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Transcrição:

Resultados Página 9 de 29 ALL OPERAÇÕES FERROVIÁRIAS DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO A ALL Operações Ferroviárias é composta de 6 concessões ferroviárias no Brasil e na Argentina, totalizando 21,3 mil km de ferrovias, 1.095 locomotivas e 31.650 vagões, por meio dos quais a Companhia transporta commodities agrícolas e produtos industriais. A malha ferroviária opera em uma área responsável por aproximadamente 65% do PIB do Mercosul, onde estão localizados 7 dos portos mais ativos do Brasil e da Argentina e por meio dos quais aproximadamente 78% de toda a exportação de grãos da América do Sul transportada anualmente. Os resultados as operações no Brasil e na Argentina são reportados separadamente. No Brasil, os resultados são divididos em duas unidades de negócio: Commodities Agrícolas e Produtos Industriais. A unidade de Commodities Agrícolas é constituída por três principais fluxos de transporte: (i) Fluxos de exportação, que transportam soja, farelo de soja, milho, açúcar e trigo dos terminais localizados no interior para os portos de Santos, Paranaguá, Rio Grande e São Francisco do Sul, (ii) Fluxos de importação, que transportam principalmente fertilizantes e trigo dos portos para o interior e (iii) Fluxos para distribuição no mercado interno, que consiste no transporte de commodities agrícolas para suprir as demandas de produção nas diversas regiões do Brasil. Em Produtos Industriais existem dois segmentos: Produtos Intermodais e Produtos Puramente Ferroviários. Os Produtos Intermodais inclui produtos que não eram historicamente transportados via ferrovia no Brasil, dado o nível de serviço requerido por estas operações, que estavam muito além do que era oferecido pelas ferrovias no passado. À medida que temos melhorado nos nossos indicadores operacionais ao longo dos anos, passamos a ter condições de capturar estes volumes, normalmente em um modelo de parceria com nossos clientes, onde o investimento necessário é compartilhado entre ambos. A dinâmica de crescimento nesta unidade baseia-se na capacidade da companhia de adicionar novos projetos ou de expandir os projetos já existentes. A unidade é composta de produtos siderúrgicos e madeira, papel e celulose, produtos alimentícios e contêineres. Em Produtos Puramente Ferroviários temos uma situação diferente, dado que mesmo antes da privatização esses produtos eram amplamente transportados por ferrovia. A unidade consiste no transporte de produtos de construção civil, óleo vegetal e combustível, que atualmente são transportados quase exclusivamente por ferrovia em nossa área de atuação. A grande participação de mercado que temos neste segmento nos deixa sujeito ao desempenho do mercado, e esperamos que o crescimento nesta unidade seja em linha com o PIB brasileiro no longo prazo. Com relação à estratégia da ALL Operações Ferroviárias, a Companhia espera crescer seu volume orgânico a uma taxa de 10% ao ano, em média, nos próximos 5 anos. O crescimento é sustentado principalmente por ganhos de participação de mercado e melhorias de produtividade dos ativos, uma vez que o nível de Capex deverá se manter estável em R$650 milhões ao ano, diminuindo como percentual da receita ao longo dos anos. Adicionalmente, em 2012, vamos investir o valor restante de R$154 milhões para concluir, até o final do ano, a construção de nossa ferrovia de Alto Araguaia a Rondonópolis, um projeto de R$700 milhões iniciado em 2009. Ficha Técnicos da ALL Operações Ferroviárias ALL Op. Ferrov. Brasil Argentina Consolidado Malha Ferro (mil km) 12,9 8,4 21,3 Locomotivas 966 129 1.095 Vagões 27.688 3.962 31.650 Colaboradores 8.249 2.119 10.368 Unidades de Negócios Portos Commodities Agrícolas Produtos Industriais Argentina Santos Paranaguá Rio Grande São Francisco Concessões ALL Malha Norte (MS/MT) - 2079 ALL Malha Oeste (MS) - 2026 ALL Malha Sul (SP/PR/SC/RS) - 2027 ALL Malha Paulista (SP) 2028 Buenos Aires (ARG) Zárate (ARG) Rosário (ARG) Central (ARG) 2023 Mesopotâmica (ARG) - 2023

Resultados Página 10 de 29 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA ALL OPERAÇÕES FERROVIÁRIAS Tabela 12 - ALL Operações Ferroviárias 9.965 9.339 6,7% Receita Líquida 658,8 626,7 5,1% Tarifa média (R$/ mil TKU) 66,1 67,1-1,5% EBITDA 306,1 296,2 3,4% Margem de EBITDA 46,5% 47,3% -0,8% A receita líquida da ALL Operações Ferroviárias aumentou 5,1%, de R$626,7 milhões no para R$658,8 milhões, em função do crescimento de 6,7% no volume, parcialmente compensado pela redução e 1,5% no yield médio. A redução no yield reflete a pressão de preços de frete no mercado spot no Brasil, como a safra total no país está caindo 7,1%. Este cenário reduz a demanda por transporte em todos os estágios da cadeia de logística agrícola, impactando diretamente nos preços do mercado spot de frete. O EBITDA cresceu 3,4%, de R$296,2 milhões no para R$306.1 milhões, impulsionado principalmente por (i) maiores volumes e menores yields no Brasil e (ii) um aumento de 22,5% no EBITDA na Argentina. A margem EBITDA caiu 0,8 pontos percentuais, de 47,3% no para 46,5% no. O resultado da ALL Operações Ferroviárias foram marcados por: (i) O volume ferroviário consolidado aumentou 6,7%, de 9.339 milhões de TKU no para 9.965 milhões de TKU, em função do crescimento de 7,6% no Brasil e uma redução de 4,0% na Argentina. O volume no Brasil foi impulsionado pelo bom desempenho de commodities agrícolas, com crescimento de volume de 10,7%, e por um trimestre estável em produtos industriais, que cresceu 1,0%; (ii) Os yields no Brasil, medidos em R$/000 TKU, caíram 3,5%, refletindo a redução de 22,8% nos preços de frete no mercado spot no 1T. Como 70% de nossa capacidade está fechada em contratos take-or-pay, estamos expostos aos preços de frete no mercado spot em aproximadamente 30% de nosso volume esperado; (iii) Mais um trimestre difícil na Argentina, com a imposição pelo governo de novas restrições às importações que reduziram significantemente os volumes nos fluxos de Mercosul, entre Brasil e Argentina; (iv) Melhorias na produtividade de nosso material rodante, que aumentou a capacidade total de nossa malha. Operações Brasileiras Tabela 13 - Indicadores de Balanço Caixa, Bancos e Investimentos Financeiros 1.606,0 4T11 2.088,2-23,1% Clientes 261,2 204,6 27,7% Imobilizado 7.305,1 7.074,4 3,3% Ativo Total 13.656,7 13.815,2-1,1% Fornecedores 399,1 431,8-7,6% Endividamento 5.492,8 5.579,4-1,6% Patrimônio Líquido 3.897,9 3.897,6 0,0% Dívida Líquida 3.886,9 3.491,2 11,3% EBITDA (12 Meses) 1.454,3 1.449,8 0,3% Dívida Líquida/EBITDA (12 Meses) 2,7 2,4 11,0% Dívida Líquida/Patrimônio Líquido 1,0 0,9 11,3% O volume da ALL Brasil aumentou 7,6% no, de 8.591 milhões de TKU no para 9.247 milhões de TKU, em função de (i) ganhos de participação de mercado, principalmente em commodities agrícolas, (ii) melhorias de produtividade, que permitiu que a companhia aumentasse o volume sem adição material de vagões e locomotivas e (iii) um crescimento marginal no segmento de produtos industriais. A receita líquida aumentou 3,8%, para R$613,1 milhões no, comparada a uma receita de R$590,5 milhões no, impulsionado pelo crescimento de volume e parcialmente compensado pela redução de 3,5% no yield médio. O EBITDA na operação brasileira aumentou 3,3% no, de R$295,1 milhões no para R$304,8 milhões, com uma queda marginal de 0.3 pontos percentuais na margem EBITDA, para 49,7%.

Tabela 14 - ALL Brasil 9.247 8.591 7,6% Receita Líquida 613,1 590,5 3,8% Tarifa média (R$/ mil TKU) 66,3 68,7-3,5% EBITDA 304,8 295,1 3,3% Margem de EBITDA 49,7% 50,0% -0,3% Resultados Página 11 de 29 O crescimento de volume deveu-se principalmente à melhoria de produtividade. Uma vez que no conseguimos (i) aumentar a produtividade das locomotivas e vagões em 7% e 9%, respectivamente, e (ii) melhorar em 2% o tempo de trânsito, impulsionado pelo corredor Mato Grosso-Santos. Adicionalmente, o consumo médio de diesel no Brasil continua melhorando, e alcançou 5,5 litros/ 000 TKB no, 1,9% menor do que no. Tabela 15 - Dados Operacionais no Brasil Transit Time Ferroviário (Horas) 65:58 67:03-1,6% Produtividade de Locomotivas (TKU's/ Locomotivas) 8.467,9 7.896,1 7,2% Produtividade de Vagões (TKU's / Vagões) 322,3 296,9 8,5% TKB (bilhões) 15,5 14,5 7,0% Consumo de Diesel (Litros/ '000 TKB) 5,5 5,6-1,9% Apesar do aumento de 7,6% no volume no Brasil, enfrentamos um cenário difícil de mercado no. As condições climáticas, especialmente na região sul do Brasil, foram piores do que originalmente previstas e a estimativa atual de safra indica uma redução de 7,1% na produção brasileira de grãos em nossa área de atuação em 2012, quando comparada a 2011. Excluindo a safrinha de milho, cuja colheita começará somente no início do 2S12, a produção total de grãos na região da ALL deverá cair 17,7%, principalmente nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, sendo parcialmente compensada por um aumento de safra de 7,5% no Mato Grosso. Neste cenário de mercado, os preços de frete no mercado spot caíram quando comparados ao. Durante o período de colheita, o preço do frete normalmente é impulsionado em função do aumento da demanda por transporte em todas as etapas da cadeia logística do segmento agrícola: (i) das fazendas até os armazéns no interior, (ii) nos fluxos de mercado interno e (iii) nos fluxos de exportação agrícola. Com a queda da safra, a pressão natural sobre os preços de frete no mercado spot durante a safra diminuiu. Segundo dados da Sifreca Sistema de Informações de Fretes (USP/Esalq), os preços de frete no mercado spot caíram 22,8% em média em comparação ao, quando ponderados pelo volume transportado pela ALL em cada corredor. Como 70% de nossa capacidade está fechada em contratos take-or-pay, estamos expostos aos preços de frete no mercado spot em aproximadamente 30% de nosso volume esperado. Ao longo de 2012, devemos enfrentar um cenário de mercado mais difícil do que em 2011. Entretanto, espera-se que a queda na demanda total de transporte e a pressão negativa de preço no mercado spot de frete sejam mais pronunciadas no 1S12, uma vez que espera-se que a safrinha de milho, que será colhida no começo do 2S12, será 38% maior do que em 2011. Avançamos bem em nossos projetos, já que começamos a operar nosso novo Terminal na cidade de Itiquira-MT (120km de Alto Araguaia). A construção do novo trecho até Rondonópolis continua de acordo com o cronograma, com conclusão prevista para o final do ano. No projeto Rumo, obtivemos a licença ambiental necessária para construir a primeira fase da duplicação da linha no Estado de São Paulo, entre Itirapina-SP e Santos. Adicionalmente, o mostrou novamente os fortes fundamentos de longo prazo do nosso negócio ferroviário. O volume ferroviário no Brasil continua crescendo mesmo em um cenário de mercado muito adverso, através de ganhos de participação de mercado. Portanto, quando o mercado se normalizar e a pressão negativa de preços desaparecer, recuperaremos nosso yield médio e nossa margem em uma base de volume maior. Operações Brasileiras Commodities Agrícolas O volume de commodities agrícolas aumentou 10,7% no, de 5.892 milhões de TKU no para 6.521 milhões de TKU, impulsionado por (i) ganhos de participação de mercado, especialmente no segmento de açúcar, e (ii) melhorias de produtividade, como não adicionamos frota materialmente em 2012. O crescimento de volume foi impulsionado por soja (crescimento de 63,9%) e farelo de soja (crescimento de 13,5%), parcialmente compensado por reduções no transporte de fertilizantes, açúcar, milho, trigo e arroz.

Resultados Página 12 de 29 Tabela 16 - Commodities Agrícolas (TKU milhões) Soja 4.297,1 2.622,0 63,9% Farelo de Soja 993,4 875,6 13,5% Fertilizantes 443,1 456,5-2,9% Açúcar 407,9 679,4-40,0% Milho 97,6 671,8-85,5% Trigo 239,6 467,1-48,7% Arroz 42,2 119,6-64,7% Outros 0,0 0,0 na Total 6.520,9 5.892,0 10,7% A receita líquida de Commodities Agrícolas aumentou 6,1%, de R$420,0 milhões no para R$445,7 milhões no, e o yield líquido, medido em R$/ 000 TKU, caiu 4,1% para R$68,4, fortemente impactado pela redução nos preços de frete no mercado spot. Como 70% de nossa capacidade está fechada em contratos take-or-pay, estamos expostos aos preços de frete no mercado spot em aproximadamente 30% de nosso volume esperado. O EBITDA em commodities agrícolas cresceu 5,1%, de R$220,5 milhões no, para R$231,7 milhões no, impulsionado pelo maior volume, mas parcialmente compensado pela queda de 0,5 pontos percentuais na margem EBITDA. Tabela 17 - Commodities Agrícolas 6.521 5.892 10,7% Receita Líquida 445,7 420,0 6,1% Tarifa média (R$/ mil TKU) 68,4 71,3-4,1% EBITDA 231,7 220,5 5,1% Margem de EBITDA 52,0% 52,5% -0,5% Commodities Agrícolas - Market Share por Porto A participação de mercado total nos portos em que operamos aumentou de 70% no para 76% no. No Porto de Santos, onde as exportações de açúcar caíram 60%, nossa participação de mercado saltou de 74% para 84%. 84% 74% 63% 66% 82% 79% 71% 68% 70% 76% Operações Brasileiras Produtos Industriais O volume de produtos industriais aumentou 1,0% no, de 2.699 milhões de TKU no para 2,726 milhões de TKU, impulsionado pelo crescimento de 18,5% nos fluxos intermodais, parcialmente compensado por uma redução de 12,1% nos fluxos puramente ferroviários. Apesar da recuperação de nosso histórico de crescimento em volumes intermodais, nossas operações puramente ferroviárias registraram uma queda de volume nos segmentos de construção civil e combustível. No, a produção industrial no Brasil apresentou uma leve recuperação quando comparada a 2011, dado que os incentivos governamentais e a melhoria das condições de mercado devem somente afetar o segmento a partir do 2T. Tabela 18 - Produtos Industriais 2.726 2.699 1,0% Receita Líquida 167,4 170,5-1,9% Tarifa média (R$ / mil TKU) 61,4 63,2-2,8% EBITDA 73,1 74,6-2,0% Margem de EBITDA 43,7% 43,7% -0,1% A receita líquida de Produtos Industriais caiu 1,9%, de R$170,5 milhões no para R$167,4 milhões no, e o yield líquido, medido em R$/ 000 TKU, caiu 2,8%, para R$61,4, impactado pela redução nos preços de frete no mercado spot. Apesar da pressão de preços de frete ter sido originada no segmento agrícola, grande parte do setor industrial não necessita ser atendida por ativos logísticos específicos, permitindo que os caminhões mudem frequentemente entre os mercados agrícola e industrial a procura das melhores condições. Como 70% de nossa capacidade está fechada em contratos take-or-pay, estamos expostos aos preços de frete no mercado spot em Santos Porto Paranaguá Porto São Francisco do Sul Porto Rio Grande TOTAL

Resultados Página 13 de 29 aproximadamente 30% de nosso volume esperado. O EBITDA registrou uma queda marginal de 2,0%, de R$74,6 milhões no para R$73,1 milhões no. Nos fluxos intermodais o volume aumentou 18,5% no, impulsionado principalmente por (i) siderúrgicos (crescimento de 66,6%), em função do crescimento no transporte de produtos de ferro entre Corumbá e o estado São Paulo, (ii) alimentos (crescimento de 38,8%), com um mercado de exportação favorável para açúcar ensacado e maior volume de arroz entre Rio Grande do Sul e São Paulo, e (iii) contêineres (crescimento de 9,8%), refletindo os volumes da Brado. O crescimento de volume foi parcialmente compensado pela redução de 24,6% em madeira, papel e celulose. Na unidade de produtos intermodais, ainda temos uma pequena participação de mercado e, no longo prazo, esperamos ver os fluxos intermodais respondendo por uma parcela cada vez maior do total dos fluxos industriais. Tabela 19 - Produtos Industriais Intermodais (TKU milhões) Siderúrgicos 570,1 342,1 66,6% Madeira, Papel e Celulose 248,2 329,1-24,6% Alimentos 243,1 175,1 38,8% Containers 265,2 241,6 9,8% Outros 46,5 71,1-34,6% Total 1.373,2 1.159,0 18,5% No segmento de produtos industriais puramente ferroviários, o volume caiu 12,1% no quando comparado a 2011, refletindo principalmente a queda de 23,1% no segmento de construção civil e a redução de 8,8% no volume de combustíveis. A redução no volume do segmento de construção reflete uma menor atividade industrial no mercado de material básico de construção. Em combustível, o menor transporte agrícola reduziu o consumo de diesel total, afetando nossos principais fluxos entre as refinarias e os centros de distribuição no interior. A alta participação de mercado que temos neste segmento nos torna suscetível ao desempenho do setor. Operações na Argentina Tabela 20 - Produtos Industriais Puro Ferro (TKU milhões) Combustível 1.054,3 1.155,9-8,8% Óleo Vegetal 22,0 24,5-10,0% Construção Civil 276,6 359,7-23,1% Total 1.352,9 1.540,0-12,1% Na Argentina, o trimestre foi novamente complicado em função das novas restrições à importação impostas pelo governo argentino, que levaram a uma redução dos volumes nos fluxos do Mercousul, entre Brasil e Argentina. Neste cenário, os volumes caíram 4,0%, para 718 milhões de TKU. O EBITDA aumentou 28,5%, de P$2,6 milhões no para P$3,4 milhões no, principalmente devido ao aumento de 32,7% na receita líquida e à estabilidade da margem EBITDA. Tabela 21 - ALL Argentina 718 748-4,0% Receita Líquida 45,7 36,1 26,6% Tarifa média (R$/ mil TKU) 63,7 48,3 31,9% EBITDA 1,4 1,1 22,5% Margem de EBITDA 3,0% 3,1% -0,1% Em Reais, a receita líquida da Argentina aumentou 26,6% no, de R$36,1 milhões no para R$45,7 milhões, e o EBITDA cresceu 22,5%, de R$1,1 milhão no para R$1,4 milhão no.

Resultados Página 14 de 29 RESULTADOS DA ALL OPERAÇÕES FERROVIÁRIAS Tabela 22 - ALL Operações Ferroviárias Receita Líquida 658,8 * 626,7 5,1% Custo dos Serviços Prestados (396,0) (366,2) 8,1% Brasil (351,2) (330,6) 6,2% Combustível (108,2) (104,6) 3,4% Agregados e Terceiros (15,9) (20,4) -21,8% Mão-de-Obra (54,9) (48,7) 12,7% Manutenção (17,0) (20,2) -15,6% Depreciação e Amortização (94,2) (87,8) 7,3% Outros Custos (43,1) (36,5) 18,1% Vagões (17,8) (12,4) 44,2% Argentina (44,8) (35,6) 25,7% SG&A/Outras Despesas (31,6) (32,1) -1,6% Equivalência Patrimonial (13,4) (10,1) 32,6% Lucro Operacional 217,9 218,3-0,2% Resultado Financeiro (233,1) (220,7) 5,6% IR/Minoritários/Outros 10,1 1,2 746,7% Lucro Líquido (5,2) (1,2) 313,8% Receita Líquida de Serviços * Resultados do são pro forma, como se a Brado e a Ritmo já tivessem sido criadas naquele período A receita líquida da ALL Operações Ferroviárias subiu 5,1%, passando de R$626,7 milhões no para R$658,8 milhões no, devido ao incremento de 3,8% na receita líquida da operação brasileira, que passou de R$590,5 milhões para R$613,1 milhões, e ao aumento de 26,6% na receita líquida da operação argentina, que cresceu de R$36,1 milhões para R$45,7 milhões. Custo dos Serviços Prestados O custo dos serviços prestados pela ALL Operações Ferroviárias aumentou de R$366,2 milhões no para R$396,0 milhões no, ou 8,1%, refletindo um incremento de 6,2% no custo dos serviços prestados na operação brasileira, que foi de R$330,6 milhões no para R$351,2 milhões no, e uma expansão de 25,7% no custo dos serviços prestados na Argentina, que passou de R$35,6 milhões para R$44,8 milhões. No Brasil, o custo foi impactado principalmente (i) pelo aumento de 3,4% no custo de combustíveis impulsionado pelo aumento de volume, (ii) pelo crescimento de 7,3% no custo de amortização e depreciação refletindo os investimentos na nossa malha, e (iii) o incremento de 44,2% no custo com o aluguel de vagões, em função do projeto Rumo. SG&A / Outras Despesas As despesas de vendas, gerais e administrativas/outras despesas da ALL Operações Ferroviárias caíram 1,6% ou R$0,5 milhão, de R$32,1 milhões no para R$31,6 milhões no. Equivalência Patrimonial A equivalência patrimonial da ALL Operações Ferroviárias aumentou 32,6% ou R$3,3 milhões, de R$10,1 milhões no para R$13,4 milhões no, impulsionado pelo aumento de 36,5% no Brasil. Resultado Financeiro O resultado Financeiro de ALL Operações Ferroviárias aumentou 5,6%, de R$220,7 milhões no para R$233,1 milhões no, composto por uma expansão de 4,7% no resultado financeiro das operações brasileiras e de 38,9% na Argentina. O resultado financeiro foi impactado pelo aumento na dívida líquida no Brasil e na Argentina, parcialmente compensado por menores taxas de juros no Brasil. Lucro Líquido Em consequência dos resultados comentados acima, o lucro líquido da ALL Operações Ferroviárias passou de um prejuízo de R$1,2 milhão no para um prejuízo de R$5,2 milhões no.

Resultados Página 15 de 29 Investimentos Os investimentos da ALL Operações Ferroviárias aumentaram de R$262,2 milhões no para R$283,5 milhões no, ou 8,1%, refletindo maiores investimentos no Brasil, de R$254,6 milhões no para R$273,4 milhões no, e na Argentina, de R$7,6 milhões no para R$10,1 milhões no. Os investimentos em expansão da operação brasileira subiram 4,5% no em comparação ao. Investimentos em manutenção, por sua vez, aumentaram 15,0% no mesmo período. Dentre os investimentos em expansão da ALL Operações Ferroviárias no Brasil, vale mencionar: (i) o Projeto Rondonópolis no valor de R$74,5 milhões e (ii) os investimentos em infraestrutura ferroviária no valor de R$90,4 milhões. Tabela 23 - Investimentos Manutenção 80,7 70,2 15,0% Expansão 192,6 184,4 4,5% Rondonópolis 74,5 75,1-0,8% Outras Expansões 118,1 109,3 8,1% Argentina 10,1 7,6 33,6% Total 283,5 262,2 8,1% Fluxo de Caixa O fluxo de caixa das atividades operacionais da ALL Operações Ferroviárias piorou de uma entrada de caixa de R$47,7 milhões no para uma saída de caixa de R$54,0 milhões no. A saída de caixa de investimentos aumentou, passando de uma saída de R$262,2 milhões no para uma saída de R$283,5 milhões, devido a maiores investimentos no Brasil. O fluxo de caixa de atividades financeiras mudou de uma saída de caixa de R$131,1 milhões no para uma saída de caixa de R$144,8 milhões no. A variação total de caixa mudou de uma variação negativa de R$345,5 milhões no para uma variação negativa de R$482,3 milhões no. Tabela 24 - Fluxo de Caixa Variação Lucro Líquido (base caixa) 94,5 95,9 (1,3) Capital de Giro (99,0) (48,7) (50,3) Variação em Outras contas Operacionais (49,5) 0,6 (50,1) Atividades Operacionais (54,0) 47,7 (101,7) Atividades de Investimento (283,5) (262,2) (21,3) Fluxo de Caixa Livre (337,5) (214,4) (123,0) Atividades de Financiamento (144,8) (131,1) (13,7) Variação do Caixa (482,2) (345,5) (136,7) Caixa Final 1.606,0 1.629,0 (23,0)

Resultados Página 16 de 29 ANEXOS DA ALL OPERAÇÕES FERROVIÁRIAS Tabela 25 - ALL Op. Ferroviárias - Fluxo de Caixa Lucro Líquido (Base Caixa) 94,5 95,9 Variação (1,3) Lucro Líquido (6,2) 0,5 (6,7) Depreciação e Amortização 113,4 103,8 9,6 Stock Options 5,4 7,7 (2,3) Variação Cambial e Encargos Financeiros (DRE-Caixa) (3,6) (8,3) 4,7 Impostos Diferidos (14,4) (7,8) (6,6) Variação de Capital de Giro (99,0) (48,7) (50,3) Clientes (57,5) (71,3) 13,8 Estoque (7,2) 4,0 (11,1) Fornecedores (32,6) 22,1 (54,7) Pessoal (1,7) (3,5) 1,8 Variação em Outras Contas Patrimoniais (49,5) 0,6 (50,1) Atividades Operacionais (54,0) 47,7 (101,7) Capex (208,9) (187,0) (21,9) Rondonópolis (74,5) (75,1) 0,6 Atividades de Investimento (283,5) (262,2) (21,3) Fluxo de Caixa Livre (337,5) (214,4) (123,0) Aumento de Capital / Recompra de ações 5,2 3,0 2,2 Dividendos e Juros sobre Capital Próprio 0,0 0,0 0,0 Captação 83,2 60,0 23,2 Amortizações / Pré-pagamentos (233,2) (194,1) (39,1) Atividades de Financiamento (144,8) (131,1) (13,7) Variação do Caixa (482,2) (345,5) (136,7) Caixa Inicial 2.088,2 1.974,5 113,6 Caixa Final 1.606,0 1.629,0 (23,0) Tabela 26 - Balanço da ALL Operações Ferroviárias 4T11 4T11 Ativo Circulante 2.479,1 2.873,9 Passivo Circulante 2.006,7 1.864,8 Caixa, Bancos e Investimentos Financeiros 1.606,0 2.088,2 Empréstimos/Financiamentos/Debêntures 879,3 684,9 Clientes 261,2 204,6 Fornecedores 399,1 431,8 Estoques 131,5 124,3 Impostos, taxas e contribuição 82,3 71,5 Tributos a recuperar 382,6 356,6 Arrendamento e Concessão 25,2 26,6 Outros valores a receber 97,9 100,3 Dividendos e juros sobre capital próprio 59,7 60,1 Salários e enc. Sociais e FGTS a recolher 57,7 83,3 Arrendamento Mercantil 250,0 235,1 Realizável a longo prazo 1.404,6 1.384,4 Outros valores a pagar 253,3 271,6 Arrendamento dos Contratos de Concessão 86,8 88,4 Depósitos Judiciais 354,3 351,9 Exigível a longo prazo 7.752,1 8.052,8 IR Diferido / Impostos a recuperar 889,4 888,7 Empréstimos/Financiamentos/Debêntures 4.613,5 4.894,5 Outros valores a receber 74,1 55,5 Provisão p/ conting. Trabalhistas 180,8 200,9 Arrendamento e Concessão 1.339,8 1.296,4 Arrendamento Mercantil 997,2 1.031,6 Permanente 9.773,0 9.556,8 Antecipações de créditos imobiliários 417,7 11,6 Investimentos 10,5 9,9 Outros valores a pagar 203,2 617,9 Intangível 2.457,4 2.472,6 Imobilizado 7.305,1 7.074,4 Patrimonio Líquido 3.897,9 3.897,6 Ativo Total 13.656,7 13.815,2 Passivo Total 13.656,7 13.815,2