Influenza A (H1N1). João Pedro Monteiro (Colégio de São Bento) Orientador: André Assis Medicina UFRJ

Documentos relacionados
Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, 2009

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 36 de 2009

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 31 de 2009

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 32 de 2009

NOTA TÉCNICA. Coleta, Acondicionamento e Transporte de Material para Diagnóstico de Influenza. ALERTA Recife, 15 de Maio de 2013.

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, 2009 APRESENTAÇÃO

Vigilância da Influenza A (H1N1)

Orientações sobre a gripe suína (Influenza A / H1N1)

CENTRO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A SITUAÇÃO DA INFLUENZA NO RS 24/06/11

ALERTA AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

NOTA TÉCNICA Nº 01/2014- SUVIGE/CPS/SESAP-RN

GRIPE INFLUENZA TIPO A H1N1. Prefeitura Municipal de Campinas Secretaria Municipal de Saúde Coordenadoria de Vigilância em Saúde

Silvia Viana e Márcia Danieluk Programa Nacional de Imunização Departamento de Vigilância Epidemiológica. -março de

SECRETARIA SECRET MUNICIP ARIA

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DE PACIENTES COM DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA PARA A REDE DE SAÚDE DE RIO CLARO Versão II 12/08/2009

Vigilância de Influenza no Município de São Paulo

Influenza A H1N1: Manejo do paciente Vigilância Epidemiológica Biossegurança

Informe técnico XXIX Influenza A (H1N1)

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

Gripe H1N1: o que é, sintomas, tratamentos e como prevenir

Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 09 de 2016

Vigilância de síndrome respiratória aguda

NOTA TÉCNICA. Vigilância da Influenza ALERTA PARA A OCORRÊNCIA DA INFLUENZA E ORIENTAÇÃO PARA INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE E PREVENÇÃO

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

PREFEITURA MUNICIPAL DE TEOFILÂNDIA Fundo Municipal de Saúde de Teofilândia DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA EM SAÚDE

Influenza A/H1N1: cenário atual e novos desafios Influenza A/H1N1: current scenario and new challenges

[GRIPE (INFLUENZA A) SUÍNA]

Epidemiológico. Informe. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 14 de 2016

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública

Ocorrências de casos humanos de influenza suína no México e EUA Informe do dia , às 13h

SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Influenza A (h1n1)

Seguem os números da gripe no Estado do Mato Grosso do Sul, considerando os três tipos de vírus de maior circulação (Influenza A, H1N1, Influenza A

Informe Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 12 de 2016

Epidemiológico. Informe. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 13 de 2016

FLUXOGRAMA PARA COLETA DE H1N1 E COQUELUCHE COQUELUCHE. A coleta deverá ser realizada pelo corpo técnico de enfermagem da unidade do HU/UFSC;

INFLUENZA A: H1N1 INTRODUÇÃO. O vírus influenza pertence à família Orthomyxoviridae, tendo no seu genoma o RNA;

CONTEÚDO INFORMATIVO RÁDIO PEDAGÓGICA

Ministério da Saúde Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza

NOTA DE ALERTA SARAMPO

INFLUENZA: PREPARAÇÃO PARA A TEMPORADA 2016

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Secretaria da Saúde

INFLUENZA. Cinthya L Cavazzana Médica Infectologista COVISA/CCD

Boletim Informativo INFLUENZA

GRIPE PERGUNTAS E RESPOSTAS

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública

Características dos casos notificados de Influenza A/ H1N1

Informe Epidemiológico Influenza Semanal

Informe Epidemiológico Influenza Semanal

Influenza Humana e Aviária: riscos associados e estratégias de enfrentamento

Influenza A H1N1. Gripe suína. Maria Vicencia Pugliesi Núcleo de Epidemiologia CMS Heitor Beltrão Hospital do Andaraí

Informe Técnico Sarampo e Rubéola

Informe Epidemiológico Influenza Semanal

Assunto: Procedimentos a serem adotados para a vigilância da Febre do vírus Zika no Brasil

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Influenza: julho COVISA - Campinas

DIRETORIA REGIONAL DE SAÚDE DE... NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E IMUNIZAÇÃO DE...

PROTOCOLO DE INDICAÇÕES PARA O USO DO OSELTAMIVIR Atualização em 25/05/10

Informe técnico XXXI Influenza A/H1- NOVO SUBTIPO

Boletim semanal de Vigilância da Influenza/RS Semana epidemiológica 37/2016

Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional ESPII. Ocorrências de casos humanos na América do Norte Informe do dia

1. Aspectos Epidemiológicos

NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 01/2015

A r g avo v s o s Ep E i p de d m e i m ol o óg ó i g co c s CON O CEI E T I OS DOE O N E ÇA

Posição da Academia Nacional de Medicina frente a epidemia de influenza A(H1N1)

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza

Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional ESPII. Ocorrências de casos humanos na América do Norte Informe do dia

Boletim Epidemiológico - Influenza

Informe Técnico - SARAMPO nº4 Atualização da Situação Epidemiológica

Pandemia de Gripe, Lições em Saúde Pública. Margarida Tavares

Situação epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1), no Pará, semanas epidemiológicas 1 a 43 de 2009.

Informe Epidemiológico Influenza

É uma doença respiratória aguda, causada pelo vírus A (H1N1).

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública

Informe Técnico Sarampo e Rubéola

ESTRATÉGIA DE ASSISTÊNCIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SINDROME GRIPAL HC-FMUSP

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010

INSTRUÇÕES PARA O USO DO OSELTAMIVIR EM INFLUENZA MAIO 2014

Guia de Serviços Atualizado em 30/04/2019

Gripe. (Aspectos Epidemiológicos. gicos) Prof. Doutor Saraiva da Cunha. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Gabinete Permanente de Emergências de Saúde Pública

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Medidas de precaução

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E MANEJO CLÍNICO DA INFLUENZA

MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A INFECÇÃO PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1) Por Amélia Maria Ribeiro de Jesus*

INDICAÇÕES PARA USO DO FOSFATO DE OSELTAMIVIR (TAMIFLU )

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA PANDÊMICA (H1N1) PROTOCOLO - 01

Informe Epidemiológico Influenza

HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza

Informe Epidemiológico Influenza

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Influenza (gripe) 05/07/2013

SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR INFLUENZA Dr. Mauricio F. Favaleça Infectologista CRM/SP

Informe Técnico sobre a gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1

Orientações para resposta a surto de Gripe Pandémica A (H1N1)

Transcrição:

Influenza A (H1N1). João Pedro Monteiro (Colégio de São Bento) Orientador: André Assis Medicina UFRJ Éuma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1) que normalmente provoca surtos de gripe entre os suínos. Este novo subtipo do vírus da influenza étransmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Em 24 de abril, a partir das análises das amostras colhidas de casos de síndrome gripal notificados pelos Governos do México e dos Estados Unidos da América foi identificado um novo subtipo do vírus de influenza A(H1N1), classificada como (A/CALIFORNIA/04/2009), que não havia sido detectada previamente em humanos ou suínos.

Definição -O que éinfluenza A (H1N1)? -O que significa H1N1? Hemaglobulina 1 e Neuraminidase 1. Existem vários números, dependendo do tipo de vírus. -Qual a diferença entre a gripe comum e a influenza A (H1N1)? Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem. -Esse vírus influenza A (H1N1) émais violento e mata mais do que o normal?

Transmissão e medidas de prevenção - Como ocorre a transmissão? -Quando infectada, por quanto tempo uma pessoa com o vírus da nova gripe transmite a doença? Cerca de 48h (PI) antes até7 dias (adulto)/14 dias 9 (crianças) após o início do quadro -Por que a doença atinge mais os jovens????? - É preciso usar máscara em lugares de grande circulação, para evitar o contágio? -Épossível ser infectado com a influenza A (H1N1) enquanto estácom gripe comum? Não.

Uma pessoa pode ter influenza mais de uma vez? Sim, mas não causada pelo mesmo subtipo de vírus e nem em um curso espaço de tempo. -A pessoa que teve influenza cria imunidade ao vírus? -Qual a influência das estações do ano na disseminação do vírus? -Qual a especificação da máscara a ser utilizada? Pode-se usar a comum ou a N95? Deve-se passar esta informação ao cidadão? - A pessoa assintomática pode transmitir o vírus? Sim. - Quanto tempo o vírus resiste fora do organismo? O vírus resiste de 24 horas a 72 horas fora do organismo.

4. Medidas de biossegurança(anvisa) -O novo vírus influenza A (H1N1) étransmitido às pessoas mediante o consumo de carne de porco processada ou de outros produtos alimentícios? -Quais cuidados os serviços de alimentação devem adotar durante a manipulação alimentos, inclusive da carne de porco? Para que o cozimento seja adequado, a temperatura de 70 C tem que ser atingida em todas as partes dos produtos. As carnes devem perder a aparência rosa ou o aspecto sangrento. preparados devem ser mantidos em condições de tempo e de temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana. Para conservação a quente, os alimentos devem ser submetidos àtemperatura superior a 60ºC (sessenta graus Celsius) por, no máximo, seis horas Higiene: não hánecessidade do uso de máscaras ou luva, desde que as normas de higiene sejam preservadas (álcool 70 %, p.ex.) Não há evidencia de contaminação de manipuladores dos alimentos http://www.who.int/foodsafety/consumer/manual_keys_portuguese.pdf Deve-se evitar usar bebedouros públicos Denúncia: http://www.anvisa.gov.br/institucional/enderecos/index.htm

Fluxograma H1N1

ASPECTOS LABORATORIAIS Coleta entre 3º(terceiro) e 7º(sétimo) dia, após o início dos sintomas. A técnica de diagnóstico preconizada pela OMS para confirmação laboratorial do novo vírus Influenza A(H1N1) é o RT-PCR. Laboratórios de Referência (LR): - Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP) em São Paulo; - Instituto Evandro Chagas (IEC/PA) no Pará; -Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ) no Rio de Janeiro. Indicação 1. Acompanhar casos de doença respiratória aguda grave. 2. Em casos de surtos de síndrome gripal em comunidades fechadas: 3 amostras 3. Em caso de óbito, caso seja viável Indicação para a coleta de amostras no indivíduo doente - Secreção nasofaringeana: para detecção de vírus influenza - Sangue para hemocultura: para realização de pesquisa de agentes microbianos e avaliação da resistência antimicrobiana.

Técnica para a coleta Aspirado de nasofaringe ou swab combinado de nasofaringe e orofaringe, exclusivamente com swab de rayon. As amostras de secreção respiratória coletadas devem ser mantidas em temperatura adequada de refrigeração (4 a 8ºC) e encaminhadas aos LACEN no mesmo dia da coleta. Acondicionamento, transporte e envio de amostras para diagnóstico As amostras deverão ser colocadas em caixas (térmicas) de paredes rígidas, que mantenham a temperatura adequada de refrigeração (4 a 8ºC) atéa chegada ao LACEN., que depois poderá ser congelada a -70ºC e encaminhada em gelo reciclável.

* Obesidade mórbida (IMC>40): ajustar de acordo com o Peso * Em pacientes sondados, dobrar a dose indicada Quimioprofilaxia: 75 mguma vez ao dia, por 10 (dez) dias - Os profissionais de laboratório que tenham manipulado amostras clínicas que contenham a nova Influenza A(H1N1) sem o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou que utilizaram de maneira inadequada; -Os trabalhadores de saúde que estiveram envolvidos na realização de procedimentos invasivos (geradores de aerossóis) ou manipulação de secreções de um caso suspeito ou confirmado de infecção pela nova Influenza A(H1N1) sem ou uso de EPI ou que utilizaram de maneira inadequada;

Hospitais de referência

TELEFONES E LINKS ÚTEIS Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde /SVS/MS: 0800 644 66 45 DISQUE NOTIFICA 0800 61 1997 Ministério da Saúde: www.saude.gov.br Secretaria de Vigilância em Saúde: www.saude.gov.br/svs. Departamento de Atenção Básica: www.saude.gov.br/dab ANVISA: www.anvisa.gov.br Endereços com informações específicas: Portal com informações sobre influenza do Ministério da Saúde http://portal.saude.govbr/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1534. Informações aos viajantes na ANVISA: http://www.anvisa.gov.br/viajante Plano de Preparação para o Enfrentamento da pandemia de influenza: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/plano_flu_final.pdf Publicações e materiais sobre o tema se encontram no seguinte endereço eletrônico: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/publicacoes.htm