AMPLIFICAÇÃO DE DNA PELA TÉCNICA DE PCR REALIZADA EM SALA DE AULA UTILIZANDO MOLDES DE PAPEL



Documentos relacionados
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS. Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas. Curso de Ciências Biológicas Modalidade Licenciatura

Exercício 3 PCR Reação em Cadeia da Polimerase

CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO SOFTWARE EDUCACIONAL FALANDO SOBRE... HISTÓRIA DO BRASIL EM AULA MINISTRADA EM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR)

Projeto Laboratório de Ensino de Genética Jogo Memorizando a Genética

O DNA é formado por pedaços capazes de serem convertidos em algumas características. Esses pedaços são

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I

deficiências gênicas em amostras de DNA, de seres humanos e/ou animais, o qual além

EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO: MODELO DIDÁTICO PARA COMPREENSÃO DO TESTE DE VÍNCULO GENÉTICO

Reação em Cadeia Da Polimerase

As bactérias operárias

A ASTRONOMIA E A EDUCAÇÃO: UMA MEDIDA

Curso de planilhas eletrônicas na modalidade EAD: Um relato de experiência

Ácidos Nucleicos 22/12/2011. Funções do Material Genético. informação genética.

Palavras-chave: Fisioterapia; Educação Superior; Tecnologias de Informação e Comunicação; Práticas pedagógicas.

EDITAL DE SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Modalidade Online

ESCOLA ESTADUAL MARIA HELENA ALBANEZE SALA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE SETOR DE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR

Palavras-chaves: Jogo didático, leis de Mendel e Genética.

EXPERIMENTAÇÃO EM SALA DE AULA: RESISTORES

Novas Tecnologias no Ensino de Física: discutindo o processo de elaboração de um blog para divulgação científica

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

Desenvolvimento de um Aplicativo Visando à Educação Ambiental.

MEDICINA VETERINÁRIA. Disciplina: Genética Animal. Prof a.: Drd. Mariana de F. G. Diniz

1 ROTEIRO PARA PROJETO DE PESQUISA

Kit para calibração de PCR pht

Contexto da ação: Detalhamento das atividades:

JOGO DIDÁTICO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA TABELA PERIÓDICA

Replicação Quais as funções do DNA?

REGULAMENTO FORMAÇÃO INTERNA DE INFORMÁTICA MICROSOFT EXCEL (2 níveis) E POWERPOINT (1 nível) OBJETIVO: FORMANDOS: FORMADOR:

Equipe de Biologia. Biologia

ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO 2 ANO DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA INÁCIO PASSARINHO CAXIAS MARANHÃO

INCORPORANDO AS NOVAS TECNOLOGIAS DE ENSINO/ APRENDIZAGEM: CRIAÇÃO DE ATLAS ONLINE DE PATOLOGIA GERAL *

PCR in situ PCR Hotstart

Utilizando a ferramenta de criação de aulas

PO 19: ENSINO DE ÂNGULOS: O AUXÍLIO DA LOUSA DIGITAL COMO FERRAMENTA TECNOLÓGICA

Comparação do ganho de peso e desempenho de bezerras alimentadas com leite de descarte e leite normal durante a fase de aleitamento

PUCRS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Genética I AULA PRÁTICA APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE PCR E ELETROFORESE DE DNA

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

ABORDAGENS MULTIDISCIPLINARES NAS TRILHAS INTERPRETATIVAS COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II: VISITAS GUIADAS AO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM GENÉTICA: UMA EXPERIENCIA COM UM GRUPO DE EDUCANDOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO (PORTO NACIONAL-TO).

CONFECÇÃO DE MODELOS BIOLÓGICOS PARA ALUNOS CEGOS NO SEGUNDO SEGMENTO

Projeto Genoma Humano. Autores: Kelly Cristina Guedes, Andreia da Silva e Antonia M de Oliveira.

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS

JOGO DE BARALHO DOS BIOMAS BRASILEIROS, UMA JOGADA FACILITADORA DA APRENDIZAGEM DOS DISCENTES NA BIOGEOGRAFIA.

Explorando a geometria com as crianças das séries iniciais do ensino fundamental

SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Educação Superintendência Regional de Ensino de Carangola Diretoria Educacional

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

II ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO PIBID UENP: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Introdução à Bioinformática. Prof.

Mostra de Projetos Tribuninha

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA E POLINIZAÇÃO DE PLANTAS DO BIOMA CAATINGA: A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS EM SALA DE AULA.

USO DA INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS NO 9º ANO

Técnicas moleculares

INTERVENÇÃO. AULA PRÁTICA: jogo das biomoléculas. Autor: Maria Teresa Iturres, Alexia Rodrigues Menezes.

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

LABORATÓRIO DE BIOENGENHARIA. Métodos rápidos de tipagem de microrganismos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS-PIBID 2º SEMESTRE Bolsistas: Jaqueline Kovalechucki Ricardo Rossa

2. METODOLOGIA DO TRABALHO DESENVOLVIDO NA PASTORAL DO MENOR E DO ADOLESCENTE

TELEMEDICINA:NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO SUPERIOR

Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

Tema: Tradições religiosas e mítico-filosóficas

Estágio Supervisionado III

Curso de Especialização em EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Atividade prática Quem é o pai? Quem é o criminoso?

A UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS NA CONSTRUÇÃO DE PROJETOS MUSEOGRÁFICOS VOLTADOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA

LUDICIDADE E EDUCAÇÃO: O ENCANTAMENTO DE APRENDER BRINCANDO

Educação especial: um novo olhar para a pessoa com deficiência

PERSPECTIVA. ciências. Sugestão de avaliação. Coleção Perspectiva

Como o DNA nuclear comanda todo o funcionamento da célula????

A IMPORTÂNCIA DO USO DO LABORATÓRIO DE GEOMETRIA NA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

CURSO DE FOTOGRAFIA CIENTÍFICA AMBIENTAL

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

Especialização em Atendimento Educacional Especializado

QUÍMICA SÓ PARA BAIXINHOS: Por meio de atividades práticas e lúdicas para as séries iniciais

APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA DE CURSO: DNA NA ESCOLA

ANEXO 2 - INDICADORES EDUCACIONAIS 1

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Realizado de 25 a 31 de julho de Porto Alegre - RS, ISBN

Prevenção e conscientização é a solução. Ciências e Biologia

Projeto recuperação paralela Escola Otávio

FACULDADE DE CAMPINA GRANDE DO SUL. Manual de Estágio CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DIFUSÃO E DIVULGAÇÃO DA BIOTECNOLOGIA PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ

Extração de DNA e Amplificação por PCR

EDITAL DE SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Modalidade Online

2007: Seguindo as recomendações de 2006, o projeto ganha complexidade e chega aos seguintes resultados: 30 escolas, 1865 alunos e 92 professores.

Introdução ao Aplicativo de Programação LEGO MINDSTORMS Education EV3

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AEE - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Apostila de aula prática REAÇÃO EM CADEIA PELA POLIMERASE (PCR)

O ENSINO DE QUÍMICA PARA DEFICIENTES VISUAIS: ELABORANDO MATERIAIS INCLUSIVOS EM TERMOQUÍMICA

USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCIPLINA LÍNGUA INGLESA

MATEMÁTICA FINACEIRA E EXCEL, UMA PARCEIRIA EM FAVOR DE UM CONSUMO MAIS CONSCIENTE

Daniela Campioto Cyrilo Lima*, Emanuela Matos Granja*, Fabio Giordano **

Transcrição:

AMPLIFICAÇÃO DE DNA PELA TÉCNICA DE PCR REALIZADA EM SALA DE AULA UTILIZANDO MOLDES DE PAPEL 1. Introdução 1 Lanusse Andrade Fernades (UEG) Lanusse.biologia@gmail.com Flávio Monteiro Ayres (UEG) flavioayres@yahoo.com Miriam Marques (UEG) mirian.marques@ueg.br A reação em cadeia da polimerase (PCR) é uma ferramenta versátil e eficaz de amplificação de DNA in vitro a partir de um molde de DNA. Com apenas uma molécula de DNA a PCR pode gerar 100 bilhões de moléculas similares em uma tarde. A PCR torna a vida muito mais fácil para os biólogos moleculares: dá-lhes o máximo de cópias de um DNA particular como eles o querem. A técnica da reação em cadeia da polimerase foi desenvolvida por Kary Mullis e colaboradores da Cetus Corporation, em 1983. Desde a sua descoberta, vários relatos sobre seu uso têm sido publicados (MULLIS, 1990). A PCR é amplamente utilizada em várias áreas de análise da biologia molecular. Doenças de origem genética como distrofia muscular de Duchene, doença de Huntington e hemofilia têm sido diagnosticadas através da PCR (KIM et al., 2002). A reação em cadeia da polimerase também é uma excelente ferramenta na identificação de espécies de protozoários como a Leishmania (LIMA - JUNIOR et al., 2009; NUNES et al. 2007), o Trypanosoma cruzi (KINOSHITA-YANAGA et al., 2009; PORTELA-LINDOSO & SHIKANAI-YASUD, 2003); de bactérias como a Helicobacter pylori (LEITE et al., 2005), Ornithobacterium rinotracheale (CANAL et al. 2003), Samonela sp. (SANTOS, L. R. 2003; FLÔRES et al. 2003), Mycobacterium tuberculosis (BOLLELA et al. 1999; SANTOS et al. 2006); e também de vírus como o papilomavírus humano (NONNENMACHER et al. 2002) e o citomegalovírus (BONON et al. 2006; YAMAMOTO et al. 1998). Tendo-se em vista as inúmeras utilidades da técnica da PCR, torna-se indispensável a aprendizagem desta por profissionais das Ciências Biológicas e Ciências da Saúde. Uma das disciplinas relacionadas ao ensino da técnica para os alunos da graduação é a Genética. Um número significativo de trabalhos em Ensino de Genética tem sido apresentado nos últimos encontros científicos. A relevância desta nova área de pesquisa é evidenciada quando, nos cursos de formação continuada de professores, temas relacionados à Genética surgem como a maior preocupação no ensino de Biologia (SCHEID & FERRARI, 2008). Várias metodologias e ferramentas têm sido criadas para auxiliar no ensinoaprendizagem de conteúdos de Genética, tais como: divisão celular ensinada através de baralho (SALIM, et al., 2007) e de representações com massa de modelar (DENTILLO, 2009); conceitos básicos de genética ensinados através de jogo da memória (PAES & PARESQUE, 2009); estruturas tridimensionais de moléculas de DNA construídas em origami (SEPEL & LORETO, 2007); o uso de recursos multimídias que melhorem a compreensão das Leis de Mendel (FALCÃO & LEÃO, 2007); e o uso de jogos de dominó para a aprendizagem de recombinação e produção de gametas (KLAUTAU- GUIMARÃES et al., 2007).

Muitas Universidades ainda não possuem o termociclador, o que torna o ensinoaprendizagem da técnica da PCR complicado. Por esse motivo muitos alunos saem da graduação sem ter nenhum contato com a técnica. Mesmo nas Universidades que possuem o termociclador, os alunos realizam o procedimento da PCR, porém não conseguem visualizálo, já que o processo ocorre todo dentro da máquina. Portanto, este trabalho tem como objetivo desenvolver uma ferramenta didática que facilite e auxilie no ensino- aprendizagem da técnica da PCR em sala de aula, através de recorte e colagem em moldes de papel. 2. Objetivo O objetivo geral é desenvolver uma ferramenta didática que facilite e auxilie no ensino- aprendizagem da técnica da PCR em sala de aula, através de recorte e colagem em moldes de papel. 3. Metodologia O presente estudo foi realizado na Universidade Estadual de Goiás, Unidade de Ciências Exatas e Tecnológicas (UnUCET), Campus Henrique Santillo. A UnUCET se localiza na rodovia BR 153, Fazenda Barreiro do Meio, na cidade de Anápolis. As turmas dos cursos de Ciências Biológicas e Farmácia participaram do estudo. Foi elaborada uma mini aula, utilizando-se o programa Power Point 2010, contendo as informações pertinentes a serem transmitidas para os alunos. A mini aula foi ministrada e após esta o Questionário A foi aplicado aos alunos. O Questionário A possui 16 questões fechadas, sendo as seis primeiras relativas ás informações pessoais dos alunos tais como: disciplinas cursadas, o curso de graduação e conhecimentos precedentes sobre a técnica de PCR. As outras 10 questões serão exclusivamente sobre a técnica de PCR. Ao término do Questionário A, a turma formou grupos de sete alunos para que a oficina se iniciasse. Para a oficina, foram construídas representações de fitas duplas da molécula de DNA com papel, contendo aproximadamente 150 pares de bases. As representações das fitas duplas foram representadas apenas por bases nitrogenadas e pelas ligações de hidrogênio entre estas, que unem as duas fitas. Foram confeccionados também nucleotídeos livres e primers de papel. Cada grupo de setes alunos recebeu um quite contendo uma representação da fita dupla de DNA contendo 150 pares de bases, 300 nucleotídeos, dois primers, tesoura, cola, e sete etiquetas, cada etiqueta contém o nome de um reagente da técnica de PCR (datp, dttp, dctp,dgtp, Taq polimerase, RNA primase 1 e RNA primase 2). Cada aluno deverá pegar uma etiqueta e trabalhar como se fosse o reagente escrito nesta. A oficina descreve as três etapas da PCR e os alunos simulam os eventos que ocorrem dentro do termociclador. Á medida que os fenômenos e as temperaturas foram sendo narradas por quem ministra a oficina, os alunos iam dando sequência á mesma. Ao final da oficina, cada grupo ficou com duas fitas duplas de DNA. Dessa maneira, foi possível visualizar que a técnica de PCR produz duas fitas duplas de DNA a partir de uma. Ao término da oficina, foi aplicado aos alunos o Questionário B (em anexo), que contêm 11 questões. As 10 primeiras questões são fechadas, perguntam apenas sobre a técnica de PCR e 2

são as mesmas questões sobre PCR do Questionário A. A 11ª questão é aberta e tem como objetivo saber a opinião dos alunos sobre a oficina. Os as análises estatísticas foram feitas por meio do Microsoft Office Excel 2010 e foram correlacionados com o curso de graduação dos alunos e com os conhecimentos que eles já possuíam sobre PCR antes da oficina. 4. Resultados e Discussão O trabalho foi aplicado para 40 alunos, sendo 20 do curso de Farmácia e 20 do curso de Ciências Biológicas. Destes 40 alunos que participaram das oficinas, 13 acertaram mais questões no Questionário B, 17 acertaram a mesma quantidade de questões nos dois questionários e 10 acertaram mais questões no Questionário A. Os alunos do curso de Farmácia possuíram maior desempenho após a aplicação da oficina que os alunos de Ciências Biológicas. Do total de alunos de ambos os cursos, 21 (52,5%) já conheciam a técnica de PCR, e todos os alunos já haviam cursado as disciplinas de Biologia Celular e Genética. Estes dois fatores podem ser os motivos pelos quais os alunos obtiveram bom desempenho nas oficinas. Diante dos resultados é possível observar que a oficina se mostrou um bom recurso didático no auxilio da aprendizagem sobre a técnica de PCR, no entanto a mini-aula expositiva foi o suficiente para a aprendizagem da maioria dos alunos. Podemos concluir então que é necessário mais estudos para aprimorar a oficina para que ela se torne uma ferramenta de maior aproveitamento pelos alunos. 5. Considerações Finais Trabalhos como este são de suma importância pois propõe o desenvolvimento de ferramentas que ajudam na aprendizagem dos alunos, já que muitas vezes a universidade não possui recursos suficientes para a aquisição de aparelhagem e material necessário para a execução de todas as aulas que seriam necessárias nos cursos de graduação. 6. Referências Bibliográficas BOLLELA, V. R.; SATO, D. N.; FONSECA, B. A. L. Problemas na padronização da reação em cadeia da polimerase para diagnóstico da tuberculose pulmonar. Revista de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, v. 33, n. 3, p. 281 289. 1999. BONON, S. H. A.; ROSSI, C. L.; SOUZA, C. A.; VIGORITO, A. C.; COSTA, S. C. B. Estudo comparativo entre sorologia, antigenemia e reação em cadeia da polymerase para o monitoramento da infecção por cytomegalovirus em pacientes recptores de transplantes de células progenitoras hematopoiéticas. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 48, n. 5, p. 275 278. 2006. CANAL, C W.; ROCHA, S. L. S.; LEÃO, J. A.; FALLAVENA, L. C. B.; OLIVEIRA, S. D.; BELTRÃO, N. Detecção de Ornithobacterium rhinotracheale (ORT) por meio da reação em cadeia da polimerase. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 2, p. 377 379. 2003. 3

DENTILLO, D. B. Divisão celular: Representação com massa de modelar. Genética na escola, v. 3, n. 3, p. 33 36. 2009. FALCÃO, R. A.; LEÃO, M. B. C. A utilização de multimídias educacionais na construção de modelos mentais no ensino das leis de Mendel. Genética na escola, v. 2, n. 1, p. 25 27. 2007. FLÔRES, M. L.; NASCIMENTO, V. P.; KADER, I. I. T. A.; CARDOSO, M.; SANTOS, L. R.; LOPES, R. F. F.; WALD, V. B.; BARBOSA, T. M. C. Análise da contaminação por Salmonella em ovos do tipo colonial através da reação em cadeia da polimerase. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 3, p. 553 557. 2003. KIM, Y.; FLYNN, T. R.; DONOFF, R. B.; WONG, D.T.W.; TODD, R. The gene: The Polymerase Chain Reaction an Its Clinical Application. J Oral Maxillofac Surg, v. 60, p. 808 815. 2002. KINOSHITA-YANAGA, A. T.; TOLEDO, M. J. O.; ARAÚJO, S. M.; VIER, B. P.; GOMES, M. L. Infecção acidental pelo Trypanosoma cruzi acompanhada pela reação em cadeia da polimerase: relato de caso. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 51, n. 5. 2009. KLAUTAU GUIMARÃES, M. N.; OLIVEIRA, S. F.; AKIMOTO, A.; HIRAGI, C.; BARBOSA, L. S.; ROCHA, D. M. S.; CORREIA, A. Combinar e recombinar com os dominós. Genética na escola, v. 3, n. 2, p. 1 7. 2008. LEITE, K. R. M.; DARINI, E.; CANAVEZ, F. C.; CARVALHO, C. M.; MITTELDORF, C. A. T. S.; CAMARA - LOPES, L. H. Helicobacter pylori e gene caga detectados por reação em cadeia da polimerase em biópsias gástricas: correlação com os achados histológicos, proliferação e apoptose. Sao Paulo Med. J.;v.123,n.3. 2005. LIMA - JUNIOR, M. S. C.; ANDREOTTI, R.; DORVAL, M. E. M. C.; OSHIRO, E. T.; OLIVEIRA, A. G.; MATOS, M. F. C. Identificação de espécies de Leishmania isoladas de casos humanos em Mato Grosso do Sul por meio da reação em cadeia da polimerase. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 42, n. 3, p. 303 308. 2009. MULLIS, K. B. The usunual origin of the Polymerase Chain Reaction. Scientific American. April, 1990. NONNENMACHER, B.; BREITENBACH, V.; VILLA, L. L.; PROLLA, J. C.; BOZZETTI, M. C. Identificação do papilomavírus humano por biologia molecular em mulheres assintomáticas. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 1. 2002. NUNES, C. M.; DIAS, A. K. K.; GOTTARDI, F. P.; PAULA, H. B.; AZEVEDO, M. A. A.; LIMA, V. M. F.; GARCIA, J. F. Avaliação da reação em cadeia pela polimerase para diagnóstico da Leishmaniose Visceral em sangue de cães. Rev. Bras. Parasitol. Vet., v. 16, n. 1, p. 5 9. 2007. PAES, M. F.; PARESQUE, R. Jogo da memória: Onde está o gene?. Genética na escola, v. 4, n. 2, p. 26 29. 2009. 4

PORTELA-LINDOSO, A. A. B.; SHIKANAI-YASUD, M. A. Doença de Chagas crônica: do xenodiagnóstico e hemocultura à reação em cadeia da polimerase. Revista de Saúde Pública, v. 37 n. 1, p. 107-15. 2003. SALIM, D.C.; AKIMOTO, A.K.; RIBEIRO, G. B. L.; PEDROSA, M. A. F.; KLAUTAU GUIMARÃES, M. N.; OLIVEIRA, S. F. O baralho como ferramenta no ensino de genética. Genética na escola, v. 2, n. 1, p. 6 9. 2007. SANTOS, L.R. Padronização da RAPD ( DNA polimórfico amplificado ao acaso) para caracterização molecular de Salmonella enteritidis. Revista da FZVA, Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 144 158. 2003. SANTOS, R. M. C.; OGUSKU, M. M.; MIRANDA, J. M.; DOS - SANTOS, M. C.; SALEM, J. I. Avaliação da reação em cadeia da polimerase no diagnóstico da tuberculose pulmonar em pacientes indígenas e não- indígenas. J. Bras. Pneumol.; v.32, n.3, p. 234 240. 2006. SCHEID, N. M. J.; FERRARI, N. A história da ciência como aliada no ensino de genética. Genética na escola, v. 3, n.1, p. 17 18. 2008. SEPEL, L. M. N.; LORETO, E. L. S. Estrutura do DNA em origami possibilidades didáticas. Genética na escola, v. 2, n.1, p. 3 5. 2007. YAMAMOTO, A. Y.; AQUINO, V. H.; FIGUEIREDO, L. T. M.; MUSSI-PINHATA, M. M. Diagnóstico de infecção congênita e perinatal por citomegalovírus utilizando a reação em cadeia da polimerase. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 1, n. 31, p. 19 26. 1998. 5