Análise do Desempenho. 3º Trimestre de Relações com Investidores

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Transcrição:

Análise do Desempenho 3º Trimestre de 2002 Relações com Investidores

Ambiente Econômico Conjuntura Macroeconômica A deterioração da conjuntura internacional e as turbulências decorrentes do processo eleitoral contribuíram para o aumento da volatilidade nos mercados financeiro e de capitais, elevação do risco-país e depreciação do real. Embora a atividade econômica tenha perdido dinamismo diante de uma política monetária apertada e dos efeitos da instabilidade e incertezas presentes nos mercados, observou-se queda significativa do déficit em transações correntes, reforçada com superávit na Balança Comercial de US$ 7,6 bilhões (janeiro a setembro). Nesse contexto, a margem financeira dos bancos foi significativamente impactada pelo comportamento volátil dos indicadores econômicos e pelo agravamento das condições de concessão de crédito, evidenciando maior cautela no gerenciamento dos ativos e passivos. Comportamento dos Indicadores Econômicos % 3T01 2T02 3T02 Dolar Ptax Venda 15,9 22,4 36,9 IGPDI Acumulado 2,9 3,7 7,2 IGPM Acumulado 3,2 3,0 6,8 Selic Acumulado 4,4 4,3 4,4 TR Acumulado 0,8 0,7 0,7 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 3

Demonstrações Contábeis Balanço Patrimonial Consolidado Legislação Societária R$ milhões Ativo Saldos Var. % set/01 jun/02 set/02 s/ set/01 s/ jun/02 Circulante e Realizável a Longo Prazo 152.937 165.421 208.866 36,6 26,3 Disponibilidades 6.250 7.353 11.898 90,4 61,8 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 7.353 4.875 17.194 133,8 252,7 Títulos e Valores Mobiliários 52.313 68.591 75.770 44,8 10,5 Títulos Disponíveis para Negociação 0 3.325 3.710-11,6 Títulos Disponíveis para Venda 0 40.377 46.991-16,4 Títulos Mantidos até o Vencimento 0 24.542 25.670-4,6 Derivativos 0 346 400-15,6 Relações Interfinanceiras 10.089 11.011 18.155 79,9 64,9 Relações Interdependências 64 227 340 431,3 49,8 Operações de Credito 40.142 46.473 51.242 27,7 10,3 Setor Publico 4.746 4.853 6.755 42,3 39,2 Setor Privado 37.605 44.311 47.470 26,2 7,1 (Provisão p/ Créd. de Liquidação duvidosa) -2.209-2.691-2.983 35,0 10,9 Operações de Arrendamento Mercantil 110 70 88-20,0 25,7 Oper. de Arr. e Subarr. A Receber 531 480 482-9,2 0,4 (Rendas A Apropriar de Arr. Mercantil) -409-389 -373-8,8-4,1 (PCLD de Arrendamento Mercantil) -13-21 -21 61,5 0,0 Outros Créditos 36.300 26.578 33.920-6,6 27,6 Créditos Por Avais e Fianças Honrados 39 26 28-28,2 7,7 Carteira de Cambio 7.758 8.377 14.252 83,7 70,1 Rendas A Receber 402 308 339-15,7 10,1 Negociação e Intermediação de Valores 199 81 104-47,7 28,4 Créditos específicos 7.246 420 421-94,2 0,2 Operações especiais 4 4 4 0,0 0,0 Crédito Tributário 12.351 11.832 12.461 0,9 5,3 Demais 8.302 5.531 6.312-24,0 14,1 (Prov. p/ outros Créd. De Liq. duvidosa) -510-266 -365-28,4 37,2 Outros Valores e Bens 543 417 418-23,0 0,2 (Prov. para desvalorizações) -245-196 -202-17,6 3,1 Despesas Antecipadas 16 23 42 162,5 82,6 Permanente 4.288 4.489 4.546 6,0 1,3 Investimentos 1.189 1.369 1.384 16,4 1,1 Imobilizado de Uso 2.171 2.231 2.304 6,1 3,3 Imobilizado de Arrendamento 674 623 587-12,9-5,8 Diferido 254 266 271 6,7 1,9 Total do Ativo 157.225 169.910 213.412 35,7 25,6 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 4

Demonstrações Contábeis Balanço Patrimonial Consolidado Legislação Societária R$ milhões Passivo e PL Saldos Var. % set/01 jun/02 set/02 s/ set/01 s/ jun/02 Circulante e Exigível a Longo Prazo 148.543 161.838 204.910 37,9 26,6 Depósitos 73.881 79.710 96.238 30,3 20,7 Depósitos à Vista 15.440 18.319 21.391 38,5 16,8 Depósitos de Poupança 21.053 22.639 26.279 24,8 16,1 Depósitos Interfinanceiros 4.738 5.165 5.571 17,6 7,9 Depósitos a Prazo 32.651 33.588 42.997 31,7 28,0 Captações no Mercado Aberto 34.517 37.508 49.650 43,8 32,4 Recursos de Aceites e emissão de Títulos 1.404 831 1.138-18,9 36,9 Obrig. por Títs. e Vlrs. Mobiliários no exterior 1.381 831 1.138-17,6 36,9 Relações Interfinanceiras 10.089 11.011 18.155 79,9 64,9 Relações Interdependências 64 227 340 431,3 49,8 Obrigações por Empréstimos 8.320 10.925 14.887 78,9 36,3 Empréstimos no Exterior 8.320 10.925 14.887 78,9 36,3 Obrig. por Rep. do Pais - Instituições oficiais 5.488 4.705 5.281-3,8 12,2 Tesouro nacional 510 813 886 73,7 9,0 Bndes 2.029 2.343 2.468 21,6 5,3 Cef 0 0 0 - - Finame 1.527 1.435 1.607 5,2 12,0 Outras Instituições 1.422 114 320-77,5 180,7 Obrigações Por Repasses do exterior 2 2 16 700,0 700,0 Instrumentos Fin. Derivativos 0 704 943-33,9 Outras obrigações 21.202 23.737 32.362 52,6 36,3 Cob. e Arr. De Tributos e Assemelhados 681 1.526 2.667 291,6 74,8 Cart. de Cambio 3.438 2.486 6.726 95,6 170,6 Sociais e estatutárias 5 390 32 540,0-91,8 Fiscais e Previdenciarias 794 910 1.250 57,4 37,4 Negociação e Interm. De Valores 1.599 2.159 4.381 174,0 102,9 Fundos Financeiros e de desenvolvimento 4.944 1.841 1.833-62,9-0,4 Oper. Especiais 2 2 2 0,0 0,0 Diversas 9.739 14.422 15.470 58,8 7,3 Passivo Atuarial 5.544 4.703 4.613-16,8-1,9 Dívida Subordinada 3.161 3.795 3.979 25,9 4,8 Demais 1.034 5.924 6.878 565,2 16,1 Resultados de exercícios Futuros 43 87 92 114,0 5,7 Patrimônio Liquido 8.193 7.984 7.806-4,7-2,2 Capital 5.587 7.436 7.436 33,1 0,0 Reservas de Capital 5 5 5 0,0 0,0 Reservas de Reavaliação 33 35 35 6,1 0,0 Reservas de Lucros 2.567 2.180 2.180-15,1 0,0 Aj. ao Vlr. De Mercado - TVM e Derivativos 0-1.670-1.724-3,2 Ações em Tesouraria 0 0 126 - - Contas de Resultado 446 0 605 35,7 - Total Passivo 157.225 169.910 213.412 35,7 25,6 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 5

Demonstração do Resultado Legislação Societária R$ milhões Fluxo no Trimestre Var. % 3T01 2T02 3T02 s 3T01 s 2T02 Receitas da Intermediação Financeira 6.272 9.412 13.530 115,7 43,8 Oper. de Crédito 2.835 3.603 4.003 41,2 11,1 Oper. de Arrend. Mercantil 28 27 26-7,1-3,7 Result. De Oper. TVM 1.625 3.196 3.811 134,5 19,2 Result. Instr. Financ. Derivativos 0-615 -588 - -4,4 Result. De Oper. de Câmbio 1.482 2.780 5.679 283,2 104,3 Result. Das Aplic. Compulsórias 302 422 599 98,3 41,9 Despesas de Intermediação Financeira -5.549-8.039-12.527 125,8 55,8 Oper. de Captação no Mercado -2.754-2.978-3.478 26,3 16,8 Oper. Emprést., Cessões e Repasses -2.290-4.337-8.215 258,7 89,4 PCLD -505-723 -834 65,1 15,4 Result. Bruto da Intermed. Financeira 723 1.374 1.002 38,6-27,1 Outras Rec. / Desp. Operacionais -264-638 -101-61,7-84,2 Receitas de Prestação de Serviços 924 1.138 1.118 21,0-1,8 Despesas de Pessoal -1.336-1.324-1.410 5,5 6,5 Outras Despesas Administrativas -904-936 -1.061 17,4 13,4 Despesas Tributárias -158-180 -168 6,3-6,7 Result. Particip. Colig. e Controladas 741 1.005 1.832 147,2 82,3 Outras Receitas Operacionais 1.401 239 372-73,4 55,6 Outras Despesas Operacionais -933-580 -784-16,0 35,2 Result. Operacional 459 735 902 96,5 22,7 Result. Não Operacional 33 11 28-15,2 154,5 Result. Antes da Tributação sobre o Lucro 492 746 930 89,0 24,7 Imposto de Renda e Contribuição Social -46-195 -300 552,2 53,8 Participações Estatutárias no Lucro 0-77 -25 - -67,5 Lucro Líquido 446 474 605 35,7 27,6 O Banco do Brasil registrou, no 3º trimestre de 2002, lucro líquido de R$ 605 milhões, valor 35,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Esse resultado corresponde a retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado de 32,9%. O patrimônio líquido totalizou R$ 8.410 milhões. O lucro líquido acumulado no ano é de R$ 1.428 milhões. Esse montante equivale a retorno acumulado anualizado sobre o patrimônio líquido de 22,8%. As lideranças na base de clientes e administração de recursos de terceiros, a implementação do novo modelo de atuação mercadológica, a gestão pró-ativa de todos os riscos e a austeridade no controle das despesas administrativas têm proporcionado a evolução do lucro. Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 6

O BB continua a ser líder no crédito no País. Em setembro de 2002, a carteira de crédito do Banco do Brasil, que compreende as operações de crédito, Adiantamento sobre Contratos de Câmbio ACC, Adiantamento sobre Cambiais Entregues ACE e outros créditos, de acordo com a Resolução CMN 2.682/99, totalizou R$ 63 bilhões com crescimento de 10,5% sobre o trimestre anterior. Vale ressaltar que o crescimento do volume do crédito ocorreu sem prejuízo da qualidade da carteira. Os créditos classificados em níveis de risco AA, A e B diminuíram sua participação de 86,8% para 85,8%, percentual superior ao apresentado pelo Sistema Financeiro Nacional, de 78,4%. O Banco também manteve diversas posições de liderança entre os bancos no país: volume de ativos, com R$ 213,4 bilhões, montante 35,7% maior que o apresentado em setembro de 2001 e administração de recursos de terceiros, com R$ 57,3 bilhões, participação de 15,7% no mercado brasileiro. Adicionado a isso, o Banco do Brasil mantém a liderança absoluta nas captações de mercado (Depósitos à Vista, Poupança, Depósitos Interfinanceiros, Depósitos a Prazo e Captações no Mercado Aberto), finalizando o 3T02 com saldo de R$ 145,9 bilhões, crescimento de 34,6% em relação ao final do 3T01. Observa-se, ainda, melhoria da liquidez. Quando comparados os saldos de final de período de setembro de 2002 com setembro de 2001, verifica-se aumento na diferença entre Ativos de Liquidez e Passivos de Liquidez, ocasionado pelo crescimento do volume de títulos e aplicações interfinanceiras mais acelerado do que a expansão das captações no mercado aberto. O foco em operações Comerciais e de Varejo, que respondem por 52,2% do volume do crédito do BB no país, tem proporcionado a evolução das receitas com operações de crédito, as quais totalizaram R$ 4,0 bilhões, valor 41,2% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. As despesas administrativas do 3T02 apresentaram crescimento de 10,3% em relação às registradas no mesmo período do ano anterior. Esse aumento deveu-se à adequação de estruturas de cargos e salários às estratégias de melhoria no relacionamento com o cliente. Somente no 3º trimestre de 2002 foram criadas 2.442 novas comissões, ação desenvolvida como parte do programa de segmentação de clientes. Além disso, de setembro de 2001 a setembro de 2002, o BB promoveu expansão de 10,8% de seus pontos de atendimento, atendendo ao novo modelo de distribuição, com ênfase nas agências empresariais e corporate. O Banco manteve também a posição de maior banco de varejo do País, com 14,9 milhões de clientes que contam com 9.220 pontos de atendimento. Os produtos e serviços do BB são oferecidos por meio da maior rede de terminais de autoatendimento da América Latina. São 33.002 terminais distribuídos por mais de 2.700 cidades no País. O crescimento das receitas de forma sustentável e o controle das despesas administrativas possibilitaram a melhoria do Índice de Eficiência. Em setembro de 2002, o Banco atingiu 58,5% no índice, contra 69,2% no mesmo período do ano anterior. Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 7

Demonstração do Resultado Com realocações R$ milhões Fluxo no Trimestre Var. % 3T01 2T02 3T02 s/ 3T01 s/ 2T02 A) Receitas da Intermediação Financeira 7.571 10.191 15.322 102,4 50,3 Operações de Crédito 2.835 3.603 4.003 41,2 11,1 Operações de Arrendamento Mercantil 28 27 26-7,1-3,7 Resultado de Operações com Tit. Val. Mobiliários (1) 1.625 3.082 3.811 134,5 23,7 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos 0-615 -588 - -4,4 Resultado de Operações de Câmbio 1.482 2.780 5.679 283,2 104,3 Resultado das Aplicações Compulsórias 302 422 599 98,3 41,9 Ganho(Perda) Cambial sobre PL Fin. no Exterior (5) 650 977 1.736 167,1 77,7 Outras Receitas Operacionais (2) (3) 649-84 56-91,4-166,7 B) Despesas da Intermediação Financeira -5.044-7.315-11.693 131,8 59,8 Operações de Captação no Mercado -2.754-2.978-3.478 26,3 16,8 Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses -2.290-4.337-8.215 258,7 89,4 C) Margem Financeira Bruta 2.527 2.876 3.629 43,6 26,2 Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (6) -505-591 -834 65,1 41,1 D) Margem Financeira Líqüida 2.021 2.285 2.794 38,2 22,3 Receitas de Prestação de Serviços 924 1.138 1.118 21,0-1,8 Despesas Tributárias sobre Faturamento (4) -134-152 -136 1,5-10,5 E) Margem de Contribuição 2.812 3.272 3.777 34,3 15,4 F) Despesas Administrativas -2.264-2.288-2.503 10,6 9,4 Despesas de Pessoal -1.336-1.324-1.410 5,5 6,5 Outras Despesas Administrativas -904-936 -1.061 17,4 13,4 Outras Despesas Tributárias (4) -24-28 -33 37,5 17,9 G) Resultado Comercial 548 983 1.273 132,3 29,5 H) Outros Componentes do Resultado -89-230 -372 318,0 61,7 Outras Receitas Operacionais (2) 753 323 317-57,9-1,9 Outras Despesas Operacionais (3) -933-580 -784-16,0 35,2 Res. de Participacoes em Coligadas e Controladas (5) 91 27 96 5,5 255,6 I) Resultado Operacional 459 753 902 96,5 19,8 Resultado não Operacional 33 11 28-15,2 154,5 J) Resultado antes de Participações e IR e IE 492 764 930 89,0 21,7 Participações Estatutárias 0-77 -25 - -67,5 Imposto de Renda e Contribuição Social -46-195 -300 552,2 53,8 K) Resultado antes dos Itens Extraordinários 446 492 605 35,7 23,0 L) Itens Extraordinários 0-18 0 - -100,0 Provisão extraordinária para risco de crédito (6) 0-132 0 - -100,0 Reversão não recorrente de prov. p/ ajuste de títulos (1) - 114 - - -100,0 M) Lucro Líquido 446 474 605 35,7 27,6 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 8

Análise do Resultado Realocado A seguir, são explicitados os ajustes realizados na Demonstração do Resultado para obtenção da DRE realocada. Esclarecemos que esses ajustes não alteram o resultado final, pois objetivam tão somente dispor, de maneira mais coerente, os itens de despesas e receitas, respeitando a dinâmica do desempenho de uma instituição financeira. Basicamente os ajustes procuraram: a) permitir que a margem financeira registrada no período reflita efetivamente o ganho de todos os ativos rentáveis, buscando informar ao mercado qual é o spread obtido pela divisão dessa margem pelo Ativo, exceto o Permanente. Para isso foi necessário: integrar na Margem Financeira aquelas rendas contabilizadas em Outras Receitas Operacionais, mas com características de intermediação, provenientes de ativos rentáveis registrados no grupamento de Outros Créditos do Balanço; identificar em item específico dentro da margem financeira o ganho/(perda) cambial, no período, sobre os ativos e passivos financeiros no exterior (PL Financeiro); manter na margem financeira valores relativos a reajustes cambiais negativos que foram contabilizados em outras receitas e despesas operacionais para evitar inversão de saldo de rubricas cujas naturezas são de intermediação financeira; b) segregar os impactos de eventos extraordinários, de modo a demonstrar o resultado recorrente do Banco no período. Receitas da Intermediação Financeira (1) Para manter a consistência e a comparabilidade, a provisão para desvalorização de Títulos e Valores Mobiliários no montante de R$ 114 milhões foi realocada. Esse valor foi provisionado no 1º trimestre de 2002 de acordo com o critério vigente antes da implementação da Circular BCB 3.068. Como esse procedimento sofreu reversão no trimestre seguinte, essa realocação devolveu ao RTVM do 1º trimestre de 2002 o valor da despesa efetuada e excluiu do RTVM do 2º trimestre de 2002 o valor da receita de reversão. As contrapartidas desses ajustes foram lançadas em itens extraordinários; (2) Realocação de Outras Receitas Operacionais com características de intermediação financeira (3º trimestre de 2001 R$ 649 milhões; 3º trimestre de 2002 R$ (42) milhões; 3º trimestre de 2002 R$ 56 milhões) para o item Outras Receitas Operacionais dentro da apuração da margem financeira bruta; R$ milhões Fluxo no Trimestre 3T01 2T02 3T02 Atualização da Dívida do INSS 1 299 - - Rendas de Créditos Específicos 2 317-74 12 Rendas de Outras Operações 41 32 44 Total 649-42 56 1 A dívida do INSS foi quitada em dezembro de 2001 com recebimento de títulos. A partir de janeiro de 2002, as receitas desses créditos passaram a compor a rubrica TVM. 2 Em fevereiro de 2002 foi recebido a última tranche de títulos referentes ao programa de securitização. A renda proveniente dos mesmos está, a partir de então, registrada no resultado de títulos e valores mobiliários. Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 9

(3) Realocação, para a Margem Financeira Bruta, de R$ (41) milhões no 2º trimestre de 2002 contabilizados em Outras Despesas Operacionais. O valor refere-se a reajuste cambial negativo de ativos e passivos financeiros, que não foi contabilizado nas respectivas contas de Despesas da Intermediação Financeira para evitar inversão do saldo das rubricas contábeis, conforme normas do Banco Central; Despesas Tributárias (4) Foram realocados para compor a margem de contribuição R$ 134 milhões no 3º trimestre de 2001, R$ 152 milhões no 2º trimestre de 2002, R$ 136 milhões no 3º trimestre de 2002 referentes a impostos (Pasep, Cofins, ISSQN) incidentes diretamente sobre o faturamento do Banco; Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (5) Realocação, para compor a margem financeira, do ganho cambial sobre PL Financeiro (ativos financeiros (-) passivos financeiros no exterior). Esse valor está contabilizado originalmente no item Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (3º trimestre de 2001 R$ 650 milhões; 2º trimestre de 2002 R$ 977 milhões; 3º trimestre de 2002 R$ 1.736 milhões). O ajuste é necessário porque os ativos e passivos, após a consolidação, já não estão mais registrados no permanente e sim nos respectivos itens dentro do ativo e passivo circulante e realizável/exigível a longo prazo. Sem a realocação, o spread obtido pelos ativos menos o permanente fica indevidamente reduzido; Itens Extraordinários (6) no 2º trimestre 2002, em função de revisão da carteira de crédito, as provisões para risco de crédito foram reforçadas em R$ 132 milhões. Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 10

I. MARGEM FINANCEIRA BRUTA R$ milhões Fluxo no Trimestre Var. % 3º tri/01 2º tri/02 3º tri/02 s/ 3T01 s/ 2T02 A) Receitas da Intermediação Financeira 7.571 10.191 15.322 102,4 50,3 Operações de Crédito 2.835 3.603 4.003 41,2 11,1 Operações de Arrendamento Mercantil 28 27 26-7,1-3,7 Resultado de Operações com Tit. Val. Mobiliários 1.625 3.082 3.811 134,5 23,7 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos 0-615 -588 0-4,4 Resultado de Operações de Câmbio 1.482 2.780 5.679 283,2 104,3 Resultado das Aplicações Compulsórias 302 422 599 98,3 41,9 Ganho(Perda) Cambial sobre PL Financeiro no Exterior 650 977 1.736 167,1 77,7 Outras Receitas Operacionais 649-84 56-91,4-166,7 B) Despesas da Intermediação Financeira -5.044-7.315-11.693 131,8 59,8 Operações de Captação no Mercado -2.754-2.978-3.478 26,3 16,8 Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses -2.290-4.337-8.215 258,7 89,4 C) Margem Financeira Bruta 2.527 2.876 3.629 43,6 26,2 Incremento na Margem Financeira Bruta A Margem Financeira Bruta do 3T02 totalizou R$ 3.629 milhões, montante 26,2% superior ao verificado no 2T02 e 43,6% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior. No ano de 2002, o Banco tem apresentado composição patrimonial estável. De setembro de 2001 a setembro de 2002, os ativos totais evoluiram 35,7%, o que contribuiu significativamente para o incremento na Margem Financeira Bruta. Evolução da Composição Patrimonial - % 26,3 31,6 24,329,9 23,628,4 21,3 28,8 22,229,0 22,429,0 22,828,7 73,7 68,4 75,770,1 76,471,6 78,7 71,2 77,871,0 77,671,0 77,271,3 1T01 2T01 3T01 4T01 1T02 2T02 3T02 Ativos Rentáveis Passivos Onerosos Demais Ativos Demais Passivos Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 11

Análise de Volume e Taxa A tabela abaixo evidencia a formação do spread a partir da evolução da Margem Financeira Bruta e do volume de Ativos (-) Permanente. Análise de Volume e Taxa R$ milhões 3T01 3T02 Var. abs. Comp. % Ativos (-) Permanente 147.795 189.979 42.184 Spread* 1,70973% 1,91001% 0,20028% Volume de 3T02 com taxa de 3T01 3.248 721 65,46 Volume de 3T01 com taxa de 3T02 2.823 296 26,87 Interseção volume e taxa 84 7,67 Margem Financeira Bruta 2.527 3.629 1.102 100,00 * Margem Financeira Bruta/Ativos (-) Permanente Se o volume médio de Ativos (-) Permanente do 3T02 fosse aplicado à taxa de spread do mesmo período do ano anterior, o Banco teria incremento de R$ 721 milhões na Margem Financeira Bruta. Por outro lado, mantendo-se o volume de Ativos (-) Permanente do 3T01 e utilizando-se o spread do trimestre encerrado, observa-se incremento de R$ 296 milhões na Margem. A combinação do crescimento de taxa e de volume gera contribuição de R$ 84 milhões à Margem. A análise mostra que o incremento de R$ 1.102 milhões na margem financeira deu-se predominantemente por meio da expansão do volume de aplicações. Análise de Volume e Taxa Spread - % Ganho proveniente do aumento de taxa Ganho proveniente da combinação do aumento da taxa com o aumento do volume 3T02 1,91001 3T01 1,70973 296 84 Ganho proveniente do aumento de volume 2.527 721 3T01 147.795 3T02 189.979 Volume - R$ MM Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 12

Crescimento da Liquidez A análise do gráfico abaixo revela crescimento da liquidez, alavancado por três fatores: 1. em dezembro de 2001, foram recebidos R$ 4,6 bilhões em títulos referentes à quitação do débito do INSS junto ao BB; 2. em fevereiro de 2002, houve o recebimento da última tranche de títulos vinculados ao programa de securitização de dívidas rurais, no total de R$ 4,0 bilhões. Ativos de Liquidez (-) Passivos de Liquidez * R$ milhões 18.250 26.391 29.644 29.572 40.431 set/01 dez/01 mar/02 jun/02 set/02 * Ativos de Liquidez = Disponibilidades + Aplic. Interfinanceiras de Liquidez + TVM TVM Vinculados ao Bacen Passivos de Liquidez = Depósitos Interfinanceiros + Captações no Mercado Aberto 3. O terceiro motivo do aumento da participação dos ativos de liquidez no balanço do Banco justifica-se pelo forte crescimento das fontes de recursos, especialmente depósitos a prazo. A partir de maio de 2002, observou-se migração de recursos dos fundos de investimento para captações de mercado, como poupança e depósitos a prazo. Como o cenário macroeconômico apresenta-se restritivo à expansão do crédito, os novos recursos foram canalizados principalmente para aplicações interfinanceiras e títulos e valores mobiliários. Análise dos Ativos de Liquidez Saldos de final de período em R$ milhões set/01 Comp.% jun/02 comp.% set/02 Comp.% Ativos de Liquidez 57.504 36,6 72.245 42,5 95.653 44,8 Op. Crédito 40.253 25,6 46.542 27,4 51.330 24,1 Demais Ativos 59.468 37,8 51.123 30,1 66.430 31,1 Ativos Totais 157.225 100,0 169.910 100,0 213.412 100,0 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 13

Aumento da Taxa de Aplicação Análise das Aplicações A taxa de aplicação dos ativos (-) permanente médios do BB cresceu de 22,1% no 3T01 para 36,4% no 3T02. Contribuíram para essa evolução os incrementos nas taxas de aplicação em Títulos e Valores Mobiliários (em função da desvalorização cambial e do aumento do IGP-M ) e em Operações de Crédito (como conseqüência do foco em operações de maior rentabilidade e da desvalorização cambial incidente sobre algumas operações comerciais). Saldos médios em R$ milhões Taxa de Aplicação 3T01 2T02 3T02 Ativos Permanente 147.795 163.072 189.979 Rec. Intermed. Financeira 7.571 10.191 15.322 Rec. Intermed. Financeira/(Ativos-Permanente) % 5,1 6,2 8,1 Rec. Intermed. Financeira/(Ativos-Permanente) anualizado % 22,1 27,4 36,4 Disponibilidades em Moeda Estrangeira Na comparação do 2T02 com o 3T01 observa-se crescimento de 56,4% no volume médio. Como entre setembro de 2001 e junho de 2002 o dólar variou somente 6,5%, depreende-se que a expansão no volume ocorreu em função da expansão das operações de câmbio. O Banco apresentou volume médio de Disponibilidades em Moeda Estrangeira de R$ 7.339 milhões no 3T02, contra R$ 5.228 milhões em 2T02, variação de 40,4%. O crescimento desse montante e das receitas a ele relacionadas é explicado pelo comportamento do câmbio no período, quando o real desvalorizou-se em 36,9%. Saldos médios em R$ milhões 3T01 2T02 3T02 Disponibilidades em Moeda Estrangeira 3.342 5.228 7.339 Rendas com Disponibilidades em Moeda Estrangeira 781 1.178 3.120 Taxa Anualizada % 131,74 125,46 312,44 Carteira de Títulos O resultado de Títulos e Valores Mobiliários do 3T02 apresentou crescimento absoluto de R$ 1.604 milhões. Essa evolução foi propiciada principalmente pelo crescimento do volume médio de Títulos e Valores Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras. O crescimento do volume médio de TVM e Aplicações Interfinanceiras, conforme explicado no item Crescimento da Liquidez, justifica-se pelo recebimento de títulos na quitação de antigas questões e pela migração de recursos de fundos de investimento para depósitos. Saldos médios em R$ milhões 3T01 2T02 3T02 Títs. e Vlrs. Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras 52.584 65.189 76.026 Res. Títulos e Valores Mobiliários s/hedge 2.207 3.082 3.811 Taxa Anualizada % 17,87 20,29 21,61 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 14

O Banco do Brasil possui a maior carteira de títulos e valores mobiliários entre os bancos do país. Conforme demonstrado no gráfico abaixo, esta carteira tem apresentado encurtamento dos prazos. Em setembro de 2001, o percentual de títulos com prazo até 30 dias era de 0,6%, participação que evoluiu para 8,5% ao final de setembro de 2002. Composição da Carteira de Títulos por Prazo (em dias) Set/01 Jun/02 Set/02 0,6% 4,8% 11,3% 1,5% 13,0% 4,8% 8,5% 6,4% 10,6% 83,3% 80,7% 74,6% Até 30 31 a 180 181 a 360 acima de 360 Analisando os títulos com vencimento até 1 ano, observa-se melhoria na sua participação. Ao final de setembro de 2002, esses títulos respondiam por 25,4% da carteira, contra 19,3% em junho de 2002. R$ milhões Até 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos acima de 10 anos Total Saldo Part. % Saldo Part. % Saldo Part. % Saldo Part. % Saldo Part. % jun/02 12.698 19,3 31.296 47,6 6.864 10,4 14.874 22,6 65.732 100 set/02 18.387 25,4 33.022 45,7 6.039 8,4 14.823 20,5 72.271 100 A taxa Selic, principal indexador da carteira de títulos e aplicações interfinanceiras do Banco, permaneceu praticamente estável. O incremento observado na taxa de aplicação de títulos e valores mobiliários deveu-se ao aumento de outros indexadores como o dólar e o IGP-M. No 3T02, o dólar variou 36,9%, contra 15,9% no mesmo período do ano anterior, enquanto o IGP-M acumulou 6,8% no 3T02, contra 3,2% no 3T01. Indexadores da Carteira de Títulos e Aplicações Interfinanceiras set/02 4,0% 6,9% 5,1% 7,8% 76,2% TMS IGP-M Dólar TR Demais Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 15

Operações de Crédito Desde a implementação das medidas do Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais, a carteira de operações de crédito do BB tem apresentado configuração mais competitiva. A participação relativa das operações ligadas ao Agronegócio diminuiu e o direcionamento estratégico do Banco mostrou-se mais evidente na predominância de operações Comerciais e de Varejo. Mix das Operações de Crédito Set/01 Jun/02 Set/02 15,1 3,5 2,8 25,9 15,2 25,7 15,8 4,5 24,7 29,2 26,2 27,6 28,8 27,5 27,5 Varejo Comercial Agronegócios Internacional Demais Fonte: Banco Múltiplo e Subsidiárias País O aumento da taxa de aplicação em Operações de Crédito e Leasing ocorreu, fundamentalmente, em função das mudanças no mix das operações de Varejo e variação cambial incidente em algumas operações comerciais. Saldos médios em R$ milhões 3T01 2T02 3T02 Operações de Crédito + Leasing 40.940 47.873 51.755 Rec. Operações de Crédito + Leasing 2.690 3.459 3.867 Taxa Anualizada - % 28,99 32,19 33,40 No início deste ano as operações de crédito foram reclassificadas de acordo com os parâmetros da nova atuação mercadológica do Banco. Entre as mudanças, destacase a transferência das operações de BB Giro Rápido da carteira Comercial para a carteira de Varejo Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 16

Operações de Crédito : Varejo As operações de crédito de Varejo do Banco do Brasil encerraram o mês de setembro de 2002 com saldo de R$ 12.401 milhões, variação de 1,8% em relação ao 2T02, respondendo por 24,7% das operações de crédito do BB no país. O CDC, principal produto de Varejo do BB, encerrou o mês de setembro de 2002 com saldo de R$ 6,8 bilhões, evolução de 7,9% em relação a setembro de 2001. Com relação a junho de 2002, o saldo do produto apresentou decréscimo de 1,4%, em virtude de restrição no cenário econômico. O sistema de credit scoring do BB, que conjuga informações de renda, patrimônio, profissão e outros, calcula o limite de CDC para cada cliente. A contratação é totalmente automatizada, podendo ser efetuada pela Internet e nos terminais de Auto Atendimento, o que reduz significativamente seu custo de operacionalização. O saldo das operações de Cheque Especial apresentou evolução de 10,5% de setembro de 2001 a setembro de 2002. Ao final do 3T02, 66,6% dos 14 milhões de clientes pessoas físicas do Banco possuíam contas especiais, contra 58,8% ao final do mesmo período do ano anterior. Atento às necessidades de capital de giro das micro e pequenas empresas, o Banco do Brasil oferece o BB Giro Rápido, linha de crédito para atendimento massificado, concedida dentro do Programa Brasil Empreendedor. Esse produto possui teto de R$ 50 mil e prazo máximo de 12 meses, com renovações automáticas e sucessivas. A facilidade na contratação e a atratividade da taxa da operação (Crédito Fixo: TR + 2,59% a.m. e Crédito Rotativo 8,3% a.m.) proporcionaram o crescimento de 25,0% do produto entre setembro de 2001 e setembro de 2002. Operações de Varejo R$ bilhões 6,9 6,8 6,3 1,9 2,0 2,1 1,2 1,4 1,5 1,1 0,8 1,0 1,1 0,9 0,9 CDC Cheque Especial BB Giro Rápido Cartões Demais set/01 jun/02 set/02 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 17

Em setembro de 2002 as operações de CDC respondiam por 54,8% das operações de Varejo, contra 55,2% em setembro de 2001. Por outro lado, as operações com Cartão de Crédito e de Cheque Especial aumentaram sua participação de 24,3%, em setembro de 2001, para 25,7% no mesmo período em 2002. Tal movimento explica a melhoria na taxa de aplicação das operações de Varejo. Taxa anualizada de aplicação no Varejo - % 61,6 63,1 61,3 61,2 65,7 3T01 4T01 1T02 2T02 3T02 Operações de Crédito : Comercial As operações Comerciais do Banco do Brasil encerraram o mês de setembro de 2002 com saldo de R$ 13.830 milhões, crescimento de 1,3% em relação a junho do corrente ano. Operações Comerciais R$ bilhões 5,8 6,0 4,1 2,0 1,9 1,3 2,6 2,6 2,0 1,7 1,4 1,5 1,8 1,3 0,0 Recebíveis Conta Garantida Investimento Capital de Giro - Outros Demais set/01 jun/02 set/02 O crédito baseado em recebíveis, principal produto da carteira comercial, encerrou o mês de setembro de 2002 com saldo de R$ 6,0 bilhões, expansão de 43,8% em relação a setembro de 2001. Do ponto de vista do Banco, essas operações constituem-se em crédito de curto prazo e risco reduzido, por natureza, autoliqüidáveis. Para o cliente, essas operações representam excelente alternativa de financiamento de capital de giro, com a comodidade de poderem ser realizadas diretamente da empresa. Os principais produtos de crédito baseados em recebíveis são o Desconto de Cheques e o BB Vendor. Ao final de setembro de 2002, as operações de Desconto de Cheques respondiam por 39,0% dos recebíveis. Em função do baixo valor médio e do curto prazo dos cheques negociados, possuem baixo risco de inadimplência. Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 18

O BB Vendor é um produto direcionado principalmente para clientes do Pilar Atacado. Com a utilização do Vendor, o cliente tem a oportunidade de alavancar vendas e faturamento, a partir do oferecimento de maior prazo aos compradores e a obtenção imediata de recursos. O BB Vendor encerrou o 3T02 com 30,0% de participação no total de recebíveis. O gráfico abaixo ilustra a evolução das taxas de aplicação da carteira comercial. O crescimento das taxas das operações comerciais nos dois últimos trimestres está relacionado à desvalorização do real no período. Taxa anualizada de aplicação no Crédito Comercial - % 33,8 38,3 41,0 22,5 26,4 3T01 4T01 1T02 2T02 3T02 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 19

Operações de Crédito: Agronegócios No 3T02, o Banco iniciou o financiamento de nova safra agrícola, estimando superar em 20,0% o volume de recursos colocados na Safra 2001/2002. O saldo de operações relacionadas ao agronegócio atingiu R$ 13,8 bilhões em setembro de 2002. O crédito concedido ao agronegócio responde por 27,5% das operações de crédito do BB no país. Em setembro de 2002, as operações de custeio/comercialização totalizaram R$ 6,8 bilhões, respondendo por 49,0% da carteira rural. Essas operações possuem prazo médio de menos de um ano. Operações de Agronegócios 6,2 6,7 6,8 R$ bilhões 3,0 4,0 4,1 1,7 1,9 1,1 0,9 1,1 0,7 Custeio/Comerc. Investimento FCO Demais set/01 jun/02 set/02 A atuação do Banco no agronegócio estende-se ao longo de toda a cadeia produtiva desse segmento. Somam-se aos produtores rurais os demais agentes do agronegócio (fabricantes e revendedores de máquinas, implementos agrícolas, fertilizantes e outros insumos, agroindústrias, exportadores, etc.). Programas como o BB CONVIR, BB Agro e BB COOP, que são instrumentos de parceria com empresas do setor, têm como função alavancar negócios e reduzir risco. No 3T02, o Banco contratou operações por intermédio do BB CONVIR da ordem de R$ 73 milhões, contra R$ 51 milhões em 2001. A contratação de operações de crédito rural está diretamente relacionada à necessidade de financiamento para a expansão prevista no plano de safra do Governo Federal. O BB, na execução de programas do Governo, baseia-se no recebimento de remuneração apropriada pelos encargos assumidos. O Governo prevê no orçamento federal a equalização de taxa de aplicação para os empréstimos cujo spread não é compatível com a rentabilidade planejada para os demais negócios do Banco. O gráfico abaixo mostra o histórico do recebimento de receitas a título de equalização de taxas. Receitas de Equalização de Taxas - R$ milhões 114 121 122 124 82 3T01 4T01 1T02 2T02 3T02 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 20

Câmbio: Ganho sobre PL Financeiro No Exterior e Outras Operações O ganho cambial sobre o PL financeiro no exterior do 3T02 totalizou R$ 1.736 milhões, montante 167,1% superior ao registrado no 3T01 e 77,7% maior do que o acumulado no 2T02. As receitas provenientes de outras operações de câmbio do 3T02 cresceram 265,0% e 59,8% em relação ao 3T01 e ao 2T02, respectivamente, totalizando R$ 2.559 milhões. R$ milhões 3T01 2T02 3T02 ganho cambial s/ PL financeiro no exterior 650 977 1.736 outras operações de câmbio 701 1.601 2.559 O aumento do ganho cambial sobre o PL financeiro no exterior justifica-se pela variação cambial incidente sobre os investimentos externos do Banco. A desvalorização cambial também explica o crescimento das receitas com outras operações de câmbio já que os contratos de câmbio vinculados a operações de ACC/ACE são corrigidos pelo dólar. Vale salientar que o efeito da variação do dólar no lado das aplicações é completamente neutralizado pela correção das obrigações. O BB realiza captações em moeda estrangeira no âmbito da Res. CMN 2.770 com o intuito de imunizar a oscilação do câmbio incidente nos investimentos no exterior. Quanto às operações de ACC/ACE, o funding dessas aplicações também está indexado ao câmbio. O efeito do câmbio nas contas de despesas de intermediação financeira é avaliado no item Captações Obrigações por Empréstimos no Exterior. Ganho Cambial e Outras Operações de Câmbio R$ milhões 36,9 15,9 22,4 1.601 1.736 2.559 650 701 977 3T01 2T02 3T01 Ganho Cambial Outras Operações de Câmbio Variação Dólar - % Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 21

Análise das Captações Captação O aumento observado na taxa de remuneração das fontes está relacionado à mudança na composição das captações de mercado e ao comportamento dos indexadores, principalmente o dólar norte-americano, nas captações por empréstimos. Taxa de Captação 3T01 2T02 3T02 Ativos Permanente 147.795 163.072 189.979 Desp. Intermed. Financeira 5.044 7.315 11.693 Desp. Intermed. Financeira/(Ativos-Permanente) 3,4 4,5 6,2 Desp. Intermed. Financeira/(Ativos-Permanente) - anualizado 14,4 19,2 27,0 Captações de Mercado O Banco do Brasil continua a ser líder absoluto nas captações de mercado (Depósitos à Vista, Poupança, Depósitos Interfinanceiros, Depósitos a Prazo e Captações no Mercado Aberto), finalizando o 3T02 com saldo de R$ 145,9 bilhões, crescimento de 34,6% em relação ao final do 3T01. O significativo crescimento é explicado pelo movimento de migração de recursos dos fundos de investimento para captações de mercado a partir de maio de 2002. Evolução da Captação R$ bilhões 4,7 5,2 5,6 15,4 18,3 21,4 21,1 22,6 26,3 32,7 33,6 43,0 34,5 37,5 49,7 108,4 117,2 145,9 Depósitos Interfinanceiros Depósitos à Vista Depósitos de Poupança Depósitos a Prazo Captações no Mercado Aberto Total set/01 jun/02 set/02 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 22

Saldos médios em R$ milhões 3T01 2T02 3T02 Poupança 20.931 21.963 25.549 Despesa de Depósitos de Poupança 484 466 564 Taxa Anualizada % 9,58 8,76 9,12 Depósitos Interfinanceiros 4.593 4.776 5.303 Despesas de Depósitos Interfinanceiros 68 79 90 Taxa Anualizada % 6,05 6,80 7,00 Depósitos a Prazo 32.315 34.491 40.327 Despesas de Depósitos a Prazo 1.014 987 1.195 Taxa Anualizada % 13,15 11,94 12,39 Captações no Mercado Aberto 31.387 36.444 42.676 Despesas com Captações no Mercado Aberto 1.150 1.404 1.593 Taxa Anualizada % 15,49 16,33 15,79 Depósitos à Vista 15.133 18.196 20.175 As taxas Selic e TR, principais indexadores das captações do BB, apresentaram estabilidade, o que se refletiu na manutenção das taxas de captação de mercado. Observa-se, também, estabilidade na composição das captações de mercado, conforme evidenciado no quadro abaixo: Composição das Captações de Mercado Set/01 Jun/02 Set/02 30,1% 14,5% 4,4% 31,5% 15,7% 4,1% 31,8% 15,1% 4,0% 20,1% 19,0% 19,1% 31,0% 29,8% 30,1% Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Poupança Depósitos a Prazo Captações no Mercado Aberto No 3T02, as despesas totais de captação de mercado totalizaram R$ 3.443 milhões, valor 26,7% superior ao registrado no 3T01 e 17,3% maior do que o acumulado no 2T02. Como as taxas e o mix das captações de mercado mantiveram-se estáveis, o incremento de despesas é justificado pelo crescimento do volume de recursos captados no mercado. O volume médio das captações de mercado no 3T02 totalizou R$ 134.031 milhões, evolução de 28,4% sobre o 3T01 e 15,7% sobre o 2T02, refletindo também a migração de recursos de fundos de investimento para depósitos. Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 23

Captações Empréstimos no Exterior Entre as captações onerosas, destacam-se, também, as Obrigações por Empréstimos no Exterior. O volume médio desse item atingiu R$ 12.873 milhões no 3T02, variação de 61,3% em relação ao saldo médio do 3T01. Além desse incremento, o aumento da taxa de captação, justificado pelo comportamento do câmbio, contribuiu para o crescimento de R$ 5,6 bilhões nessas despesas. Saldos médios em R$ milhões 3T01 2T02 3T02 Obrigações por Empréstimos do Exterior 7.983 9.834 12.873 Desp. Por Obr. Empr., Repasses e Banqueiros no Exterior 2.018 3.938 7.601 Taxa Anualizada % 146,34 284,62 539,83 Análise do Spread Crescimento do Spread No 3T02, a taxa de remuneração das fontes atingiu 27,0%, contra 14,4% no 3T01 e 19,2% no 2T02. O incremento do custo de captação foi mais do que compensado pela melhoria na taxa de aplicação, justificando a elevação do spread, que alcançou 7,9% no 3T02, contra 7,0% no 3T01 e 7,2% no 2T02. SPREAD (%) 3T01 2T02 3T02 Rec. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) 5,1 6,2 8,1 Rec. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) - anualizado 22,1 27,4 36,4 Desp. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) 3,4 4,5 6,2 Desp. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) - anualizado 14,4 19,2 27,0 MFB/(Ativos-Permanente) 1,7 1,8 1,9 MFB/(Ativos-Permanente) - anualizado 7,0 7,2 7,9 O quadro do spread analítico propicia melhor compreensão da formação do spread por meio do cruzamento de itens patrimoniais médios com suas respectivas contas de resultado. Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 24

Quadro Spread Analítico Saldos médios em R$ milhões Ativos 3T01 2T02 3T02 Ativos Rentáveis 116.273 130.014 150.246 Disponibilidades em Moeda Estrangeira 3.342 5.228 7.339 Rendas com Disponibilidades em Moeda Estrangeira 781 1.178 3.120 Taxa Anualizada % 131,74 125,46 312,44 Títulos e Valores Mobiliários 52.584 65.189 76.026 Res. Títulos e Valores Mobiliários s/hedge 2.207 3.082 3.811 Taxa Anualizada % 17,87 20,29 21,61 Operações de Crédito + Leasing 40.940 47.873 51.755 Rec. Operações de Crédito + Leasing 2.690 3.459 3.867 Taxa Anualizada % 28,99 32,19 33,40 Depósito Compulsório Rentável 7.878 11.046 14.677 Renda das Aplicações Compulsórias 302 422 599 Taxa Anualizada % 16,25 16,17 17,35 Outros Ativos Rentáveis 11.529 678 448 Out. Rec. Oper. Caracter. Int. Fin. 649-43 56 Taxa Anualizada % 24,48-22,92 59,70 Créditos Tributários 12.353 11.843 11.878 Demais Ativos 31.522 33.058 39.733 Ativo Permanente 4.337 4.492 4.515 ATIVO TOTAL 152.132 167.565 194.494 Passivos 3T01 2T02 3T02 Passivos Onerosos 108.861 118.959 138.624 Poupança 20.931 21.963 25.549 Despesa de Depósitos de Poupança 484 466 564 Taxa Anualizada % 9,58 8,76 9,12 Depósitos Interfinanceiros 4.593 4.776 5.303 Despesas de Depósitos Interfinanceiros 68 79 90 Taxa Anualizada % 6,05 6,80 7,00 Depósitos a Prazo 32.315 34.491 40.327 Despesas de Depósitos a Prazo 1.014 987 1.195 Taxa Anualizada % 13,15 11,94 12,39 Captações no Mercado Aberto 31.387 36.444 42.676 Despesas com Captações no Mercado Aberto 1.150 1.404 1.593 Taxa Anualizada % 15,49 16,33 15,79 Obrigações por Empréstimos do Exterior 7.983 9.834 12.873 Desp. por Obr. Empr., Repasses e Banqueiros no Exterior 2.018 3.938 7.601 Taxa Anualizada % 146,34 284,62 539,83 Obrigações por Repasses 5.415 4.819 5.071 Despesas com Obrigações por Repasses 143 114 155 Taxa Anualizada % 11,02 9,81 12,84 Fundos Financeiros e de Desenvolvimento 4.904 5.532 5.790 Desp. com Fundos Financeiros e de Desenvolvimento 127 151 111 Taxa Anualizada % 10,81 11,35 7,87 Obrigações de tvm no exterior 1.332 1.100 1.034 Desp. tvm no exterior 29,8 33,1 25,7 Taxa Anualizada % 9,26 12,58 10,32 Demais Passivos 34.797 39.988 48.010 Depósitos à Vista 15.133 18.196 20.175 Outros Passivos 19.663 21.791 27.835 Patrimônio Líquido + Contas de Resultado 8.474 8.618 7.860 Demais Despesas 9 144 358 PASSIVO TOTAL 152.132 167.565 194.494 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 25

Quadro Spread Analítico Saldos médios em R$ milhões 3T01 2T02 3T02 Receitas de intermediação financeira 7.571 10.191 15.322 receitas provenientes de ativos rentáveis 6.629 8.099 11.452 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos 0-615 -588 ganho cambial s/ PL no exterior 650 977 1.736 outras rendas de câmbio 701 1.601 2.559 efeito do hedge -582 0 0 outras receitas operacionais 0-41 0 Recuperação de créditos baixados como prejuízo 173 171 162 Despesas de Interm. financ (dre realocada) 5.044 7.315 11.693 Margem Financeira Bruta 2.527 2.876 3.629 Ativos - Permanente 147.795 163.072 189.979 Ativos Rentáveis 116.273 130.014 150.246 SPREAD (%) 3T01 2T02 3T02 Rec. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) 5,1 6,2 8,1 Rec. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) - anualizado 22,1 27,4 36,4 Desp. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) 3,4 4,5 6,2 Desp. Intermed. Financ/(Ativos-Permanente) - anualizado 14,4 19,2 27,0 MFB/(Ativos-Permanente) 1,7 1,8 1,9 MFB/(Ativos-Permanente) - anualizado 7,0 7,2 7,9 Rec. Intermed. Financ/(Ativos Rentáveis) 6,5 7,8 10,2 Rec. Intermed. Financ/(Ativos Rentáveis) - anualizado 28,7 35,2 47,5 Desp. Intermed. Financ/(Ativos Rentáveis) 4,3 5,6 7,8 Desp. Intermed. Financ/(Ativos Rentáveis) - anualizado 18,5 24,5 35,0 MFB/(Ativos Rentáveis) 2,2 2,2 2,4 MFB/(Ativos Rentáveis) - anualizado 9,0 9,1 10,0 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 26

II. MARGEM FINANCEIRA LÍQUIDA R$ milhões Fluxo no Trimestre Var. % 3º tri/01 2º tri/02 3º tri/02 s/ 3T01 s/ 2T02 C) Margem Financeira Bruta 2.527 2.876 3.629 43,6 26,2 Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa -505-591 -834 65,1 41,1 D) Margem Financeira Líqüida 2.021 2.285 2.794 38,2 22,3 A Margem Financeira Líquida alcançou saldo de R$ 2.794 milhões no 3T02, montante 22,3% superior em relação ao 2T02 e 38,2% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. A Margem Financeira Líquida é definida pela Margem Financeira Bruta deduzida das despesas de provisão para risco de crédito. No 3º trimestre de 2002 foram registradas despesas de provisão para risco de crédito de R$ 834 milhões, valor 55,3% superior ao volume de créditos baixados como prejuízo no período e 123,0% maior do que o saldo líquido da perda (baixa para prejuízo (-) volume de créditos recuperados no período). Apesar do cenário macroeconômico restritivo ter causado sensível piora do risco de crédito, o aumento das provisões não abalou a performance financeira do Banco. Em setembro de 2002, as operações vencidas acima de 15 dias representaram 5,8% do total da carteira de crédito, contra 5,5% em junho de 2002. Caso sejam consideradas somente as operações vencidas com mais de 60 dias, a participação de setembro 2002 alcança 3,5%, não registrando variação em relação a junho de 2002. Índices de Atraso R$ milhões 2º tri/02 3º tri/02 Total da Carteira de Crédito 57.031 63.017 Operações Vencidas 3.202 3.879 Operações Vencidas/Total da Carteira - % 5,6 6,2 Operações Vencidas + 15 dias 3.126 3.683 Operações Vencidas + 15 dias/total da Carteira - % 5,5 5,8 Operações Vencidas + 60 dias 1.973 2.190 Operações Vencidas + 60 dias/total da Carteira - % 3,5 3,5 Baixa para Prejuízo 668 537 Recuperação 177 162 Saldo Perda 491 374 Saldo Perda/Total da Carteira - % 3,5 2,4 Provisão 2.978 3.368 Provisão/Total da Carteira - % 5,2 5,3 Provisão/Operações Vencidas +15 dias - % 95,3 91,5 Provisão/Operações Vencidas + 60 dias - % 150,9 153,8 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 27

O gráfico abaixo mostra a evolução das operações vencidas em relação ao total da carteira de crédito. Apesar do pequeno crescimento das operações vencidas ocorrido no 3T02 em relação ao trimestre anterior, a participação das operações vencidas com mais de 60 dias em relação ao total da carteira manteve-se constante. Evolução do Índice de Atraso 6,6 7,4 6,8 5,6 6,2 4,4 4,4 4,2 3,5 3,5 set/01 dez/01 mar/02 jun/02 set/02 Op. Vencidas/Carteira Op. Vencidas + 60 dias/carteira A carteira de crédito do Banco na visão consolidada (operações de crédito, arrendamento mercantil, ACC/ACE e outros créditos) encerrou o mês de setembro com saldo de R$ 63.017 milhões, crescimento de 10,5% em relação ao trimestre anterior, mantendo a posição de liderança no crédito entre as instituições financeiras no país. Distribuição da Carteira de Crédito R$ milhões Saldos var. % jun/02 set/02 s/ jun/02 Carteira de Crédito 57.031 63.017 10,5 Varejo 12.182 12.401 1,8 Comercial 13.650 13.830 1,3 Agronegócios 13.074 13.801 5,6 Internacional 7.203 7.924 10,0 Exterior 9.601 12.810 33,4 Demais 1.321 2.249 70,2 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 28

A carteira de crédito do BB no mês de setembro apresentou redução na participação dos créditos classificados no níveis AA, A e B em relação a junho passado. Porém, o peso de 85,8% desses créditos ainda revela-se superior à participação de 78,4% apresentada pelo SFN. Carteira de Crédito Distribuída por Níveis de Risco R$ milhões jun/02 set/02 Comp. % Saldo Provisão Saldo Provisão BB SFN AA 14.894 0 17.582 0 27,9 27,4 A 25.223 126 25.890 129 41,1 33,4 B 9.363 94 10.628 106 16,9 17,6 C 3.386 102 3.901 117 6,2 9,3 D 1.234 123 1.608 161 2,6 5,3 E 741 222 1.235 371 2,0 1,5 F 243 121 254 127 0,4 1,3 G 248 173 260 182 0,4 0,7 H 1.700 1.700 1.658 1.658 2,6 3,5 Total 57.031 2.712 63.017 2.852 100,0 100,0 Qualidade do Crédito de Varejo A análise da carteira de varejo revela manutenção da sua qualidade. Praticamente não houve mudança na configuração de níveis de risco da carteira. Os créditos com risco AA, A e B apresentaram participação de 83,4% em setembro de 2002 contra 83,9% em junho. Carteira de Crédito de Varejo Distribuída por Níveis de Risco R$ milhões jun/02 set/02 Saldo Provisão comp. % Saldo Provisão comp. % AA 30.721 0 0,3 32.848 0 0,3 A 9.291.810 46.459 76,3 9.385.088 46.925 75,7 B 901.259 9.013 7,4 919.142 9.191 7,4 C 481.038 14.431 3,9 506.033 15.181 4,1 D 209.672 20.967 1,7 239.608 23.961 1,9 E 202.830 60.849 1,7 201.236 60.371 1,6 F 149.347 74.673 1,2 165.988 82.994 1,3 G 140.472 98.330 1,2 152.568 106.798 1,2 H 775.207 775.207 6,4 798.602 798.602 6,4 Total 12.182.355 1.099.930 100,0 12.401.113 1.144.024 100,0 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 29

Qualidade do Crédito Comercial O risco das operações comerciais apresentou melhora significativa em relação a junho passado. As operações de crédito classificadas nos níveis E, F, G e H cederam espaço para os créditos de risco menor. A participação das operações classificadas em AA, A e B subiu de 88,4% em junho de 2002 para 89,9% em setembro último. Carteira de Crédito Comercial Distribuída por Níveis de Risco R$ milhões jun/02 set/02 Saldo Provisão Comp. % Saldo Provisão comp. % AA 4.356.908 0 31,9 4.280.808 0 31,0 A 5.170.720 25.854 37,9 5.118.712 25.594 37,0 B 2.538.851 25.389 18,6 3.032.112 30.321 21,9 C 502.307 15.069 3,7 552.087 16.563 4,0 D 424.004 42.400 3,1 424.920 42.492 3,1 E 166.820 50.046 1,2 123.644 37.093 0,9 F 57.727 28.864 0,4 43.477 21.739 0,3 G 35.765 25.036 0,3 36.007 25.205 0,3 H 397.008 397.008 2,9 218.536 218.536 1,6 Total 13.650.109 609.664 100,0 13.830.304 417.542 100,0 Qualidade do Crédito Internacional Avaliando o saldo da carteira internacional nos meses de junho a setembro de 2002, percebe-se piora na participação dos créditos classificados nos níveis AA, A e B. O peso dos créditos classificados nesses níveis de risco reduziu-se em 240 pontos base em relação a junho de 2002. Carteira de Crédito Internacional Distribuída por Níveis de Risco R$ milhões jun/02 set/02 Saldo Provisão comp. % Saldo Provisão comp. % AA 912.934 0 12,7 1.083.329 0 13,7 A 3.274.170 16.371 45,5 3.315.726 16.579 41,8 B 1.908.751 19.088 26,5 2.123.063 21.231 26,8 C 820.999 24.630 11,4 673.800 20.214 8,5 D 159.331 15.933 2,2 278.760 27.876 3,5 E 22.241 6.672 0,3 326.394 97.918 4,1 F 11.163 5.581 0,2 10.541 5.270 0,1 G 13.148 9.204 0,2 5.965 4.176 0,1 H 79.881 79.881 1,1 106.551 106.551 1,3 Total 7.202.618 177.360 100,0 7.924.130 299.815 100,0 Análise do Desempenho do 2º Trimestre de 2002 30