CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SIMÕES LOPES NA CIDADE DE PELOTAS/RS

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Transcrição:

CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SIMÕES LOPES NA CIDADE DE PELOTAS/RS MIRANDA, Daiane de Freitas¹; ZORZI, Fernanda¹; CASTILHOS, Cristina Bossle de 2 ; PINHEIRO, Anelise Rizzollo de Oliveira 3 1 Acadêmicas do Curso de Nutrição Universidade Federal de Pelotas (UFPel) 2 Nutricionista Especialista em Saúde da Família UBS Simões Lopes 3 Professora Doutora Faculdade de Nutrição UFPel daianemiranda@hotmail.com 1. Introdução As condições de vida e saúde têm melhorado de forma contínua e sustentada na maioria dos países, no último século, graças aos progressos políticos, econômicos, sociais e ambientais, assim como aos avanços na saúde pública e na medicina (BUSS, 2000). Na saúde pública, a partir de 1991, começa a implantação do Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde (PNAS), pelo Ministério da Saúde (BORNSTEIN et. al, 2008). Esse programa ataca de maneira objetiva e direta os problemas cruciais da saúde, e o agente comunitário de saúde (ACS) atua como elo entre as necessidades de saúde das pessoas e o que pode ser feito para a melhoria das condições de vida da comunidade, visando contribuir para uma melhor qualidade de vida, investindo maciçamente na educação em saúde (LEVY et. al, 2004). Em 1994, o Ministério da Saúde cria o Programa Saúde da Família (PSF) possibilitando a integração e organização das ações de saúde em território definido. As equipes mínimas são compostas por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde, e esta interdisciplinaridade objetiva integrar conhecimentos disponíveis nos espaços de trabalho, nos espaços de formação, nos espaços de produção de conhecimento e nos espaços de construção de cidadania (BORNSTEIN et. al 2008). As Equipes Saúde da Família, em especial os ACS, têm um papel fundamental na promoção da saúde e da alimentação saudável na comunidade. Eles estimulam e orientam as mães e famílias sobre o valor do aleitamento materno, acompanham o crescimento e o desenvolvimento das crianças, identificando rapidamente aquelas com desnutrição, e também excesso de peso e, orientam sobre a importância da promoção da alimentação e nutrição adequadas para a saúde (BRASIL, 2007). No Brasil, ainda existe um grande número de famílias sem acesso a uma alimentação adequada, muitas vezes porque não têm renda suficiente para se manter com dignidade. Por outro lado, boas condições financeiras não garantem uma alimentação saudável, pois as escolhas alimentares são determinadas por muitos fatores, como preferências alimentares individuais,

pela disponibilidade dos alimentos no mercado e, também, pela influência do marketing das propagandas na televisão, bem como as questões culturais e religiosas (BRASIL, 2007). O presente trabalho de capacitação dos agentes comunitários de saúde é importante, pois oferece informações adequadas sobre nutrição e alimentação saudável, para que estes possam transmiti-las a todas as famílias atendidas pela Unidade Básica de Saúde, sendo um passo a mais em busca do Direito Humano à Alimentação Adequada através de estratégias para melhoria da qualidade de vida dessa população. 2. Objetivos O presente trabalho objetivou capacitar os Agentes Comunitários de Saúde da UBS Simões Lopes sobre nutrição e alimentação saudável, avaliar a capacidade do grupo em trabalhar esse assunto com os moradores das suas micro-áreas, além disso, traçar o perfil deles. 3. Metodologia O estudo foi desenvolvido com os 10 Agentes Comunitários de Saúde da Unidade Básica Simões Lopes na cidade de Pelotas/RS. As informações referentes à faixa etária, gênero e escolaridade se deram através da aplicação de um questionário. No encontro foi realizada a técnica do novelo de lã, para avaliar a interação dos participantes, a dinâmica de explosão de idéias, para analisar os conhecimentos prévios de alimentação saudável dos ACS, aulas conceituais sobre nutrição e alimentação saudável, gincana sobre os dez passos para uma alimentação saudável, a fim de saber se a proposta foi assimilada e a apresentação do vídeo da campanha arroz e feijão do Ministério do Desenvolvimento Social - MDS. Na finalização foram entregues materiais impressos e um brinde para cada ACS, com a finalidade de motiválos e para lhes mostrar o quanto seu trabalho é fundamental. 4. Resultados Durante a capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde da Unidade Básica de Saúde Simões Lopes na cidade de Pelotas/RS, que foi realizada no mês de julho do ano de 2009, estiveram presentes 10 ACS. A partir dos resultados obtidos no questionário observa-se que 100% dos ACS correspondem ao gênero feminino, compreendendo a faixa etária de 27 a 56 anos conforme ilustrado no gráfico 1. Observa-se que todas possuem a escolaridade mínima para assumir esse cargo, ou seja, ensino fundamental completo, sendo que 90% concluíram o ensino médio e 10% o ensino superior.

Gráfico 1 Demonstrativo de Idade dos Agentes Comunitários de Saúde da UBS Simões Lopes (2009). Os problemas encontrados pelos ACS em suas micro áreas são obesidade, alimentação no primeiro ano de vida, doença mental, mas principalmente, hipertensão e diabetes. Com a técnica do novelo de lã realizada no início do encontro, notou-se que já existia interação entre os ACS e os acadêmicos de enfermagem e nutrição. Através do cartaz elaborado segundo a dinâmica de explosão de idéias, observa-se o fato dos três grupos relacionaram, predominantemente, saúde e qualidade de vida, com alimentação saudável, além de uma alimentação fracionada, equilibrada, hipolipídica e o consumo de frutas e vegetais. É importante ressaltar a participação dos ACS durante a exposição dos conceitos, através de dúvidas pessoais e encontradas em sua rotina de trabalho e relatos de casos. Porém percebeu-se que muitos tinham conceitos errados, tais como que a ingestão, mesmo que pequena, de pão, massas e demais alimentos ricos em carboidratos, engordam; que permanecer grandes períodos de tempo sem ingerir alimentos ajuda na perda de peso; que refrigerante diet é saudável por não conter calorias e pode substituir a água; entre outros. Evidenciou-se uma boa assimilação dos dez passos para uma alimentação saudável, de acordo com as respostas referentes aos mesmos, as quais foram em sua totalidade respondidas de forma correta e bem argumentadas. Através de uma avaliação geral da capacitação dos ACS, verificou-se que a aceitação da proposta foi positiva, sendo esta considerada dinâmica, explicativa, de fácil compreensão e interativa abrangendo aspectos que se enquadram à realidade, o que é importante no auxílio à comunidade. Foram sugeridos mais encontros, abordando assuntos de aproveitamento integral de alimentos e dicas de alimentos mais acessíveis financeiramente para substituir outros de mesmo valor nutricional.

5. Conclusão O estudo mostrou a importância de atividades como esta, pois normalmente esses profissionais não recebem orientações prévias sobre alimentação e nutrição, embora já tivessem algum conhecimento sobre o assunto, essa falta de preparação os torna inseguros com o surgimento de dúvidas levantadas pelas famílias atendidas. Além disso, é notória a necessidade que estes possuem em sair de ambiente de trabalho, pois se demonstraram estimulados e valorizados durante todo encontro. A ênfase dessa capacitação foi dada aos ACS, devido a todas as suas atribuições, para que eles reconhecessem a importância social de seu trabalho e a necessidade de envolvimento com a comunidade e com os todos os profissionais da Unidade Básica de Saúde, uma vez que possuem grande influência sobre as famílias atendidas. Essa interação é imprescindível, pois nem sempre, um mesmo conhecimento técnico deve ser passado da mesma forma a todos que dele necessitam. É necessário saber adaptá-lo à realidade de cada indivíduo, à sua rotina e à sua capacidade de compreendê-lo de maneira que possa ser aplicado em algum aspecto de sua vida pessoal e profissional. 6. Referências BORNSTEIN, V. J.; STOTZ, E. N. Concepções que integram a formação e o processo de trabalho dos agentes comunitários de saúde: uma revisão da literatura. Ciênc. saúde coletiva v.13 n.1 Rio de Janeiro Jan./Fev. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual para os Agentes Comunitários de Saúde. Alimentação e Nutrição para as famílias do Bolsa Família. Brasília, Editora MS; 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Alimentação Saudável para todos: siga os 10 passos. Disponível : http://nutricao.saude.gov.br/documentos/passosadultos.pdf Acesso em: 21 de junho de 2009 BUSS, P. M. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência. saúde coletiva vol.5 no.1 Rio de Janeiro 2000. LEVY, F. M.; MATOS, P. E. S.; TOMITA, N. E. Programa de agentes comunitários de saúde: a percepção de usuários e trabalhadores da saúde. Cad. Saúde Pública v.20 n.1 Rio de Janeiro Jan./Fev. 2004.