Dermatopolimiosite juvenil: relato de caso Juvenile Dermatopolymyositis: case report

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Transcrição:

Dermatopolimiosite juvenil: relato de caso Juvenile Dermatopolymyositis: case report Fernanda Coimbra Pereira 1 Camila Makino Rezende 1 Samoara V. Correa Barbosa 1 Edirlene Doroti Wisniewski 1 Hirofumi Uyeda 2 Marcos Antônio da Silva Cristovam 3 Trabalho realizado no Curso de Medicina da Universidade Oeste do Paraná (UNIOESTE). 1. Estudantes do sexto ano do curso de Medicina da UNIOESTE. 2. Professor da disciplina de dermatologia do curso de Medicina da UNIOESTE. 3. Professor coordenador do internato de Pediatria da UNIOESTE. R e s u m o A dermatopolimiosite juvenil (DPMJ) é uma doença sistêmica rara de etiologia desconhecida. Ela afeta primariamente pele e músculos, determinando fraqueza muscular proximal simétrica e rash cutâneo característico, como o eritema heliótropo e as pápulas de Gottron. O diagnóstico se baseia em critérios clínicos, laboratoriais (alteração de enzimas musculares), anatomopatológicos e característica de doença miopática na eletroneuromiografia. O tratamento atual se baseia no uso de corticoterapia associada ou não a outros agentes imunossupresores. Neste relato os autores discutem as características clínicas, diagnóstico e tratamento de um caso típico de DPMJ. Descritores: Dermatopolimiosite juvenil; Miosite; Polimiosite. Pereira FC, Rezende CM, Barbosa SVC, Wisniewski ED, Uyeda H, Cristovam MAS. Dermatopolimiosite juvenil: relato de caso. Rev. Med. Res. 2011; 13 (2) 122-126. I N T R O D U Ç Ã O A dermatopolimiosite juvenil (DPMJ) é uma desordem sistêmica de etiologia presumivelmente autoimune que afeta primariamente pele e músculos, mas que pode afetar outros órgãos. Trata-se de uma doença rara, com uma incidência de 2,5-4,1 casos por milhão de crianças nos Estados Unidos, e 1,9 casos por milhão de crianças no Reino Unido. (1) Afeta principalmente indivíduos entre 5 e 14 anos e idade, com predomínio no sexo feminino. É a principal miopatia inflamatória idiopática (85% dos casos) encontrada na faixa etária pediátrica. (2) A DPMJ leva a um quadro clássico de fraqueza muscular proximal simétrica e lesões cutâneas características, como o eritema heliótropo e as pápulas de Gottron. Além do quadro clínico, alterações laboratoriais (enzimas musculares, principalmente), anatomopatológicas e eletroneuromiográficas reforçam o diagnóstico. (3) O curso clínico é variável e correlaciona-se com a severidade da vasculopatia. A maioria das crianças apresenta um curso não-progressivo, com duração de meses e remissão completa, podendo ocorrer exacerbações com remissões parciais. Outros, apresentam a forma crônica ou persistente com duração de anos. (1) Em meados de 1960, após a introdução do uso da corticoterapia, a mortalidade diminuiu drasticamente para menos de 10%. Desde então os corticoides são a base do tratamento, podendo ser ou não associados a imunossupressores (como metotrexate, azatioprina e ciclosporina). Nas últimas três décadas, o índice de morbimortalidade se manteve abaixo dos 2-3% graças ao maior refinamento no tratamento da dermatopolimiosite juvenil. (1) 1

O objetivo da apresentação do caso é a raridade da doença e a manifestação clínica dermatológica exuberante. R E L A T O D O C A S O M.G.S, feminino, 9 anos, há um ano eritema generalizado (figura 1), fraqueza muscular proximal simétrica (força grau quatro em MMII), eritema heliótropo, pápulas de Gottron (figura 2), poliartralgia difusa e alopecia. Na entrada, enzimas musculares sem particularidades, VHS e PCR aumentados, IgA dentro da normalidade. FAN e anti-jo negativos. Biópsia de pele demonstrou dermatite de interface vacuolar (figura 3). Em músculo deltoide, miosite crônica à mononucleares (figura 4). Eletroneuromiografia de MMII evidenciou potenciais sugestivos de miopatia crônica. Após pulso de metilprednisolona, prednisona 1 mg/kg e uma dose de imunoglobulina humana EV, evoluiu com melhora clínica parcial. D I S C U S S Ã O A dermatopolimiosite juvenil corresponde a aproximadamente 5% das visitas anuais dos grandes Centros de Reumatologia pediátrica. Ocupa o quarto lugar entre as doenças reumatológicas, perdendo apenas para a febre reumática, artrite reumatoide juvenil e lúpus eritematoso sistêmico. (4) A predominância no sexo feminino vem sendo descrita em doenças reumáticas da infância, com cerca de 2,8 meninas para cada menino no que diz respeito a DPMJ. (2) Os critérios diagnósticos propostos por Bohan e Peter em 1975 incluem: (1) fraqueza muscular proximal simétrica, (2) evidência de miopatia inflamatória crônica na biópsia muscular, (3) elevação dos níveis séricos de enzimas de lesão muscular, (4) eletroneuromiografia com padrão de miosite, e (5) características de rash cutâneo (rash malar, eritema heliótropo e pápulas de Gottron). Para que o diagnóstico seja definido, são necessários três dos primeiros quatro critérios somados ao quinto critério. Um caso provável possui dois dos quatro primeiros e mais a alteração cutânea. (5) A paciente descrita apresenta todos os critérios, confirmando o diagnóstico de DPMJ, mesmo com enzimas musculares alteradas de forma discreta. Os sinais e sintomas dermatológicos mais comuns são em ordem decrescente de frequência: pápulas de Gottron (81%), rash facial (71%), eritema heliótropo (57%) e eritema de extremidades (49%). (6) Em exames laboratoriais, é comum o achado de enzimas de lesão muscular elevadas (LDH, CPK, aldolase, TGO e TGP) (6). Além disso, mais atualmente foi relatada a relação entre o acometimento pulmonar e a presença do anticorpo anti-jo 1 positivo na dermatomiosite do adulto. Em estudo realizado pela equipe da USPMS, em 2002, com 35 pacientes infantis demonstrou tal anticorpo negativo em todos os pacientes, corroborando com relatos prévios da rara positividade do anti-jo 1 na faixa pediátrica. (2) Na histopatologia, os achados da DPMJ são essencialmente os mesmos da dermatopolimiosite do adulto. Correspondem níveis variáveis de inflamação crônica muscular, com necrose de fibras, vasculite, infartos musculares e atrofia perifascicular (muito característico, mas não patognomônico). (7) Nem sempre há relação entre o grau de lesão muscular na biópsia, intensidade do processo inflamatório e nível sérico de CPK. (2) 2

Na eletroneuromiografia (ENMG), o padrão miopático prevalece, sendo caracterizado por potenciais de curta duração, baixa amplitude, unidades polifásicas durante movimento voluntário e aumento da atividade espontânea com fibrilações, e ondas positivas. Padrão normal na ENMG pode ser encontrado, correlacionado na maioria das vezes ao início da doença. (3) Não há protocolo de tratamento estabelecido pelo mundo; as medidas terapêuticas tem sido baseadas na experiência individual de cada médico. Atualmente o uso de corticóides (via oral, ou até em pulsos) é a medida mais amplamente aceita, combinada ou não a outros imunossupresores, como a azatioprina, ciclosporina A, hidrozicloroquina e metotrexate. (6) O tratamento com corticoides melhora o prognóstico. A taxa de mortalidade é reduzida de 33% para cerca de 10%. A resistência ou dependência dessas drogas corresponde à primeira indicação do uso dos outros imunossupressores. E a avaliação da eficácia desses últimos ainda é difícil, uma vez que não há trials controlados no tratamento da DPMJ. (8) A maioria dos autores concorda que o diagnóstico precoce e o tratamento agressivo também precoce resultam em redução da mortalidade e do aumento na recuperação da capacidade funcional dos pacientes. (9) C O N C L U S Ã O A DPMJ é uma doença sistêmica, lesando preferencialmente pele e músculos, determinando intensa incapacidade funcional. O diagnóstico pode ser feito somando-se características clínicas (fraqueza muscular associada rash e lesões cutâneas características), laboratoriais (elevação enzimas de lesão muscular-cpk, LDH, aldolase, TGO/TGP), histopatológicas (necrose fibras, atrofia perifascicular, entre outras) e eletroneuromiográficas (miosite crônica). Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado (corticosteroides com o sem imunossupressores), em geral a resposta é excelente, diminuindo a mortalidade, tornando o prognóstico mais favorável. FIGURA 1: Eritema em joelhos bilateralmente 3

FIGURA 2: Pápulas de Gottron em articulações metacarpofalangeanas proximais e distais. FIGURA 3: Biopsia de pele à coloração de PAS demonstrando dermo-epidermite, padrão dermatite de interface vacuolar, grau mínimo. FIGURA 4: Biópsia de m. deltóide demonstrando miosite crônica à mononucleares, de caráter focal. 4

A b s t r a c t Dermatomyositis (JDM) is a rare multisystem disease, whose etiology is unknown. It primarily affects skin and muscles causing muscle weakness, and characteristic cutaneous rash, as heliotrope and Gottron s papulae. The aim of this report is to present a patient with JDM. The authors discuss clinical presentation, diagnosis and treatment. Key words : Juvenile Dermatomyositis; Myositis; Polymyositis. R E F E R Ê N C I A S 1. Raveli A, Trail L, Ferrari C, Ruperto N, Pistorio A, Pilkington C, et al. Long term outcome and prognostic factores of juvenile dermatomyositis: a multinational, multicenter study of 490 patients. Arthritis Care Res (Hoboken). 2010 Jan 15;62(1):63-72. 2. Sallum AM, Kiss MH, Sachetti S, Resende MB, Moutinho KC, Carvalho Mde S, Silva CA, Marie SK. Juvenile dermatomyositis: clinical, laboratorial, histological, therapeutical and evolutive parameters of 35 patients. Arq Neuropsiquiatr. 2002 Dec;60(4):889-99. 3. Scola RH, Werneck LC, Prevedello DM,Toderke EL, Iwamoto FM. Diagnosis of dermatomyositis and polymyositis: a study of 102 cases. Arq Neuropsiquiatr. 2000 Sep;58(3B):789-99. 4. Sogabe T. Dermato/polimiosite juvenil: estudo das características clínico-laboratoriais em 40 crianças [Dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1993. 5. Bohan A, Peter JB. Polymyositis and dermatomyositis (first of two parts). N Engl J Med. 1975 Feb 13;292(7):344-7. 6. Chiu SK, Yang YH, Wang LC, Chiang BL. Ten-year experience of juvenile dermatomyositis: a restrospective study. J. Microbiol Immunol Infect. 2007 Feb;40(1):68-73. 7. Calore EE, Cavaliere MJ, Perez NM. Muscle pathology in juvenile dermatomyositis. São Paulo Med J. 1997 Sep-Oct;115(5):1555-9. 8. Cassidy JT, Petty RE. Juvenile dermatomyositis. In: Cassidy JT, Petty RE (Eds.). Textbook of pediatric rheumatology. 3ª ed. Philadelphia: Saunders; 1995. p.323-364. 9. Sullivan DB, Cassidy JT, Petty RE. Dermatomyositis in the pediatric patient. Arthritis Rheum. 1977 Mar;20(2 Suppl):327-31 Recebido em: 20/10/2010 Aprovado em: 30/11/2010 Fonte de financiamento: Nenhum Conflito de interesses: Nenhum Correspondências: Marcos Antonio da Silva Cristovam Rua: João de Matos, 1145, bloco B, apto. 09 Coqueiral - Cascavel PR CEP 85807-530 E-mail: ma.cristovam@uol.com.br 5