INDEPENDÊNCIA & OBJETIVIDADE EM AUDITORIA INTERNA Renato Trisciuzzi, CIA, CCSA, CRMA, Contador, MSC. Presidente do Conselho de Administração IIA BRASIL
Independência e Objetividade Independência: A liberdade de condições que ameaçam a capacidade da atividade de auditoria interna de cumprir suas responsabilidades de forma imparcial. Objetividade: Atitude mental imparcial que permite aos auditores internos executar os trabalhos de auditoria de maneira a ter confiança no resultado de seu trabalho e que não haja nenhum comprometimento da qualidade. A objetividade requer que os auditores internos não subordinem a outras pessoas o seu julgamento em assuntos de auditoria.
1100 Independência e Objetividade A atividade de auditoria interna deve ser independente e os auditores internos devem ser objetivos ao executar seus trabalhos. 1110 Independência Organizacional 1111 Interação Direta com o Conselho 1120 Objetividade Individual 1130 Prejuízo à Independência ou à Objetividade
1110 Independência Organizacional Alguns exemplos de Independência implicam que: O diretor executivo de auditoria deve reportar a um nível dentro da organização que permita à atividade de auditoria interna cumprir suas responsabilidades. O diretor executivo de auditoria deve confirmar junto ao conselho, pelo menos anualmente, a independência organizacional da atividade de auditoria interna.
1110 Independência Organizacional Alguns exemplos de Independência implicam que: Aprove o estatuto de auditoria interna; Aprove o planejamento de auditoria baseado em riscos; Aprove o orçamento de auditoria e o plano de recursos; Receba comunicações do executivo chefe de auditoria sobre o desempenho do plano de auditoria interna e outros assuntos; Aprove as decisões referentes à nomeação e demissão do executivo chefe de auditoria; Aprove a remuneração do executivo chefe de auditoria; e Formule questionamentos adequados à administração e ao executivo chefe de auditoria para determinar se existem escopos inadequados ou limitações de recursos..
1111 Interação Direta com o Conselho
1120 Objetividade Individual Os auditores internos devem adotar uma atitude imparcial e isenta E evitar qualquer conflito de interesses.
1120 Objetividade Individual O conflito de interesses é uma situação na qual um auditor interno, que esteja em uma posição de confiança, tenha um interesse profissional ou pessoal conflitante. Tais interesses conflitantes podem tornar difícil a ele ou ela executar suas funções com imparcialidade. Um conflito de interesses existe mesmo que não se resulte em nenhum ato antiético ou impróprio.
1120 Objetividade Individual Um conflito de interesses pode criar uma aparência de impropriedade que pode abalar a confiança no auditor interno, na atividade de auditoria interna e na profissão. Um conflito de interesses pode prejudicar a habilidade do indivíduo de executar suas funções e responsabilidades objetivamente.
1130 Prejuízo à Independência ou à Objetividade Caso a independência ou a objetividade sejam prejudicadas de fato ou na aparência, os detalhes de tal prejuízo devem ser divulgados às partes apropriadas. A natureza da divulgação dependerá do tipo de prejuízo.
1130 Prejuízo à Independência ou à Objetividade Pode incluir: Conflito de interesses pessoal; (Não se limita) Limitações de escopo; Restrição de acesso aos registros; Restrição de acesso a pessoas; Restrições de acesso às propriedades ou localidades; Limitações de recursos; (Position Paper) Etc... O Reporte depende de quais prejuízo à independência ou à objetividade e deve ser avaliado com base no estatuto de auditoria interna.
Principais resultados sobre o reporte funcional e hierárquico da auditoria interna: A grande maioria dos executivos-chefes de auditoria interna reporta funcionalmente direto ao conselho de administração ou ao seu comitê de auditoria, especialmente na América do Norte e África. O Brasil segue a tendência mundial com 51% reportando a estas estâncias de governança mais alto nível dentro das organizações. Por fim, no Brasil, 76,6% prefeririam reportar para estes níveis.
Principais resultados sobre o reporte funcional e hierárquico da auditoria interna: No Brasil, 48% dos respondentes, como na maioria dos países da América Latina, Europa, África e a região Ásia- Pacífico, o executivos-chefes de auditoria interna reportam administrativamente ao CEO. Adversamente na América do Norte quando apenas cerca de um terço dos executivoschefes de auditoria interna reporta para CEO e mais de um terço reporta ao CFO.
Principais resultados que impactam a função de auditor interno: 13% dos executivos-chefes de auditoria interna do Brasil (5% América do Norte - NA) relataram que já sofreram algum tipo de influência para alterar indevidamente os resultados do trabalho da auditoria interna, destes 21,5% (7% NA) vieram do CFO e 23,1% (15% NA) dos gerentes de operações das organizações.
Principais resultados que impactam a função de auditor interno: 16% dos executivos-chefes de auditoria interna do Brasil relataram que já tiveram, em algum momento, prejudicada a objetividade de seu departamento de auditoria interna ou foram afetados (influenciados) negativamente por parte hierárquica superior dentro da organização.
Principais resultados que impactam a função de auditor interno: Em contrapartida, 43% relatam que melhoraram a independência e a objetividade da auditoria interna quando alteraram a linha de reporte de seu departamento para um mais alto nível hierárquico dentro da estrutura de governança na organização. No Brasil, quase 30% relatam que o CEO tem a maior influência sobre a forma como a função de auditoria interna é gerenciada, contra 24% e 19% do comitê de auditoria e do conselho de administração, respectivamente.
4 Princípios Chave aplicáveis a todas as Organizações 1. Devem ter um Comitê de Auditoria, ou equivalente, forte e eficaz. 2. Precisam ter uma Responsabilidade CLARA quanto ao gerenciamento de riscos e controle. 3. Ter uma Auditoria Interna DEVIDAMENTE estruturada, operar em conformidade com as NORMAS (IIA) e ser exigência para a maioria das Organizações. 4. As linhas de reporte da AI devem AUMENTAR a independência organizacional.
Recomendação Melhorar o ambiente ético nas Organizações. Usar e seguir a Estrutura Internacional para a Prática Professional (IPPF IIA). Jamais falhar com o zelo profissional.
OBRIGADO Gracias por su Atención! Renato Trisciuzzi, CIA, CCSA, CRMA, QAR, CPA, MSc. renato.trisciuzzi@iiabrasil.org.br