25 de Junho 2012 Direito do Trabalho

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Transcrição:

TERCEIRA REVISÃO DO CÓDIGO DE TRABALHO A revisão ora em análise, publicada hoje, surge no âmbito do Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica de Maio de 2011 (doravante designado ME ) e o Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego (doravante designado CCCE ), assinado em Janeiro de 2012 e que exigiram uma reforma baseada numa legislação laboral flexível que contribuísse para o aumento da produtividade e da competitividade da economia nacional. Nas palavras do legislador, a terceira revisão assume primordial importância na prossecução dos seguintes objectivos: Melhorar a legislação laboral, quer através da sua actualização e sistematização, quer mediante a agilização de procedimentos; Promover a flexibilidade interna das empresas; Promover a contratação colectiva. Neste contexto, foram previstas as seguintes medidas: 1. Organização do tempo de trabalho a) Organização flexível do tempo de trabalho Criação do banco de horas individual, de modo a aumentar o período normal de trabalho até duas horas diárias (com o limite de cinquenta horas semanais e de cento e cinquenta horas anuais); A compensação do trabalho prestado em acréscimo, prevista em regulamentação colectiva de trabalho no âmbito de banco de horas, passa a poder ser feita mediante aumento do período de férias; Modificação do intervalo de descanso, que passa a poder ter lugar após seis horas de trabalho consecutivo em caso de prestação de trabalho superior a dez horas. b) Retribuição de trabalho suplementar Eliminação do descanso compensatório; Redução para metade da retribuição paga a título de acréscimo; Redução para metade da retribuição paga a título de acréscimo por trabalho normal prestado em dia feriado em empresa não obrigada a suspender o funcionamento nesse dia. 1

1. Organização do tempo de trabalho (continuação) c) Feriados Eliminação de quatro feriados (dois feriados civis e dois feriados religiosos). d) Férias Eliminação da majoração de até três dias que estava em vigor para os casos de inexistência ou número reduzido de faltas justificadas 1 ; Admissão do encerramento da empresa para férias dos trabalhadores, em segunda ou sexta-feira (quando precedida ou antecedida de feriado); Contabilização dos sábados e domingos como dias de férias quanto aos trabalhadores cujos dias de descanso coincidam com dias úteis. e) Faltas Alteração da cominação prevista em caso de falta injustificada em um ou em meio período normal de trabalho diário, imediatamente anterior ou posterior a dia ou a meio dia de descanso ou feriado, considerando-se como período de ausência, quanto à perda de retribuição, a totalidade deste período. f) Suspensão ou redução de laboração por motivos de crise empresarial Apresentação de situação contributiva regularizada (excepto em caso de situação económica difícil ou de processo de recuperação de empresa); Imposição de o empregador disponibilizar documentos que fundamentem a medida e reflictam a situação da empresa, tanto na fase das comunicações como na da informação trimestral; 1. Com carácter imperativo em relação às disposições de instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho ou às cláusulas de contrato individual de trabalho que sejam posteriores a 1 de Dezembro de 2003. 2

1. Organização do tempo de trabalho (continuação) Redução dos prazos de decisão de aplicação da medida e da sua execução para cinco dias e, em caso de acordo, possibilidade de aplicação desta com efeitos imediatos; Admissibilidade da prorrogação da medida mediante comunicação; Proibição de cessação de contrato de trabalho durante a aplicação da medida e nos 30 ou 60 dias seguintes (consoante duração igual ou superior a seis meses); Atribuição de um apoio no valor de 30% do Indexante de Apoios Sociais (IAS) em caso de formação profissional adequada ao desenvolvimento da qualificação profissional dos trabalhadores; Manutenção do apoio pelo serviço público competente da Segurança Social, em 70% da compensação retributiva. 2. Fiscalização das condições de trabalho e comunicações à Autoridade para as Condições de Trabalho Eliminação da obrigatoriedade de envio do regulamento de empresa; Aligeiramento do conteúdo das comunicações de início da actividade ou sua alteração; Deferimento tácito do requerimento de redução ou exclusão do intervalo de descanso; Eliminação da obrigatoriedade de envio do mapa de horário de trabalho; Eliminação da obrigatoriedade de envio do acordo de isenção de horário. 3. Alterações ao regime de cessação do contrato de trabalho por motivos objectivos a) Despedimento por extinção do posto de trabalho Possibilidade de definição de um critério relevante e não discriminatório pelo empregador para a determinação do trabalhador atingido pela extinção do posto de trabalho; Eliminação da obrigação de verificação prévia da possibilidade de colocação do trabalhador em posto compatível com a sua categoria profissional. 3

3. Alterações ao regime de cessação do contrato de trabalho por motivos objectivos (continuação) b) Despedimento por inadaptação Admissão desta modalidade de despedimento em situação de alteração substancial da prestação do trabalhador ou por incumprimento de objectivos acordados (com excepção dos cargos de complexidade técnica ou de direcção); Obrigação de fazer uma apreciação da actividade prestada pelo trabalhador, que tem possibilidade de defesa e uma oportunidade para melhorar a sua prestação, nomeadamente através de formação profissional adequada; Atribuição ao trabalhador do direito de denunciar o contrato de trabalho e de receber a respectiva compensação após a comunicação por parte do empregador ao trabalhador da apreciação da actividade antes prestada. c) Despedimento por inadaptação com modificações no posto de trabalho Alterações ao nível dos prazos e das comunicações. d) Compensação por cessação do contrato de trabalho Harmonização entre os contratos de trabalho anteriores e posteriores a 1 de Novembro de 2011 para efeitos de cálculo da compensação devida, sendo que até 31 de Outubro de 2012 regerá o Código do Trabalho de 2009 2. 2. Caso o montante da compensação devido até esta data exceda 12 retribuições base e diuturnidades ou 240 retribuições mínimas mensais garantidas, o trabalhador terá direito a esse montante, não se considerando para efeito do cálculo do valor total da compensação o período posterior a 1 de Novembro de 2012. Se, pelo contrário, não exceder o referido limite (12 retribuições base e diuturnidades ou 240 retribuições mínimas mensais garantidas), ao mesmo acrescerá o montante que resultar da aplicação dos critérios estabelecidos a partir de 1 de Novembro de 2012, não podendo, contudo, o total da compensação exceder o referido limite de 12 retribuições base e diuturnidades, ou 240 retribuições mínimas mensais garantidas. Refira-se que este regime se aplica igualmente aos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho anteriores que contenham valores superiores. 4

4. Alterações ao regime aplicável aos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho Implementação de medidas de descentralização organizada, concretizadas na possibilidade de os contratos colectivos estabelecerem que determinadas matérias podem ser reguladas por outra convenção colectiva; Possibilidade de celebração de convenções colectivas por estruturas de representação colectiva dos trabalhadores em empresas com pelo menos 150 trabalhadores. 5. Outros Alteração dos prazos de celebração e de duração do contrato a termo de muito curta duração para 15 ou 70 dias, em cada ano civil; Aplicação do regime do contrato de trabalho em comissão de serviço às novas 3 funções de chefia; Afastamento da possibilidade de dispensa da instrução no processo disciplinar relativo a despedimento por facto imputável ao trabalhador; Determinação da consagração, em diploma autónomo, da mediação e arbitragem laborais. 3. Funções assumidas posteriormente à entrada em vigor das presentes alterações. Esta Analysis contém informação e opiniões de carácter geral, não substituindo o recurso a aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos. Para mais informações, por favor contacte-nos através do email apdt@abreuadvogados.com ABREU ADVOGADOS 2012 ( * ) LISBOA* SEDE PORTO * MADEIRA * LISBOA Av. das Forças Armadas, 125-12º 1600-079 Lisboa, Portugal Tel.: (+351) 21 723 1800 Fax.: (+351) 21 7231899 E-mail: lisboa@abreuadvogados.com Rua S. João de Brito, 605 E - 4º 4100-455 Porto Tel.: (+351) 22 605 64 00 Fax.: (+351) 22 600 18 16 E-mail: porto@abreuadvogados.com Rua Dr. Brito da Câmara, 20 9000-039 Funchal Tel.: (+351) 291 209 900 Fax.: (+351) 291 209 920 E-mail: madeira@abreuadvogados.com PORTO MADEIRA ANGOLA (EM PARCERIA) MOÇAMBIQUE (EM PARCERIA) CHINA (EM PARCERIA) WWW.ABREUADVOGADOS.COM