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Transcrição:

CLIPPING COMENTÁRIOS, REGULAMENTAÇÕES E NORMATIVOS SOCIEDADES CORRETORAS, COOPERATIVAS DE CRÉDITO, ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO, E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS EM GERAL Nº 06/2008 ref: Outubro/2008 São Paulo, 07 de novembro de 2008. Prezados, Considerado por muitos como o período em que a crise financeira global atingiu o seu auge, o mês de outubro ficou marcado pela série de novas regulamentações trazidas pelo Banco Central do Brasil, principalmente no tocante a alterações na regra do recolhimento do depósito compulsório, medidas que afetam diretamente instituições financeiras bancárias. Para as demais instituições financeiras, destaque para as administradoras de consórcio, cuja nova lei geral foi sancionada em 08 de outubro (Lei nº 11.795/08), e normativos esparsos, tais como a Carta-Circular BACEN nº 3348/08. As sociedades corretoras e demais IF s passaram a contar com a faculdade prevista na Resolução CMN nº 3627/08, que se configura como mais um passo no sentido da adequação da contabilidade das instituições financeiras brasileiras aos moldes da contabilidade internacional. Os prazos de entrega dos documentos 2011, 2040, e 2041 continuam válidos, com peculiaridades para as remessas de novembro, conforme demonstrado logo abaixo, e as cooperativas de crédito, bem como as administradoras de consórcio, deverão atentar para o disposto na Carta-Circular BACEN nº 3346/08, que divulgou os procedimentos de atualização que se fazem necessários referentes aos serviços de auditoria externa contratados por estas instituições, com prazo até 28 de novembro de 2008. Permanecemos à disposição de eventuais consultas, críticas e sugestões. Atenciosamente. RAFAEL BONFÁ SACHO SACHO AUDITORES INDEPENDENTES

2 1) DESTAQUES DO MÊS LEGISLAÇÃO E NORMATIVOS 1.1) ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE - IFRS 1.1.1) RESOLUÇÃO CMN nº 3627/08 e RESOLUÇÃO CMN 3533/08 Publicada em 30 de outubro, a Resolução CMN nº 3627 faculta às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, a aplicação antecipada de procedimentos para classificação, registro contábil e divulgação de operações de venda ou transferência de ativos financeiros, disciplinados na Resolução CMN nº 3533/08. Através desta última, ficou determinado que a instituição financeira deverá baixar um ativo financeiro, sempre que: - os direitos contratuais ao fluxo de caixa do ativo expiram; ou - a venda ou transferência de ativo financeiro se qualifica para a baixa nos termos da resolução. As referidas instituições deverão classificar a venda ou a transferência dos ativos financeiros, para fins de registro contábil, nas seguintes categorias: I operações com transferência substancial dos riscos e benefícios; II operações com retenção substancial dos riscos e benefícios; III operações sem transferência nem retenção substancial dos riscos e benefícios. Para a categoria I, deverão ser classificadas as operações: venda incondicional de ativo financeiro; venda de ativo financeiro em conjunto com opção de recompra pelo valor justo desse ativo no momento da recompra; e venda de ativo financeiro em conjunto com opção de compra ou de venda cujo exercício seja improvável de ocorrer. No caso da categoria II, entrarão as seguintes operações: venda de ativo financeiro em conjunto com compromisso de recompra do mesmo ativo a preço fixo ou o preço de venda adicionado de quaisquer rendimentos; contratos de empréstimo de títulos e valores mobiliários; venda de ativo financeiro em conjunto com swap de taxa de retorno total, que transfira a exposição ao risco de mercado de volta ao vendedor ou cedente; venda de ativo financeiro em conjunto com opção de compra ou de venda cujo exercício seja provável de ocorrer; venda de recebíveis para os quais o vendedor ou o cedente garanta por qualquer forma compensar o comprador ou o cessionário pelas perdas de crédito que venham a ocorrer, ou cuja venda tenha ocorrido em conjunto com a aquisição

3 de cotas subordinadas do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) comprador, observado o disposto no art. 3º. Já para a categoria III, deverão ser classificadas as operações em que o vendedor (ou o cedente) não transfere nem retém substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do ativo financeiro objeto da operação. A referida avaliação, que visa justamente encaixar a operação em uma das categorias supracitadas, está a cargo da instituição financeira, e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e passíveis de verificação, mediante preferencialmente, da comparação da exposição da instituição, antes e depois do valor da venda ou transferência. O que a nova Resolução traz é a faculdade que permite a aplicação antecipada dos referidos procedimentos (que eram antes exigidos a partir de 1º de janeiro de 2009), e podem ser aplicados agora de imediato, desde que de maneira uniforme, para todas as operações de venda ou transferência de ativos financeiros, e o mais importante: que caso a instituição opte pela aplicação antecipada dos procedimentos, os mesmos deverão estar evidenciados nas notas explicativas às demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2008. 1.2) REMESSA DE DOCUMENTOS BACEN (2011, 2040 e 2041) 1.2.1) PRAZOS NOVEMBRO/2008 Conforme prevê a Circular BACEN nº 3399/08, o documento 2011 (DDR Demonstrativo Diário de Resultados) segue tendo datas-base diárias, sendo que o envio deverá ocorrer em até 03 (três) dias úteis ao da respectiva data-base. Já para o documento 2040 (DRM Demonstrativo de Risco de Mercado), de envio com periodicidade mensal, a Circular BACEN nº 3381/08 determina que as informações referentes à data-base 30 de setembro de 2008 deveriam ter sido entregues até o último dia útil de outubro de 2008, e a partir da data-base 28 de novembro de 2008, prevalecerá a regra de entrega até o quinto dia útil do mês subseqüente (no caso concreto, as informações de 28/11 deverão ser prestadas até 05 de dezembro de 2008). Por fim, o documento 2041 (DLO Demonstrativo de Limites Operacionais), também de periodicidade mensal, e disciplinado na Circular BACEN nº 3398/08, deverá ser entregue para a data-base 30 de setembro de 2008, até o dia 10 de novembro de 2008, e para a próxima data-base - 28 de novembro - prevalecerá a regra do dia 05 (cinco) do segundo mês seguinte ao da respectiva data-base (no caso concreto, a data-base 28/11 deverá ser entregue até 05 de janeiro de 2009.)

4 1.2.2) COMUNICADO BACEN nº 17.635/08 - DDR Em 4 de novembro último, o BACEN liberou o comunicado em epígrafe, alertando sobre a implementação de críticas adicionais para a validação das informações enviadas pelo documento 2011 DDR. A partir da data-base 03 de novembro de 2008, as críticas adicionais passarão a ser implementadas para a validação da remessa das informações diárias, e as mesmas poderão ser visualizadas no endereço eletrônico: http://www.bcb.gov.br/htms/pstaw10docs.asp. 1.3) ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO 1.3.1) NOVA LEI GERAL DE CONSÓRCIOS LEI nº 11.795/08 Cabe-nos ressaltar a importância da Lei nº 11.795/08, sancionada pelo Presidente da República, em 08 de outubro de 2008, que dispõe sobre o Sistema de Consórcios, e revoga artigos e incisos cruciais de legislações anteriores sobre o tema, tais como os incisos I e V, do Art. 7, da Lei nº 5768/71; o Art. 10 da Lei nº 7691/88, e o Art. 33 da Lei nº 8177/91, dentre outros normativos revogados. Solicitamos a especial atenção dos responsáveis pelas administradoras de consórcio, leitores deste Clipping, ao disposto na referida Lei, que passará a produzir efeitos em fevereiro de 2009. A Lei dispõe, dentre outros temas, sobre o Contrato de Consórcio; o Funcionamento e Encerramento dos Grupos; Administração Especial e Liquidação Extrajudicial; bem como Penalidades. 1.3.2) REMESSA DE INFORMAÇÕES RELATIVAS A CONSÓRCIOS CARTA- CIRCULAR BACEN nº 3348/08 Publicada em 31 de outubro de 2008, a Carta-Circular em epígrafe esclarece sobre a remessa das informações relativas às operações de consórcio de que tratam a Circular BACEN nº 3394/08 e Carta-Circular nº 3335/08.

5 Fica esclarecido que, no leiaute do documento 2080 Posição de Cotas e de Grupos das Operações de Consórcio Bens Imóveis e Móveis, foi acrescentada, no campo Valor do Crédito, localizado no Registro de Grupos de Bens Imóveis do módulo mensal, a descrição de que a informação deverá ser remetida com 10 (dez) casas inteiras e 02 (duas) casas decimais. Para visualização do leiaute, favor acessar: http://www.bcb.gov.br/htms/pstaw10docs.asp. 1.4) ATUALIZAÇÃO DE DADOS COOPERATIVAS DE CRÉDITO E ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO CARTA-CIRCULAR BACEN nº 3346/08 Publicada em 21 de outubro, a Carta-Circular BACEN nº 3346/08 divulga os procedimentos necessários à atualização e à conformidade dos dados registrados no Sistema de Informações sobre Entidades de Interesse do Banco Central (UNICAD). As administradoras de consórcio e as cooperativas de crédito deverão realizar, até 28 de novembro de 2008, os procedimentos necessários ao registro da conformidade dos dados relativos à contratação de serviços de auditoria externa registrados no UNICAD, conforme instruções constantes do anexo a esta Carta-Circular. O processo de solicitação de conformidade não desobriga a entidade de atualizar tempestivamente os seus registros no UNICAD, e a inobservância do prazo estabelecido e/ou a constatação de informações inexatas ou omitidas sujeitam a entidade às penalidades previstas em lei. Favor atentarem para o Anexo da Carta-Circular nº 3346/08, que disciplina o referido registro de dados junto ao UNICAD.

6 2) NOTÍCIAS ECONOMIA E INDICADORES 2.1) BOVESPA O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, registrou em outubro, seu quarto pior mês desde 1968, acumulando perdas mensais de 24,8%. No acumulado do ano, o índice já apresenta retração de 41,68%, só perdendo para o ano de 1972, em termos de pior desempenho anual. Paradoxalmente, a última semana de outubro apresentou valorização acumulada no índice, na ordem de 18,35% (a maior valorização semanal dos últimos 10 anos), e tal fato deve-se basicamente a dois motivos: os preços baixíssimos das ações motivaram os investidores a voltar às compras na última semana do mês, e acima de tudo, a série de pacotes e cortes de juros coordenados pelos BCs ao redor do mundo, deram algum alento nos dias derradeiros de outubro, embora o cenário de curto e médio prazo permaneça de intensa volatilidade. Analistas apontam que o mercado acionário brasileiro permanece sem chances reais de recuperação com a ausência do capital externo, sendo que outubro foi o quinto mês consecutivo que o saldo de investimentos estrangeiros é negativo: as vendas de papéis superaram as compras em mais de R$ 5 bi. O pregão de 31 de outubro foi encerrado aos 37.256 pontos, com giro financeiro de R$ 4,77 bilhões. A chamada segunda fase da crise, cujo marco inicial simbólico foi a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, em 15 de setembro, seguiu provocando indicadores e notícias ruins em série, tais como a constatação da retração nos PIBs britânico e norteamericano no terceiro trimestre do ano, a queda no nível de consumo das famílias americanas em setembro, e os números cada vez mais negativos refletidos no Índice de Confiança do Consumidor norte-americano, da Universidade de Michigan. No mercado doméstico, a Vale foi a responsável por uma das piores notícias do mês, ao informar que irá reduzir sua produção de minério de ferro e outros minérios devido à desaceleração da economia global. A mineradora ainda sofre com um boicote por parte da China, que não aceita os reajustes propostos no preço do minério. No setor bancário, enquanto as tratativas seguem fortes entre o governo estadual paulista e o governo federal acerca da incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, o mercado foi pego de surpresa em 03 de novembro com o anúncio da fusão entre o Itaú e o Unibanco, criando o maior conglomerado financeiro do Hemisfério Sul, o que deve propiciar novas aquisições no setor, e consequentemente, uma maior concentração bancária. O Bradesco é tido por analistas como um comprador em potencial, e provavelmente agirá no sentido de adquirir instituições menores, visando ampliar seu total de ativos.

7 Outubro também será lembrado como o mês em que o circuit breaker se tornou tema recorrente de noticiários, chegando a ter sido acionado duas vezes no mesmo dia, em 06 de outubro. O mecanismo é acionado pela primeira vez quando o Ibovespa atinge perdas iguais a 10%, interrompendo o pregão por trinta minutos. Após a reabertura, caso as perdas atinjam 15%, o pregão ficará novamente suspenso, desta vez por sessenta minutos. Entre os papéis negociados na Bolsa paulista, destaque para as ações preferenciais da Telesp, que apresentaram alta mensal de 7,41%. Outros poucos destaques positivos do mês foram Eletropaulo, Pão de Açúcar e Natura. 2.2) DÓLAR O dólar comercial fechou o último dia de outubro cotado a R$ 2,16, com alta acumulada no mês de 13,33%. No acumulado de 2008, a moeda passa a registrar alta de 21,55%, em 31 de outubro. Tais altas foram verificadas apesar do esforço do Banco Central em seus leilões de dólares, no mercado à vista e nas operações de swap cambial, visando irrigar a economia com a moeda norte-americana. Analistas prevêem uma certa estabilização da moeda no patamar de R$ 2,00 a R$ 2,15 para os próximos meses, embora os próprios admitam que tais patamares, em um momento tão volátil quanto o atual, podem parecer meros exercícios de futurologia. 2.3) INFLAÇÃO O IPCA de outubro, índice de preços oficial, voltou a subir, após quatro meses de desaceleração, e fechou o mês com alta de 0,45%, ante alta de 0,26% verificada em setembro. No ano, o IPCA acumula alta de 5,23%, caminhando a passos largos rumo ao teto da meta estipulada pelo BC (6,5%). No mesmo período de 2007, o índice acumulava alta de 3,30%. Os alimentos voltaram a subir, após dois meses de queda, e no ano já apresentam inflação acumulada de 10,04%.

8 Pela quinta semana consecutiva, os analistas ouvidos pelo Banco Central aumentaram a previsão relativa ao IPCA/2008. A expectativa é que agora o índice feche o ano com alta de 6,40%, ante previsão anterior de 6,31%. Para 2009, a estimativa também foi alterada, passando de 5,06% para 5,20%. Os analistas ainda estimaram a manutenção da Taxa SELIC em 13,75% até o encerramento de 2008, e uma redução de meio ponto percentual, para 13,25% no encerramento de 2009. Permanecemos à disposição de V. Sas. para prestar quaisquer esclarecimentos necessários, e nossos canais de comunicação (e-mail, fax, telefone) permanecem abertos para quaisquer consultas ou comentários. Atenciosamente, RAFAEL BONFÁ SACHO SACHO AUDITORES INDEPENDENTES