Princípios de Bioestatística Desenho de Estudos Clínicos

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Transcrição:

1/47 Princípios de Bioestatística Desenho de Estudos Clínicos Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG

2/47 Pesquisa Clínica Pergunta Tipo de Desenho Desenho Estudo Efeitos (coorte, idade, período) Validade interna (confundimento, viés) Validade externa Análise Estatística Descritiva/Exploratória Inferencial/Confirmatória

3/47 Perguntas Relevantes Os grupos são comparáveis? As variáveis de confusão foram medidas/controladas? É possível alocar tratamento às unidades amostrais de forma aleatória? Os erros de medição podem ser medidos e controlados? As perdas (dados perdidos) podem viciar os resultados? Podemos estender os resultados para outros estudos? Existe efeito de calendário (ou de coorte)?

4/47 Pontos a serem Considerados 1 Tipo de Desenho de Estudo. 2 Efeito Transversal vs Longitudinal. 3 Efeitos Epidemiológicos (idade, coorte e período). 4 Tipos de Viés. 5 Validação do Estudo.

5/47 Tipos de Estudos Epidemiológicos 1 Estudos Descritivos: Sem grupo de comparação Ecológicos; Caso ou série de casos; Transversais. 2 Estudos Analíticos: com grupo(s) de comparação Observacionais; Coorte (prospectivo ou histórico); Caso-controle (retrospectivo); Estudo de Intervenção: Ensaio Clínico/Cross-over.

6/47 Desenhos Amostrais Clássicos em Estatística 1 Amostragem Aleatória Simples (AAS); 2 Amostragem Sistemática (AS); 3 Amostragem Estratificada (AE): 4 Amostragem por Conglomerado (AC). Obs.: Usualmente o desenho amostral de um estudo clínico envolve mais de um estágio.

7/47 Desenhos Amostrais Clássicos em Estatística: Exemplo 1. 1 Situação de Interesse População: servidores docentes da UFMG (cerca de 2300); Pergunta: a favor ou contra o REUNI. 2 Possíveis Desenhos Amostrais AAS ou AS a partir de uma lista disponível no DP (UFMG). Dois Estágios: Estágio 1: Estratificar (AS) por Unidades/Áreas (homogêneas); Estágio 2: AAS ou AS dentro de cada unidade. Obs.: O segunda desenho amostral é mais eficiente por incluir informações referentes a estratos homogêneos da população. Portanto, deve ser preferido ao primeiro.

8/47 Desenhos Amostrais Clássicos em Estatística: Exemplo 2. 1 Situação de Interesse População: crianças de 0 a 5 anos do Estado MG; Pergunta: prevalência de anemia ferropriva. 2 Um Desenho Amostral Estágio 1: Estratificar por Regionais de Saúde do Estado de MG; Estágio 2: AAS de Municípios em cada Regional; Estágio 3: AAS de setores censitários em cada município; Estágio 2: amostragem por conglomerado (AC) em cada quarteirão do setor censitário.

9/47 Longitudinal vs Transversal 1 Transversal (Causualidade reversa) Ecológicos; Transversais. 2 Longitudinais Coorte (prospectivo ou histórico); Caso-controle Ensaio Clínico/Cross-over.

10/47 Resposta e Covariáveis 1 Resposta/Desfecho Contínua; Categórica (desfecho). 2 Covariáveis/Exposição Interesse: Exposição; Confundimento.

11/47 Estudo de Coorte Características Básicas Estudos observacionais; Grupos de comparação (braços da coorte): usualmente definidos pela presença ou não de uma exposição de interesse;

12/47 Estudo de Coorte Vantagens Informações detalhadas sobre exposição e fatores de confusão, fornecidas pelos próprios participantes da pesquisa no início do estudo (prospectivos); Exposições raras podem ser examinadas através da seleção apropriada da coorte de estudo. Permitem a avaliação de múltiplos efeitos de uma exposição. Limitações Demorados e muito caros A validade dos estudos de coorte pode ser afetada pelas perdas durante o seguimento (viés de seleção).

13/47 Estudo Caso-Controle/Retrospectivo Características Básicas Estudos observacionais; Grupos de comparação: definidos pela presença ou não de uma doença de interesse;

14/47 Estudo Caso-Controle Vantagens Rápido e de baixo custo; Doenças raras podem ser examinadas através da seleção apropriada do grupo de casos. Limitações Sujeito a vícios de seleção e informação. Pareamento é uma forma de minimizar vícios.

15/47 Estudo Clínico Aleatorizado Características Básicas Estudos experimentais, ou seja, com a intervenção do investigador. Presença de grupos de comparação.

16/47 Estudo Clínico Aleatorizado requisito para licenciamento de fármacos, imunobiológicos, dispositivos, métodos invasivos. Alocação em grupos experimentais: aleatorização. O processo formal baseado no acaso, com probabilidade conhecida e controlada pelo investigador. Controla por fatores de confussão não medidos.

17/47 Estudo Cross-over Características Básicas Estudos experimentais. Os mesmos pacientes recebem ambos os tratamentos. A ordem de alocação deve ser aleatorizada.

18/47 Exemplo: Estudo cross-over Comparar o efeito de dois colírios (A, B) redutores da pressão ocular com relação ao fluxo sanguíneo. Cada paciente foi submetido aos dois colírios por um período de dois meses com um descanso de igual tamanho. A ordem da aplicação dos colírios foi aleatória Duas medidas de pressão (colírio A e colírio B) foram tomadas ao fim do estudo para cada paciente.

19/47 Estudo Transversal ou de Prevalência Características Básicas Amostra tomada em um tempo pré-determinado; Causalidade reversa (impossível determinar causa e efeito). Não é apropriado para estudar doenças raras e nem de curta duração.

20/47 Efeitos Epidemiológicos 1 Idade 2 Coorte ou de Calendário 3 Período

21/47 Efeito de Idade O aumento da idade acarreta em aumento de frequência (prevalência) de doenças. Mudança na taxa de uma condição em função da idade independente da coorte de nascimento ou tempo de calendário. Idade é fator de risco para várias patologias.

22/47 Efeito de Coorte Mudança na taxa de uma condição em função do ano de nascimento independente da idade e do tempo de calendário. Exemplo: Tuberculose em três gerações. Avô - morte por tuberculose. Pai - tratado pro tuberculose. Filho - Vacinado contra a tuberculose.

Efeito de Coorte 50 40 Prevalência (por 1000) 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Idade(anos) Figura: Estudo Transversal (2005) da Prevalência da Doença Y por idade. Fonte: Szklo e Javier-Neto (2007). 23/47

Efeito de Coorte 50 40 Prevalência (por 1000) 30 20 10 1975 1985 1995 2005 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Idade(anos) Figura: Estudo Transversal da Prevalência da Doença Y por idade. 24/47

Efeito de Coorte 50 40 Estudo Transversal 2005 Prevalência (por 1000) 30 20 1970 1960 1950 1940 1930 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Idade(anos) Figura: Estudo Transversal da Prevalência da Doença Y por idade. 25/47

Efeito de Coorte 50 35 Prevalência (por 1000) 40 30 20 75 65 55 45 25 15 10 0 1930 1940 1950 1960 1970 Coorte de Nascimento Figura: Estudo Transversal da Prevalência da Doença Y por idade. 26/47

27/47 Efeito de Período Algo que atingiu todas as coortes em um ano específico. Exemplo: Taxa de óbito de pacientes HIV positivo após uso combinado de drogas.

Figura: Prevalência da Doença Y por idade com evento ocorrendo em 1995. 28/47 Efeito de Período 50 40 Prevalência( por 1000) 30 20 1970 1960 1950 1940 2005 1930 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Idade(Anos)

29/47 Efeitos Idade, Coorte e Período Material muito interessante do Prof. Joaquim Valente (FioCruz): http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/ uploads/documentospessoais/documento-pessoal 12945.pdf

30/47 Efeitos de Idade, Coorte e Período Efeito de Idade: mudança na taxa (prevalência) de acordo com a idade independente da coorte de nascimento e do ano de calendário; Efeito de Coorte: mudança na taxa (prevalência) de acordo com o ano de nascimento independente da idade e do ano de calendário; Efeito de Período: mudança na taxa (prevalência) de acordo com o ano de calendário independente da idade e da coorte de nascimento.

31/47 Validação do Estudo Validade Interna: sujeito a confundimento e viés; Validade Externa: representatividade da amostra. Sujeito a critérios de inclusão e exclusão do Estudo.

32/47 Validade do Estudo/Amostra 1 Critério de inclusão e exclusão restritivo ==> população pequena Validade Interna: aumenta; Validade Externa: diminue. 2 Critério de inclusão e exclusão flexível ==> população grande Validade Interna: dimunue. Validade Externa: aumenta.

33/47 Viés 1 Desvio da verdade por defeito no delineamento ou na condução de um estudo. 2 Viés sistemático no delineamento, condução e análise de um estudo resultando em erro na estimativa da magnitude da associação entre exposição e a resposta de interesse. 3 Erro sistemático no planejamento ou na condução de um estudo (Szklo e colegas, 2000).

34/47 Fontes de Viés 1 Viés de Confundimento. 2 Viés de Seleção: alocação das unidades de análise privilegia subgrupos com probabilidade diferenciada de apresentar a resposta. 3 Viés de Informação: erro sistemático na classificação da exposição ou da resposta.

35/47 Confundimento Definição: Um terceiro fator que está associado tanto com a exposição quanto com o desfecho, mas não se encontra no elo causal entre eles. Exposição Doença Confundimento

36/47 Confundimento Definição: Um terceiro fator que está associado tanto com a exposição quanto com o desfecho, mas não se encontra no elo causal entre eles. Duas condições para ser fator de confundimento: Ser associado com a exposição sem ser sua consequência. Estar associado com o desfecho/doença independente da exposição.

37/47 Confundimento: Exemplos Fumo na associação entre consumo de café e câncer de pulmão. Idade na associção entre fumo e câncer de estômago. (contra-exemplo: no elo causal?) Colesterol na associação entre infarto e dieta

38/47 Confundimento: Tratamento/Remoção do efeito Desenho do estudo (clínico aleatorizado) Pareamento no desenho do estudo. Análise estatística.

39/47 Viés de Seleção 1 O viés de seleção representa uma distorção resultante dos procedimentos utilizados para selecionar indivíduos e fatores para participarem do estudo.

40/47 Viés de Seleção em Estudos Longitudinais 1 O viés de seleção pode ocorrer devido a seguimento incompleto dos indivíduos do estudo (perdas de seguimento). 2 O principal problema, mesmo para perdas pequenas, é a probabilidade de que elas possam ter ocorrido de forma seletiva, ou seja, relacionada à exposição, a resposta, ou a ambos.

41/47 Viés de Seleção - Exemplos Viés de auto-seleção ou Efeito do trabalhador saudável. Pessoas empregadas são pessoas relativamente mais saudáveis que as desempregadas, aposentadas ou incapacitadas. Provavelmente menos pessoas empregadas se candidatariam a participar de um estudo. Aqueles que desenvolvem câncer de pulmão podem ter menor probabilidade de continuar participando do estudo quando comparados àqueles que permanecem sem a doença. Viés de sobrevida seletivo: após o diagnóstico o paciente muda os hábitos associado à doença.

42/47 Erro de Classificação - Viés de Informação O viés de informação está relacionado à classificação da condição de exposição (expostos / não-expostos) e/ou no registro da resposta/desfecho. Medidas são aproximações de atributos do mundo real, baseadas em modelos conceituais (teorias). Sensibilidade, especificidade, validade, confiabilidade são exemplos de medidas utilizadas para quantificar os erros de classificação. O erro de classificação pode ser diferencial ou não-diferencial

43/47 Erro de Classificação - Viés de Informação 1 Fontes comuns de viés de informação: Variação Individual; Variação entre observadores; Intrumento de Medição; Erro de aferição/calibração. 2 Viés de Memória: os casos lembram melhor da exposição do que os controles. 3 Viés de Registro: indivíduos com a doença têm os registros mais completos.

44/47 Erro de Classificação não-diferencial O erro de classificação é dito não-diferencial quando ocorre em proporções similares nos dois grupos (expostos / não-expostos). O efeito desse erro é aumentar a similaridade entre os grupos, de forma que qualquer associação existente entre a exposição e a resposta será diluída ou subestimada.

45/47 Erro de Classificação diferencial O erro de classificação é dito diferencial quando ocorre em proporções diferentes nos dois grupos (expostos / não-expostos). O erro de classificação diferencial pode resultar em estimativas seriamente viciadas. É díficil predizer a direção do vício quando o erro de classificação é diferencial.

46/47 Erro de Classificação diferencial: Exemplos Indivíduos expostos podem ter maior ou menor probabilidade de relatar sintomas da doença, ou ir à consulta médica. Os pesquisadores envolvidos no seguimento e diagnóstico da doença podem ser influenciados pelo conhecimento da condição de exposição dos indivíduos.

47/47 Em Resumo... 1 Objetivo do Estudo. 2 Desenho do Estudo. Tipo do Desenho. Longitudinal ou transversal? Observacional ou Experimental? Prospectivo ou retrospectivo? 3 Validação Interna Presença de Fatores de Confundimento? Viéses (Seleção e Informação)? 4 Validação Externa.