Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (anteriormente denominado Fundo de Garantia da Bolsa de Valores de São Paulo)



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1. Contexto operacional A Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), por força do disposto no regulamento anexo à Resolução no. 2.690, de 28 de janeiro de 2000, do Conselho Monetário Nacional, mantinha um Fundo de Garantia (Fundo), com a finalidade exclusiva de assegurar aos clientes das sociedades corretoras que operavam na BOVESPA, ressarcimento de prejuízos na ocorrência das hipóteses previstas no regulamento, até o limite do patrimônio desse Fundo. O Fundo era formado por contribuições das sociedades corretoras e não possuía personalidade jurídica própria, no entanto, o seu patrimônio tinha escrituração própria e especial, de forma a assegurar a destinação exclusiva de seus recursos. O Fundo era administrado por comissão especial composta pelo superintendente geral da BOVESPA, um conselheiro representante das sociedades corretoras e um conselheiro representante dos investidores. Adicionalmente, conforme disposto no regulamento, a instituição responsável pelo prejuízo indenizado deveria efetuar o ressarcimento ao Fundo dos valores pagos ao reclamante, sendo que a BOVESPA poderia suspender as atividades de negociação da sociedade membro que deixasse de atender as condições para o ressarcimento ao Fundo. Cabia à BOVESPA estabelecer um limite mínimo para o patrimônio do Fundo e quando o patrimônio apresentasse valor inferior a esse limite, as sociedades membros deveriam contribuir para a sua imediata restauração. A BOVESPA não tinha obrigação de realizar contribuições ao Fundo caso seu patrimônio fosse insuficiente para o pagamento de indenizações. Os rendimentos decorrentes das aplicações dos recursos do Fundo eram incorporados ao seu patrimônio. O patrimônio do Fundo não poderia ser, total ou parcialmente, repartido entre as sociedades membros, salvo na hipótese de dissolução da BOVESPA. Após a reorganização societária da BOVESPA, Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) e Bovespa Holding S.A. em 28 de agosto de 2007, a administração do Fundo de Garantia, na forma descrita acima, passou a ser atribuição da Bovespa Supervisão de Mercados - BSM (BSM). Com a edição da Instrução CVM nº 461, além das atribuições de analisar, supervisionar e fiscalizar as operações e as atividades das sociedades corretoras que atuam nos mercados de bolsa e de balcão organizado administrados pela Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) e dos agentes de compensação e de custódia que atuam no âmbito da CBLC, a BSM incorporou as atividades de auto-regulação dos mercados organizados de valores mobiliários ampliando o escopo de fiscalização das operações podendo apontar deficiências no cumprimento das normas legais e regulamentares, instaurar, instruir e conduzir processos 7

administrativos, aplicar penalidades, quando cabível, no limite de sua competência e administrar o Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos nos termos da regulamentação estabelecida. De acordo com a Instrução CVM 461, a regulação pertinente foi alterada e o Fundo foi substituído por um Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP). De acordo com a Instrução CVM 461, as bolsas devem manter um Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos com idêntica finalidade e em substituição ao Fundo de Garantia existente. Ainda consoante à Instrução CVM 461 e de forma semelhante ao Fundo de Garantia então existente, esse mecanismo pode não possuir personalidade jurídica própria; deve possuir escrituração contábil segregada da escrituração das operações das bolsas; e as bolsas não são responsáveis pelo pagamento das indenizações em caso de exaustão dos recursos do mecanismo. Por outro lado, de acordo com a Instrução CVM 461 e de forma distinta do que ocorria com o Fundo de Garantia, esse mecanismo possui, entre outras características: (i) valor máximo de patrimônio ou montantes máximos a ele alocados, que deverão ser fundamentados na análise dos riscos inerentes à sua atividade; (ii) critérios de rateio em caso de insuficiência do patrimônio; (iii) possibilidade de ter recursos distintos das contribuições das sociedades corretoras na constituição do seu patrimônio; (iv) limite de indenização de R$ 60 mil por investidor reclamante e por ocorrência. De acordo com a necessidade, as Instituições Intermediárias com acesso aos sistemas de negociação da BVSP continuarão a fazer contribuições para o patrimônio do MRP. 2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da BSM, entidade administradora do MRP, em 26 de fevereiro de 2008. As demonstrações financeiras do MRP foram elaboradas com observância das práticas contábeis adotadas no Brasil e também das disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e nas normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na elaboração das demonstrações financeiras foi necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações, incluindo, portanto, estimativas referentes a provisões necessárias para ativos e passivos e outras avaliações. O superávit real pode apresentar variação em relação a essas estimativas. 8

3. Principais práticas contábeis a. Aplicações financeiras As aplicações em fundos de investimento de renda fixa estão demonstradas ao respectivo valor da cota publicada na data das demonstrações financeiras, demonstradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data das demonstrações financeiras. b. Demais ativos e passivos circulantes e a longo prazo Demonstrados pelos valores de custo incluindo, quando aplicável, os rendimentos, encargos e variações monetárias incorridas, deduzido das correspondentes rendas, despesas a apropriar e, quando aplicável, provisões para perdas. c. Apuração do superávit As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. 4. Aplic ações financeiras As aplicações financeiras estão representadas por aplicações em cotas do fundo Megainvest - Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Multimercado - Crédito Privado - Longo Prazo administrado pelo Banco Santander S.A. As carteiras dos fundos de investimento nos quais o fundo aplica estão preponderantemente compostas por aplicações em títulos públicos federais, operações compromissadas, certificados de depósito bancário e debêntures. 5. Contas a receber 2007 2006 Circulante Contas a receber por contribuições sobre operações em pregão (Nota a) 2.507 1.242 Realizável a longo prazo 2.145 2.502 Operações cobertas pelo MRP a restituir (Nota b) 2.575 2.703 Provisão para perdas com processos (430) (201) 9 4.652 3.744

a. Referem-se às contribuições a receber das sociedades corretoras sobre as operações realizadas nos sistemas de negociação da Bolsa de Valores de São Paulo S.A. (BVSP). b. Referem-se a indenizações pagas a clientes de sociedades corretoras a serem ressarcidas por estas. A administração do MRP, considerando o andamento dos casos de ressarcimentos que se encontram pendentes de recebimento por medidas liminares concedidas as sociedades corretoras e com base na opinião dos assessores jurídicos internos, considera suficiente a provisão para perdas apresentada no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2007 e de 2006. 6. P atrimônio líquido a. Patrimônio social O patrimônio social em 31 de dezembro de 2007 é de R$ 110.375 (R$ 91.296 em 31 de dezembro de 2006). b. Superávit acumulado O superávit apurado anualmente é incorporado ao patrimônio social do MRP. 7. Receita operacional - Contribuições As contribuições ao MRP são calculadas sobre o volume financeiro das operações à taxa de 0,0012% e são pagas pelas sociedades corretoras autorizadas a operar nos sistemas de negociação da Bolsa de Valores de São Paulo S.A. (BVSP). 8. Outras despesas operacionais Compostas substancialmente pela taxa de administração do MRP. De acordo com a regulamentação anterior, a BOVESPA recebia remuneração pelas atividades relacionadas à administração do referido fundo, calculada à taxa de 0,5% ao mês sobre o patrimônio líquido do mesmo. Conforme mencionado na Nota 1, a administração do MRP passou a ser atribuição da BSM após a reorganização societária e conseqüentemente, a partir de 28 de agosto de 2007, a remuneração pelas atividades relacionadas à administração do MRP passou a ser recebida pela BSM. A taxa de administração paga a BOVESPA no período de 1º de janeiro a 28 de agosto de 2007 montou a R$ 4.700 e a taxa de administração paga a BSM a partir de 28 de agosto e até 31 de dezembro de 2007 montou a R$ 2.645, totalizando R$ 7.345 durante o exercício de 2007 (2006 R$ 6.013). 10

9. Resultado financeiro 2007 2006 Receitas com aplicações financeiras 12.981 13.303 Outras receitas financeiras 33 384 CPMF sobre aplicações financeiras (1.029) (48) Imposto de renda sobre aplicações financeiras (2.205) (2.014) Outras despesas - (111) Resultado financeiro 9.780 11.514 10. Informações suplementares sobre a demonstração dos fluxos de caixa 2007 2006 Fluxo de caixa das atividades operacionais Superávit do exercício 28.696 19.079 Ajustes e conciliações das atividades operacionais Provisão para perdas com processos 229 - Atividades operacionais Imposto de renda sobre aplicações financeiras 177 (35) Outras obrigações 152 (8) Contas a receber (1.137) 2.336 Caixa líquido originado pelas atividades operacionais 28.117 21.372 Atividades de investimento Aplicações financeiras (28.033) (21.378) Caixa utilizado nas atividades de investimento (28.033) (21.378) Aumento líquido do caixa e bancos 84 (6) Caixa e bancos no início do período 2 8 Caixa e bancos no final do período 86 2 11

11. Eventos subseqüentes Alteração da Lei das Sociedades por Ações para 2008 Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638/07, que altera a Lei das Sociedades por Ações, quanto às práticas contábeis adotadas no Brasil, a partir do exercício social que se encerrará em 31 de dezembro de 2008. Segundo a nova Lei, a emissão de normativos contábeis pela CVM para as companhias abertas por ela reguladas deverá ser feita em consonância com os padrões internacionais. Em comunicado ao mercado, em que destaca ser seu entendimento preliminar, a CVM informa que os padrões adotados pelo IASB International Accounting Standards Boards são hoje considerados como a referência internacional para padrões de contabilidade. Algumas das alterações promovidas pela Lei já estão sendo adotadas pelo MRP voluntariamente, como a apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa. Espera-se que outras alterações ou previsões legais sejam objeto de regulamentação por parte da CVM, no curso de 2008. No momento, a entidade está promovendo estudos e avaliação dos impactos dessa nova Lei, para, a seguir, mensurar os eventuais efeitos de mudanças de práticas contábeis. No momento e nessas circunstâncias, todavia, não é praticável mensurar com razoável segurança os efeitos da adoção plena da nova Lei em termos de resultado e patrimônio líquido. * * * 12