranslog.com.br Nos últimos anos, a logística ganhou seu espaço e a devida importância estratégica diante de uma economia globalizada onde as decisões sobre o que e onde produzir e como distribuir passaram a considerar também as variáveis de toda a cadeia, desde a produção até a chegada ao ponto de venda ou ao consumidor final. As empresas tiveram de se adaptar às mudanças cada vez mais rápidas do mercado para manterem-se competitivas e atender às exigências e necessidades dos clientes, investindo em infraestrutura, novas tecnologias e no desenvolvimento de soluções logísticas. Todavia, os esforços nesse sentido, na maioria das vezes, acabam sendo em vão em função do conhecido custo Brasil, caracterizado pela falta de investimentos do governo na criação de uma infraestrutura de ferrovias, rodovias e portos condizentes com o porte e o crescimento de nossa economia, cujo cenário incorpora ainda a ineficiência e o modelo arcaico do sistema fiscal e tributário, o qual carece de uma imediata e profunda reforma a fim de tornar o País e, principalmente, o setor logístico mais competitivo. No que se refere ao transporte rodoviário de carga, o sistema fiscal e tributário anda na contramão da realidade mundial na medida em que O custo logístico do sistema fiscal e tributário cada estado legisla em causa própria, definindo suas alíquotas e tributações diferenciadas por produto e segmento. Não bastasse isso, cada estado possui uma regulamentação específica com impacto direto na cadeia de distribuição. O transportador é utilizado como um mero arrecadador de impostos. Está ainda sujeito a penalidades e responsabilidades quanto ao pagamento do imposto devido pelo destinatário ao efetuar a compra de um determinado produto que, ao entrar no estado consumidor, fica armazenado na transportadora por vários dias até que todo o processo burocrático seja atendido para que possa ser finalmente entregue. Isso sem contar os inúmeros casos em que a mercadoria não é liberada por problemas do destinatário junto a Secretaria da Fazenda, permanecendo na transportadora que é obrigada a operar na condição de fiel depositário para assim poder viabilizar a logística. Enfim, esperamos mais uma vez que agora, com a eleição dos novos governantes deste País, haja vontade política para mudar esse cenário caótico que vivenciamos há anos. Francisco Martim Megale Presidente - Atlas Transportes & Logística 03

Farol Farol Mais tempo, mais dinheiro N Não há a menor dúvida de que o brasileiro gasta além do que tem. A origem do problema está em nossa história de pobreza, que leva os adultos de hoje a consumirem mais do que devem para provar a si mesmos seu sucesso. Porém, a estabilidade econômica tende a premiar os mais disciplinados e criar exemplos a serem seguidos. A educação financeira está avançando. Será que existe uma relação direta entre trabalhar muito e ficar rico? Como os gestores e empresários devem usar ainda o pouco tempo livre que possuem para alavancar seus negócios e dar um up em suas finanças pessoais? A afirmação é de Gustavo Cerbasi, mestre em Administração e Finanças pela FEA/USP e uma das maiores autoridades contemporâneas em planejamento familiar e economia doméstica. Autor do livro Mais tempo, mais dinheiro (Thomas Nelson Brasil), o especialista em Finanças pela Stern School of Business (New York University) concedeu entrevista exclusiva à Mundo Atlas na qual foi categórico ao dizer: Trabalhar demais faz com que não tenhamos tempo de enriquecer. Quem é centralizador e não sabe delegar acaba sendo absorvido completamente pela rotina do negócio e não consegue aproveitar oportunidades de mudança, disparou. Em tempos de globalização, de pulverização de acontecimentos de maneira praticamente simultânea, como o empresário deve ocupar o pouco tempo livre que possui e como ele pode filtrar efetivamente as informações que irão fazer a diferença em suas finanças pessoais e em seu negócio? Com a concorrência intensa e clientes cada vez mais exigentes, o empresário não deve perder o foco do negócio e atirar para todos os lados. Deve valorizar os relatórios de seu negócio, exigir precisão de seu contador e decidir com base em números. Para ter acesso a ferramentas mais eficientes de gestão tecnológica e financeira, o ideal é que atue em conjunto com outros empresários do setor para ratear custos da inovação. Associar-se e explorar veículos específicos são formas de conhecer melhor seu mercado e seu negócio sem precisar fazer grandes investimentos em pesquisas. Do ponto de vista das finanças pessoais, o raciocínio é o mesmo. Por mais que investimentos como ações e imóveis se mostrem interessantes, o empresário não pode perder a noção de? que seu maior e mais importante investimento é seu negócio e, por isso, ele deve se dedicar totalmente a ele e confiar sua estratégia de investimento pessoal a soluções prontas, como planos de previdência e carteiras de fundos. Existe alguma relação entre trabalhar muito e ficar rico? Sim, mas é uma relação inversa. Trabalhar demais faz com que não tenhamos tempo de enriquecer, pois o enriquecimento depende de revisões em nossas estratégias. Quem é centralizador e não sabe delegar acaba sendo absorvido completamente pela rotina do negócio e não consegue aproveitar oportunidades de mudança ou de negociações estratégicas. É preciso, sim, focar no negócio, porém é preciso saber usar de forma inteligente o tempo para conseguir se atualizar, avaliar seus colaboradores, ouvir os clientes e estudar o desempenho financeiro do negócio. O brasileiro está preparado para ter tempo livre? Fomos educados para um padrão de vida onde o imperativo é trabalhar para gerar riqueza. Acredita que a mudança desse paradigma pode levar a uma crise de valores na relação patrão-empregado? Essa questão é bastante ampla. Leve em consideração que os brasileiros adultos têm uma origem de dificuldades de seus pais, que tiveram de conviver em uma sociedade extremamente desigual e de poucas oportunidades. Hoje, a oportunidade é tida como uma conquista de várias gerações e, por isso, há uma pressão social e familiar muito grande para que se valorize a conquista. Por outro lado, começa a chegar aos negócios uma geração que viu seus pais perderem a saúde de tanto trabalhar e que está tentando mudar o estigma de workaholics. Junto com o tema independência financeira, a mídia tem abordado bastante a questão do equilíbrio e do wellness. Creio que estamos no caminho certo para construir uma sociedade que vive melhor. 04 05

Farol O que a concepção do modelo norte-americano, japonês ou europeu de relação de trabalho difere do modelo brasileiro? Estamos ainda engessados quando a questão é aproveitar o tempo livre e disso extrair ideias e novos negócios? Prefiro pular a comparação com outros países e focar diretamente nas falhas de nossa economia. Realmente, aproveitamos mal nosso tempo livre, pois o ambiente de economia em ascensão cobra muito sucesso daqueles que encontram um caminho independente. Por outro lado, não temos uma forte cultura de pesquisa de mercado e planejamento, o que leva os empreendedores a crescerem com a mão na massa, e esse é o maior erro. Somos patrões de nós mesmos, e maus patrões. Para evoluirmos, precisamos aprender a planejar melhor nossos negócios, e nos unir de maneira cooperativa para conseguirmos viabilizar estudos de mercado que alimentem os planos de negócios. Conhecendo melhor o mercado, saberemos não dar um passo adiante enquanto tiver neblina no caminho. No livro, você diz que, muitas vezes, é melhor morar de aluguel do que suar para conseguir sua casa própria. Poderia explicar isso? A casa própria não é o problema. Problema é adquirila cedo demais e, por isso, inviabilizar nosso enriquecimento. Eu defendo o aluguel como a solução ideal para quem tem uma oportunidade de investimento (como um negócio próprio) e precisa de capital para alimentar seu crescimento. Não se deve comparar o preço do financiamento com a prestação de aluguel, pois a casa que pensamos em comprar é certamente diferente da que devemos alugar. Quem ainda vislumbra grandes mudanças em sua vida e carreira (filhos, consolidação e expansão dos negócios, mudança de cidade e cursos no exterior, por exemplo), deveria optar por alugar um imóvel pequeno e próximo ao trabalho, com baixo custo, o que provavelmente viabilizaria maior disponibilidade de verba para inves- tir e para consumir qualidade de vida. Diante de uma proposta de mudança nos negócios, não ter a casa própria significa não ter compromissos financeiros fixos, mas ter mobilidade geográfica. Isso deve ter forte impacto no potencial de aumento da renda familiar. A casa própria deve ser pensada somente quando a pessoa busca estabilidade, não quer ter mais filhos e nem se mudar geograficamente. Como, até atingir esse ponto, a pessoa terá acumulado mais renda e patrimônio, ficará muito mais fácil comprar a casa própria e pagá-la em poucos anos. O brasileiro, em geral, gasta além do que tem? Ou isso é folclore? Não há a menor dúvida de que o brasileiro gasta além do que tem. Isso fica evidente nos mapeamentos sobre os mercados de crédito, em que as pessoas físicas mostram-se bastante endividadas no cheque especial e no cartão de crédito, e em que empresas usam mais empréstimos para capital de giro do que financiamentos de equipamentos. A origem do problema está em nossa história de pobreza, que leva os adultos de hoje a consumirem mais do que devem, para provar a si mesmos seu sucesso. Porém, a estabilidade econômica tende a premiar os mais disciplinados e criar exemplos a serem seguidos. A educação financeira está avançando, e já nesta geração estaremos colhendo os frutos de uma vida financeira mais equilibrada. Por dentro da Atlas N Oficialmente inaugurada! Na última edição da Mundo Atlas, contamos um pouco sobre os investimentos realizados para a constru- companhia, além de Francisco Martim Megale, cedores, colaboradores, gerentes e diretores da ção da nova unidade em Joinville (SC). Foram mais presidente da Atlas. de R$ 2 milhões dedicados a uma infraestrutura que segue os padrões sustentáveis e que deve possibilitar Sérgio Milizzkievies, gerente da filial catarinense, abriu um crescimento da ordem de 20% nos negócios na o evento explicando os motivos pelos quais a Atlas região em 2010. investe no município. Entre eles, o fato de Joinville ser o terceiro maior polo industrial do sul do Brasil e de a Uma inauguração desse porte não poderia passar região responder por quase 14% do PIB do Estado. despercebida. No dia 8 de abril, a Atlas recebeu Os motivos foram reforçados na breve apresentação cerca de 120 pessoas em suas novas instalações. feita pelo presidente da Atlas e, em seguida, pelo discurso do secretário da Infraestrutura de Santa Cata- O coquetel que inaugurou oficialmente a nova filial da empresa em Joinville contou com a presença rina, Norberto Sganzerla. Confira alguns momentos de autoridades locais, clientes, parceiros, forne- da solenidade! Por dentro da filial Colaboradores: 52 Clientes: 198 ativos Veículos: cerca de 20 (entre frota, fretados e agregados, alocados conforme volume diário) Carga movimentada: 2.827 ton (maio, 2010) Área da nova sede: 1.873 m 2 Meta: crescer 20% em relação ao ano anterior 06

Por dentro da Atlas Por dentro da Atlas Um só desejo: vontade de vencer Em um ambiente competitivo de negócios, é preciso criar estratégias que valorizem o senso de importância dentro da empresa, voltadas a aumentar o planejamento coletivo Prêmio Os critérios para escolha dos melhores consultores foram baseados em indicadores da área comercial e na análise do desempenho individual dos profissionais. Os cinco melhores pontuados devem ter um mínimo de seis meses de atuação na posição e ter cumprido a Meta de Receita Total (rodoviário e aéreo). Além de uma placa comemorativa, esses consultores recebem um salário base como prêmio. U Um homem livre é aquele que, tendo força e talento para fazer uma coisa, não encontra barreiras a sua vontade. A frase do matemático, teórico político, filósofo e escritor inglês Thomas Hobbes parece ter sido proferida a pessoas exatamente como João Luiz Nugerina, da filial de São Paulo (SP), Antonio Cirilo e Viviane Carreteiro, de Contagem (MG), Sandra Anzullin, de Porto Alegre (RS) e Jorge Alcântara de Souza, de Fortaleza (CE). Os cinco profissionais foram homenageados durante a edição 2010 da Convenção Nacional de Gerentes (Conage), realizada no dia 10 de março, em São Paulo. Eles tiveram seus ótimos resultados de 2009 reconhecidos na categoria Consultores de Negócios. O reconhecimento dos colaboradores pela empresa é uma iniciativa de motivação importante, porque torna sólido o comportamento desejado para a obtenção de resultados imprescindíveis. Promove também uma interação maior entre os objetivos individuais e organizacionais, com tendências a uma valorização da cultura organizacional por parte dos empregados, bem como uma valorização de seus trabalhos por parte da companhia, observa Francisco Martim Megale, presidente da Atlas. Cada organização tem sua maneira de reconhecer funcionários e isso está diretamente ligado à própria cultura organizacional. Existem algumas atividades prévias que tornam um reconhecimento efetivo. Por exemplo, saber as recompensas esperadas por cada empregado, conscientizá-los do rendimento que a companhia espera de cada um, ter certeza de que as metas de desempenho desejadas sejam viáveis, enumera Megale. Uma das cinco consultoras de negócios premiadas pela Atlas, Viviane, de Contagem, diz que a empresa estabelece e informa metas trimestrais a seus profissionais. E isso nos auxilia no planejamento e conquista de novos clientes, afirma. A empresa e os consultores se reúnem para discutir números viáveis e bons para ambos, reforça João Luiz Nugerina, de São Paulo, outro dos cinco consultores premiados. Uma vez estabelecido esse número, é só praticarmos aquilo que sabemos fazer de melhor: vender, completa. Estímulo a toda a equipe Cleantho Camargo e Silva, gerente comercial nacional da Atlas, classifica a premiação como um fator de motivação para toda a equipe, tanto em termos financeiros, quanto pelo reconhecimento e projeção perante os colegas e toda a empresa. É a constatação do sempre buscado sucesso profissional, além de estimular a troca de ideias entre os profissionais, com o compartilhamento de rotinas, conhecimento e métodos de trabalho mais eficientes. A equipe busca saber o que fez a diferença, o que e como o colega vencedor inovou e arrojou, afirma. De fato, Viviane garante que se dedicará para, quem sabe, receber novamente a premiação no próximo ano. Ver o seu trabalho reconhecido é parte dos sonhos de todo profissional. Esse reconhecimento foi muito importante, pois trabalho nesta área há muito tempo e nunca tive a oportunidade de participar de campanhas como esta, conta. Pode ter certeza que vou batalhar muito para tentar não ficar fora dela no próximo período, antecipa a consultora. Trabalho conjunto Os consultores vencedores são unânimes em atribuir parte considerável dos bons resultados aos parceiros e colegas de trabalho. Atribuo a todos os clientes que confiaram em nosso trabalho e nos deram oportunidade de novos negócios em 2009 e também a nossa equipe de Belo Horizonte, pois sem o apoio de todos, eu não conseguiria conquistar este reconhecimento, admite Viviane. Para Nugerina, vontade, motivação, relacionamento e o desafio de vencer a competição o levaram à conquista. No entanto, ele agradece àquela que chama de Família Atlas por lhe dar todas as condições de trabalho e aos amigos de São Paulo e das demais filiais. Sem a colaboração de todos, com certeza não chegaria aonde cheguei, afirma, acrescentando que, em 13 anos, esta foi a primeira vez que um consultor de São Paulo venceu a competição. 06 08 09

Por dentro da Atlas Por dentro da Atlas Mais espaço, mais qualidade Atlas investe R$ 800 mil na adequação das instalações da filial pernambucana para melhorar atendimento aos clientes Brava gente! Se não fosse pela rápida atuação em conjunto de brigadistas e colaboradores, balão de festa junina que caiu nas dependências da matriz da Atlas, em São Paulo, poderia ter provocado grandes estragos Njunina no pátio da empresa, no final do mês de junho, incendiando quatro carretas. No dia 14 de julho, a Atlas prestou homenagem a 22 colaboradores da matriz, em São Paulo, que atuaram de prontidão e com muita eficiência no combate às chamas provocadas pela queda de um balão de festa Na oportunidade, foram entregues diplomas de honra ao mérito aos funcionários que ainda receberam palavras de carinho e agradecimento por parte de Célia Maria Megale Biagiotti, diretora financeira, e Paulo Roberto Rosa, gerente de Recursos Humanos da Atlas. Além disso, os colaboradores homenageados foram agraciados com um delicioso café da manhã. A unidade pernambucana da Atlas está de casa nova. Deixou Recife e agora se encontra instalada no município de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana e a apenas 18 km da capital. Cerca de R$ 800 mil foram investidos na adequação das novas instalações. De acordo com Roberto Collus Amado, gerente da filial pernambucana, o novo prédio possui três vezes mais espaço do que o edifício antigo. São atualmente 4.400 m 2 de área para armazenagem e 5.500 m 2 de área construída. O espaço foi adequado às necessidades específicas de nosso negócio, resultando em uma capacidade maior de movimentação de produtos e melhores condições de atendimento aos clientes, afirma Amado. Tanto é assim que, a partir da mudança, a média de volume operado saltou de 3,5 mil toneladas para 5 mil toneladas, ou seja, um aumento expressivo de quase 45%. Além disso, o aumento da área reflete diretamente na qualidade do serviço prestado pela Atlas, tanto nas coletas, quanto nas entregas e manuseio das cargas e produtos, afirma Amado. Com isso contribuímos não apenas para o aumento dos negócios da companhia, mas para o incremento do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste, que está hoje acima da média nacional, celebra o gerente, destacando que a filial de Recife atende a 185 municípios nordestinos. Também estiveram presentes à cerimônia realizada no auditório da matriz diversos membros da diretoria da Atlas, entre eles, Antonio Aurélio Megale e Maria Afonsina Megale Rezende dos Santos, além de gerentes e colegas de trabalho. Colaboradores homenageados: Alessandro Luiz Pereira Francisco Alencar da Silva Angelo Roberto Gomes Gilmar Aparecido Alves Antonio João de Souza Hélio Marques Queiroz Ferreira Arnaldo Gomes dos Santos Jucélio Assis Alves Garrido Benedito Morais Machado Leandro Ap. Ramos de Souza Deval Feitosa Freires Leonardo Lopes Ursulino Djalma Gomes Ramalho Mauro de Mendonça Costa Ednaldo José Herculano Reginaldo de Oliveira Ednaldo Rodrigues do Nascimento Ronilson Rodrigues dos Santos Edson Gomes da Silva Sandro Rogério da Cruz Fábio Ricardo Moreira Rios Sebastião Fabiano da Silva 10 11

Logística é isso Logística é isso D cr qui ao arremate Como quem confecciona uma peça de roupa, prestar serviços no setor de transportes e logística exige alto grau de conhecimento sobre o core business do cliente para oferecer serviços que agreguem valor à relação MMais do que uma parceira na área de logística e transporte de produtos, a Atlas vem reforçando o relacionamento com seus clientes por meio da oferta de serviços ao longo de toda a cadeia de suprimentos. Independentemente da área de atuação dos clientes, a empresa desenvolve e implementa soluções personalizadas conforme suas necessidades. Bons exemplos desta relação de parceria e comprometimento em ajudar a somar valor ao negócio do cliente são os serviços prestados à fabricante de lentes de contatos, soluções e produtos farmacêuticos Bausch & Lomb (B&L) e à companhia de impressoras e soluções tecnológicas Oki Data. 12 Na Oki, por exemplo, são profissionais da Atlas que realizam a instalação de placas nas impressoras e testam seu funcionamento. A partir do momento em que reduzimos a complexidade da cadeia logística de nossos clientes, somamos valor a ela, reduzindo custos, prazos e melhorando o nível geral de seus serviços, observa André Almeida Prado, diretor da Divisão Logística. Além da montagem e teste de placas, a Atlas responde também pelo chamado serviço de nacionalização de itens da Oki, em que estão incluídas a etiquetagem com informações sobre cada produto, empresa e data de validade, bem como a triagem, limpeza do material de logística reversa, substituição de cabos de energia e configurações de placas conforme solicitação do cliente. Segundo Almeida Prado, há atualmente três pessoas da Atlas dedicadas a essas atividades. Existe uma variação na alocação de pessoas conforme a demanda do cliente, explica. Já no caso da Bausch & Lomb, os serviços de valor agregado implicam a montagem de kits. Aqui, a oferta varia desde a embalagem para um produto específico até a montagem de kits nos quais produtos diferentes são vendidos conjuntamente. Os benefícios atrelados a essa operação consistem na agregação de valor ao produto, adequando a embalagem de acordo com a necessidade. Além disso, há benefícios com a possibilidade de atendimento da demanda em um menor prazo, afirma Fabrício Almeida, gerente de projetos da Divisão Logística. De acordo com o executivo, há hoje um efetivo de 24 pessoas dedicadas à montagem de kits da B&L. A Atlas executa os serviços com gerenciamento de operações e de mão de obra. Em ambos os casos, por meio do gerenciamento destes tipos de atividades pela Atlas, as empresas conseguem se dedicar aos processos principais de seu negócio, promovendo ganhos financeiros e de imagem, tendo em vista que não há necessidade de contratação de outra empresa ou equipe adicional para realização e gerenciamento desses serviços, comenta o gerente de projetos. Para esses dois clientes, os serviços variam de 50 a 200 mil unidades por mês. No entanto, a Atlas especializou-se em entender as necessidades dos clientes e em desenvolver projetos que atendam a suas demandas operacionais, sempre com foco na redução de recursos (lean service). A companhia investe na especialização de sua equipe de projetos e no estreito relacionamento com seus clientes de forma a entender melhor suas necessidades e prover uma melhor solução. Sem mencionar números específicos, o executivo assegura que o nível de redução de custos depende do grau de maturação da operação do cliente, das possibilidades existentes de melhoria no processo e de sua real implementação. 13

Carga segura CT-e: ganhos para todos os envolvidos Desde que adotou o novo modelo nacional de autorização do transporte de cargas, criado pela Receita Federal em 2006, Atlas já economizou R$ 550 mil com a redução dos custos para confecção de formulários EEm junho de 2009, a Atlas aderiu oficialmente ao novo modelo nacional de autorização do transporte de cargas, criado pela Receita Federal em 2006. A partir dali, o antigo Conhecimento Rodoviário de Transporte de Carga (CRTC), que era impresso em diversas vias e tramitava fisicamente, passou a dar lugar, gradativamente, ao Conhecimento Eletrônico (CT-e). Pouco mais de um ano após o início das implementações, os benefícios produtivos e financeiros são evidentes e para lá de expressivos. A redução dos custos de confecção de formulários rendeu à empresa uma economia anual de aproximadamente R$ 550 mil, garante Wilton Teixeira Fernandes, gerente de Contabilidade da Atlas. Além disso, de acordo com o gerente, os gastos com Correios para entrega das faturas foram reduzidos, gerando economia de R$ 380 mil aos cofres em apenas um ano. E os benefícios vão além dos financeiros. Ganhos intangíveis, incluindo mais agilidade no despacho de mercadorias, melhoria na imagem da transportadora, impacto ambiental com redução do consumo de papel e incentivo e padronização do relacionamento entre empresas estão entre as vantagens geradas pelo CT-e. À frente do setor Ainda que o governo não tenha uma data determinada para que o modelo passe a ser obrigatório em todos os estados brasileiros, a Atlas antecipouse e promoveu a implementação contínua em suas mais de 40 filiais distribuídas pelo País. A implementação teve início na filial de Ribeirão Preto, no interior paulista. Já ao final de setembro, todas as unidades do estado de São Paulo operavam sob o novo sistema. Em junho, foram concluídas as implantações em quatro filiais: Aracajú (SE), Natal (RN) e nas duas do Maranhão São Luiz (MA) e Imperatriz (IP). Com elas, hoje são 27 unidades com o CT-e integralmente implementado. Segundo Fernandes, as três filiais paranaenses Pinhais (PR), Londrina (LD) e Cascavel (CS), têm o sistema de CT-e em testes, aguardando decisões técnicas para entrar em produção. Além delas, até o final de agosto deste ano outras quatro filiais duas no Rio de Janeiro, uma no Mato Grosso do Sul e outra em Pernambuco serão liberadas pela Secretaria da Fazenda para entrar em produção. Pioneirismo oficialmente reconhecido O pioneirismo da Atlas no Rio Grande do Norte e em Sergipe teve repercussão positiva nos órgãos oficiais do governo. No dia 1º de junho, a empresa deu início à emissão do CT-e em ambas as filiais. No rio Grande do Norte, na mesma data, recebeu do auditor fiscal da Secretaria de Estado da Tributação uma carta de reconhecimento. No documento, José Martins da Silva Filho disse acreditar que a Atlas iniciará uma nova forma de gerenciar o transporte de cargas no estado, estimulando outras unidades federais a se engajar no projeto CT-e. Além dos benefícios de negócios gerados pela adequação ao CT-e, a empresa ganhará ainda mais credibilidade, confiança e respeito junto ao Fisco, Por dentro do CT-e Coordenado pelo Encontro Nacional dos Administradores e Coordenadores Tributários Estaduais (Encat) e regido pela Secretaria da Fazenda, o projeto da CT-e tem como finalidade a alteração da sistemática atual de emissão do conhecimento de transporte em papel, por conhecimento de transporte eletrônico com validade jurídica para todos os fins. Na prática, ele substitui a emissão de documentos impressos em papel para autorizar e declarar eletronicamente os serviços de transporte de carga interestadual e intermunicipal. Por meio do envio de arquivos eletrônicos, o CT-e permite que o fisco acompanhe de perto estes tipos de operação, garantindo mais confiabilidade e segurança às informações fornecidas pelas transportadoras. Com a introdução do CT-e, a comunicação entre as transportadoras, seus clientes e os órgãos públicos que regulamentam os processos mudou. Agora a clientes e mesmo perante a concorrência, afirma Carlos Ozogovski, gerente da filial de Natal. Em Sergipe, o reconhecimento veio da Secretaria da Fazenda. A Sefaz parabenizou a Atlas, informando que o processo da implantação foi um sucesso, contou Simião Alves dos Santos, gerente da filial de Aracajú. O sistema propiciou um processo eficaz do faturamento de nossos fretes com encaminhamento automático das faturas via e-mail, garantindo, assim, melhor resultado no nosso prazo de recebimento, afirmou o gerente, acrescentando que a unidade e a equipe sentiramse orgulhosas por usar uma tecnologia de ponta com pioneirismo no estado de Sergipe. transportadora deve enviar o documento eletrônico para a Secretaria da Fazenda do Estado de origem da mercadoria. Esse arquivo deve apresentar as informações fiscais da prestação de serviços e uma assinatura digital que confirma a responsabilidade da empresa perante os dados fornecidos. Depois de fazer uma pré-validação do arquivo, a Secretaria emite, em tempo real, um protocolo de recebimento e autorização de uso do documento. Cabe também à Secretaria enviar esse mesmo arquivo para a Receita Federal, entidade responsável pelo arquivamento de todos os conhecimentos emitidos no País. Mediante a aprovação, a transportadora encaminha o CT-e ao cliente para que a entrega da mercadoria seja concluída. A Secretaria da Fazenda ainda disponibiliza uma chave de acesso ao documento na internet para que as empresas fornecedoras e compradoras dos produtos consultem a autorização e conteúdos dos processos de determinado serviço. 14 15

Capa Capa Legado que não acaba Maioria no mercado, companhias familiares como a Atlas vencem os desafios da globalização e profissionalização de suas gestões e encontram fórmulas próprias para sustentar o crescimento UUm estudo realizado pela Fundação Dom Cabral, concluído em 2008, estima que 95% das empresas existentes hoje no Brasil são controladas por famílias. Este contingente seria responsável por mais de 50% do PIB (Produto Interno Bruto) e mais de 75% dos empregos gerados no País e, mais que isso, já conta com uma lista de companhias que podem ser chamadas de longevas, sob o comando das mesmas famílias há três ou quatro gerações. Em comum, estas empresas têm a mesma história. De acordo com a professora Elismar Álvares, coordenadora da pesquisa, todas elas apresentam trajetórias bastante semelhantes. As empresas com mais tempo de vida foram criadas há aproximadamente meio século por empreendedores visionários; cresceram e diversificaram seus investimentos para outros negócios; ao longo desse tempo, a família fundadora manteve o controle acionário e deseja manter essa posição para as gerações seguintes, explica a professora. 16 Para chegar a este estágio, estas empresas enfrentaram os mesmos desafios que hoje se colocam para as companhias familiares mais novas. Albírio Gonçalves, consultor da Cynal, especializado em gestão, lembra que os desafios são muitos. O principal: separar as questões familiares dos negócios. É fundamental que a família compreenda que a empresa não existe para atender às suas necessidades, afirma. Resumindo, a razão de existir de qualquer empresa é gerar resultados e expandir seu negócio. Outros desafios colocados por Gonçalves: implementar uma gestão profissional, adotar práticas de governança, eliminar riscos legais e instituir a meritocracia na gestão, capacitando os sucessores. Tudo isso, na maioria das vezes, contando com a própria experiência. É o caso da Atlas, cujo comando está na terceira geração, já com membros da quarta nos quadros de colaboradores. Francisco Martim Megale, presidente da empresa, afirma que o grande desafio enfrentado até aqui foi ter na gestão pessoas competentes e comprometidas com os resultados, levando em conta a capacidade profissional, independentemente de pertencer à família, ser sócio ou herdeiro. Temos de conseguir administrar esses fatores, mantendo a união da família em prol do negócio, ressalta. Com a cartilha em dia Alcançar este equilíbrio depende, e muito, do fundador. Segundo Albírio Gonçalves, o primeiro desafio é formar o que ele chama de família empresária. O segundo passo é capacitar herdeiros e sucessores, mesmo que alguns deles não trabalhem na empresa. É melhor ter um herdeiro fora do negócio que não atrapalhe do que um que não entenda nada e atrapalhe os gestores, As empresas com mais tempo de vida foram criadas há aproximadamente meio século por empreendedores visionários Elismar Álvares, Fundação Dom Cabral diz. Por fim, é preciso estabelecer regras para que os familiares possam trabalhar na organização. A avaliação de desempenho dos profissionais que atuam em uma empresa é fundamental. A partir dela, podem ser planejadas e executadas ações para o aperfeiçoamento do nível da gestão e da carreira dos funcionários, observa Eduardo Najjar, consultor na área de empresas familiares e professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Também é importante que existam regras para a entrada, permanência e saída de familiares da companhia para que seja um critério justo a ser aplicado a todos os herdeiros que quiserem trabalhar na empresa, acrescenta. Francisco Megale afirma que o principal fator que alavancou o sucesso da Atlas foi a base familiar deixada pelos fundadores Lauro Megale e Afonsi- 17

Capa Capa na Reis Megale (leia homenagem à fundadora na página 38). Atualmente, o processo de sucessão é feito por meio do desenvolvimento e da capacitação das pessoas. É dessa forma que a Atlas sempre conduziu seu processo sucessório ao longo de 58 anos de existência, diz o empresário. A receita a coloca no mesmo patamar da maioria das grandes empresas mundiais que tiveram origem familiar. Não por acaso, a companhia tem hoje nove membros da família em seus quadros seis deles em cargos executivos. Todos os diretores da divisão de transportes são da família, enquanto a divisão de logística é comandada por um executivo do mercado. Nossa avaliação abrange todos os profissionais, sem distinção, lembra. O modelo tem o aval de Albírio Gonçalves. Ele lembra que a meritocracia é um dos fatores mais importantes e que empresas que a adotam passam um recado muito importante para funcionários, fornecedores e mercado. Não importa se o colaborador é parente, o importante é que seja competente. Processos formais de avaliação auxiliam uma boa gestão e demonstram preocupação com o desempenho e a perenidade do negócio, diz. Gonçalves ainda ressalta que contar com executivos que não sejam membros da família é muito importante. Eles trazem visões e experiências de outros mercados, que podem ser significativas para o sucesso do negócio. Mas isso não quer dizer que há problemas em um quadro de diretores 100% familiar, desde que sejam capacitados e reconhecidamente competentes, explica. Não importa se o colaborador é parente, o importante é que seja competente. Albírio Gonçalves, Consultor da Cynal Gonçalves, da Cynal, lembra que, para alguns empresários, é difícil reconhecer que nem todos os seus herdeiros nasceram com a vocação necessária para assumir os negócios da família, mas eles precisam estar conscientes que, hoje, o mercado não admite amadorismos. Por conta disso, o consultor sugere: planejar criteriosamente o processo de sucessão; iniciar o processo com antecedência, quando o fundador ainda é ativo no negócio; profissionalizar a gestão; não impor o sucessor, que deve conquistar o posto por méritos profissionais; Participação das empresas familiares no mundo Portugal 70% Reino Unido 75% Espanha 80% Suíça 85-90% Brasil 95% EUA 96% Itália 99% Fonte: Empresas Familiares Longevas Fundação Dom Cabral, 2008 Formação de herdeiros Está claro que a continuidade de uma empresa familiar depende, basicamente, da continuidade da árvore genealógica. Por isso é fundamental que os fundadores saibam formar e preparar seus herdeiros. Segundo Domingos Ricca, da DS Consultoria Empresarial e Educacional, o primeiro passo é compreender que, nem sempre, o sonho do pai é o sonho do filho. É preciso que o herdeiro frequente a empresa, a conheça e estabeleça afinidade com o negócio. Mesmo que ele não tenha interesse em trabalhar, ele será o sócio de amanhã, explica. Esta afinidade é importante porque, quando a companhia tiver um conselho de administração, o herdeiro será parte dele, mesmo que não trabalhe, e terá conhecimento sobre as estratégias da companhia. É a afinidade que vai determinar o zelo do herdeiro para com o negócio, diz. não querer acomodar todos os herdeiros na empresa; não misturar família, negócio e patrimônio; estar aberto para ouvir a experiência e os conselhos do fundador, que deve estar aberto às novas ideias do sucessor. Linha do tempo da Atlas Anos 50 Fundação da Atlas Anos 70 A companhia contrata três diretores executivos Anos 80 Com o falecimento do fundador, em 1979, os filhos formam um comitê decisório para comandar a empresa Anos 90 O modelo de gestão é reestruturado com a criação da holding, do Conselho de Administração e das diretorias executivas das empresas controladas, valendo até os dias de hoje 18 19

Express >>> Corrida pelo bem-estar Em mais uma de suas iniciativas de incentivo à qualidade de vida, a Atlas assinou um acordo para patrocinar o grupo Quality Solution Running Team em 12 provas de corrida de rua ao longo de 2010. Com cerca de 40 atletas, a equipe é constituída por corredores amadores que recebem treinamento e acompanhamento técnico da Quality e por jovens carentes que completam o grupo. >>> Ajuda ao Nordeste No início do inverno, fortes chuvas castigaram cidades de Pernambuco e Alagoas. Mais de 180 mil pessoas perderam tudo o que tinham. Para auxiliar essa população, o Centro de Tradições Nordestinas (CTN) de São Paulo organizou, em parceria com a iniciativa privada, uma campanha para arrecadar alimentos e doações em benefício Express dos atingidos. O CTN contou com o apoio da Atlas que ajudou com aquilo que sabe fazer de melhor: organizar o recolhimento e a entrega de tudo o que foi doado. Ao todo, foram arrecadadas 28 toneladas de doações, entre roupas, cobertores, calçados e mantimentos. O patrocínio de empresas como Atlas é muito importante. Toda a verba arrecadada dos patrocinadores é revertida para a confecção de uniformes de treino, compra de materiais esportivos, auxílio a atletas carentes na compra de calçados e inscrições em provas, revela Gustavo Póvoa Foglia, sócio da Quality. Neste ano, o grupo já participou de cinco provas três em São Paulo, uma em Ilhabela e uma no Rio de Janeiro. Além da Atlas Transportes & Logística, conta com o apoio e patrocínio do Hospital CEMA, Hospital Villa Lobos e Pathos Diagnósticos Médicos. >>> Haja emoção! A Atlas entende a importância da parceria com seus clientes e, por conta disso, investe continuamente nesse relacionamento. A participação como patrocinadora da etapa do Rio de Janeiro da Stock Car comprovou esta visão, uma vez que reuniu 20 pessoas, incluindo representantes de clientes como Casa Granado, Mantecorp e Forever Living para uma manhã de domingo diferente, com direito a visitas às áreas dos boxes e paddock. Fomos a primeira empresa de logística e transportes no Rio de Janeiro a patrocinar uma prova de automobilismo, afirma Ricardo Cunha, gerente da filial carioca. É uma área correlata, que envolve o mundo dos veículos, o aspecto logístico e a competitividade, complementa. >>> Para ver e ser vista A FCE Pharma e FCE Cosmetique, uma das maiores feiras do setor farmacêutico da América Latina, comprovou sua importância como palco de tendências, negócios e encontros de relacionamento para o País e para a região. Em sua 15ª edição, o evento recebeu mais de 25 mil profissionais vindos de todas as partes do mundo em uma área recorde de 30 mil m2 8% maior do que a ocupada em 2009. Realizada em São Paulo, em maio, a FCE Pharma foi ponto de encontro para expositores estreitarem o relacionamento com clientes, apresentar inovações, produtos e serviços. Antenada aos rumos do setor, a Atlas marcou presença com um estande próprio. Nossas equipes de vendas da Logística e Transportes, bem como a diretoria, recepcionaram os visitantes em um espaço atraente, conta Nilson Sanches, gerente comercial da filial de São Paulo. A feira teve como objetivo atrair representantes das indústrias farmacêuticas e de cosméticos para apresentar-lhes os principais lançamentos para a cadeia de produção desses setores. Desde 2005, a Atlas não participava da FCE Pharma. Com o aquecimento da indústria, porém, a empresa entendeu que era o momento de retornar à feira. Tivemos um excelente crescimento de nossa carteira de clientes no segmento farmacêutico no ano de 2009. A FCE Pharma representou uma oportunidade para não apenas apresentar a Atlas aos visitantes, mas também para fortalecer parcerias comerciais, analisa o gerente. 20 21

História viva QQuando achou que já tinha feito de tudo nessa vida, aos 61 anos, arrumou emprego como vendedor. A experiência na área comercial era relativamente pequena se comparada a de muitos jovens da época. Mas Rafael, hoje aos 93 anos, não hesitou um segundo sequer para construir nova carreira. Embarcou na oportunidade oferecida pela família Megale e hoje é o mais experiente consultor de vendas da Atlas, com 32 anos de casa. Quando a vida recomeça aos 60 Se para muitos adentrar à melhor idade é motivo obrigatório para pendurar as chuteiras, o que dizer de alguns atletas que, nessa fase da vida, ainda descobrem outros campos para jogar e continuam marcando muitos gols? Cheguei à empresa graças à indicação de um cunhado. Perguntaram a ele se eu não era muito velho para o cargo (risos). Eu possuía alguma noção sobre vendas, uma vez que tive negócio na área farmacêutica. Não era assim um expert, mas a vivência falou mais alto. Entrei na matriz, em São Paulo e, depois, fui trabalhar na filial da Atlas em Fortaleza, onde obtive grandes resultados, lembra Spacachrechi, casado pela segunda vez, pai de três filhos, com quatro netos e uma bisneta. Nascido em Mogi das Cruzes (SP), o colaborador conta que começou a trabalhar ainda adolescente, aos 13 anos, ao término do Grupo Escolar. Foi convidado por três advogados para prestar serviços em um escritório na Praça da Sé. O direito me encantava. Sempre sonhei em ser advogado, mas nunca tive a oportunidade de cursar uma universidade. Antigamente, era mais fácil conseguir um bom emprego, mesmo sem grandes estudos. Ainda assim, nunca me acomodei e investia no meu principal hábito: a leitura de grandes clássicos, diz. Spacachrechi se confessa fã dos contos de Edgar Allan Poe e dos romances de Júlio Verne, dois de seus escritores prediletos. Quando criança, procurava reunir amigos em sua casa para contar histórias, estimulando o gosto pela literatura em todos. Percebia que, com isso, eles melhoravam o desempenho na escola. Outra grande paixão é a sétima arte. Sou da época do cinema mudo, no qual era preciso, muitas vezes, molhar a tela de projeção para enxergar melhor as legendas, recorda. Tempo de adaptações Com quase um século de vida, Rafael atravessou períodos da história marcados, inclusive, por guerras mundiais, queda de regimes de governo, políticas econômicas, entre outros acontecimentos. Um dos que mais marcou sua vida foi a Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, quando um sócio do escritório de advocacia onde trabalhava foi morto, o que resultou no fechamento do negócio. Aquilo seria o estopim para que minha carreira seguisse para outras áreas. São Paulo, naquela época, tinha apenas 600 mil habitantes e pouca gente vislumbrava o crescimento absurdo que a metrópole teria nos próximos anos, afirma. Ele também se recorda dos tempos de atleta, em que remava nas águas límpidas dos rios Tietê e Tamanduateí. Não havia nenhum tipo de preocupação com a preservação dos recursos naturais. Todos acreditavam que aquilo tudo duraria para sempre e hoje pagamos um alto preço por isso, pontua o colaborador que ainda mantém viva a rotina de exercícios físicos diários, fazendo caminhadas e flexões todas as manhãs. Quando perguntado sobre as principais mudanças que encarou no ambiente de trabalho ao longo desses anos, Spacachrechi cita os meios tecnológicos como principais agentes de inúmeras transformações. Eles dinamizaram processos e enriqueceram História viva a qualidade. Antigamente, as relações comerciais, por exemplo, eram feitas apenas pessoalmente, de porta em porta. Hoje, usamos os meios eletrônicos para isso, compara o funcionário que visita cerca de oito clientes da Atlas por dia e é visto pelos amigos como um contador de histórias. Sou uma enciclopédia ambulante e não pretendo me aposentar tão cedo. Uma das terapias do homem é o trabalho e quem goza de saúde, maior dádiva que Deus nos deu, não pode parar. Nossa mente é quem guia o corpo e todo o resto. Por isso devemos sempre ser analistas de nós mesmos. Autoconsciência é fundamental para a longevidade, conclui. 22 23

Inovação Inovação Informações padronizadas, conhecimentos compartilhados Até algumas décadas atrás, era impensável reunir colaboradores de estados longínquos para treinamentos e cursos de capacitação. Com o avanço da tecnologia, isso se tornou uma realidade cada vez mais presente e útil à agitada vida corporativa M Modernização, economia, eficiência e padronização da informação. Estes são alguns dos motivos que levaram a Atlas a adotar, no início deste ano, a tecnologia via satélite para ministrar treinamentos a seus funcionários e colaboradores em todo o Brasil. Em janeiro, a companhia implementou as ferramentas de comunicação e conferência da Unyca e, desde então, ministra treinamentos em tempo real e simultaneamente para um grande número de profissionais. Foi uma excelente forma de garantir a disseminação uniforme do conhecimento entre os colaboradores, afirma Paulo Rosa, gerente de Recursos Humanos. Até então, cada filial ministrava treinamentos próprios com base em apresentações colocadas à disposição na rede da empresa, lembra o gestor. Para Pedrina Bezerra Duarte, analista de RH da Atlas, os treinamentos via satélite traduzem a inovação existente dentro da empresa. Ela explica que eles são realizados em estúdio, suportados por uma infraestrutura de transmissão ao vivo. As filiais possuem pontos habilitados para receber sinais, com antenas e decodificadores que nos possibilitam transmitir exatamente a mesma mensagem, ao mesmo tempo, para um grande número de pessoas, detalha Pedrina. A fim de garantir o sucesso da iniciativa, a Atlas modernizou salas de treinamento em diversas de suas unidades espalhadas pelo Brasil. Atualmente, 22 filiais, além da matriz, em São Paulo, contam com salas equipadas com televisores LCD, equipamentos de datashow e DVD player. Adesão maciça Totalmente habilitadas para as transmissões via satélite, desde que a tecnologia foi adotada, em janeiro de 2010, as filiais já receberam seis treinamentos virtuais: excelência no atendimento ao cliente, segurança do trabalho, DAT (Departamento de Assistência Técnica), logística, PPA (Programa de Produtividade Atlas) e regras para utilização de e-mail corporativo. Este último foi importantíssimo, afirma Pedrina, acrescentando que muitos funcionários utilizavam os e-mails como uma ferramenta pessoal, com papéis de carta nada corporativos, por exemplo. É claro que isso ainda acontece, mas com uma frequência muito menor. Além disso, quando ocorre, a questão é imediatamente resolvida, garante. Em apenas seis meses mais de 4.750 funcionários foram capacitados em pelo menos um desses treinamentos. É muito interessante perceber como os funcionários reconhecem a tecnologia como uma ferramenta importante não apenas para a empresa, mas para eles próprios, diz Pedrina. A constatação, segundo a especialista em recursos humanos, vem de pesquisas realizadas com os colaboradores. Eles revelam que gostam deste modelo de treinamento e que aprendem com ele, celebra. 24 25

Capital humano Capital humano O colaborador então tinha a sua ação avaliada e os especialistas explicavam aos presentes as implicações de um posicionamento incorreto, por exemplo. Foi uma ação de introdução básica e objetiva ao tema. Todos os que estavam na planta nos dias e horários dos treinamentos foram convidados a participar, afirma Ferreira Neto. Conhecimento em prol da segurança Cada vez mais, as brigadas tornam-se estruturas importantes dentro das organizações na prevenção e combate a focos de incêndio VVocê sabe manusear um extintor de incêndio? sobre o manuseio dos extintores, detalhando os Conhece os diferentes tipos de extintor? Sabe diferentes tipos de equipamento e a aplicação de como identificar e quando utilizar cada um deles? cada um deles (veja box ao lado). Além da descrição das três classes de extintores presentes Estas foram apenas algumas das perguntas respondidas pelos especialistas em segurança do dos e como as pessoas devem agir em situações na Atlas, explicamos como eles devem ser utiliza- trabalho da Atlas durante o treinamento de uso de de risco, detalha Ferreira Neto. extintores de incêndio. Entre os dias 26 de abril e 3 de maio foram realizadas diversas apresentações em diferentes horários e turnos para esclarecer e orientar os funcionários e colaboradores da empresa sobre a importância de conhecer os procedimentos a serem adotados no combate a princípios de incêndio. Aqueles que participaram dos treinamentos também foram submetidos a atividades práticas: bexigas de diferentes cores indicavam uma categoria de incêndio. Os funcionários deveriam pegar o extintor, destravá-lo e descarregá-lo corretamente sobre o suposto foco. Cerca de 300 pessoas aceitaram o convite e compartilharam o conhecimento com os especialistas em segurança. Muitos sabem o que é o extintor, mas poucos sabem como destravar e manusear o equipamento. Princípios de incêndio podem tomar grandes proporções por falta desse conhecimento, somado ao desespero do indivíduo, diz Ferreira Neto. Um treinamento deste tipo traz resultado em situações de emergência e o episódio do balão que caiu na Atlas é a prova disso, observa. Conhecimento colocado em prática No dia 28 de junho, a seleção brasileira de futebol despediu-se da Copa do Mundo após perder para o time da Holanda por 2 a 1. Por si só este seria um bom motivo para que os funcionários e colaboradores da Atlas, que assistiram à partida na empresa, desejassem apagar a data do calendário. Mas eles ganharam outra boa razão para querer esquecer aquele dia: um balão caiu na mata próxima ao pátio de estacionamento, incendiando quatro carretas da companhia. O acidente só não ganhou proporções maiores graças ao recente programa realizado pela equipe de Extintores e suas aplicações Categoria Aplicação Identificação (nome) Classe A Classe B Materiais sólidos (papel, madeira, plástico etc.) Líquidos inflamáveis Água pressurizada AP Pó químico seco PQS segurança do trabalho. Quando os bombeiros chegaram ao local, o incêndio havia sido controlado pelos funcionários que estavam na companhia no momento em que o balão caiu, relata Ferreira Neto. De fato, a coragem e o comprometimento dos colaboradores, entre os quais também estavam membros da brigada de incêndio, da frota, profissionais de segurança e de manutenção da companhia, foram dignos de agradecimentos e, mais do que isso, de elogios do próprio Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, quando suas viaturas chegaram ao local o fogo já tinha sido controlado, restando às equipes executarem as tarefas de rescaldo e vistoria. Identificação (cor) Verde Vermelho Identificação (símbolo) Segundo Jaci Ferreira Neto, técnico de segurança do trabalho e um dos profissionais que conduziu os treinamentos, foram feitas palestras teóricas Classe C Origem elétrica Gás carbônico CO2 Azul 26

Capital humano Redes sociais: aliadas ou inimigas? Integração entre espaços profissional e pessoal exige cuidados dos usuários em ambientes virtuais como Twitter, Orkut e Facebook NNos últimos meses, a imprensa divulgou alguns casos de pessoas que tiveram suas vidas profissionais afetadas por seu comportamento em redes sociais. Em um dos episódios mais conhecidos, o indelicado ao recusar um convite? diretor comercial da Locaweb, Alex Glikas, perdeu o emprego depois de ofender a torcida do São Paulo Futebol Clube, na época patrocinado pela própria companhia. A reação dos torcedores aos comentários postados por ele no Twitter o levou a pedir demissão. O caso tornou-se referência por ser um dos primeiros a levar à demissão um executivo e por demonstrar o crescimento do alcance das redes sociais no dia a dia das pessoas. Mais que isso, conduziu várias empresas e profissionais a questionar os limites entre os mundos real e virtual e os perfis pessoal e profissional. Este questionamento trouxe algumas conclusões e a divulgação de práticas que começam a tornarse comuns. Com o crescimento e o uso cada vez mais constantes das redes sociais, é bom conhecê-las. Por exemplo, se você está conectado nas redes, sejam elas profissionais, sejam pessoais, é muito provável que você tenha recebido dezenas de convites para integrar a comunidade de pessoas com as quais não tem contato algum. O que fazer, então, uma vez que você não quer parecer Primeiramente, é preciso conhecer e respeitar o perfil de cada rede. O Orkut, por exemplo, é uma rede social pessoal, onde só devem ser adicionados amigos ou parentes. Outras, como o Facebook, podem ser utilizadas de acordo com o perfil que o usuário definir: se for considerada uma rede profissional, só deve conter informações dessa natureza. Já em sites como o LinkedIn ou o Plaxo, mais voltados à rede de contatos profissionais, é recomendado que a pessoa adicione todos aqueles que a convidam. Nestes casos, a rede funcionará melhor quanto maior for. De todo modo, é sempre bom lembrar que estas são uma importante fonte de contatos e plataformas para conversas, mas, como no mundo real, é preciso tomar cuidado para não incomodar os outros membros. O problema é que, por estar escondida atrás do computador, muita gente exagera. Para evitar isso, vale a pena seguir algumas regras: 1 cuidado com jogos on-line só envie convites para aplicativos como o Farmville, para pessoas que você realmente conhece. Se elas não responderem, não insista e lembre-se que mesmo os que concordarem não o farão de imediato. 2 cuidado com os comentários é preciso estar atento a comentários descuidados no Twitter. Não escreva o que você não diria em público. Além disso, lembre-se de que o que você escrever, vai ficar gravado e será lido por muita, muita gente. 3 gerencie bem seus grupos se você participa de vários grupos de discussão, preste atenção para não enviar a mesma mensagem a todos eles. Assim como você, mais pessoas podem participar de mais de um e ver o mesmo texto repetido várias vezes. Pode ser bem desagradável, além de parecer spam. Além disso, veja se está mandando as mensagens certas para as pessoas certas. 4 educação real vale no mundo digital é sempre bom evitar mensagens arrogantes, preconceituosas, insultos e textos escritos somente com letras maiúsculas. Se vai dar uma opinião, procure justificá-la bem. 5 nem pense em perfis falsos criar um perfil falso não é uma homenagem, mas um modo de irritar seus seguidores. O ideal é agir na rede com o mesmo comportamento que se tem pessoalmente. Empresas também devem seguir regras Empresas que tenham perfil em redes sociais também devem seguir regras de boa convivência. Neste caso, as regras de etiqueta são adaptações daquelas que as empresas utilizam rotineiramente nos negócios e no relacionamento com clientes e parceiros. Diante disso, também valem as dicas: Identifique-se quando uma empresa utiliza uma rede social para comunicar-se com seus clientes e parceiros é essencial que ela se identifique de forma clara, evitando o anonimato. Isto é necessário para manter a confiança e credibilidade da empresa perante os membros da rede social utilizada, ou seja, não é possível confiar em quem não se identifica. Não deprecie ou ataque seus concorrentes tal como na vida real, no mundo virtual as pessoas consideram falar mal ou atacar concorrentes uma prática muito negativa, que prejudica mais a imagem da empresa que adota essas práticas do que a dos concorrentes atacados ou depreciados. Evite exageros no uso de publicidade um pecado mortal é o uso excessivo de propaganda ou mensagens publicitárias. O excesso pode provocar o boicote dos membros da rede social utilizada contra aquela empresa, resultando em prejuízos para a sua imagem. Seja ágil e interativo sempre que a empresa receber um questionamento, crítica ou comentário de um membro da rede, deve responder rápida e educadamente. Demorar para responder ou ignorar um comentário acabará provando o isolamento da empresa na rede social utilizada. Saber lidar com críticas a empresa não deve atacar queixosos, mas agredecê-los pela ajuda no aperfeiçoamento, fazendo deles seus aliados. 28 29

Atitude cidadã Atitude cidadã Fraternidade Irmã Clara ganha nova sede Depois de 28 anos no mesmo local, entidade especializada na assistência a portadores de paralisia cerebral muda para novas instalações e dobra capacidade de atendimento PPouca gente conhece o trabalho desenvolvido pela Fraternidade Irmã Clara (FIC) que, há quase três décadas, atende e abriga portadores de paralisia cerebral. Apesar de funcionar desde 1982 com a ajuda de empresas e voluntários, a FIC tinha capacidade para atender um número limitado de assistidos, funcionando em condições precárias embaixo do viaduto Pacaembu, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Em maio deste ano, o cenário começou a mudar. Com a ajuda de diversas empresas, a entidade inaugurou uma nova sede, com melhores instalações, dobrando sua capacidade de atendimento, passando de 34 para 70 pessoas assistidas. Com a entrada em funcionamento da nova unidade, no mês de maio, a FIC inicia outra fase em sua trajetória que começou por meio da atuação de um grupo de formandos do curso Aprendizes do Evangelho do Centro Espírita Discípulos de Jesus, liderado durante 14 anos pelo casal Gercy e Zélia Almeida Camargo. Mais que o atendimento, o objetivo do trabalho da Fraternidade Irmã Clara é promover a qualidade de vida por meio da reabilitação motora e cognitiva dos assistidos, valorizando seu vínculo familiar. Com este propósito, a entidade conseguiu reunir, ao longo dos anos, profissionais que prestam atendimento em fisiatria, hidroterapia, fisioterapia neuromotora e cardiorrespiratória, terapia ocupacional e fonoaudiologia. São 61 colaboradores das áreas de saúde, serviço social, enfermagem e administrativa. A estes, somam-se mais 150 voluntários. Desde sua fundação, todo o trabalho realizado pela FIC é feito com recursos próprios advindos de doações, campanhas, bazares beneficentes, eventos e também com o apoio de empresas cidadãs. Tijolo a tijolo Com o passar dos tempos e a ampliação das atividades, a estrutura montada sob o viaduto Pacaembu foi se tornando insalubre, o que levou à necessidade da construção de uma nova sede, que garantisse bem-estar e qualidade de vida aos assistidos. Além das ações desempenhadas no espaço anterior, as novas instalações contam com locais arejados, área para recreação e desenvolvimen- Ela lembra que a construção da nova sede teve início em agosto de 2008 e ressalta que a parceria com a Atlas foi fundamental para que o projeto saísse do papel. A construtora Tallento Engenharia, a Gate e todas as outras empresas que viabilizaram o projeto vieram por meio da indicação da Atlas. Depois do pontapé inicial, outras organizações adotaram a causa e ajudaram a concretizar esse sonho, diz. O novo espaço é apenas o começo do trabalho. Agora, teremos um desafio até maior pela frente, pois, com a capacidade de atendimento dobrada, a FIC vai precisar incrementar seus recursos financeiros que dependem principalmente das doações e da receita do bazar. Tudo isso para que a nova sede possa ser utilizada em sua plenitude, com- to de atividades terapêuticas para os assistidos. pleta Lauro Felipe Megale, diretor de Planejamento O que temos hoje é um lugar mais adequado às e Marketing da Atlas. necessidades deles e daqueles que ainda virão, pois iremos atender à fila de espera de pedidos de Quem quiser saber mais sobre o trabalho da Fra- internação, explica Emília Tanaka, coordenadora ternidade Irmã Clara e sobre como ajudar a insti- de adaptação de recursos da FIC. tuição, pode acessar o site www.ficfeliz.org.br 30 31

Atitude cidadã Atitude cidadã Em ritmo de festa EEstabelecido em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal, o Dia Nacional do Idoso, comemorado em 27 de setembro, marca uma série de reflexões a respeito da condição das pessoas com idades acima dos 60 anos em todo o Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a população mundial está ficando cada vez mais velha e, por volta de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta. O Brasil, que já foi celebrado como o país dos jovens, tem hoje cerca de 13,5 milhões de idosos, que representam 8% de sua população. O avanço da medicina e a melhora na qualidade de vida são as principais razões desse aumento da expectativa de vida. Apesar disso, ainda há muita desinformação sobre as particularidades do envelhecimento e muito preconceito e desrespeito em relação às pessoas da terceira idade. Lima arrecada doações e mobiliza apoio de voluntários para as atividades comemorativas do Dia Nacional do Idoso Por conta desse cenário, algumas instituições socioassistenciais têm atuado de maneira suplementar às esferas públicas, buscando equalizar recursos que permitam melhorar a qualidade de vida de população idosa, como é o caso do Lar Irmã Maria Augusta (Lima) e do Hospital Geriátrico, em Borda da Mata, no sul de Minas. A entidade prepara-se para mais uma edição da Semana do Idoso, que será realizada entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro. De acordo com Lúcia Maria da Silva, gerente administrativa do Lima, já estão sendo arrecadados donativos para as festividades, que contarão com shows musicais de artistas da região, inúmeras gincanas, além de visitas de escolas públicas e privadas aos idosos que habitam o local. É também um momento de conscientização sobre o papel deles em nossa sociedade, já que muitas famílias não atentam para esta questão. Todos podem colaborar com doações, diz. Para Analle Feltran, instituições como o Lima são de fundamental importância em função do profissionalismo e senso humanitário com os quais costumam atuar. Recentemente, a família dela procurou a entidade para pedir aconselhamentos médicos para o patriarca, Dirceu, com sérios problemas de saúde. Mesmo ele não sendo um paciente, fomos muito bem atendidos. Isso é digno de reconhecimento, enaltece a moradora. Colabore! As doações para as festividades da Semana do Idoso já estão em andamento. Os interessados em contribuir devem entrar em contato com a secretaria do Lima pelo telefone (35) 3445-1276. Corpos e corações aquecidos CCom a chegada do inverno e das temperaturas mais baixas, a Atlas fez surgir novamente, no mês de junho, a oportunidade de fazer o bem e doar aquelas peças de roupas e cobertores encostados em casa a quem realmente precisa. Pelo oitavo ano consecutivo, a empresa realizou a Campanha do Agasalho, na sede da matriz, em São Paulo (SP). A exemplo dos anos anteriores, em 2010, o volume arrecadado superou as expectativas, orgulhase Pedrina Bezerra Duarte, analista de Recursos Humanos e organizadora da campanha. Percebe-se que os funcionários estão cada vez mais envolvidos em prol da vida e da ajuda aos mais necessitados, avalia a colaboradora. Estação mais fria do ano mobiliza entidades assistenciais e iniciativa privada em nome da solidariedade Neste ano, a campanha coletou 430 peças de roupas e agasalhos, além de 85 pares de calçados. As doações foram realizadas em dois pontos de arrecadação, disponibilizados nas portarias dos setores operacional e de serviços da empresa. Segundo Pedrina, as peças serão destinadas às Casas André Luis, à Fraternidade Irmã Clara (FIC) e ao Lar Irmã Maria Augusta (Lima). Além dessas três instituições, elas aquecerão colaboradores terceirizados, que também foram ajudados, conta a analista de RH. O sucesso da campanha só é possível graças à solidariedade dos colaboradores, familiares e amigos que entendem a importância dessa iniciativa, agradece a organizadora. 32 33

Vida saudável Vida saudável Tratamento No inverno, cuidado com ela! HHá o senso comum de que a gripe é uma doença aparentemente simples. É verdade, mas em períodos como o inverno, mesmo doenças comuns podem trazer sérias complicações, potencializadas por fatores como ar seco, poluição, frio intenso e outros, que atingem principalmente crianças e idosos. Antes de tudo, é preciso desfazer uma dúvida usual: gripe e resfriado são coisas distintas. Eles têm sintomas semelhantes, porém com intensidades dife- Também é muito comum ouvir falar de diferentes tipos de gripe. Isso porque ela é causada pelo vírus influenza tipos A e B. Estes vírus estão sempre em mutação, modificando-se ano a ano por mecanismos de resistência a medicamentos, principalmente aos antibióticos tomados indiscriminadamente pelos doentes em surtos epidêmicos da doença. As vacinas, por isso, devem ser modificadas habitualmente. Não são necessários exames laboratoriais para detectar a gripe, a não ser quando ela se complica e o médico suspeita de problemas pulmonares. Uma pessoa saudável, bem alimentada e sem histórico de doenças graves anteriores, pode se tratar em casa, tomando certos cuidados, já aos primeiros sintomas. Uma vez detectada a gripe, a pessoa deve: repousar o máximo possível, principalmente se tiver febre; beber muito líquido (água, sucos, bebidas quentes), para repor a água perdida pelo suor e desobstruir as vias respiratórias congestionadas; fazer gargarejos com água morna misturada com sal; usar lenços de papel; não segurar a tosse, principalmente se estiver expectorando. Nesse caso, observar o catarro. Se for verde, amarelo ou sanguinolento, consultar um médico. A pessoa gripada deve tomar cuidados especiais com a higiene pessoal, não deixando de tomar seu banho diário e de trocar, diariamente, toalhas e roupas de cama, especialmente a fronha do travesseiro. O hábito de lavar as mãos depois de assoar o nariz, assim como antes de manipular alimentos, é fundamental não só como método de se livrar de germes perigosos, como de evitar transmitir o vírus para outras pessoas. meses de março e abril, de preferência algumas semanas antes do inverno. Pessoas de todas as idades, a partir dos seis meses de vida, podem tomá-la, mas ela é particularmente importante para quem tem mais de 65 anos, com diminuição de resistência às infecções e doenças crônicas dos pulmões, coração, rins e fígado. Campanha interna Foi pensando nisso que a Atlas criou a Campanha de Vacinação. Realizada nos dias 27 e 29 de abril e 4 e 6 de maio de 2010, a ação foi uma iniciativa do Ambulatório de Saúde Ocupacional da matriz em São Paulo em parceria com a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Novo Mundo. A doutora Cláudia Gomes, médica do trabalho da Atlas, e Cláudia Campos Santos, técnica de enfermagem, contaram com a colaboração de um agente de saúde, dois enfermeiros e dois técnicos de enfermagem cedidos pela UBS. Juntos, vacinaram 210 colaboradores de 20 a 39 anos e portadores de doenças crônicas. É sempre bom lembrar que a vacina contra a gripe é mais eficaz do que medicamentos antigripais e antibióticos, evitando o aparecimento de pneumonia, tuberculose, sinusite e inflamação no ouvido, defendendo 80% dos vacinados por um período de um ano. rentes. O resfriado, geralmente, começa com coriza e espirros e o que mais incomoda é o congestionamento nasal. Já a gripe provoca mal-estar de corpo e pode deixar a pessoa de cama por alguns dias. Seus sintomas mais comuns são: cansaço, dores nas articulações, garganta inflamada, dores de cabeça, tosse e temperatura corporal de até 40ºC (febre). O contágio também acontece de diferentes formas, todas relacionadas à proximidade com a pessoa que fala, tosse, espirra, isso porque os microorganismos (vírus) são transmitidos pelo ar. O outono e inverno, além dos fatores já comentados, favorecem a transmissão, porque as pessoas se reúnem em ambientes fechados. Prevenção Embora os vírus sejam mutantes, existem hoje vacinas que garantem proteção contra uma boa parte deles e elas devem ser tomadas anualmente. Na prática, a vacina é uma injeção quase indolor, que deve ser administrada entre os 34 35

GPS O paraíso fica ao Sul Q Com algumas das praias mais badaladas do País e uma estrutura capaz de atender aos mais exigentes, Florianópolis merece atenção no planejamento das férias Ponte Hercílio Luz - Florianópolis Que as praias do Nordeste estão entre as mais bonitas do País, ninguém tem dúvida. Mas não é preciso ir tão longe para desfrutar de paisagens incríveis. Ao Sul, Florianópolis, em Santa Catarina, mostra que é possível unir beleza natural com toda a estrutura de uma cidade grande. Conhecida como a Ilha da Magia, a capital catarinense atrai turistas brasileiros e estrangeiros vindos de várias partes do mundo. Não é à toa: a cidade conta com mais de 100 praias e uma série de pontos turísticos históricos. No centro, fica concentrada grande parte da infraestrutura urbana e atrações turísticas não naturais, que incluem antigas casas açorianas tombadas pelo Patrimônio Histórico e o grande Mercado Público, construído em 1898, além de praças, museus e teatros que revelam a evolução do município. Um dos marcos da cidade é a ponte Hercílio Luz construída em 1926 para fazer a ligação entre a ilha e o continente. Na Praça XV de Novembro, o turista encontra uma grande figueira centenária, plantada ali em 1871. Entre as belezas naturais, estão as Dunas da Joaca e do Santinho, onde caçadores de emoção podem se aventurar com o sandboard em um deserto quase impossível de se imaginar nessa região do País. Na mesma linha,, a maior de todas, atrai os praticantes de windsurf. No Pântano do Sul, o bar do Arantes é conhecido pela boa culinária e por permitir que seus frequentadores deixem seu registro em papel na parede ou pendurado no teto. Para quem gosta de ostras, o restaurante certo é o Ostradamus, em Ribeirão da Ilha, que serve as melhores iguarias da região. Para os mais jovens, a Praia Mole reúne badalação, surfe e voos de parapente. Em Canasvieiras, com águas verdes e calmas, concentram-se os estrangeiros. Trilhas, pesca e passeios de barco também são boas opções para quem quer um passatempo diferente. Jurerê reúne veleiros e as lanchas do Iate Clube de Santa Catarina e a praia de Naufragados oferece o espetáculo da pesca da tainha por meio da rede de arrasto jogada ao mar pelos pescadores. Por tudo isso, Florianópolis é hoje um centro de turismo internacional, que une conforto e luxo com natureza e lindas praias. Não é por acaso que o número de turistas que visitam a capital catarinense cresce a cada ano, um bom sinal de que ali as férias valem à pena. GPS Bons ares para os negócios Quarta filial da Atlas no Estado de Santa Catarina e a 31ª no país, a unidade da empresa em Florianópolis registra crescimento vertiginoso. Tanto é assim que, quando foi inaugurada, em fevereiro de 2005, as operações foram instaladas em um armazém de pouco mais de 700 m 2. Cinco anos mais tarde, em março de 2010, a filial foi transferida para uma área de 1.800 m 2. Da mesma maneira, os colaboradores, que eram apenas 11 em sua abertura, hoje somam 35 pessoas. Esse crescimento é um reflexo direto dos bons negócios da Atlas na região. Em 2005, a filial movimentou 2.441 toneladas, responsáveis por um faturamento de R$ 2,5 milhões no ano. No último exercício fiscal, o volume registrado foi de 8.500 toneladas, com receita de R$ 9,1 milhões, revela Clóvis Severino, gerente da filial da Atlas em Florianópolis. Segundo o executivo, a previsão é que a unidade registre crescimento de 15% em relação a 2009, mantendo-se como a 8ª maior da empresa. Os bons resultados se devem a um modelo da administração participativa, pelo qual buscamos mês a mês criar diferentes maneiras de surpreender clientes e motivar nossa equipe, afirma Severino. Assim temos conseguido conquistar e manter satisfeitos os clientes internos e externos, garante. Localizada a 50 metros da rodovia BR-101, na área industrial do município de São José, na grande Florianópolis, a filial atende a toda a região sul do Estado, além dos 25 municípios do entorno. Ao todo, são mais de 100 clientes ativos, atendidos em 100 cidades, contabiliza Severino, acrescentando que esses clientes atuam nas mais diversas áreas, incluindo eletrônicos, telefonia, confecções, farmacêutico, alimentício, de calçados e informática. 36 37

Homenagem Retrovisor Sensibilidade para os negócios Se estivesse viva, fundadora da Atlas Ecompletaria 100 anos em 2010 Em 1910, o Brasil finalizava duas décadas após a proclamação de sua República. Nilo Peçanha era o quinto governador republicano, assumindo depois da morte de Afonso Pena. O País tinha pouco mais de 23 milhões de habitantes. Cerca de 67% viviam no campo. Os ventos que traziam aspirações democráticas também semeavam incertezas. Os brasileiros ainda se acostumavam a uma nova ordem econômica, não mais calcada nas riquezas imperiais. As plantações de açúcar e café, mais que nunca, ditavam o ritmo da economia, que começava a dar sinais de crescimento. Em meio a este cenário, nascia Afonsina Reis, mineira de Cambuí e que, tempos depois, iria se tornar fundadora da Atlas na companhia de seu marido, Lauro Megale. Se estivesse viva, ela completaria cem anos em 2010. Seu legado atravessou gerações inteiras e ainda se faz presente na estrutura não apenas familiar, mas também administrativa da própria empresa. Afonsina casou-se com Lauro Megale aos 18 anos, em 1929, em pleno período do crash da bolsa de Nova York que abalou diversas economias do planeta. Fixaram-se em Borda da Mata (MG) onde tiveram seis filhos: Wilson, José Lauro, Lauro Afonso, Francisco Geraldo, João Olivo e Ana Maria. No início, Lauro tentou administrar um bar. Em seguida, comprou o São Pedro, único cinema da cidade. Mas a natureza empreendedora do casal não os deixava satisfeitos com as atuais condições. Era necessário expandir horizontes. Pés na estrada A década de 1940 viu uma guerra mundial criar toda espécie de sofrimento e prejuízos. Somente ao final desse período, o casal Megale decidiu buscar outras oportunidades, fundando o Expresso Boa Ventura para transportar cargas entre São Paulo e a cidade natal. Era o estopim para a criação da Atlas. Papai comprava queijo e polvilho para revender na capital paulista. Ele tinha um velho Studebaker. Foi aí que percebeu que o negócio prosperaria se tivesse como armazenar melhor os produtos, conta Ana Maria, filha. Em 1950, Lauro fundou, em sociedade com um amigo, a Transportadora Hércules. Os negócios prosperaram, o que levou Afonsina e o marido a se mudarem para São Paulo. Foram morar na 25 de março, uma das mais populares ruas da capital. Logo depois, Lauro deixou a sociedade para, em 1952, criar a Atlas Transportes. Afonsina teve importante participação na fundação da empresa. Ela conseguiu infundir nos filhos e em todos que viviam a seu redor o espírito de trabalho e generosidade. O nome da empresa foi ela que escolheu, porque gostava muito de mitologia clássica e o semideus Atlas foi o digno continuador das obras do herói Hércules. Ao mesmo tempo, rascunhou a logomarca, com Atlas carregando o mundo nas costas, eternizando a esperança e o prognóstico que tinha para a transportadora. Foi uma visionária, sem dúvida, acrescenta Ana Maria. Carreira em evolução * Carlos Cruz V Você é aquela pessoa que percebe sua carreira como responsabilidade exclusiva da empresa? Acredita que sua ascensão é uma questão de sorte, ou seja, estar no lugar certo na hora certa? Ou assume a responsabilidade por seu plano de carreira, prepara-se, tem consciência que pode fazer escolhas e investir por conta própria em seu desenvolvimento? No passado, a carreira de uma pessoa tinha como característica vida na empresa, ou seja, quanto mais tempo você trabalhava na mesma instituição, mais você era remunerado e, normalmente, as possibilidades de ascensão eram verticais. Sendo assim, as empresas eram as responsáveis pela carreira de seus empregados. Com a globalização, o advento das novas tecnologias e as mudanças constantes que vêm afetando o ambiente empresarial desde a década de 1990, surge a necessidade de adaptação a tais fatores por parte das empresas e dos profissionais. Diante disso, o lema vira empregabilidade, palavra derivada da língua inglesa ( employability ) e que significa o conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam um profissional preparado e importante não apenas para a empresa em que atua, mas para qualquer companhia que tenha a necessidade de contratá-lo. Atualmente, quem compete no mercado de trabalho, investe por conta própria na formação e assume total responsabilidade por seu plano de carreira independentemente da empresa em que trabalha. A parte mais importante e desafiadora no desenvolvimento profissional é, sem dúvida, o autoconhecimento, o aprimoramento dos valores pessoais e o reconhecimento dos próprios talentos. Caso contrário, o profissional poderá cair em armadilhas quando se executa um trabalho que demanda pouco dos pontos fortes e muito dos pontos menos desenvolvidos. É imprescindível ter metas definidas com prazos para serem alcançadas. Revise constantemente seu plano de carreira verificando se os indicadores de sucesso estão sendo alcançados e, em caso positivo, comemore. Esteja aberto aos resultados e, se for preciso, mude! (*) Carlos Cruz atua como coach executivo e de equipes, conferencista em Desenvolvimento Humano e diretor da UP Treinamentos & Consultoria www.carloscruz.com.br 38 39