ANÁLISE DAS INCOTERMS E REDUÇÃO DE CUSTOS NAS EXPORTAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL DO SETOR FUMAGEIRO

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Transcrição:

ANÁLISE DAS INCOTERMS E REDUÇÃO DE CUSTOS NAS EXPORTAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL DO SETOR FUMAGEIRO Márcio Eifert 1 Cesar Augusto Bay 2 Vinícius C. S. Zonatto 3 RESUMO Este trabalho teve como objetivo apresentar um estudo sobre as Incoterms utilizadas nas vendas dos produtos exportados, mostrando as vantagens nas diferentes negociações, também apresentar uma breve análise na redução dos custos nas exportações. Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada por meio de levantamento com abordagem qualitativa e quantitativa dos dados. Foram utilizadas entrevistas com o responsável da área, analise documental a fim de embasar este estudo de caso. Concluiu-se que, a forma mais vantajosa para organização foi à venda na Incoterm FOB, onde o exportador fica responsável apenas em colocar a mercadoria a bordo, passando as responsabilidades de fretes e seguros marítimos ao importador. Na modalidade FOB a empresa fica livre de pagamento de frete marítmo, este custo se torna muito elevado, já que as agências marítimas utilizam taxas de dólar acima da taxa real. Palavras-Chave: Exportação, Condição de venda, Redução de custos. ABSTRACT This study aimed to present a study on Incoterms used in sales of products exported, showing the different advantages in negotiations, also present a brief analysis on cost reduction and other unexpected costs that may occur in exports. This is a descriptive study conducted by surveying both qualitative and quantitative data. Interviews were conducted, the head of the area, analyze documents in order to ground this case study. It was concluded that the most beneficial way for the organization was sold on FOB Incoterms, where the exporter is responsible only to put the goods on board, passing the responsibilities of freight and marine insurance to the importer. In FOB the company is free to pay freight marine part, this cost becomes very high, since the maritime agencies use rates higher than the actual U.S. dollars. 1 Graduando do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto. 2 Bacharel em Ciências Contábeis, Pós Graduado em Gestao e Direito Tributario e Mestrando em Administração de Empresas, Professor do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto. 3 Professor Co-orientador, Doutorando em Ciências Contábeis e Administração (FURB).

Key-Words: Exportation, Incoterms, Cost reduction 1 INTRODUÇÃO As empresas de todos os seguimentos enfrentaram nos últimos anos uma forte crise econômica mundial, e, além disso, também enfrenta outro problema a concorrência, que a cada ano vem crescendo. Esses fatores fazem com que as empresas tenham um constante aprimoramento na sua maneira de trabalhar, devendo se adequar as novas solicitações do mercado. Com toda essa concorrência o principal responsável nesta mudança nas empresas são os clientes, quanto mais atualizada no mercado mais bem vista será a empresa, tendo assim mais credibildade perante o mercado. As empresas devem buscar novos conhecimentos, novas tecnologias, aprimorando seus processos de forma continua. Há outros fatores que também devem ser levados em consideração, como a preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade social, estes também muito cobrados por parte dos clientes. As exportações e importações são definidas como a necessidade de importações decorre da escassez da matéria-prima ou material secundário. Apesar de o Brasil ser um País rico em recursos minerais, existe a necessidade de importar outros produtos extrativos Faria, Tomoyose e Ruiz (2010, p. 1). O trabalho a seguir visa demonstrar as diferentes modalidades de vendas, as Incoterms mais utilizadas dentro da organização, bem como uma possível redução nos custos com transportes, rodoviário e marítimo no decorrer do processo de exportação. Inserida em um mercado de muita concorrência, o tabaco, fica claro que é preciso um rigoroso controle e o mínimo disperdicio de gastos e custos. A questão que norteia o a pesquisa é: Analisar a atual gestão de vendas de produto acabado da empresa a fim de elaborar um melhor gerenciamento junto aos setores responsáveis pelas vendas e fazer o possível para evitar alguns gastos inesperados que possam ocorrer. I) Verificar oportunidades junto ao departamento de vendas para que as realize nas Incoterms mais vantajosas a empresa. II) Analisar a melhor maneira para redução de custos na exportação, nas quantidades que podem ser embarcadas. Este estudo se justifica por apresentar uma contribuição

para a organização, e se estruturou da seguinte forma: a introdução apresentada e a fundamentação teórica do estudo. Após o método e procedimentos são descritos. Na sequência são apresentados resultados e considerações finais. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O processo de Exportação Conforme Vasquez (2007, p. 181), a primeira providência que o exportador deverá tomar é de se registrar no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior), que está ligado ao Sepro, administrado pelo Ministério da Fazenda e Ministério do Desenvolvimento. Após habilitado o exportador obterá uma senha junto a Receita Federal. O SISCOMEX é uma ferramenta que chegou para facilitar o trabalho, integrando as atividades afins da Secex Secretaria de Comércio Exterior, Banco Central do Brasil e Secretaria da Receita Federal. De acordo com Dias e Rodrigues (2007, p. 205) o SISCOMEX foi criado com objetivo principal de agilizar as operações de comércio exterior brasileiro, eliminando assim muitos documentos e formulários até então existentes. O Exportador fará sua negociação com o importador, negociando o preço, prazos e as condições de venda (Incoterms) deste produto através de um documento chamado de Fatura Proforma. Fatura Proforma: Este documento é semelhante a uma fatura, o exportador envia ao importador nela deverá conter informações como: descrição do produto, modalidade de venda (Incoterms), condições de pagamentos, preço, quantidades, seguros, prazos, etc... A mercadoria será preparada e destinada ao porto, juntamente com a documentação de pré-embarque necessária para o despacho aduaneiro. Já no porto com a mercadoria despachada, liberada e confirmada a bordo do navio, inicia outro trabalho, desta vez a documentação final ao cliente para ser liberada no destino. Outro processo importante na exportação é a logística, esta por sua vez pode trazer inúmeras vantagens às empresas, como tempo e custos, trazendo uma superioridade aos concorrentes. Conforme Brito (2004) a figura 01 apresenta um esboço referente ao fluxo do processo de exportação.

Figura 1: Fluxo referente ao processo de exportação. A seguir evidenciam-se as condições de vendas (Incoterms 2010), documentos pré-embarque, etapas do despacho aduaneiro e documentos de comércio exterior. 2.2 Incoterms 2010 (International Commercial Terms) Nova versão De acordo com Ratti (2001, p. 283) as incoterms procuram estabelecer as obrigagações e os direitos do exportador e do importador, não apenas com despesas, mas também as responsabilidades com perdas e danos que as mercadorias podem vir a sofrer durante seu percurso. Permitem estabalecer, com exatidão, a divisão de tarefas, custos e riscos entre exportadores e importadores. Os Incoterms determinam: I) Distribuição de custos. II) Local de entrega da mercadoria. III) Quem suporta os riscos de transporte. IV) Responsabilidades dos direitos aduaneiros. Com a nova versão das Incoterms, passaram agora a contar com 11 termos e não mais 13. Esta nova versão foi publicada em setembro de 2010, e entrou em vigor em janeiro de 2011. Os termos DAF, DES, DEQ e DDU foram eliminados, e outros dois novos foram introduzidos DAT e DAP. A seguir discorre-se sobre cada termo, de acordo com o (Guia Marítimo, 2012). EXW Ex Works O exportador encerra sua participação no negócio quando acondiciona as mercadorias na embalagem de transporte e coloca a disposição do comprador no estabelecimento do vendedor ou em local designado por ele. O vendedor não necessita carregar o veículo no local da coleta, nem desembaraçar as mercadorias para exportação. Todas as despesas e danos apartir da entrega do produto, incluindo despacho exterior é de responsabilidade do

comprador, também fica com o comprador a responsabilidade de transporte. Os trâmites alfandegários de exportação e de importação por conta do comprador. FCA Free Carrier Transportador Livre. O vendedor entrega à mercadoria a transportadora designada pelo comprador no estabelecimento do vendedor ou outro local designado. O desembaraço nesse caso fica por conta do exportador. O exportador disponibiliza a mercadoria já desembaraçada sem ser responsável pelas taxas de embarque. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. FOB Free on board Livre a Bordo. O vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio designado pelo comprador. A partir deste momento todos os riscos com perdas ou danos são transmitidos ao importador, assumindo assim todos os custos. O frete internacional é pago pelo importador. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. FAS Free Alongide Ship Livre no Costado do Navio. O vendedor fica responsável por entregar as mercadorias desembaraçadas ao lado do navio (exemplo, em um cais), designado pelo comprador no porto indicado. Os riscos com perdas e danos são transferidos, quando a mercadoria está ao lado do navio, o comprador arca com todos os custos apartir desse momento. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. CRF Cost and Freight Custo e Frete. O vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio, assume todos os custos, inclusive o frete marítimo até o porto de destino. Os riscos com perdas ou danos das mercadorias são transferidos ao importador quando a mercadoria está a bordo do navio. O seguro fica por conta do comprador. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. CIF Cost, Insurance and Freight Custo, Seguro e Frete. O vendedor deve contratar e pagar pelos custos e transportes necessários para entregar o produto no porto de destino. Deverá contratar o seguro marítimo, contra riscos com perdas e danos durante o transporte. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. CPT Carriage Paid to Transporte pago até. É muito similar ao CFR, o vendedor é responsável pelas despesas de embarque e frete até o destino. Os

riscos com perdas e danos do produto são transferidos do vendedor ao comprador, no momento em que a mercadoria é entregue a transportadora. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. CIP Carriage and Insurance Paid Transportes e Seguros pagos até. O vendedor entrega o produto à transportadora em um local designado, os custos de transportes ficam por conta do vendedor até o destino. O desembaraço no processo de exportação fica por conta do vendedor. Além destas despesas o vendedor também deve contratar os gastos com seguro de transporte até o destino. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. DAT Delivered Terminal Entrega no terminal. O vendedor tem a responsabilidade de colocar o produto à disposição do comprador, descarregadas do meio de transporte em um terminal no destino, desigando pelo comprador. Vendedor arca com todos os riscos envolvidos no transporte e na descarga do produto no terminal. DAP Delivered at Place Entrega no local. O produto é colocado a disposição do comprador, no local de destino e transporte pronta para ser desembaraçada. O vendedor assume os riscos e custos para este processo. Os trâmites alfandegários de exportação ficam por conta do vendedor e os de importação por conta do comprador. DDP Delivered Duty Paid Entregue com direitos pagos. O vendedor entrega o produto, a disposição do comprador já desembaraçada no local de destino. O vendedor assume todos os custos e riscos para essa entrega. Os trâmites alfandegários de exportação e importação ficam por conta do vendedor. O quadro 1 apresenta um resumo das obrigações, que competem aos exportadores e importadores de acordo com as Incoterms 2010. Quadro 01: Resumo com as obrigações dos Exportadores e Importadores perante as Incoterms

2.3 Documentos pré-embarque Segundo (RATTI, 1997) o exportador fará no SISCOMEX o RE, (Registro de Exportação), que é um conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal onde vai caracterizar a operação de exportação, nele a empresa também irá fornecer a classificação do seu produto à (NCM). Todas as exportações necessitam deste número de RE, que será informado automaticamente em cada processo vinculado ao SISCOMEX. De acordo com Dias e Rodrigues (2007, p. 213) a nota fiscal deverá acompanhar o produto desde o local da saída da fábrica até o local de desembaraço para o exterior. A nota fiscal deverá ser emitida em moeda nacional, com base na conversão do valor FOB em reais, pela taxa do dólar no fechamento do câmbio. Se a empresa fizer uma exportação direta à nota fiscal deve sair em nome da empresa importadora, de for uma exportação indireta a nota deverá ser emitida para empresa que vai efetuar a exportação. Segundo Dias e Rodrigues (2007, p.211) o packing list nada mais é do que uma identificação da mercadoria, quantidade, volumes, pesos bruto e líquido, marca, etc... É um documento necessário para a verificação do que está sendo comercializado, bem como o desembaraço aduaneiro, tanto na origem quanto no destino. 2.4 Etapas do Despacho Aduaneiro

O despacho aduaneiro de exportação é um procedimento fiscal para o desembaraço da mercadoria destinada ao exterior, como base o despachante terá o RE e a nota fiscal (DIAS e RODRIGUES, 2007, p. 222). Além destes documentos é necessária a apresentação do Conhecimento Internacional de Embarque e do Manifesto de Trânsito. A seguir, de forma resumida, apresentam-se as etapas dos os despachos aduaneiros de acordo com (atlantaaduaneira, 2011). Registro da DDE: É o início do despacho de exportação. Este despacho tem por base declaração formulado pelo exportador ou por seu mandatário (despachante aduaneiro), também por intermédio do Siscomex. A Declaração para Despacho Aduaneiro (DDE) deverá ser apresentada para unidade da Receita Federal, na formulação da DDE pode-se aproveitar os dados contidos no RE. Confirmação de presença de carga: é a confirmação da presença da carga pelo depositário, em recinto alfandegário. Parametrização: Depois de registrada a documentação no sistema pela aduana, existe a seleção, pelo Siscomex, sobre os despachos de exportação que podem cair em três canais de conferência: Canal Verde: O desembaraço é feito automaticamente, sem exames documentais ou físicos da mercadoria. Canal Laranja: É realizado o exame documental, sem necessidade de exame físico. Canal Vermelho: O embarque é destinado para exames documentais e físicos, muitas vezes trazendo altos custos para o exportador devido às movimentações de containers nos terminais de carga. Distribuição: Caso o embarque passe por um canal laranja ou vermelho, estes processos serão distribuídos para os Auditores Fiscais da Receita Federal, para análise. Averbação de Embarque: É o ato final do despacho de exportação, e consiste na confirmação, pela fiscalização aduaneira, do embarque. A averbação será feita, no Sistema, logo que se confirme a saída da mercadoria. Se todos os dados coincidirem com os reistrados no desembaraço da DDE, a averbação será automática pelo Sistema. Se houver alguma divergência a Alfandega irá analisar a documentação apresentada, fazendo a averbação manual após as divergências serem sanadas.

Emissão do comprovante de exportação: Com a averbação no Sistema, caso o exportador solicite, será fornecido um documento comprobatório da exportação, emitido pelo Siscomex, na unidade de despacho da mercadoria. 2.5 Documentos de Comércio Exterior De acordo com Vasquez (2007, p. 190) muitos autores que discorrem de comércio exterior não são harmônicos quanto à apresentação dos documentos de exportação. O exportador deverá confeccionar os documentos necessários, para que o importador consiga fazer a liberação desta mercadoria no local de destino. Conhecimento de Embarque (Bill of Lading) É um documento emitido pela empresa transportadora, ou por seu agente, e representa o contrato de transporte, também é um recibo da mercadoria, podendo ainda constituir prova do embarque. O conhecimento de transporte confere ao consignatário o direito a posse da mercadoria após o transporte. Este conhecimento de embarque é emitido geralmente em 03 vias originais, e cópias de acordo com as necessidades de cada cliente. Fatura Comercial (Commercial Invoice) É um documento emitido pelo exportador ao importador, formalizando a transferência da mercadoria, é considerado um dos mais importantes. Não existe um modelo padrão, cada exportador formará o seu. Romaneio ou lista de pesos (Packing List) É um documento emitido pelo exportador, quando os embarques contem mais de um volume. É uma relação dos volumes com a descrição do conteúdo de cada um, tendo como principal função a conferência e o desembaraço aduaneiro. O critério de formulação deste documento fica por conta do exportador desde que atenda as exigências do importador. Certificado de Origem Tem como objetivo atestar que o produto é realmente originário do país exportador. O próprio exportador emite este documento, mas deve ser oficializado por uma entidade como (Câmara de Comércio, Federação de Indústria, Associação Comercial, etc...). O Certificado de Origem tem por finalidade atender acordos comerciais firmados entre os países exportadorese importadores para redução de despesas de tributos.

Lista de pesos É um documento que consta peso líquido, peso bruto, de cada volume, mas sua emissão não é muito freqüente, já que essas informações já constam no Packing List. Certificado Fitossanitário (Phytosanitary Certificate) Este documento atesta a sanidade dos produtos de origem vegetal. É emitido pelo Ministério da Agricultura, quando exigido pelo país importador. Comprova a ausência de pragas na mercadoria. Fatura Consular (Consular Invoice) É uma fatura comercial, que deve ser legalizada em consulados e embaixadas, este documento é exigido por alguns países, para permitir o ingresso das mercadorias estrangeiras em seus territórios. Existem outros vários documentos de exportação, que são exigidos apenas em países específicos, não sendo obrigatórios a todos. 3 METODOLOGIA Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, de natureza descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa dos dados. Segundo Gil (2002), as pesquisas descritivas têm como principal finalidade descrever características de determinada população ou fenômeno e suas variáveis. Inicialmente realizou-se uma pesquisa bibliográfica, para se aprofundar os conhecimentos sobre o tema. A próxima etapa procurou-se identificar junto à empresa, as informações necessárias a coleta de dados para a conclusão do objeto em estudo. Foram analisados documentos de alguns lotes embarcados referente o ano de 2011. Com a posse destas informações procurou-se verificar os valores de acordo com as Incoterms. Após a coleta destas informações, realizou-se a análise dos resultados da pesquisa. Para a análise dos dados, utilizou-se de uma abordagem quantitativa para a tabulação dos dados, realizada por meio do software Excel e qualitativa para a análise. De acordo com Richardson (1989, p. 29), a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas. Por sua

vez, a abordagem qualitativa, segundo Triviños (1999), parte da descrição que busca captar não só a aparência do fenômeno, como também sua essência, e causas da sua existência. Como limitação do estudo proposto, a pesquisa analisou apenas algumas Incoterms que a empresa mais utiliza. Na redução de custos foi utilizado exemplo de embarques com diferentes quantidades, mostrando onde podem ser reduzidos alguns custos ao exportador. Também foram analisados custos não previstos que podem ocorrer, durante os trâmites de despacho aduaneiro. Na seqüência apresentam-se a análise e interpretação dos resultados da pesquisa. 4. Análise e Interpretação dos Resultados da Pesquisa 4.1 Caracterização da Empresa Pesquisada A empresa pesquisada é do ramo fumageiro que atua na assistência técnica de seus produtores, na compra de fumo in natura, beneficiamento de tabaco e comercialização conforme exigência de seus clientes, tendo como principais aspectos a qualidade, preço, prazo de entrega e um bom relacionamento com seus clientes. A organização já tem seu nome reconhecido internacionalmente, exportando seu produto beneficiado para mais de 35 países da América do Norte, Europa, Asia, América Latina e também com vendas no mercado interno. Mais de 95% de sua produção é destinada para exportação. Com o objetivo de garantir um fumo de qualidade, a empresa oferece assistência técnica capacitada para seus produtores, através de seus técnicos. Este trabalho engloba desde a produção das mudas até a chegada do produto na matriz. A empresa conta com filiais, nos estados de Santa Catarina e Paraná. Atualmente a empresa esta certificada em três normas internacionais. - ISO 9001 : 2000 (Gestão de Qualidade) - ISO 14001 : 2004 (Gestão Ambiental) - OHSAS 18001 : 2007 (Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho) A organização demostra uma grande preocupação com o meio ambiente, fazendo um trabalho de concientização junto de seus produtores. Também esta engajada com a erradicação do trabalho infantil a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida e escolaridade ao jovem rural.

4.2 Análise das variáveis de incoterms mais utilizadas na empresa Com os dados fornecidos, podem-se verificar quais foram as Incoterms mais utilizadas na empresa nos dois últimos anos. Para a empresa, uma venda ideal seria a incoterm FOB, uma vez que essa a empresa fica sem as responsabilidades de frete marítimo e seguro, ficando responsável apenas com as capatazias e taxas portuárias locais. O quadro 02 mostra como seria um embarque na modalidade FOB. Quadro 02: Embarques na modalidade FOB. Cálculo do preço utilizando o Incoterm FOB Ex.: com 1 container Ex.: com 5 containers Quantidade em KG 19.800,00 99.000,00 Preço FOB em R$ por kg R$ 7,00 R$ 7,00 Taxa do dólar utilizada 1,80 1,80 Preço base: R$ 138.600,00 R$ 693.000,00 Capatazias e taxas portuárias R$ 660,00 R$ 3.300,00 Preço FOB em moeda nacional R$ 139.260,00 R$ 696.300,00 Preço FOB em dólar dos EUA $77.366,67 $386.833,33 Preço FOB unitário em $ $3,91 $3,91 Fonte: Dados da empresa Outra modalidade de venda utilizada é a incoterm CIF, nesta a empresa fica resonsável pela contratação do frete e seguro marítimo, é uma incoterm em que a empresa deverá mexer em seu caixa antes mesmo de receber pela venda, já que deverá pagar o frete e seguro marítimo no momento em que o navio partir com sua carga. O quadro 03 mostra como seria um embarque na modalidade CIF. Quadro 03: Embarques na modalidade CIF. Cálculo utilizando o Incoterm CIF Ex.: com 1 container Ex.: com 5 containers Quantidade em KG 19.800,00 99.000,00 Preço FOB em R$ por kg R$ 7,00 R$ 7,00 Taxa do dólar utilizada 1,80 1,80 Seguro Internacional R$ 0,03 R$ 0,03 Preço base: R$ 138.600,00 R$ 693.000,00 Capatazias e taxas portuárias R$ 660,00 R$ 3.300,00 Seguro Internacional R$ 594,00 R$ 2.970,00 Frete marítimo (internacional) R$ 4.000,00 R$ 20.000,00 Preço CIF em moeda nacional R$ 143.854,00 R$ 719.270,00

Preço CIF em dólar dos EUA $79.918,89 $399.594,44 Preço CIF unitário em $ $4,04 $4,04 Fonte: Dados da empresa Por fim temos a incoterm CFR, esta muito semelhante a CIF, pois a empresa também fica responsável pelo frete marítimo, porém não fica responsável pelo seguro. Quadro 04: Embarques na modalidade CFR. Cálculo utilizando o Incoterm CFR Ex.: com 1 container Ex.: com 5 containers Quantidade em KG 19.800,00 99.000,00 Preço FOB em R$ por kg R$ 7,00 R$ 7,00 Taxa do dólar utilizada 1,80 1,80 Preço base: R$ 138.600,00 R$ 693.000,00 Capatazias e taxas portuárias R$ 660,00 R$ 3.300,00 Frete marítimo (internacional) R$ 4.000,00 R$ 20.000,00 Preço CIF em moeda nacional R$ 143.260,00 R$ 716.300,00 Preço CIF em dólar dos EUA $79.588,89 $397.944,44 Preço CIF unitário em $ $4,02 $4,02 Fonte: Dados da empresa Pode-se considerar então, que para a empresa a incoterm mais vantajosa entre as três apresentadas seria a incoterm FOB. Com esta, a empresa entrega a mercadoria a bordo do navio e a partir deste momento todos os custos são transmitidos ao importador, frete marítimo e seguro. Estas condições de venda são definidas no momento da venda do produto, geralmente clientes maiores têm venda FOB, uma vez que eles conseguem valores menores de fretes junto aos armadores (agencias marítimas), já para clientes menores que não possuem muito poder com os armadores as vendas acabam ficando com as incoterms em que o exportador assume os fretes marítimos, e como podemos ver nos quadros anteriores estes valores são bem elevados. Mesmo com os valores de fretes embutidos no preço da mercadoria, a empresa precisa mexer em seu caixa para pagar estes fretes marítimos, somente assim conseguirá a documentação do embarque. E o retorno deste valor terá somente quando o cliente pagar pelo produto, e este pagamento poderá ser variado,

desde pagamento antecipado até pagamentos a prazo que podem chegar a 150 dias. 4.3 Análise de redução nos custos de exportação Para esta análise foi realizado um estudo a fim de verificar, uma maneira de redução dos custos referente a transporte tanto terrestre quanto marítimo e taxas portuárias. A maneira encontrada seria o aumento na quantidade a ser carrega dentro de um container, o normal de um carregamento é de 19.800,00 kg e passaria para 23.000,00 kg. Porém para que isso ocorra seria necessária a aprovação por parte dos clientes. Também se encontrou alguns entraves para esta forma de carregamento, devido ao equipamento a ser utilizado e legislação de alguns países. Quanto a equipamentos são necessário que todos os containers sejam os chamados containeirs HC (High Cube) alta cubagem, ou seja, containers com uma cubagem um pouco maior, porém em alguns portos no mundo este containers não é permitido, devido à infraestrutura não suportar. Outro problema seria quanto à legislação, em países como os Estados Unidos da América, por exemplo, existe um limite de peso para o transporte terrestre, e com 23.000,00 kg líquido mais a tara do container esse peso ultrapassaria o limite de peso nas rodovias. Mas se considerarmos num todo dos embarques da empresa, a cada lote de 08 containers seria possível diminuir um container, passando este lote para 07 containers. Nos quadros abaixo será possível visualizar estas reduções, referente aos custos com transportes e taxas portuárias. O quadro abaixo mostra a incoterm FOB, que terá redução no frete rodoviário, pedágio e taxas portuárias. Primeiro mostra o custo de um container, em seguida mostra o custo para um lote de 8 conatiner, todos carregados com 19.800,00 kg. Logo após trás os valores com a mesma quantidade de peso total, porém com 23.000,00 kg em cada container, desta forma com melhor aproveitamento do container.

Quadro 05: Análise de redução dos custos. Lote: Venda FOB - Lote de 158.400,00 kg em containers carregados com 19.800,00 kg Containers: 8 158,400,00 kg Frete rodoviário Pedágio Taxas portuárias Frete Marítimo Total R$ 1.500,00 R$ 195,00 R$ 600,00 - R$ 2.295,00 R$ 12.000,00 R$ 1.560,00 R$ 4.800,00 - R$ 18.360,00 Lote: Venda FOB - Lote de 158,400,00 kg em containers carregados com 23.000,00 kg Containers: 7 158.400,00 kg Frete rodoviário Pedágio Taxas portuárias Frete Marítimo Total R$ 1.500,00 R$ 195,00 R$ 600,00 - R$ 2.295,00 R$ 10.500,00 R$ 1.365,00 R$ 4.200,00 - R$ 16.065,00 Fica evidenciada uma economia em um embarque FOB, que poderá chegar a mais ou menos R$2.295,00. O quadro abaixo mostra a incoterm CFR, que terá redução no frete rodoviário, pedágio e taxas portuárias. Novamente o primeiro mostra o custo de um container, em seguida mostra o custo para um lote de 8 conatiner, todos carregados com 19.800,00 kg. Logo após trás os valores com a mesma quantidade de peso total, porém com 23.000,00 kg em cada container. Quadro 06: Análise de redução dos custos. Lote: Venda CFR - Lote de 158,400,00 kg em containers carregados com 19.800,00 kg Containers: 8 158.400,00 kg Frete rodoviário Pedágio Taxas portuárias Frete Marítimo Total R$ 1.500,00 R$ 195,00 R$ 600,00 R$ 4.000,00 R$ 6.295,00 R$ 12.000,00 R$ 1.560,00 R$ 4.800,00 R$ 32.000,00 R$ 50.360,00 Lote: Venda CFR - Lote de 158,400,00 kg em containers carregados com 23.000,00 kg Containers: 7 158.400,00 kg Frete rodoviário Pedágio Taxas portuárias Frete Marítimo Total R$ 1.500,00 R$ 195,00 R$ 600,00 R$ 4.000,00 R$ 6.295,00 R$ 10.500,00 R$ 1.365,00 R$ 4.200,00 R$ 28.000,00 R$ 44.065,00 Na modalidade de incoterm CFR esta redução de custo fica ainda mais evidente, a economia nos valores poderá atingir até R$6.295,00. Quanto maior

forem os lotes maiores serão as reduções nestes custos, independente de qual for à modalidade da venda, os custos serão reduzidos tanto para o exportador quanto para o importador. 5 Considerações Finais O presente trabalho foi realizado em uma empresa do setor fumageiro, com um propósito de identificar as melhores formas de vendas e possíveis formas de redução de custos, mostrando as alternativas mais viáveis para a organização dentro das novas Incoterms, em suas negociações com seus clientes. Inicialmente procurou-se identificar quais eram as Incoterms mais utilizadas na empresa, dentro das 11 diferentes maneiras de vendas. Em seguida mostrar quais as vantagens e desvantagens uma em relação à outra. De posse destas informações procurou-se analisar a viabilidade de cada uma delas. Também foram analisadas possíveis formas para redução de custos, como quantidades que podem ser embarcadas nos containers. Apesar de a empresa utilizar praticamente todas as formas de vendas, podese concluir que nem todas são vantajosas a empresa, existindo sim a melhor maneira para venda, no caso, FOB onde a organização entrega a mercadoria a bordo e a responssabilidade com fretes e seguros ficam a cargo do importador, cliente. Mas para isso é necessário haver o concentimento do cliente na hora da venda. No entanto, observa-se que é muito importante o monitoramento deste assunto junto à organização, mostrando a viabilidade de cada uma das diferentes Incoterms, tornando oportuno recomendar a organização a discutir com seus clientes as melhores formas de vendas em suas futuras negociações. Como recomendação a estudos futuros, sugere-se a reaplicação deste, nas próximas vendas, podendo assim fazer outras comparações, e identificar qual seria a alternativa mais viável a empresa. REFERÊNCIAS:

FARIA, A. C.; TOMOYOSE, F. H.; RUIZ, P. S. L. Redução de custos logísticos e lead times em operações de comércio exterior com a utilização do custeio baseado em atividades - ABC: uma pesquisa-ação. Anais... São Paulo: X SIMPOI, 2010. VASQUEZ, José Lopes. Comércio Exterior Brasileiro. 8ª Ed. São Paulo: Atlas 2007. DIAS, Reinaldo, RODRIGUES, Waldemar. Comércio Exterior Teoria e Gestão. São Paulo: Atlas 2007. BRITO, I. B. Análise do impacto logístico de diferentes regimes aduaneiros no abastecimento de itens aeronáuticos empregando modelo de transbordo multiproduto com custos fixos. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Universidade de São Paulo, 2004. RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. 10ª Ed. São Paulo: Aduaneiras Ltda 2001. Guia Marítimo. Aprendendo a exportar: Disponível em:< http://www.guiamaritimo.com.br/>. Acesso em: 30 mar. 2012. Atlanta Aduaneira. Etapas do Despacho de Exportação. 2011. Disponível em: http://www.atlantaaduaneira.com.br/exportação/etapas/ Acesso em: 12 abril 2012. GIL. A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: A pesquisa qualitativa em educação. 4. ed., São Paulo: Atlas, 1999.