TEMA Tecnologia Assistiva. Facilitadores convidados Cristina Fank Terapeuta Ocupacional Regis Severo - Fisioterapeuta. 30 de abril de 2015
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2 TEMA Tecnologia Assistiva Facilitadores convidados Cristina Fank Terapeuta Ocupacional Regis Severo - Fisioterapeuta 30 de abril de 2015
3 IBGE 2010 Acessibilidade No Brasil 23,91% da população possui alguma deficiência + 19,59% da população possui mobilidade reduzida (idosos, obesos, gestantes) + 26,50% da população tem dificuldade de acessibilidade em função de ter alguém na família com restrição de mobilidade = 70% dos brasileiros possuem alguma dificuldade de mobilidade
4 Definição Tecnologia Assistiva (TA) Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (CAT, 2007)
5 Tecnologia Assistiva PROPORCIONAR AMPLIAR HABILIDADES FUNCIONAIS INDEPENDÊNCIA INCLUSÃO
6 Atuação da Tecnologia Assistiva: Funcionalidade O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse.
7 Modelo Médico Incapacidade = problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde. Foco central: Doença Solução do Problema: Assistência médica Objetivo: cura ou a ADAPTAÇÃO DO INDIVÍDUO e mudança de comportamento. Modelo Social Incapacidade = problema criado pela sociedade - questão política. Foco central: Dimensão social sociedade exclusiva Solução do Problema: requer uma ação/mudança social Objetivo: participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social, através de modificações ambientais. Modelo Biopsicossocial Incapacidade = resultado da interação da pessoa com o meio ambiente. Foco central: Pessoa Solução do Problema: envolvimento integrado de profissionais de várias áreas de conhecimento. Objetivo: que a pessoa alcance o maior grau de funcionalidade possível
8 Modelo Biopsicossocial CIF Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde Incapacidade = resultado da interação da pessoa com o meio ambiente. Foco central: Pessoa Solução do Problema: envolvimento integrado de profissionais de várias áreas de conhecimento. Objetivo: que a pessoa alcance o maior grau de funcionalidade possível
9 Categorias da TA: Auxílios para a vida diária e vida prática CAA - Comunicação Aumentativa e Alternativa Recursos de acessibilidade ao computador Sistemas de controle de ambiente Projetos arquitetônicos para acessibilidade Órteses e próteses Adequação Postural Auxílios de mobilidade (dispositivos auxiliares de marcha como muletas, por exemplo) Auxílios para cegos ou com visão subnormal Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo Adaptações em veículos Esportes e lazer
10 Muletas
11 Conceito e indicações A Muleta é considerada um dispositivo auxiliar à marcha. Indicações: Descarga de peso Equilíbrio Sem descarga de peso Marcha proprioceptiva > Base de Apoio ou Descarga parcial de peso 10%, 30%, 50%... do peso corporal Uso temporário Uso permanente
12 Situações de uso Uso temporário Repouso e recuperação do membro inferior Lesão / Trauma Desconforto Recuperação físico-funcional + Funcionalidade Autonomia Qualidade de Vida Uso permanente Possibilidade de ortostase e deambulação às pessoas com mobilidade reduzida permanente Funcionalidade Autonomia Qualidade de Vida
13 Tipos de marcha com muletas Referem-se aos números de pontos de contato ao solo. Marcha de 2 pontos As muletas e o membro inferior acometido formam um ponto de apoio, e o membro inferior sadio, outro. É um dos tipos mais usados, pois permite velocidade e pouca sustentação de peso no membro afetado. Marcha de 3 pontos As muletas formam um ponto de apoio ao solo, o membro inferior envolvido é o segundo e o sadio é o terceiro ponto. Neste tipo de marcha a sustentação de peso é maior que a de dois pontos e a velocidade é menor. Marcha de 4 pontos O primeiro ponto é a muleta do lado acometido, o segundo é o membro inferior sadio, o terceiro é o membro inferior acometido e o quarto é a muleta do lado não acometido.
14 Descarga de peso Marcha proprioceptiva Equilíbrio / Base de Apoio Características e Indicações entre os modelos de muletas Indicações Diferenças entre os modelos Dispositivo ideal para marcha sem descarga de peso / com balanço Exige menor controle do membro superior > risco de comprometimento vascular e nervoso (uso inadequado) Exige maior controle e força de membro superior Dispositivo ideal para marcha de 4 pontos e/ou com descarga parcial de peso + Funcional?? (subir escadas) > Facilidade no uso? Aparência / Estética
15 Ajustes das muletas para o uso MULETA CANADENSE FIXA Altura das muletas A altura adequada é aquela que proporcione uma flexão de cotovelos de aproximadamente 20 a 30º. Para este ajuste, pode ser considerado a altura do punho, que deve estar posicionado na altura do trocânter maior (proeminência óssea na região lateral da coxa, próximo ao quadril).
16 Orientações de ajustes das muletas MULETA CANADENSE ARTICULADA Altura das muletas A altura adequada é aquela que proporcione uma flexão de cotovelos de aproximadamente 20 a 30º. Para este ajuste, pode ser considerado a altura do punho, que deve estar posicionado na altura do trocânter maior (proeminência óssea na região lateral da coxa, próximo ao quadril). Posição do apoio de antebraço Este modelo de muleta permite ainda o ajuste de altura do apoio para antebraço, que deve estar ajustado a uma altura de aproximadamente 5cm abaixo do cotovelo.
17 Orientações de ajustes das muletas Altura das muletas MULETA AXILAR Este ajuste pode ser realizado através da altura do apoio de mão, de forma que os cotovelos estejam em uma flexão de aproximadamente 20 a 30º e/ou através do ajuste de altura da muleta. O apoio axilar deve estar posicionado abaixo das axilas cerca de 5cm ou 3 dedos de um adulto. Este ajuste deve ser realizado através do ajuste de altura da muleta.
18 Algumas considerações sobre o uso de muletas Gasto energético: Cerca de duas vezes mais energia para deambular do que em condições sem uso de algum apoio. Força / apoio MMSS: Incidência de lesões causadas por esforço repetitivo nas mãos, punhos, cotovelos e ombros durante o uso prolongado. Sobrecarga dos membros superiores: O punho recebe de uma a mais de três vezes o peso corporal durante a fase de balanço (quando não há apoio do peso sobre os membros inferiores) ao caminhar com muletas. Riscos decorrentes do ajuste/uso inadequado de muletas: - Comprometimento vascular e nervoso (compressão a nível axilar modelo de muleta axilar) - Encurtamentos musculares - Postura viciosa / Marcha viciosa
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