AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE AULA 5
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- Maria da Assunção Lage Sacramento
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1 AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE AULA 5
2 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
3 Atenção Primária à Saúde e/ou Atenção Básica No Brasil, observa-se mudanças na concepção de APS desde a NOB 1996: Responsabilização dos governos municipais pela Atenção Básica; Institui o Piso de Atenção Básica (PAB) repasse fundo a fundo per capita (R$23,00 habitante/ano) e incentivos financeiros para o Programa de Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). A Atenção Básica é um conjunto de ações, de caráter individual e coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação. (MS, 1996)
4 Programa Saúde da Família (PSF) PSF Implantação inicial como mais um programa voltado para extensão de cobertura assistencial; Características de seletividade nos serviços ofertados e focalização ao priorizar populações em situação de maior risco social (programa para pobres?); A partir de 1997: estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde, visando reorientar o modelo assistencial e imprimir uma nova dinâmica na organização dos serviços e ações de saúde; Gradualmente foi ganhando importância na Política Pública de Saúde Nacional.
5 Pactos pela Saúde Atenção básica é entendida como um conjunto de ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação de saúde nos âmbitos individual e coletivo realizadas por meio de trabalho em equipe e dirigidas a populações de territórios delimitados (MS, 2006). Saúde da Família assumida como estratégia prioritáriacentralidade na família e direcionada para a comunidade.
6 Equipe Saúde da Família (ESF) Unidade de Saúde da Família (USF) porta de entrada preferencial ao sistema local e ordenadora dos demais serviços A ESF deve: conhecer as famílias do seu território de abrangência; identificar os problemas de saúde e as situações de risco existentes na comunidade; elaborar programação de atividades para enfrentar os determinantes do processo saúde/doença; desenvolver ações educativas e intersetoriais relacionadas com os problemas de saúde identificados; prestar assistência integral às famílias sob sua responsabilidade no âmbito da Atenção Básica.
7 Princípios da ESF Caráter substitutivo ao modelo assistencial de APS no país: programas de saúde pública atendimento à demanda espontânea Universalidade Integralidade Equidade Intersetorialidade: trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins territorialização adscrição de clientela equipe multiprofissional demanda estruturada responsabilização e vínculo: participação na dinâmica social das famílias assistidas e da comunidade participação social - participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação das ações
8 Objetivos da ESF Possibilitar ações de prevenção de doenças, promoção da qualidade de vida e recuperação da saúde das pessoas de forma integral e contínua. Gerar práticas de saúde que integrem ações individuais e coletiva.
9 Como cumprir os objetivos? Criando vínculos de co-responsabilidade entre profissionais de saúde e população, facilitando a identificação e o atendimento aos problema de saúde da comunidade. Utilizando o enfoque de risco como método de trabalho, visando adequação de recursos às necessidades locais.
10 O que exige para funcionar? Profissional com visão sistêmica e integral do indivíduo, da família e da comunidade na qual esta família está inserida. Prática humanizada, competente e resolutiva. Permanente interação com comunidade, mobilizando-a e estimulando sua participação.
11 COMO SE ESTRUTURA O PSF? Territorialização e cadastramento da clientela. Mapeamento da área de atuação. Ampliação/facilitação do acesso. Acolhimento e vínculo. Estratificação de risco. Trabalho em equipe multiprofissional. Resolutividade.
12 TERRITORIALIZAÇÃO E CADASTRAMENTO DA CLIENTELA Área de abrangência previamente definida. Cadastramento e o acompanhamento da população adscrita a esta área. Uma equipe se responsabilizará preferencialmente por até pessoas. ACS: até 750 pessoas.
13 SIAB FICHA A Cadastramento das famílias
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15 MAPEAMENTO DA ÁREA Trabalhar com território implica em um processo de coleta e sistematização de dados demográficos, socioeconômicos, políticos culturais, epidemiológicos e sanitários, identificados por meio do cadastramento e devem ser interpretados e atualizados periodicamente pela equipe. O mapa é um desenho que representa no papel o que existe naquela localidade e é uma ferramenta indispensável para o trabalho da equipe.
16 MAPEAMENTO DA ÁREA Marcar barreiras geográficas que dificultam o caminho das pessoas até os serviços de saúde; Conhecer a realidade da comunidade e planejar como resolver os problemas de saúde com mais eficácia; Planejar e otimizar as visitas domiciliares; Identificar com símbolos situações de risco; Identificar com símbolos os grupos prioritários: gestantes, crianças, idosos, hipertensos, diabéticos, pessoas acamadas, pessoas com deficiência, usuário de drogas, pessoas com hanseníase ou tuberculose.
17 EXEMPLO DE MAPA
18 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL Equipe mínima: 1 Médico. 1 enfermeiro. 1 auxiliar de enfermagem. Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Outros profissionais podem ser incorporados às equipes ou formar equipes de apoio. Saúde Bucal NASF
19 PROCESSO DE TRABALHO EM USF Trabalho em equipe. Organização da demanda. Atenção domiciliar. Grupos operativos. Educação permanente em saúde. Alimentação e análise de banco de dados (SIAB).
20 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE Conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e epidemiológicas. Identificar os principais problemas de saúde e situações de risco aos quais a população que ela atende está exposta.
21 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, organizada ou espontânea: Na USF. Na comunidade. No domicílio. Acompanhar atendimento nos serviços de referência ambulatorial ou hospitalar.
22 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para enfrentar os determinantes do processo saúde-doença. Desenvolver ações educativas e intersetoriais para enfrentar os problemas de saúde identificados.
23 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO Realizar consultas na unidade de saúde. Assistir pessoas que necessitem de cuidados de enfermagem, no domicílio. Supervisionar o trabalho do Agente Comunitário de Saúde e do Auxiliar de Enfermagem.
24 ATRIBUIÇÕES DO ACS Realizar mapeamento de cada micro-área. Cadastrar as famílias. Visitar cada domicílio pelo menos um vez por mês. Estimular a comunidade para práticas que proporcionem melhores condições de saúde e de vida. Fazer a ligação entre as famílias e o serviço de saúde.
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26 ORGANIZAÇÃO DA DEMANDA Desafogar unidade de demanda espontânea: Organizando fluxo de demanda. Fazendo abordagem coletiva de grupos humanos prioritários. Monitoramento de doenças crônicas. Elaboração de protocolos clínicos e de consulta de enfermagem.
27 ATENÇÃO DOMICILIAR Permite monitoramento da situação de saúde de cada família. Realizada cotidianamente pelo ACS. Resultado de cada visita é encaminhado à equipe para condução de casos. Consultas médicas e de enfermagem são então agendadas. Pacientes com dificuldade de locomoção. Grupos de risco.
28 GRUPOS OPERATIVOS Organizado a partir da lógica de: Ciclos de vida: Adolescentes, gestantes, idosos... Patologias referidas: Hipertensão, diabetes... Tem por objetivo permitir expressão de sentimentos e trocas de experiências ou vivências.
29 GRUPOS OPERATIVOS Não é simples. Deve utilizar elementos da cultura local. Mobilizar e sensibilizar comunidade sobre cuidados de saúde e situações que com ela interferem: Saneamento. Alcoolismo e drogas. Práticas de exercícios...
30 METODOLOGIA PARA GRUPOS OPERATIVOS Teatro, vídeos, literatura de cordel. Gincanas, programas de rádio. Grupos de auto ajuda. Oficinas ou dinâmicas de grupo. Trabalhos artesanais. Mutirões, passeatas. Caminhadas. Bailes.
31 RESULTADOS ESPERADOS Prestar atendimento de bom nível. Evitar internações desnecessárias. Impacto nos indicadores de saúde. Resolubilidade de 85% dos problemas de saúde em sua comunidade. Melhorar a qualidade de vida da população por ela assistida. Satisfação de usuário e profissionais.
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