PERFIL DA POPULAÇÃO DE UMA MICRO-ÁREA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO FACULDADE DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR
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- Silvana César Ferreira
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1 PERFIL DA POPULAÇÃO DE UMA MICRO-ÁREA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO FACULDADE DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR Daisy Cristina Rodrigues 1, Amanda Araldi 1, Gabriela seimetz 1, Sara Alves Ribeiro 1, Claudia Ross 2. INTRODUÇÃO: Através da vigilância da saúde é possível reunir informações para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história das doenças, bem como seus fatores condicionantes, detectando ou prevendo alterações dos mesmos, com a finalidade de recomendar medidas de prevenção e controle de determinadas doenças. Neste contexto, para a obtenção de informações destacam-se os sistemas de informação em saúde que possibilitam a análise da situação de saúde no nível local tomando como referencial micro regiões homogêneas e levando em conta, as condições de vida das populações na determinação do processo saúde-doença (BRASIL, 2005). O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) se caracteriza por um sistema de informação territorializado, que permite a coleta de dados para a construção de indicadores populacionais, referentes a áreas de abrangência bem delimitadas, cobertas pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde e Programa de Saúde da Família (BRASIL, 2000; BRASIL, 2005). Assim, através das informações obtidas a partir dos sistemas de informação em saúde podese verificar a distribuição dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde, em populações gerais e específicas, e a aplicação 1 Graduandas do Curso de Enfermagem - Unioeste Cascavel/PR Fone: (45) daisy_c.r@hotmail.com 2 Docente do Curso de Enfermagem - Unioeste Cascavel/PR Fone: (45) claudiross@gmail.com 1
2 destes resultados no controle de problemas de saúde (ANDRADE; SOARES; CORDONI Jr., 2001). OBJETIVOS: Esta pesquisa teve por objetivo conhecer o perfil da população de uma micro-área da Unidade Básica de Saúde do bairro Faculdade do município de Cascavel - PR a partir de dados registrados no SIAB. METODOLOGIA: Este estudo foi desenvolvido durante a elaboração de boletim epidemiológico como atividade de aula prática supervisionada da disciplina de epidemiologia e vigilância em saúde pelas graduandas do curso de graduação em enfermagem da Unioeste, no segundo semestre de 2009, sob supervisão da docente da disciplina. Tal boletim foi elaborado a partir de levantamento de dados dos registros do SIAB na UBS do bairro Faculdade. Para obtenção dos dados foi utilizada a ficha A do SIAB. Assim, inicialmente, foi elaborado instrumento para a coleta dos dados provenientes da ficha, contendo informações referentes à idade, sexo, ocupação, condições de moradia, saneamento básico, hábitos da família, condições de saúde. A coleta dos dados ocorreu no período de 16 de outubro de 2009 a 04 de novembro de Foram colhidos dados referentes a população com idade superior a 15 anos. Os dados obtidos foram analisados através de estatística simples de distribuição em freqüência relativa e absoluta. RESULTADOS: A análise dos dados e resultados aqui apresentados são relativos a população de uma micro área da UBS Faculdade, com idade superior a 15 anos. A maioria encontra-se na faixa etária entre 15 a 19 e 25 a 29 anos com 12,64% e 12,88%, respectivamente. As faixas com menor percentual são as de 85 a 89 e 95 a 99 anos com 0,23%. Quanto ao gênero, 56,2% pertencem ao feminino e 43,79% ao masculino, havendo predomínio do sexo feminino. Com relação à alfabetização observou-se que 87,11% declaram ser alfabetizados, 8,89% não alfabetizados e 3,98% não informados. De acordo com a ocupação verificou-se que a maioria eram estudantes (25,29%) e do lar (17,33%); Outras ocupações como, por exemplo, costureira, padeiro, professor representaram 27,86%. Com relação às condições de saúde da população foi possível detectar que a maioria, 61,73% apresenta hipertensão arterial seguido 2
3 de 13,04% diabetes. As condições de saúde menos encontradas foram trombose, distúrbio mental e AVC com 0,86%. A respeito dos serviços de saúde mais procurados pela população desta micro área para a resolução de problemas de saúde, 60,12% procuram a UBS, seguido de 21,47% o hospital e UBS juntos, 14,11% somente o hospital e por último 4,29% outros (benzedeiras etc.). Com relação a acesso a plano de saúde, 20,24% possuem plano de saúde, 76,68% não possuem e 3,06% não informados. Quanto às condições de moradia verificou-se que quanto ao tipo de casa, do total de 427 moradores, a maior parte 52,14% possui casa de madeira, seguida de casas de alvenaria com 39,63%, mistas com 9,81%, de material aproveitado 0,61% e não informados 0,61%. Com relação à energia elétrica, constatou-se que 93,25% possuem e 0,61% não tem energia elétrica, não informados totalizam 6,13%. Evidenciou-se quanto ao destino do lixo, que 98,77% da população utiliza o sistema de coleta de lixo, 0,61% queimam seu lixo e 0,61% não informado. Com relação ao saneamento básico, o tratamento de água no domicílio não é realizado em 71,77% destes, e somente 12,26% efetuam cloração da água. Tal resultado vem de encontro ao que também se verifica a seguir. Que 96,93% dos domicílios da micro área estudada têm abastecimento de água realizado pela rede pública, e somente 3,06% destes obtém água por outra vias. Quanto ao destino de dejetos humanos, 95,7% possui fossa asséptica e apenas 4,29% destes domicílios rede esgoto. A respeito do acesso aos meios de comunicação, observou-se que o mais utilizado é a televisão com 98,03%, seguido de televisão e rádio com 30,67%. O meio de comunicação menos utilizado foi a televisão associada ao telefone, com 1,84%. Com relação aos meios de transporte mais utilizados pela população verificou-se que com 57,05% desta utiliza o ônibus, seguido do carro com 23,31%. Quanto à participação em grupos na comunidade, observou-se que 68,71% participam de grupos religiosos, seguido de 21,47% que não participam de nenhum grupo. CONCLUSÕES: A partir da análise dos dados provenientes da micro área estudada foi possível conhecer o perfil da população acima de 15 anos de idade, adscrita a UBS do bairro Faculdade do município de Cascavel/PR Esta 3
4 população é jovem, com a maioria dos indivíduos na faixa etária entre 15 a 19 e 25 a 29 anos, com predomínio do sexo feminino, alfabetizada, com ocupação predominante de estudantes e do lar. Com relação às doenças que acometem essa população acima de 15 anos destacam-se a hipertensão e o diabetes. A população quando necessita de cuidados relacionados à saúde recorre a UBS, o que reafirma o papel da mesma como porta de entrada do Sistema de Saúde. As residências do bairro são em sua maioria de madeira, com energia elétrica, coletas de lixo, distribuição de água tratada, porém sem sistema de rede de esgoto. O principal meio de transporte utilizado por essa população é o ônibus. E a televisão também se revelou como o principal meio de comunicação utilizado pela população. Já os grupos religiosos caracterizam-se como o principal espaço de participação destes indivíduos na comunidade. Mediante o perfil desta população, o planejamento das ações de saúde pelos profissionais, pode visar à promoção da saúde e prevenção de agravos, através de ações voltadas para a saúde do adulto jovem, bem como a prevenção de doenças crônicas degenerativas. Além disso, os profissionais podem buscar apoio para as ações de promoção e prevenção de agravos à saúde junto aos meios de comunicação e grupos religiosos da comunidade. Vale ressaltar que com este trabalho também foi possível verificar que os dados obtidos através de Sistemas de Informação em Saúde, são de extrema importância aos profissionais da saúde, pois estes podem contribuir para o conhecimento dos níveis de saúde da população e fornecer subsídios para os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de atenção à saúde dos diversos segmentos populacionais. REFERÊNCIAS ANDRADE SM, SOARES DA, CORDONI Jr L. (Org.) Bases da Saúde Coletiva. Londrina: UEL, BRASIL. Ministério da Saúde. SIAB: Manual do Sistema de Atenção Básica. 3 ed. Brasília: Ministério da Saúde, Disponível em: 4
5 < Acessado em 24/07/09. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6 ed. Brasília: Ministério da Saúde, Disponível em: < Acessado em 13/03/09. 5
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