Arduíno makey makey como tecnologia assistiva para a comunicação alternativa Resumo Jorge Charles Kamil Moojen 1, Roberto dos Santos Rabello 1 1 Iceg Universidade de Passo Fundo (UPF) BR 285, Bairro São José - Passo Fundo - RS - Brazil {95534,rabello}@upf.br O Arduíno pode ser considerado uma tecnologia relativamente nova, mas que tem se destacado como um elemento importante na prototipagem e desenvolvimento de aplicações de interface entre hardware e software. Ao mesmo tempo em que promovem esta interface, podem ser utilizados como um elemento facilitador na elaboração de periféricos que promovam a adaptabilidade, acessibilidade de softwares educacionais para portadores de déficits motores. Este trabalho de pesquisa propõe o uso do Arduíno makey makey em substituição ao mouse e até mesmo o teclado para aumentar a acessibilidade. 1. Introdução Arduíno é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre, projetada com um microcontrolador, com suporte de entrada/saída. A principal finalidade do Arduíno em um sistema é facilitar a prototipagem, implementação ou emulação do controle de sistemas interativos, a nível doméstico, comercial ou móvel, da mesma forma que o CLP controla sistemas de funcionamento. Tecnologia assistiva é uma área do conhecimento que engloba recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão social. A tecnologia assistiva engloba áreas como a da comunicação alternativa e ampliada; as adaptações de acesso ao computador; equipamentos de auxílio para visão e audição; controle do meio ambiente; adaptação de jogos e brincadeiras; adaptações da postura sentada; mobilidade
alternativa; próteses e a integração dessa tecnologia nos diferentes ambientes como a casa, a escola, a comunidade e o local de trabalho. Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida, utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos. Figura 1: Arduíno Makey Makey. 2. Objetivo Muitas pessoas com deficiência apresentam dificuldades na interação com o mundo exterior, e até as atividades básicas essenciais podem tornar-se um obstáculo devido a ausência de um design universal que os inclua como participantes da sociedade. As habilidades/esquemas de comunicação têm sido amplamente utilizadas como incentivos para usuários de computador nas mais diversas áreas. O objetivo geral desta pesquisa é a de adaptar o Arduíno a softwares educacionais de forma que promova e provoque a comunicação, podendo mediar à interação e com isso, ampliar as possibilidades no processo de ensinoaprendizagem. O resultado da pesquisa será um sistema que promova habilidades de comunicação em sujeitos com deficiência através de uma interface amigável utilizando o Arduíno Makey Makey e com isso propiciar a inclusão social.
Figura 2: Exemplo de utilização do Arduino Makey Makey. 3. Metodologia O problema delimitado tem como foco central a questão da comunicação em sujeitos com deficiência. O presente projeto é uma pesquisa de desenvolvimento tecnológico e de investigação cognitiva tendo como base os estudos realizados. A idéia é utilizar a tecnologia de hardware Makey Makey (Figura 1) como uma interface, abrindo então infinitas possibilidades de interação com o usuário final, um exemplo prático seria uma pessoa com deficiência motora e comunicativa, onde a mesma não consiga se manifestar desde a vontade de dizer o sim e o não até a informação de sobre necessidades fisiológicas, então através do Arduíno em utilização simultânea com pranchas de comunicação alternativa, se possa efetuar uma varredura em imagens e a hora que o deficiente quiser se manifestar ele interaja através do Makey Makey. A comunicação é feita através de uma conexão elétrica estabelecida entre objetos comuns do cotidiano que conduzam o mínimo de eletricidade (grafite no papel, frutas ou até mesmo água e o hardware), A tradução do contato com esses objetos se dá através de um cabo USB conectado ao computador. O micro controlador poderia ser analogamente usado, então, por pessoas vários tipos de deficiências, tendo o único requisito poder ser tocado.
Como o Arduíno pode ser utilizado como periférico em substituição ao mouse ou até mesmo teclado, pode ser incorporado a qualquer software, principalmente àqueles direcionados aos usuários com algum déficit motor, possibilitando sua melhor utilização, ou até mesmo única forma de utilização Figura 3: Modelo de utilização do Arduíno Makey Makey. 4. Considerações Finais Sabemos que o universo das peculiaridades das pessoas com deficiência é tão amplo que não podemos dar um conjunto dee recursos e/ou metodologias como se fossem receitas de bolo. Considera ndo que a TA apresenta vias capazes de transportar seu usuário a um mundo no qual, muitas pessoas com deficiência nunca teriam acesso, através disso, pode se observar esse processo de interação. Atualmente, uma gama de possibilidades surge para o acesso aos ambientes digitais/virtuais. Este fato pod e modificar as perspectivas desses sujeitos que, sem estes recursos, ficariam impedidos de utilizarem tais espaços e valer-se de seus benefícios para seu desenvolvimento. Contudo, e é nosso objetivo no presente tra balho, explorar e/ou melhorar a comunicação desses sujeitos com o mundo. Ampliando possibilidades de mudança de paradigma, ação necessária para visão educacional inclusiva, apoiada pelas tecnologias da informação e comunicação existentes. Por fim se fará uma abordagem da inclusão social para sugerir a inclusão da pessoa com deficiência e também à comunicação o por meio da
tecnologia. Pretendemos verificar se existe, efetivamente, a inclusão social da pessoa com deficiência e apresentar a educação como principal fator dessa inclusão social. Enfim, defende-se que numa sociedade que respeita e convive com a diversidade, essa sociedade não pode confundir diferença com desigualdade. Bibliografia: BERSCH, R. C. R. ; Pelosi, M. B.. Tecnologia Assistiva: Recursos de Acessibilidade ao Computador. 1. ed. Brasília DF: Ministério da Educação MEC, 2007. v. 1. 66p. McROBERTS, Michael. Arduíno básico. São Paulo: Novatec, 2011. NUNES, L. R. O de P. Comunicação alternativa favorecendo o desenvolvimento da comunicação em crianças e jovens com necessidades educativas especiais. Rio de Janeiro: Dunya, 2003. p.15-48. BANZI, M. et al. ARDUÍNO. 2006. <http://www.arduino.cc/> Acesso em 23 de Maio de 2013 as 23:40. O livro Arduino. <http://zomobo.net/livro-arduino/> Acesso em 23 de Maio de 2013 as 00:12. Arduino Brasil. <http://www.arduino.com.br/> Acesso em 23 de Maio de 2013 as 00:12. Grupo de discussão sobre o arduino. <https://groups.google.com/forum/?hl=pt- BR&fromgroups#!forum/arduino-brasilia/> Acesso em 24 de Maio de 2013 as 19:45.