FINANÇAS PESSOAIS: ANÁLISE DE FACILIDADE DE CRÉDITO, EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PLANEJAMENTO FINANCEIRO DOS ACADÊMICOS DE ADMINISTRAÇÃO



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Transcrição:

ISSN 1984-9354 FINANÇAS PESSOAIS: ANÁLISE DE FACILIDADE DE CRÉDITO, EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PLANEJAMENTO FINANCEIRO DOS ACADÊMICOS DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Andrade Batista, Gabriela Martins Santana Pigati, Mayara Matos da Silva (Faculdade do Espírito Santo (UNES)) Resumo: O estudo tem como objetivo mostrar as facilidade de créditos que os acadêmicos de Administração tem e o nível de planejamento financeiro e de educação financeira. Foi feito um questionário com 123 acadêmicos que evidenciou o grau de utilização de cartão de crédito, o grau de materialismo e utilização de recursos de terceiros para liquidar suas dívidas e também foi identificado que a maior parte dos entrevistados fazem ou já fizeram planejamento financeiro. De maneira geral, este trabalho mostrou que, em média, os acadêmicos do Curso de Administração integrantes da amostra pesquisada, atualmente, são pouco propensos ao endividamento e conseguem gastar menos do que ganham, tendo como comprovação disso a pouca utilização de recursos de terceiros por maioria dos entrevistados para sanar dívidas. Além de mostrar que os homens estão comprando mais por impulso do que as mulheres, mas grande parte dos entrevistados não compram sem saber se terão ou não dinheiro para cumprir com suas obrigações. Palavras-chaves: Crédito; Educação Financeira; Planejamento

1. INTRODUÇÃO A Administração Financeira Pessoal é um tema que vem ganhando destaque no cenário do país, principalmente com a estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real. Hoje é possível vislumbrar os resultados de um planejamento a longo prazo e do esforço de investir. Em países onde a economia se mantém estável há muitos anos, a cultura e a preocupação com o desempenho das finanças individuais estão enraizadas, o que acaba contribuindo para a economia e desenvolvimento do país. Para Douat (1994), as pessoas têm gastos que vão além do que a renda permite. Muitos indivíduos contraem dívidas e comprometem uma parcela significativa de suas rendas e acabam tornando-se inadimplentes por não cumprirem com seus compromissos financeiros. Nesta concepção. endividados trabalham para quitar suas dívidas por terem pouca ou nenhuma habilidade de lidar com o dinheiro, por não se preocuparem em fazer um planejamento financeiro ou por motivos implícitos em razões sociais ou psicológicas. Muitos desses indivíduos conseguem retornar ao equilíbrio de suas vidas, outras necessitam de ajuda e muitos terão que carregar consigo o estigma de eternos endividados (FERREIRA, 2006). De acordo com Lusardi (2009), há evidências de que muitos indivíduos não estão preparados para tomar decisões financeiras saudáveis, dado o alto grau de falta de alfabetização financeira dos mesmos. Marcolin e Abraham (2006) já ressaltavam que, diante de fatores como a facilidade de crédito, o rápido crescimento dos produtos financeiros e a popularização do cartão de crédito, a alfabetização financeira passou a assumir importância cada vez maior. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (ABECS, 2009), a prática de financiamento é mais confortável com o cartão de crédito e o valor médio dos gastos com o cartão entre os jovens tem aumentado, nos últimos anos. Segundo Braunstein e Welch (2002), em um artigo do boletim do Federal Reserve, a administração ineficiente do dinheiro deixa os consumidores vulneráveis a crises financeiras mais graves. Mais que uma necessidade básica, o dinheiro determina a qualidade de vida e vincula significados como sucesso, poder, estabilidade, tranquilidade e prazer. Sendo assim, o ideal seria já possuir o conhecimento adequado de como administrá-lo e a conscientização da importância de se ter um planejamento financeiro continuo e de longo prazo. Apesar disso, o sistema educacional não proporciona essas informações, ficando sob responsabilidade do ambiente familiar e do interesse de cada um em adquiri-la. 2

Destaca-se a importância de educação financeira, que compreende a inteligência de ler e interpretar números e assim transformá-los em informação para elaborar um planejamento financeiro que garanta um consumo saudável e o futuro equilibrado nas finanças pessoais. De acordo com o exposto, o presente estudo tem como objetivo: mensurar o grau da utilização de cartão de crédito, o grau de materialismo, a utilização de recursos de terceiro para sanar o endividamento e o nível de educação financeira e planejamento financeiro, nos acadêmicos de Administração de um Instituto de Ensino Superior particular do Espírito Santo. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Com o passar dos anos o consumidor vem consolidando o seu comportamento de compra e o estímulo ao consumo em massa está cada vez mais presente em seu dia-a-dia. De acordo com Slomp (2008) este aumento de crédito e incentivo ao consumo tem resultado em alto nível de endividamento, sendo um problema de ordem social, da chamada "sociedade do consumo". Marques e Frade (2003) definem o endividamento como o salto devedor de um agregado, o que significa dizer que endividamento é a utilização de recursos de terceiros para fins de consumo, ao se apossar desse recurso se estabeleça um compromisso em devolver, com a data estabelecida, tal montante, normalmente acrescido de juros e correção monetária. Segundo o Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa (2006), endividamento tem origem do verbo endividar-se e tem como significado fazer ou contrair dívidas. De acordo com o Centro de Estudos Sociais de Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (2002), o endividamento é definido como sendo um saldo devedor de um indivíduo e este pode resultar apenas de uma divida ou mais de uma simultaneamente, caso ocorra mais de uma dívida é denominado de multiendividamento. Dependendo do nível de endividamento, os indivíduos podem comprometer uma parcela significativa de sua renda. De acordo com Zerrenner (2007) quando os indivíduos sentem-se impossibilitado de quitar os seus compromissos financeiros, tem-se uma situação distinta, chamada de sobre-endividamento. Existem dois tipos de endividamentos: o endividamento passivo e o endividamento ativo. Faria (2006), ressalta que o endividamento passivo acontece quando há um aumento de dívidas por consequência de alguma situação inesperada, ou seja, uma circunstância imprevista, podendo ser doença, morte, acidente, desemprego ou separação. Já o endividamento ativo se caracteriza por montantes de dívidas, sendo a maioria equivocada, de uma má gestão financeira. São indivíduos que estão constantemente endividados, independente de sua renda financeira ou familiar. 3

Para Cerbasi (2004) as pessoas endividadas, sem dinheiro para cumprir com os seus compromissos passam a ter dificuldades em relacionamento pessoal, familiar e profissional. Segundo Davies e Lea (1995), a investigação sobre os aspectos que impulsionam o endividamento, obteve destaque a partir do estudo de Katona (1975). Para este autor, existem três razões que explicam por que uma pessoa pode gastar mais do que ela ganha: (i) baixa renda, de modo que nem sequer são cobertas as despesas essenciais; (ii) alta renda, combinada com um forte desejo de gastar, e (iii) uma falta de vontade de economizar (independente da renda). A importância do estudo de Katona está em discutir a origem dos problemas de crédito, avaliando não somente os fatores econômicos, mas também os fatores psicológicos e comportamentais. Seguindo esta perspectiva, Vitt (2004) ressalta que as decisões financeiras do consumidor envolvem uma série de valores psicológicos, físicos e sociais, muitas vezes enraizados em sentimentos e emoções. Uma das causas para o endividamento é a busca pelo status e pela satisfação pessoal. No mercado de consumo há pessoas que lançam como verdadeiros consumidores compulsivos, adquirindo produtos, marcas e objetos com o objetivo de diminuir a angustia e o desprestigio social que sentem. Tolotti (2005, p. 51) relata que "o preço para manter um status elevado é escravizante para a maioria das pessoas.". A compulsão é uma doença, na qual tentamos suprir satisfações para nos sentirmos melhor, desde o estado psicológico até o status perante a sociedade. A má administração das contas e a compulsão são aliadas ao endividamento. Outra causa, ao que tudo indica, de acordo com Macedo JR (2007), a maioria da população brasileira tem problemas financeiros como dívidas, dificuldades para adquirir bens e despreparo em momentos de desemprego. Crédito fácil é um dos motivos que levam os indivíduos a se endividarem. O conceito de crédito para Sandroni (apud Maia, 2007, p. 11), "é a transação comercial em que o comprador recebe imediatamente um bem ou serviço adquirido, mas só fará o pagamento depois de algum tempo terminado". De acordo com Horta e Carvalho (2002), crediários, financiamentos, empréstimos e cartões de crédito são alguns exemplos de crédito fácil. Devido à falta de dinheiro no ato da compra as pessoas recorrem a essas "facilidades de crédito". O cartão de crédito é visto muitas vezes como um vilão justamente por causa da falta de educação financeira de seus consumidores, mas trata-se um meio prático e seguro de realizar as compras. De acordo com Domingos (2011) educador financeiro e Presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira, há varias formas de evitar o uso inadequado do cartão de crédito: Pagar parcela mínima deve ser proibido e deve-se ter uma postura agressiva, ou seja, buscar outra linha de crédito que possa auxiliar, cobrando juros menores; 4

É preciso ter consciência na hora de consumir, sempre pergunte se realmente precisa disso, se tem dinheiro para comprar e se tem como pagar a fatura total do cartão no seu vencimento; É preciso controlar o parcelamento feito no cartão. Muitas vezes estas prestações já estão comprometendo quase todo seu ganho, confira e fique atento; Negociar e, se possível, pedir isenção da taxa de anuidade do cartão de crédito. Hoje é possível encontrar cartões que não cobram nenhuma taxa de manutenção; Para quem tem salário fixo, é importante ter apenas um cartão e no máximo três para aqueles que possuem ganhos esporádicos, se possível com vencimentos nos dias 10, 20 e 30 de cada mês; Busque pelos benefícios que o cartão de crédito pode oferecer, sejam prêmios ou milhagens; O cartão de crédito é um meio seguro de compras, utilize com responsabilidade. Nota-se que é possível assumir dívidas com responsabilidade de modo a evitar endividamento. É necessário consciência, planejamento e controle na hora de consumir. Conforme Bitencourt (2004) uma grande parcela da população brasileira realiza movimentações financeiras como recebimentos de salários, pagamentos de contas, utilização da conta bancária e dos cartões de débito e crédito, contratação de empréstimos, aplicações financeiras, entre outros. Mesmo assim, poucos têm condições de afirmar que são íntimos das finanças. Os conhecimentos básicos de finanças pessoais não devem ficar restritos aos especialistas da área financeira. Qualquer pessoa, independentemente de sua atividade profissional, deve conhecer os princípios básicos necessários à administração de sua vida financeira. É extremamente importante que se saiba como poupar, escolher os investimentos que geram a melhor rentabilidade, administrar os riscos envolvidos nessas operações, além de se enquadrar no perfil de investidor que melhor se adapte aos seus objetivos de curto e longo prazo. (SEGUNDO FILHO, 2003, p. 01) Alves (2007, p. 15) relata que o problema das pessoas surge na falta de educação financeira, tendo como base a falta de planejamento. Ou sejam, "a família pode ser considerada uma empresa social de grande relevância. O que falta é diálogo, por que é preciso compreensão de todos os atores participantes da família para o desarranjo econômico." O primeiro passo seria a mudança na cultura financeira, que nos foi imposta por praticamente cinco décadas de um processo inflacionário descontrolado, e hoje, que já se pode comemorar uma inflação, civilizada, é perfeitamente possível e necessário se adquirir hábitos frugais e realizar uma cuidadosa gestão nas suas finanças." (SILVA, 2004, p.07). Na realidade brasileira, de acordo com Silva (2004), as pessoas não foram educadas para pensar sobre o dinheiro. A maioria gasta aleatoriamente sem refletir sobre seu contexto financeiro e os impactos futuros. A educação financeira é pouco explorada no Brasil. Na maioria dos colégios, não existem matérias sobre dinheiro, orçamento familiar e pessoal, planejamento financeiro. Na faculdade, nas mais diversas áreas, novamente o tema é ignorado. Mesmo quando se trata de cursos relacionados, como Administração e Ciências Econômicas, não existem cadeiras específicas sobre o assunto, os 5

conceitos devem ser adaptados do ambiente empresarial para o pessoal. O oferecimento de disciplinas correlatas ao tema em cursos regulares de colégios, faculdades e MBAs é praticamente inexistente (Sousa e Torralvo, 2003) O fator cultural também é importante destacar, pois por questões religiosas e históricas tem-se uma imagem distorcida e negativa do dinheiro. Conforme Pereira (2003), frases como "dinheiro não traz felicidade", "dinheiro é sujo", "só pensa em dinheiro", "os ricos são corruptos", "mão fechada", são exemplos disso. A importância da educação financeira segundo Frankenberg (1999) pode ser analisada sob diversas perspectivas, entre as quais destaca-se o bem estar pessoal, onde jovens e adultos podem tomar decisões que comprometerão seu futuro; e as consequências vão desde a desorganização das contas domésticas, até a inclusão do nome em sistemas como SPC/SERASA (Serviço de Proteção ao Crédito). Esta assertiva é complementada por Rocha (2009) ao argumentar que a administração ineficiente do dinheiro deixa os consumidores vulneráveis a crises financeiras mais graves. Nesta perspectiva, Assaf Neto (2005) discorre que as operações de mercado e as forças competitivas ficam comprometidas quando consumidores não possuem habilidades para administrar efetivamente suas finanças. Segundo Anderloni e Vandone (2010) a educação financeira pode ser entendida como uma medida preventiva, permitindo que os indivíduos tenham condições de entender problemas financeiros e gerenciar suas finanças pessoais de forma satisfatória, evitando o endividamento. Costa (2004) evidencia que a educação financeira é importante aos consumidores para auxiliá-los a orçar e gerir sua renda além de orientá-los a poupar e investir. Jacob; Hudson; Bush (2000), explicam que o termo educação implica em conhecimento de práticas, direitos, normas sociais e atitudes necessárias ao entendimento e funcionamento das tarefas financeiras; e o termo financeira aplica-se a uma vasta escala de atividades relacionadas ao dinheiro nas nossas vidas diárias, desde o controle do cheque até o gerenciamento de um cartão de crédito, desde a preparação de um orçamento mensal até a tomada de um empréstimo, compra de um seguro, ou um investimento. Conforme Matta (2007, p. 59) entende-se como educação financeira pessoal "o conjunto de informações que auxilie as pessoas a lidarem com a sua renda, com a gestão do dinheiro, com os gastos e empréstimos monetários, poupança e investimento a curto e longo prazo". Assim, a educação financeira busca a melhor capacidade dos indivíduos para entender os problemas financeiros. Para Halfeld (2001), a educação financeira é essencial aos consumidores para auxilialos a orçar e gerir sua renda, além de orientá-los a poupar e investir. A educação financeira é o modo pelo qual o indivíduo busca adquirir conhecimentos necessários para gerenciar 6

coerentemente suas finanças e tomar boas decisões sobre a mesma, ou seja tenha capacidade de gerenciar de forma correta as receitas recebidas, tomando decisões essenciais quanto ao uso dos recursos disponíveis visando os acontecimentos de hoje, mas não deixando de pensar no futuro. Um modo de evitar o endividamento é o planejamento financeiro. De acordo com Hoji (2004, p. 385) "o planejamento consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e condições preestabelecidas, estimando os recursos utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os objetivos fixados." Para Mayo (2009, p. 366) "planejamento é o processo de estabelecer objetivo e identificar cursos de ação (estratégias) para cumprir esse objetivo". Planejamento financeiro é o processo de prever necessidades futuras e estabelecer cursos de ação hoje para cumprir objetivos financeiros no futuro. Segundo Halfeld (2006) os objetivos deste planejamento financeiro são assegurar que: a) as despesas do indivíduo ou família sejam sustentadas por recursos obtidos de fontes sobre as quais tenha controle, de modo a garantir a independência de recursos de terceiros, que têm custo e as vezes estão indisponíveis quando mais se precisa deles; b) as despesas sejam distribuídas proporcionalmente às receitas ao longo do tempo (em outras palavras, que haja adequada combinação entre consumo e poupança); c) sendo inevitável a utilização de recursos de terceiros, que sejam tomados ao menor custo e pelo menor tempo possível; d) as metas pessoais possam ser atingidas mediante a compatibilização entre o querer (necessidades e, principalmente, desejos) e o poder (capacidade de compra); ou aumenta-se o poder ou se reduz o querer, o que requer decisões e ações planejadas; e) o patrimônio pessoal cresça ao máximo, ampliando a independência financeira e a necessidade de trabalhar para terceiros ou tomar recursos emprestados para finalidades de consumo. Estes objetivos são complementados por Black Jr; Ciccotello e Skipper (2002) quando citam que as finanças pessoais, têm por objeto de estudo e análise as condições de financiamento das aquisições de bens e serviço necessários à satisfação das necessidades individuais. Na concepção de Securato (2002) é indispensável que seja realizado o planejamento financeiro pessoal, pois, quando o indivíduo realizar investimentos ativos ele poderá identificar a melhor maneira de utilizar seus créditos, de forma que não assuma riscos maiores que sua capacidade financeira e no caso de uma eventual crise encontre uma forma de se manter diante do mercado. Finanças está presente diariamente na vida das pessoas e, como destaca Frankenberg (1999), o planejamento financeiro pessoal não é algo intangível muito menos estático ou rígido, pelo contrário é um plano que as pessoas fazem de acordo como os seus valores e objetivos, 7

buscando assim alcançar determinadas aspirações. Segundo Halfeld (2006) a organização financeira e patrimonial pode influenciar diretamente na qualidade de vida de um indivíduo. A ausência de planejamento financeiro é um fator determinante para o mau endividamento. A falta dele causa um susto em muitas pessoas, principalmente casais. Cada vez mais, jovens se casam, assumem orçamentos maiores decorrentes da união a dois e passam a ver suas receitas comprometidas com as contas da casa. Como se não bastasse o aumento das despesas, pode ocorrer também à chegada de um filho, fase na qual o planejamento é imprescindível (Cerbasi, 2004). Na concepção de Ross, Westerfiel e Jaffe (1995), o planejamento financeiro é um aspecto importante das operações nas empresas e famílias, pois ele mapeia os caminhos para guiar, coordenar e controlar as ações das empresas e das famílias para atingir seus objetivos. Para Weston e Jaffe (1995), o planejamento é necessário para a fixação de padrões e metas, já o controle permite obter informações e comparar os planos com os desempenhos reais e fornecer subsídios para a realização de um processo de feedbak no qual o sistema pode ser transformado para que alcance uma situação desejada. Neste contexto, o planejamento financeiro segundo Ross; Westerfield e Jaffe (1995) é o processo formal que conduz o acompanhamento das diretrizes de mudanças e a revisão, quando necessário das metas já estabelecidas. 3. MÉTODO DE PESQUISA Trata-se de uma pesquisa descritiva com uma abordagem quantitativa. Conforme Hair et al (2007) as pesquisas descritivas são estruturadas e podem utilizar as hipóteses teóricas como uma orientação, a fim de estabelecer o que precisa ser mensurado. Como instrumento de coleta de dados, optou-se pela utilização de questionário dividido em três partes: a primeira busca identificar aspectos de perfil da população investigada (gênero, estado civil, filhos, renda, moradia), a segunda parte visa levantar o acesso ao cartão de crédito, o grau de materialismo e a utilização de crédito, e, a terceira parte avalia a educação financeira e o planejamento. A amostra do estudo é do tipo não probabilística, selecionada por conveniência, formada por estudantes do curso de Administração de um Instituto de Ensino Superior particular do Espírito Santo. Foram entrevistados todos os alunos presentes em sala de aula nos dias 18, 19 e 20 de setembro de 2013, totalizando um total de 123 entrevistados. 8

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS A população do estudo é formada pelos alunos matriculados nos cursos de graduação em Administração, noturno, que se encontravam em sala de um Instituto de Ensino Superior particular do Espírito Santo. O perfil dos entrevistados pode ser visualizado no Quadro 01: VARIÁVEIS ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA PERCENTUAL Sexo Masculino 46 37,4% Feminino 77 62,6% Solteiros 99 80,5% Casados 24 19,5% Estado Civil Divorciados 0 0,0% Viúvos 0 0,0% Outros 0 0,0% Filhos Não 109 88,6% Sim 14 11,4% Própria 101 82,1% Moradia Alugada 22 17,9% Financiada 0 0,0% Outra 0 0,0% Até 1 salário 27 22,0% Renda De 1 a 3 salários 75 61,0% 4 ou mais salários 21 17,0% Quadro 01 Perfil dos acadêmicos entrevistados segundo as variáveis de sexo, estado civil, filhos, moradia, renda A partir do Quadro 01, pode-se visualizar que com relação ao gênero, 62,6% dos entrevistados são do sexo feminino, totalizando 77 mulheres e 46 homens. Quanto ao estado civil, 80,5% são solteiros, e 88,6% dos respondentes não possuem filhos. Quanto a moradia 101 dos entrevistados afirmaram como própria. E em relação a renda, 75 responderam que recebem de 1 a 3 salários, que totaliza a 61,0% dos entrevistados, sendo 48 femininos e 27 masculinos. Neste estudo também foi mensurado a quantidade e a frequência de utilização de cartão de crédito pelos entrevistados. Como apresentado no quadro 02 a seguir. VARIÁVEIS Quantos cartões de crédito possui FREQUÊNCIA PERCENTUAL ALTERNATIVAS MASC FEM TOTAL MASC FEM TOTAL 0 14 27 41 30,4% 35,1% 33,3% 1 17 28 45 37,0% 36,4% 36,6% 2 12 17 29 26,1% 22,0% 23,6% 9

3 ou mais 3 5 8 6,5% 6,5% 6,5% Nunca 14 28 42 30,4% 36,4% 34,1% Qual a frequência de As vezes 21 28 49 45,7% 36,4% 39,8% utilização Sempre 11 21 32 23,9% 27,2% 26,0% Quadro 02 Quantidade e frequência de utilização de cartão de crédito Foi constatado que 66,7% dos entrevistados possuem cartão de crédito, sendo um cartão (36,6%), dois cartões (23,6%) ou três cartões (6,5%) dos entrevistados. Também foi constatado que os homens são os que mais utilizam o cartão (69,6%), sendo que 45,7% utilizam as vezes e 23,9% utilizam sempre, não podendo deixar de frisar que as mulheres tem uma percentagem maior em relação a utilização mais assídua (27,2%). VARIÁVEIS Compra algo sem necessidade para realização sentimental ou por status? Compra sem saber se terá dinheiro para pagar? Compra por impulso? ALTERNATIVAS FREQUÊNCIA PERCENTUAL MASC FEM TOTAL MASC FEM TOTAL Sim 14 42 56 30,4% 54,5% 45,5% Não 32 35 67 69,6% 45,5% 54,5% Sim 7 14 21 15,2% 18,2% 17,1% Não 39 63 102 84,8% 81,8% 82,9% Sim 13 30 43 28,3% 39,0% 35,0% Não 33 47 80 71,7% 61,0% 65,0% Quadro 03 - Nível de materialismo Na tabela 03 foi relatado o nível de materialismo dos entrevistados, onde foram indagados sobre comprar algo apenas para realização sentimental ou por status, se compravam algo sem saber se teriam condições de pagar, além de, se realizavam compras por impulso. Em resposta a primeira indagação foi constatado que as mulheres tiveram maior parte de respostas positivas, totalizando 54,5% do total de mulheres entrevistadas, enquanto os homens tiveram 69,6% de respostas negativas a respeito da mesma. Já na segunda indagação teve um equilíbrio em ambos os sexos com percentuais acima de 80% negando a compra sem saber se terão condições. E em resposta a última indagação foi constatado que os homens compram menos por impulso e as mulheres tem um percentual de 39% de alegação de que compram por impulso Os entrevistados foram questionados em questão a utilização de crédito, como créditos de financeira, empréstimos ou cheque especial. No gráfico 01 é demonstrativo em relação as respostas destes questionamento, onde ficou demonstrado que as mulheres foram as que mais recorreram ao crédito para sanar dívidas ou comprar algo para realização pessoal. 10

Gráfico 01 - Utilização de crédito de financeira, empréstimo ou cheque especial Outro questionamento feito foi sobre a utilização de planejamento financeiro, onde foi constatado que 56 pessoas, que totalizam 45%, fazem o planejamento financeiro, 28% nunca fizeram o planejamento, sendo 60,7% mulheres e 39,3% homens. Gráfico 02 - Uso de planejamento financeiro A participação de palestras ou cursos sobre finanças pessoais não é desconhecida por 64 pessoas entrevistados, mas 59 pessoas nunca participaram. 11

Gráfico 03 - Participação dos entrevistados de cursos ou palestra sobre finanças pessoais 5. CONCLUSÃO O presente estudo teve como objetivo mensurar o grau utilização de cartão de crédito, o nível de materialismo, a utilização de recursos de terceiro para sanar o endividamento e o nível de educação financeira e planejamento financeiro, nos acadêmicos de Administração de um Instituto de Ensino Superior particular do Espírito Santo. Foi notado que a maior parte dos entrevistados estão com rendas superiores a um salário mínimo com moradia própria. Ao decorrer do estudo foi exposto que mais de 66% dos entrevistados tem acesso ao cartão de crédito, demonstrando a grande facilidade para obter esse meios de crédito, pois 69,6% dos entrevistados possuem ao menos um cartão de crédito, e recorrem a ele, que totaliza 65,8% dos entrevistados. O materialismo também ficou evidente para mulheres na compra por produtos com valores sentimentais ou apenas por status, e os homens se mostram mais conscientes em questão de comprar algo que esteja dentro do orçamento, porém as mulheres tem comprado cada vez menos por impulso, e no dado estudo foi constatado que os homens compram mais do que as mulheres por impulso. Em relação ao endividamento poucos utilizaram-se de capital de terceiros para sanar suas dívidas. Fazem ou já fizeram planejamento financeiro 75% dos pesquisados, e com mais da metade dos entrevistados já fizeram cursos ou palestras sobre finanças pessoais. De maneira geral, este trabalho mostrou que os acadêmicos do Curso de Administração, estão conscientes de que é necessário um acompanhamento e controle sobre a dívida, conseguem economizar frequentemente e gastar menos do que ganham, indicando baixa propensão de utilização de capital de terceiros. Considerando que a amostra pesquisada é basicamente representada por jovens, os resultados divergem dos estudos de Ponchio (2006), o qual observou que os indivíduos jovens tendem a ser mais materialistas que os mais velhos. Tal resultado pode ser influenciado pela formação acadêmica e o nível de escolaridade. Zerrenner (2007) aponta que a educação financeira pode ser utilizada como instrumento de controle dos gastos. 12

Especificamente, no curso de Administração, os alunos são submetidos a uma vasta gama de conteúdos relacionados à gestão financeira, principalmente nas disciplinas relacionadas à matemática financeira e finanças. Assim, pode-se conjecturar que tal formação implique numa visão mais completa da gestão de seus recursos pessoais, fazendo com que o desejo de consumo venha acompanhado de uma decisão mais racional de gastos, e, por conseguinte, um maior controle na propensão ao endividamento. A pesquisa teve suas limitações em relação a quantidade de renda utilizada para pagamento de despesas e dívidas, a quantidade de pessoas com pagamentos em atraso podendo ser pesquisadas em outros estudos para que se possa aprimorar a pesquisa em relação a taxa de endividamento dos estudantes de Administração. 6. REFERÊNCIAS ALVES, F. Qualidade na educação fundamental pública nas capitais brasileiras: tendências, contextos e desafios. 2007. 243p. Tese (Doutorado em Educação) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. ANDERLONI, L. VANDONE, D. Risk of Overindebtedeness and Behavioural Factors. In: Social Sciense Research Network, 2010. Disponível em: < http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1653513>. Acesso em: 02 setembro 2013. ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. 2ª São Paulo: Atlas, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE CARTÃO DE CRÉDITO E SERVIÇOS (ABECS). Financiamento é mais confortável com cartão, 2008. Disponível em: www.abecs.org.br/noticias. Acesso em setembro 2013. BITENCOURT, C. M. G. Finanças pessoais versus finanças empresariais. 2004. 85f. Dissertação (Mestrado em Economia) - Programa de Pós-Graduação em Economia, Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004. BLACK JR, K.; CICCOTELLO, C.; SKIPPER JR, H. Issues in Comprehensive Personal Financial Planning. Financial Services Review. Vol.11, n.1, p.1, 2002. BRAUNSTEIN, S.; WELCH, C. Financial literacy: an overview of practice, research, and policy. Federal Reserve Bulletin, Nov. 2002. CERBASI, G. P. Casais inteligentes enriquecem juntos. São Paulo: Gente, 2004. COSTA, M. C. Finanças pessoais: um estado de arte. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - USP. São Paulo, 2004. 13

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