Estratégia de Política Econômica e Retomada do Crescimento Econômico Manoel Pires SPE/MF 1
Contexto da política econômica Período prolongado de queda da atividade econômica. Queda das receitas e rigidez orçamentária dificultam a capacidade de recuperar os resultados fiscais. Realinhamento de preços administrados elevou temporariamente a taxa de inflação. Nesse contexto, os instrumentos tradicionais de política econômica foram impedidos de ajustar o ciclo econômico. 2
Trajetória de PIB: MF x Focus 5 4 3 2 1 0-1 -2-3 -4-5 3.9 1.9 3.0 Focus 04/03/16 Focus 08/04/16 MF Efetivo 0.1-3.8 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019-3.1-3.8 1.0 0.3 2.9 1.5 3.2 2.0 Fonte: SPE/MF (Grade de Parâmetros de 11/03/2016) e Boletim Focus/BCB. 3
Trajetória de Inflação: MF x Focus O cenário de queda da inflação começa a antecipar a queda das taxas longas de juros 12 11 10 9 Focus 08/04/16 Focus 04/03/16 MF Efetivo 10.7 8 7 6 5 4 7.4 6.5 6.4 7.1 5.8 5.9 6.0 5.4 6.0 5.0 5.4 5.0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: SPE/MF (Grade de Parâmetros de 11/03/2016) e Boletim Focus/BCB. 4
30 Taxa de Juros Real esperada (% a.a., Swap DI-Pré e Expectativa de IPCA 12 meses) 25 20 Swap DI/Pré 360 dias Taxa de juro real esperada Expectativa de inflação 12 meses a frente 15 10 5 13.8 6.9 6.5 0 Fonte: BCB. Nota: Taxa de juros real esperada calculada pela taxa de juros de swap di-pré 360 descontada a expectativa de inflação 12 meses adiante.
Desafios da Política Fiscal Combinar medidas que estabilizem a economia no curto prazo e que promovam estabilidade fiscal no longo prazo. O menor risco fiscal no longo prazo permite que o governo possa alinhar a política fiscal no curto prazo. É necessário adotar reformas estruturais que reduzam a taxa de crescimento da despesa pública: Longo prazo: Limites sobre a expansão do gasto e reforma da previdência. Curto prazo: revisão da meta fiscal da União e renegociação da dívida dos estados. 6
24% A receita primária está em queda praticamente desde 2010 e atingiu um nível abaixo do observado em 2002 Receita primária em % do PIB 23% 22% 21% 21.5% 21.1% 20% 19% 18% 17% 16% Fonte: STN/MF. * Acumulado em 12 meses até jan/16 (exclui cessão onerosa). 7
Rigidez Orçamentária Discricionárias contingenciáveis 8.3% Previdência e LOAS 44.9% Discricionárias não contingenciáveis 13.1% Outras obrigatórias 6.3% Subsídios 2.2% FAT 4.6% Fonte: LOA 2016. Pessoal inativo 10.3% Pessoal ativo 10.3% 8
9 40.00 20.00 DECOMPOSIÇÃO DA ALTERAÇÃO DA META FISCAL (Em R$ bi) 24,0 0.00 21,25-20.00-40.00-40.26-60.00-80.00-41.70-100.00-12.50-3.00-1.95-96.65-120.00 Meta Novo Frustração de Contingenciamento Receita Administrada Frustração de Receita Não Administrada Pagamento de Restos a pagar de Investimentos e Defesa Saúde FEX Resultado Final
10 Estimativa de impacto com o limite à expansão do gasto 2012 2013 2014 2015 R$ bi %PIB R$ bi %PIB R$ bi %PIB R$ bi %PIB Despesa total realizada 812.632 16,91 918.595 17,28 1.038.723 18,26 1.158.701 19,62 Estágio 1 21.232 0,44 22.798 0,43 32.605 0,57 2.681 0,05 Estágio 2 10.941 0,23 24.011 0,45 32.209 0,57 9.409 0,16 Estágio 3 14.608 0,30 6.895 0,13 4.296 0,08 7.773 0,13 Impacto Total 46.781 0,97 53.703 1,01 69.110 1,22 19.863 0,34
O desafio demográfico Projeções da População Brasileira (em milhões de pessoas) 0 a 14 anos 15 a 64 anos 65 anos ou mais Idosos / Adultos (%) 2015 47,4 140,9 16,1 11,5 2020 44,3 147,8 20,0 13,5 2030 39,3 153,9 30,0 19,5 2040 35,4 152,6 40,1 26,3 2050 31,8 143,2 51,3 35,8 2060 28,3 131,4 58,4 44,4 Variação % 2015 a 2060-40,3% -6,7% 262,7% 286,1% 11
Projeção do resultado da previdência com a legislação vigente Ano Receitas Previdenciárias Valor (a) % em relação ao PIB Despesas Previdenciárias % em Valor (b) relação ao PIB Resultado Previdenciário Valor (a-b) % em relação ao PIB 2016 367.263 5,93 498.100 8,04-130.837-2,11 2020 478.463 5,84 696.191 8,49-217.728-2,66 2025 681.843 5,84 1.035.087 8,86-353.244-3,02 2030 944.195 5,84 1.524.223 9,42-580.028-3,59 2035 1.270.542 5,84 2.221.288 10,20-950.746-4,37 2040 1.673.746 5,84 3.223.783 11,24-1.550.036-5,41 2045 2.175.115 5,84 4.664.998 12,52-2.489.883-6,68 2050 2.785.084 5,84 6.710.419 14,06-3.925.334-8,23 2055 3.521.002 5,84 9.566.247 15,86-6.045.245-10,02 2060 4.418.680 5,84 13.470.665 17,79-9.051.985-11,96 Fonte: BGU. 12
Crescimento de Longo Prazo A combinação de medidas de curto prazo com medidas estruturantes permitirá que a economia se recupere de forma rápida e sustentável. Em períodos prolongados de baixo crescimento, é comum haver dúvidas sobre a capacidade de recuperação da economia. Assim, é necessário atuar em outras medidas que possam elevar o crescimento potencial da economia, criando novos mercados e desenvolvendo os existentes. 13
Existe elevada dispersão sobre o crescimento potencial no Brasil (Crescimento do PIB % a.a.) A* MF Focus B** 2016-3,0-3,1-3,8-4,0 2017 1,5 1,0 0,3 0,3 2018 3,3 2,9 1,5 1,4 2019 3,3 3,2 2,0 1,6 2020 3,1 3,0 2,0 1,9 *Média das instituições que preveem recuperação acelerada da atividade. ** Média das instituições que preveem cenário de baixo crescimento. Fonte: SPE/MF (Grade de Parâmetros de 11/03/2016), Focus (08/04/2016) e consulta às instituições financeiras. 14
15 Reforma Regulatória Programa de Investimento em Logística Energia Petróleo e gás Aviação civil Telecom
16 Estimativa de impacto sobre o PIB em p.p. em 10 anos das medidas adotadas pelo CNPE Direto Indireto Total Rodada Zero 2,3 0,7 3,1 Interrompidos n.d. n.d. n.d. Unitizáveis 1,0 0,3 1,4 Total 3,4 1,0 4,4