Programa Reactivar. Orientações



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Transcrição:

Programa Reactivar Orientações

índice Pág. Siglas... 3 Enquadramento... 3 Percursos formativos... 5 Destinatários e grupos de formação 7 Entidades promotoras, entidades formadoras e autorização de funcionamento. 10 Referências e percursos de formação.. 11 Reactivar de nível básico e nível 1 e 2 de formação.. 12 Reactivar de nível secundário 14 Reactivar, formação modular. 19 Percursos flexíveis. 19 Formação Prática em Contexto de Trabalho.. 21 Língua estrangeira.. 23 Equipa pedagógica.. 25 Horário 29 Assiduidade. 31 Contrato de formação.. 31 Avaliação 32 Certificação. 33 Prosseguimento de estudos. 35 Acompanhamento... 35 Documentação de apoio.. 36 Programa Reactivar - Orientações 2/38

Siglas CE Cidadania e Empregabilidade CLC Cultura, Língua e Comunicação CLC-LEC - Língua Estrangeira Continuação CLC-LEI - Língua Estrangeira Iniciação CNQ - Catálogo Nacional de Qualificações CP Cidadania e Profissionalidade FPCT - Formação prática em contexto de trabalho LC Linguagem e Comunicação MV Matemática para a Vida PPQ - Planos Pessoais de Qualificação PRA - Portefólio Reflexivo de Aprendizagens RVCC - Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências STC Sociedade, Tecnologia e Ciência TIC Tecnologias da Informação e Comunicação UC - Unidade de Competência UFCD - Unidade de Formação de Curta Duração Enquadramento A Programa Reactivar, implementado nos Açores em 2003, reveste-se de uma importância estratégica no quadro das políticas de Educação-Formação-Trabalho, na medida em que constitui para os adultos uma alternativa ao sistema formal de ensino, contribuindo decisivamente para: 1. O aumento das qualificações profissionais dos adultos, associado ao crescimento das respectivas qualificações escolares; 2. A reorientação para vias profissionalizantes, potenciando o desenvolvimento de novos profissionais qualificados, para dar resposta à necessidade das empresas, numa perspectiva de aumento da sua competitividade. Programa Reactivar - Orientações 3/38

Pensado, numa primeira fase, como um Programa voltado unicamente para adultos desempregados, o Reactivar, na sua mais recente versão (Portaria n.º 107/2009, de 28 de Dezembro), passa a abranger toda a população adulta que busca quer uma habilitação escolar, quer uma certificação profissional, numa lógica de dupla certificação e aumento das qualificações da população activa açoriana. Simultaneamente, permite a introdução, na região, dos percursos formativos presentes no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ). Assim, o Reactivar assume-se presentemente como um Programa da iniciativa das Secretarias Regionais da Educação e Formação e do Trabalho e Solidariedade Social, que visa qualificar adultos, por forma a facilitar a sua (re)integração e permanência na vida activa, através de perfis de formação que contemplam uma tripla valência: reforço das competências académicas, pessoais, sociais e relacionais, aquisição de saberes no domínio científico-tecnológico e uma experiência na empresa. No final de um processo formativo estruturado a partir de perfis-tipo devidamente regulamentados, tendo em conta os pré-adquiridos e os perfis de saída visados, os diplomados obtêm uma certificação profissional relativa a uma formação de nível 1, 2 ou 3, associada a uma progressão escolar, com equivalência ao 2.º e ao 3.º Ciclos do Ensino Básico ou ao Ensino Secundário e, ainda uma formação de nível 4 que poderá possibilitar creditação de acordo c/ protocolos celebrados com instituições do Ensino Superior. Os cursos do Programa REACTIVAR organizam -se: 1. Numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, enquanto instrumento promotor da (re)inserção socioprofissional e de uma progressão na qualificação; 2. Em percursos formativos desenvolvidos de forma articulada, integrando uma formação de base e uma formação tecnológica, ou apenas uma destas; 3. Em percursos flexíveis de formação, quando definidos a partir de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências, adiante designados por RVCC, previamente adquiridas pelos adultos por via formal, não formal e informal; Programa Reactivar - Orientações 4/38

4. Num modelo de formação modular estruturado a partir dos referenciais de formação que integram o CNQ, privilegiando a diferenciação de percursos formativos e a sua contextualização no meio social, económico e profissional dos formandos; 5. No desenvolvimento de formação centrada em processos reflexivos e de aquisição de saberes e competências que facilitem e promovam as aprendizagens, através do módulo Aprender com Autonomia para os cursos de nível básico e do Portefólio Reflexivo de Aprendizagens para os cursos de nível secundário. Percursos formativos Os cursos do Programa Reactivar desenvolvem-se, preferencialmente, segundo percursos de dupla certificação, conferindo, em simultâneo, uma certificação escolar e uma qualificação profissional. A título excepcional pode ser desenvolvida: 1. Apenas a habilitação escolar, sempre que tal se revele adequado ao perfil e história de vida dos adultos; 2. Apenas a componente de formação tecnológica correspondente, para os adultos já detentores do 3.º ciclo do ensino básico ou do nível secundário de educação, que pretendam obter uma dupla certificação. Os cursos podem ser desenvolvidos em itinerários formativos contínuos ou modulares. As formações modulares são capitalizáveis para a obtenção de uma ou mais de uma qualificação constante no CNQ e permitem a criação de percursos flexíveis de duração variada, caracterizados pela adaptação a diferentes modalidades de formação, públicos-alvo, metodologias, contextos formativos e formas de avaliação. As acções abrangem os níveis de qualificação de 1 a 4. Os referenciais de formação são constituídos por: 1. Uma formação de base estruturada em Unidades de Competência (UC), no básico, e Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD), no secundário; 2. Uma formação tecnológica estruturada em UFCD. Programa Reactivar - Orientações 5/38

Existe sempre a possibilidade de construção de percursos flexíveis de formação, quando definidos a partir de processos de RVCC previamente realizados pela Rede Valorizar. O Programa Reactivar oferece os seguintes percursos formativos: 1. Nível básico; 2. Nível secundário; 3. Formações modulares. O Reactivar de nível básico engloba as seguintes opções: B1 B2 B1 + B2 B3 B2 + B3 Percurso formativo Percurso flexível a partir de processo RVCC Condições mínimas de acesso < 1.º ciclo do ensino básico 1.º ciclo do ensino básico < 1.º ciclo do ensino básico 2.º do ensino básico 1.º ciclo do ensino básico < 1.º ciclo do ensino básico Saída 2.º ciclo do ensino básico e nível 1 de formação 3.º ciclo do ensino básico e nível 2 de formação O Reactivar de nível secundário engloba as seguintes opções: S3 Tipo A S3 Tipo B S3 Tipo C Percurso formativo Percurso flexível a partir de processo RVCC S Tipo A S Tipo B S Tipo C Percurso flexível a partir de processo RVCC Condições mínimas de acesso 9.º ano 10.º ano 11. ano < ou = ao 9.º ano 9.º ano 10.º ano 11. ano < ou = ao 9.º ano Saída 12.º ano de escolaridade e nível 3 de formação 12.º ano de escolaridade A formação modular realiza-se, para cada unidade de formação, de acordo com os respectivos referenciais de formação constantes do CNQ, podendo corresponder a unidades da componente de formação de base, da componente de formação tecnológica, ou a ambas. Programa Reactivar - Orientações 6/38

Destinatários e grupos de formação O Programa Reactivar destina-se a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação, sem a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho. Configuram excepções formandos com idade a partir dos 16 anos que se encontrem comprovadamente numa das seguintes situações: 1. Grave exclusão social e intervencionados pelos sistemas de acção social, saúde mental, protecção e justiça, situação que terá de ser validada pelos serviços de acção social; 2. Inseridos no mercado de trabalho. Os cursos do REACTIVAR de nível básico exigem as seguintes habilitações escolares de acesso: Percurso formativo B1 B2 B1+B2 B3 B2+B3 Percurso flexível a partir de Processo de RVCC Componente de formação tecnológica Habilitações escolares Inferior ao 1.º ciclo do ensino básico 1.º ciclo do ensino básico Inferior ao 1.º ciclo do ensino básico 2.º ciclo do ensino básico 1.º ciclo do ensino básico Inferior ao 1.º ciclo do ensino básico 9.º ano de escolaridade Os cursos do REACTIVAR de nível secundário obedecem aos seguintes critérios específicos de selecção: 1. Os cursos ministrados em regime diurno ou a tempo integral (período equivalente à duração diária de trabalho prestado, correspondente, para este efeito a 7 horas/dia), só podem ser frequentados por formandos com idade igual ou superior a 23 anos; Programa Reactivar - Orientações 7/38

Exceptuam-se os seguintes casos: 1. Formandos encaminhados pela Rede Valorizar, com validação parcial no nível secundário após a realização de um processo de RVCC, para efeitos de conclusão da respectiva certificação; 2. Candidatos que completem 23 anos até 3 meses após o início do curso. As habilitações escolares mínimas de acesso para percursos visando o nível secundário de escolaridade e o nível 3 de formação são as seguintes: Percurso formativo S3-Tipo A S3-Tipo B S3-Tipo C Percurso flexível a partir de Processo de RVCC Componente de formação tecnológica Habilitações escolares 9.º ano 10.º ano 11.º ano Inferior ou igual ao 9.º ano 12.º ano de escolaridade As habilitações escolares mínimas de acesso para percursos visando unicamente o nível secundário de escolaridade são as seguintes: Percurso formativo S-Tipo A S-Tipo B S-Tipo C Percurso flexível a partir de Processo de RVCC Habilitações escolares 9.º ano 10.º ano 11.º ano Inferior ou igual ao 9.º ano O acesso à frequência da formação modular rege-se pelos seguintes princípios: 1. As unidades inseridas em percursos de nível básico dirigem-se, prioritariamente, a adultos com níveis de habilitação escolar inferiores ao 3.º ciclo do ensino básico; 2. O acesso a unidades inseridas em percursos de nível secundário, exige uma habilitação escolar de, pelo menos, o 3.º ciclo do ensino básico. As habilitações escolares exigidas para desenvolver um módulo comum a dois referenciais com percursos de nível diferente devem ser as mínimas. Assim, por exemplo, para UFCD comuns a percursos de nível básico e secundário, devem ser considerada como condição de acesso o nível básico. Programa Reactivar - Orientações 8/38

O acesso a unidades inseridas em percursos pós-secundários não superiores, bem como a respectiva organização, gestão, funcionamento e avaliação e certificação, são regulados no âmbito da legislação aplicável aos cursos de especialização tecnológica. Com vista à conclusão de percursos e à certificação, em qualquer um dos níveis de escolaridade e qualificação profissional, é também possível a frequência da formação por adultos: 1. Abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 357/07, de 29 de Outubro; 2. Que não tenham concluído com aproveitamento a totalidade das UC/UFCD de um curso do Reactivar. Apesar da heterogeneidade que pode caracterizar os grupos de formação, estes devem corresponder a uma dada tipologia de curso, seja de nível básico ou secundário, de acordo com a sua escolaridade de entrada ou tendo em conta um percurso flexível Os percursos flexíveis (de nível básico e secundário) são tipologias definidas exclusivamente para formandos que realizem processos de RVCC de âmbito escolar, profissional ou ambos, desenvolvidos pela Rede Valorizar. A construção curricular corresponderá à realização de UFCD definidas pela equipa de RVC que os acompanhou no referido processo, de acordo com o mapa de validações conseguidas por cada um e com a aferição das competências fundamentais em falta para a conclusão dos processos individuais de formação, definidos no Plano Pessoal de Qualificações (PPQ). Independentemente do nível ou tipologia aplicáveis aos grupos de formação, estes não podem ultrapassar os 25 formandos, a não ser em situações excepcionais e por razões devidamente fundamentadas, mediante permissão prévia da entidade responsável pela autorização de funcionamento do curso. Quanto ao limite mínimo de formandos, este poderá vir a ser definido no caso da formação ser financiada por fundos públicos, no quadro da respectiva regulamentação aplicável. Dentro destes limites, a entidade pode reservar alguns lugares a preencher por adultos que venham a ser encaminhados para percursos flexíveis, em sequência de processos de RVCC. Se daí resultarem implicações de natureza financeira, deverão ser consultados os serviços competentes. Programa Reactivar - Orientações 9/38

Entidades promotoras, entidades formadoras e autorização de funcionamento Os cursos do Programa REACTIVAR são promovidos por entidades de natureza pública, privada ou cooperativa, designadamente estabelecimentos de ensino público ou particulares, autarquias, empresas ou associações empresariais, sindicatos e associações de âmbito local, regional ou nacional. Compete às entidades promotoras assegurar, designadamente: 1. Os procedimentos relativos à autorização de funcionamento dos cursos e de verificação da conformidade da formação promovida em função dos referenciais constantes do Catálogo Nacional de Qualificações; 2. A apresentação de candidaturas a financiamento; 3. A divulgação das suas ofertas formativas; 4. A identificação e selecção dos candidatos à formação; 5. A organização e disponibilização de toda a informação necessária para os processos de acompanhamento e controlo por parte das entidades competentes. As entidades formadoras integram a rede de entidades formadoras do Sistema Nacional de Qualificações, designadamente, os estabelecimentos de ensino básico e secundário, os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com paralelismo pedagógico, as escolas profissionais e as entidades com estruturas formativas certificadas do sector privado. As entidades promotoras podem desenvolver cursos do Programa REACTIVAR, desde que integrem a rede de entidades formadoras. Tal obrigação não se aplica aos estabelecimentos de ensino público. Compete às entidades formadoras: 1. Planear as acções de formação a promover; 2. Garantir os recursos humanos e físicos necessários ao desenvolvimento dos cursos; 3. Desenvolver as ofertas em conformidade com os referenciais constantes do CNQ; 4. Implementar procedimentos relativos à avaliação e certificação das aprendizagens dos formandos; 5. Organizar e disponibilizar toda a informação necessária para os processos de acompanhamento e controlo por parte das entidades competentes. Programa Reactivar - Orientações 10/38

A autorização dos cursos cabe à Direcção Regional competente em matéria do Trabalho, exceptuando os cursos voltados apenas para a habilitação escolar, que são autorizados pela Direcção Regional competente em matéria de Educação. O pedido de autorização para o funcionamento deverá ser solicitado, através de formulário próprio, fornecido pela entidade responsável pela autorização de funcionamento. No caso de candidatura ao Pró-Emprego, o pedido em causa deverá ser submetido com no mínimo 15 dias de antecedência. A selecção dos cursos a implementar e das entidades formadoras que os desenvolvem tem em conta: 1. A procura pelos destinatários e as necessidades de formação identificadas, designadamente no que respeita a inscritos nas Agências para a Qualificação e o Emprego e na Rede Valorizar; 2. A capacidade técnica e os recursos humanos e materiais disponíveis nas entidades formadoras. Referenciais e percursos de formação Os cursos obedecem aos referenciais de formação associados às respectivas qualificações constantes do CNQ e são agrupados por áreas de educação e formação, de acordo com a Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação.. Os referenciais de formação correspondem a planos curriculares organizados em duas componentes fundamentais, tanto para o nível básico como para o secundário: 1. Formação de Base, que se reporta a um determinado nível de escolaridade; 2. Formação Tecnológica, que define a qualificação profissional dos cursos; 3. Formação Prática em Contexto de Trabalho (FPCT). Transversalmente às componentes organizadoras da formação, os referenciais apresentam ainda o módulo Aprender com Autonomia (ver anexo I), inserido no nível básico, e a área de Portefólio Reflexivo de Aprendizagens (ver anexo II), enquadrada no nível secundário. Programa Reactivar - Orientações 11/38

Componentes Formação de Base Formação Tecnológica Formação Prática em Contexto de Trabalho Aprender com Autonomia Portefólio Reflexivo de Aprendizagens Objectivos Componente com carácter transdisciplinar e transversal que visa a aquisição de conhecimentos ou reforço de competências pessoais, sociais e profissionais, tendo em vista a (re)inserção na vida activa e a adaptabilidade aos diferentes contextos de trabalho. Visa, ainda, potenciar o desenvolvimento dos cidadãos, no espaço nacional e comunitário, proporcionando as condições para o aprofundamento das capacidades de autonomia, iniciativa, auto-aprendizagem, trabalho em equipa, recolha e tratamento da informação e resolução de problemas. Componente que visa dotar os formandos de competências científicas e tecnológicas que lhes permitam o desenvolvimento de actividades práticas e de resolução de problemas inerentes ao exercício de uma determinada profissão. Componente que visa consolidar as competências científicas e tecnológicas adquiridas em contexto de formação, através da realização de actividades inerentes ao exercício profissional, bem como facilitar a futura (re)inserção ou progressão profissional dos formandos. Integra apenas os percursos de nível básico. Componente que visa proporcionar aos formandos o conhecimento sobre técnicas e instrumentos de auto-formação assistida, de modo a facilitar a integração e o desenvolvimento de hábitos de trabalho em grupo, bem como a definição de compromissos individuais e colectivos. Está organizada em 3 Unidades de Competência: consolidar a integração no grupo, trabalhar em equipa e aprender a aprender. Integra apenas os percursos de nível secundário. Visa o desenvolvimento de processos reflexivos e de aquisição de saberes e competências pelo adulto em contexto formativo. 1. Reactivar de nível básico e nível 1 e 2 de formação Os cursos de nível básico e nível 1 e 2 de formação compreendem uma formação de base e uma formação tecnológica. A formação de base integra as quatro áreas de competências-chave constantes do referencial de competências-chave de nível básico: CE Cidadania e Empregabilidade; LC Linguagem e Comunicação; MV Matemática para a Vida; TIC Tecnologias da Informação e Comunicação. A formação tecnológica é constituída por UFCD de 25 e 50 horas. Programa Reactivar - Orientações 12/38

Referencial geral de formação Duração máxima de referência (horas) a) a) No caso de cursos desenvolvidos apenas em função de uma das componentes de formação, são consideradas as cargas horárias associadas especificamente à componente de formação de base ou tecnológica, respectivamente, acrescidas do módulo "Aprender com Autonomia". b) A duração mínima da formação de base é de 100 horas, bem como a da formação tecnológica. c) Inclusão obrigatória de uma língua estrangeira com carga horária máxima de 50 horas para o nível B2 e de 100 horas para o nível B3. d) Inclui, obrigatoriamente, pelo menos 120 horas de formação prática em contexto de trabalho, para os adultos que estejam a frequentar um curso de nível básico e nível 2 de formação que não exerçam actividade correspondente à saída profissional do curso frequentado ou uma actividade profissional numa área afim. e) O número de horas é ajustado (em termos de duração) em resultado do processo de RVCC, sempre que aplicável. f) Este limite pode ser ajustado tendo em conta os referenciais constantes no Catálogo Nacional de Qualificações. A realização de formação numa Língua Estrangeira é obrigatória e as cargas horárias a ela associadas estão já contempladas na formação de base, com a duração máxima de cinquenta horas para o nível B2 e de cem horas para o nível B3. Como Programa Reactivar - Orientações 13/38

resultado da combinação de ambos os percursos, o nível B2+B3 prevê uma carga horária de cento e cinquenta horas. Nos percursos B1, B2 ou B1+B2, o desenvolvimento da componente de formação tecnológica contempla as primeiras UFCD desta componente constantes no referencial de formação correspondente à saída profissional do curso ministrado, até perfazer um total de 350 horas. Quando a soma destas primeiras UFCD exceder 350 horas, deve considerar-se a carga horária imediatamente inferior (325h). A obtenção do nível 2 de qualificação implica, obrigatoriamente, pelo menos 120 horas de formação prática em contexto de trabalho, pelo que os percursos B3 e B2+B3, bem como os percursos flexíveis, devem contemplar essa carga horária no seu total, para além da carga horária do conjunto das UFCD da componente tecnológica. Nos cursos em que se realize apenas uma das componentes de formação, são consideradas as cargas horárias associadas especificamente à componente de formação de base ou tecnológica, respectivamente, acrescidas do módulo Aprender com Autonomia na íntegra. Relembra-se que a realização apenas da componente de formação tecnológica só é possível a título excepcional, a formandos que já detenham certificação escolar de 9.º ano. Nos cursos que não integrem formação tecnológica, os temas de vida integradores das aprendizagens devem contemplar temáticas directamente relacionadas com a dimensão da profissionalidade, designadamente a orientação ou o desenvolvimento profissional, o empreendedorismo ou outros que se manifestem mais relevantes para o grupo de formandos do curso. 2. Reactivar de nível secundário Os cursos de nível secundário compreendem uma formação de base que integra, de forma articulada, as três áreas de competências-chave constantes do respectivo referencial de competências chave de nível secundário: Programa Reactivar - Orientações 14/38

CP Cidadania e Profissionalidade; STC Sociedade, Tecnologia e Ciência; CLC Cultura, Língua e Comunicação. A cada unidade de competência da formação de base corresponde uma unidade de formação de curta duração constante do Catálogo Nacional de Qualificações, que explicita os resultados de aprendizagem a atingir e os conteúdos de formação. A organização do conjunto dos temas associados aos núcleos geradores e em torno dos quais se constrói o processo de aprendizagem na sua componente de formação de base, pode ser variável em função do perfil dos formandos. Referencial geral de formação Duração máxima de referência (horas), cursos de nível secundário e nível 3 de formação a) a) No caso de cursos que sejam desenvolvidos apenas em função da componente de formação tecnológica, são consideradas as cargas horárias associadas a essa componente de formação, acrescidas da área de PRA e formação prática em contexto de trabalho quando obrigatória. b) A duração mínima da formação de base é de cem horas, bem como a da formação tecnológica. c) As duzentas e dez horas de formação prática em contexto de trabalho são obrigatórias para os adultos que não exerçam actividade correspondente à saída profissional do curso frequentado ou uma actividade profissional numa área afim. d) Sempre que se trate de um adulto que frequente a formação em regime não contínuo, o cálculo deve ser feito tendo em conta sessões de três horas a cada duas semanas de formação, para horário laboral, e três horas, de quatro em quatro semanas, para horário pós-laboral. A duração mínima da área de PRA é de dez horas. e) As unidades de formação de curta duração (UFCD) da formação de base obrigatórias para o percurso S 3 - Tipo A são: 1) Cidadania e Profissionalidade: UFCD1, UFCD4 e UFCD5; Programa Reactivar - Orientações 15/38

2) Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD5, UFCD6 e UFCD7; 3) Cultura, Língua, Comunicação: UFCD5, UFCD6 e UFCD7; 4) Mais duas UFCD opcionais que podem ser mobilizadas a partir das UFCD de língua estrangeira (caso o adulto não detenha as competências exigidas neste domínio) ou de qualquer uma das áreas de competências-chave. f) As UFCD da formação de base obrigatórias para o percurso S 3 - Tipo B são: 1) Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD7; 2) Cultura, Língua, Comunicação: UFCD7; 3) Mais duas UFCD opcionais que podem ser mobilizadas a partir das UFCD de língua estrangeira (caso o adulto não detenha as competências exigidas neste domínio) ou de qualquer uma das áreas de competências-chave. g) As UFCD da formação de base obrigatórias para o percurso S3 - Tipo C são: 1) Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD7 2) Cultura, Língua, Comunicação: UFCD7 h) O número de horas dos percursos flexíveis será ajustado (em termos de duração) em resultado do processo RVCC. i) Este limite pode ser ajustado tendo em conta os referenciais constantes no catálogo nacional de qualificações. Duração máxima de referência (horas), cursos de nível secundário a) a) A duração mínima da formação de base é de cem horas. b) Sempre que se trate de um adulto que frequente a formação em regime não contínuo, o cálculo deve ser feito tendo em conta sessões de três horas a cada duas semanas de formação, para horário laboral, e três horas, de quatro em quatro semanas, para horário pós-laboral. A duração mínima da área de PRA é de dez horas. c) A esta carga horária poderão ainda acrescer entre cinquenta e cem horas correspondentes às UFCD de língua estrangeira, caso o adulto revele particulares carências neste domínio. d) As UFCD da formação de base obrigatórias para o percurso S - Tipo B são: 1i) Cidadania e Profissionalidade: UFCD1, UFCD4 e UFCD5; 2) Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD5, UFCD6 e UFCD7; 3) Cultura, Língua, Comunicação: UFCD5, UFCD6 e UFCD7; 4) Mais três UFCD opcionais que podem ser mobilizadas a partir das UFCD de uma língua estrangeira (caso o adulto não detenha as competências exigidas neste domínio) ou de qualquer uma das áreas de competências-chave. e) As UFCD da formação de base obrigatórias para o percurso S - Tipo C são: 1) Cidadania e Profissionalidade: UFCD1; 2) Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD7; 3) Cultura, Língua, Comunicação: UFCD7; 4) Mais três UFCD opcionais que podem ser mobilizadas a partir das UFCD de uma língua estrangeira (caso o adulto não detenha as competências exigidas neste domínio) ou de qualquer uma das áreas de competências-chave. f) O número de horas é ajustado (em termos de duração) em resultado do processo de RVCC, sempre que aplicável. Programa Reactivar - Orientações 16/38

Relativamente à formação de base, a estrutura curricular está definida em função de um conjunto de UFCD consideradas obrigatórias, às quais se acrescem um determinado número de UFCD opcionais, em função do percurso em causa e do perfil do formando (como no caso da inclusão da Língua Estrangeira). Percursos de dupla certificação - S3 Tipo A Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 85 Cidadania e Profissionalidade: UFCD1, UFCD4 e UFCD5 150 Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD5, UFCD6 e UFCD7 150 Cultura, Língua e Comunicação: UFCD5, UFCD6 e UFCD7 150 Formação de Base 2 UFCD opcionais, mobilizadas a partir das UFCD de uma Língua Estrangeira ou de qualquer uma das áreas de 100 competências chave Formação Tecnológica UFCD 1200 Prática em Contexto Real de Trabalho 210 Duração total 2045 Percursos de dupla certificação - S3 Tipo B Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 70 Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD7 50 Cultura, Língua e Comunicação: UFCD7 50 Formação de Base 2 UFCD opcionais, mobilizadas a partir das UFCD de uma Língua Estrangeira ou de qualquer uma das áreas de 100 competências chave Formação Tecnológica UFCD 1200 Prática em Contexto Real de Trabalho 210 Duração total 1680 Percursos de dupla certificação - S3 Tipo C Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 65 Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD7 50 Formação de Base Cultura, Língua e Comunicação: UFCD7 50 Formação Tecnológica UFCD 1200 Prática em Contexto Real de Trabalho 210 Duração total 1575 No que diz respeito às duas UFCD opcionais contempladas na configuração definida para os percursos S3 Tipo A e B, a sua definição será feita pela entidade promotora/formadora, com base nos resultados do momento de diagnóstico, prévio à constituição dos grupos de formação. Como orientação genérica, aconselha-se a mobilização das UFCD da formação de base que dizem respeito a Língua Estrangeira, Programa Reactivar - Orientações 17/38

caso o formando não revele as competências necessárias neste domínio. Sempre que os formandos não revelem as competências mínimas numa Língua Estrangeira em uso, o plano curricular da formação de base deverá contemplar a realização de uma ou das duas UFCD de Língua Estrangeira, definidas no CNQ, associadas à área de Cultura, Língua e Comunicação, com a designação de CLC-LEI (Língua Estrangeira Iniciação), e CLC-LEC (Língua Estrangeira Continuação), de 50 horas cada. Excepcionalmente, os formandos que já detenham a escolaridade de nível secundário podem adquirir uma certificação profissional de nível 3, através do desenvolvimento da componente de formação tecnológica num curso de dupla certificação. Para estes casos, são consideradas as cargas horárias associadas a essa componente de formação, acrescidas da área de PRA. Nos cursos que não integrem formação tecnológica, as configurações possíveis do currículo obedecem às tipologias: Percursos de certificação escolar - S Tipo A Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 50 Cidadania e Profissionalidade 400 Formação de Base Sociedade, Tecnologia e Ciência 350 Cultura, Língua e Comunicação 50-100ª Duração total 2045 a) As unidades de língua estrangeira (1 ou 2) apenas são desenvolvidas nos casos em que o adulto revele particulares carências neste domínio. Percursos de certificação escolar - S Tipo B Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 25 Cidadania e Profissionalidade: UFCD1, UFCD4 e UFCD5 150 Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD5, UFCD6 e UFCD7 150 Cultura, Língua e Comunicação: UFCD5, UFCD6 e UFCD7 150 Formação de Base 3 UFCD opcionais, mobilizadas a partir das UFCD de uma Língua Estrangeira ou de qualquer uma das áreas de 150 competências chave Duração total 625 Programa Reactivar - Orientações 18/38

Percursos de certificação escolar - S Tipo C Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 15 Cidadania e Profissionalidade: UFCD1 50 Sociedade, Tecnologia e Ciência: UFCD7 50 Cultura, Língua e Comunicação: UFCD7 50 Formação de Base 3 UFCD opcionais, mobilizadas a partir das UFCD de uma Língua Estrangeira ou de qualquer uma das áreas de 150 competências chave Duração total 315 Nos cursos que não integrem formação tecnológica, os temas de vida integradores das aprendizagens devem contemplar temáticas directamente relacionadas com a dimensão da profissionalidade, designadamente a orientação ou o desenvolvimento profissional, o empreendedorismo ou outros que se manifestem mais relevantes para o grupo de formandos do curso. 3. Reactivar, formação modular A organização curricular das formações modulares realiza-se, para cada unidade de formação, de acordo com os respectivos referenciais de formação constantes do CNQ, podendo corresponder a unidades da componente de formação de base, da componente de formação tecnológica ou a ambas. Os percursos de formação modular não podem exceder as seiscentas horas. 4. Percursos flexíveis Nos percursos flexíveis, a carga horária é definida em função dos resultados do processo de RVCC, desenvolvido pela Rede Valorizar. Assim, cada formando terá uma construção curricular feita à sua medida e na sequência dos resultados do processo de RVCC que realizou. Os percursos flexíveis são determinados pelos Planos Pessoais de Qualificação (PPQ) dos formandos, definidos pela equipa(s) pedagógica(s) responsável(eis) pelos processos de RVCC. Na sequência daqueles processos, é determinado o conjunto de Programa Reactivar - Orientações 19/38

UFCD a realizar em formação, sendo que, tanto para o básico quanto para o secundário, existem limites mínimas para a duração das componentes. Percurso flexível, dupla certificação, nível básico Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Aprender com Autonomia 40 Formação de Base As unidades a desenvolver e a carga horária a 100-1350 Formação Tecnológica considerar resultam do processo de RVCC 100-1000 Duração total 240-2390 Percurso flexível, dupla certificação, nível secundário Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 10-85 Formação de Base As unidades a desenvolver e a carga horária a 100-550 Formação Tecnológica considerar resultam do processo de RVCC 100-1200 Prática em Contexto Real de Trabalho 210 Duração total 420-2045 Percurso flexível, certificação escolar, nível secundário Componentes de Duração Área de Competência-Chave e UFCD formação (Horas) Portefólio Reflexivo de Aprendizagens 10-50 Formação de Base As unidades a desenvolver e a carga horária a considerar resultam do processo de RVCC 100-1100 Duração total 110-1150 A operacionalização de vários percursos individuais no mesmo grupo de formação pode implicar uma gestão flexível das UFCD a ministrar, no sentido de poderem ocorrer, no mesmo tempo e espaço de formação, aprendizagens relativas a UFCD distintas. A equipa pedagógica pode desenvolver os dois percursos em simultâneo, num mesmo curso, não obrigando a uma operacionalização das UFCD numa lógica sequencial, que faria com que os formandos tivessem de esperar pela ocorrência de uma determinada UFCD, no contínuo temporal, para poderem cumprir o seu percurso de formação. Programa Reactivar - Orientações 20/38

5. Formação Prática em Contexto de Trabalho Esta componente, realizada numa entidade enquadradora, tem como objectivos proporcionar: 1. Contacto com tecnologias e técnicas que se encontram para além das situações simuláveis durante a formação; 2. Aquisição de conhecimentos e competências inerentes a uma determinada qualificação profissional; 3. Oportunidade de aplicação dos conhecimentos e competências adquiridos em contexto de formação a actividades concretas em contexto real de trabalho; 4. Desenvolvimento de hábitos de trabalho, espírito empreendedor e sentido de responsabilidade profissional; 5. Vivências inerentes às relações humanas no trabalho; 6. Conhecimento da organização empresarial. A FPCT está sujeita aos seguintes princípios: 1. A entidade formadora é responsável pela sua organização e pela sua programação, em articulação com a entidade onde se realiza aquela formação, a entidade enquadradora; 2. As entidades enquadradoras devem ser objecto de uma apreciação prévia da sua capacidade técnica, em termos de recursos humanos e materiais, por parte da entidade formadora responsável pelo curso; 3. As actividades a desenvolver pelo formando durante o período de FPCT devem reger-se por um plano individual, acordado entre a entidade formadora, o formando e a entidade enquadradora, identificando os objectivos, o conteúdo, a programação, o período, horário e local de realização das actividades, as formas de monitorização e acompanhamento do adulto, com a identificação dos responsáveis, bem como os direitos e deveres dos diversos intervenientes; 4. A orientação e acompanhamento do formando são partilhados, sob coordenação da entidade formadora, entre esta e a entidade enquadradora, cabendo à última designar um tutor com experiência profissional adequada. Programa Reactivar - Orientações 21/38

As entidades enquadradoras são todas as pessoas singulares ou colectivas, legalmente constituídas, que assegurem a FPCT em articulação com a entidade formadora. Uma entidade enquadradora deve reunir cumulativamente as seguintes condições: 1. Encontrar-se regularmente constituídas e devidamente registadas; 2. Ter capacidade técnica e organizativa para desenvolver e apoiar a FPCT; 3. Não ser devedora à Fazenda Pública ou à Segurança Social de quaisquer impostos, contribuições ou reembolsos, ou estarem a cumprir um plano de regularização das obrigações daí decorrentes; 4. Não terem sido condenadas por violação da legislação sobre trabalho de menores e discriminação no trabalho e no emprego, nomeadamente em função do sexo; 5. Dispor de ambiente de trabalho, condições de higiene e segurança e meios técnicos, humanos e materiais capazes de assegurar a formação profissional necessária e adequada à qualificação para uma profissão; 6. Integrar, nos seus quadros, trabalhadores qualificados que exerçam a profissão que constitui o objecto da FPCT. No total, o número de trabalhadores deverá ser igual ou superior ao dos formandos em Aprendizagem. A integração da FPCT num percurso formativo tem como principais objectivos proporcionar aos formandos uma aproximação ao mercado de emprego, uma vez que a vivência no seio de organizações que desenvolvem actividades dirigidas à produção de bens e serviços promove a aquisição de competências transversais e a consolidação de outras adquiridas em contexto de formação que, para além de constituírem uma experiência de trabalho, facilitam a sua inserção profissional. Assim, os adultos inseridos no mercado de emprego e que exerçam actividade profissional numa área afim à saída profissional do curso frequentado, podem ser dispensados da FPCT, mediante autorização prévia da Direcção Regional competente em matéria do Trabalho. Cabe à entidade formadoras analisar o teor da área de actividade destes formandos, sendo considerada área afim uma actividade profissional cujas competências em uso tenham afinidades com as que o seu percurso formativo mobiliza, pertencendo, ou não, à mesma área de educação e formação. Veja-se, a título de Programa Reactivar - Orientações 22/38

exemplo, o caso da área de Hotelaria e Restauração, que integra qualificações como Operadores de Manutenção Hoteleira e Cozinheiro/a, cujas competências não apresentam afinidades. Ou, ainda, o caso de saídas profissionais de diferentes áreas de formação, em que as competências adquiridas têm afinidades entre si, como nos cursos de Pasteleiro(a)/Padeiro(a) (Indústrias Alimentares) e de Cozinheiro/a (Hotelaria e Restauração). 6. Língua Estrangeira Os cursos de nível básico (B2, B1+2, B3, B2+3) e os de nível secundário incluem obrigatoriamente uma língua estrangeira. O enquadramento legal dos cursos de nível secundário aconselha à mobilização das UFCD da formação de base que dizem respeito a uma Língua Estrangeira (LE), caso o formando não revele as competências necessárias neste domínio. A identificação desta necessidade pode ser feita, quer pela equipa técnica da Rede Valorizar, através do PPQ dos formandos encaminhados para percursos flexíveis de nível secundário, quer por um diagnóstico desenvolvido pelo formador de Língua Estrangeira. O trabalho de diagnóstico sobre os domínios oral e escrito de uma Língua Estrangeira deverá ser realizado com base no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, dado que esta matriz de referência se encontra estabilizada e é aceite a nível europeu. O CNQ apresenta a opção de duas UFCD, com a designação de CLC-LEI (Língua Estrangeira Iniciação) e CLC-LEC (Língua Estrangeira Continuação), de 50 horas cada, associadas à área de Cultura, Língua e Comunicação. Assim, e de acordo com o nível de proficiência oral, de leitura e de escrita numa LE de cada formando à entrada do curso, realizará uma UFCD a de Continuação, ou ambas, no caso de não ter quaisquer competências numa Língua Estrangeira. Programa Reactivar - Orientações 23/38

Uma vez integradas num percurso formativo, estas UFCD assumem um duplo carácter: 1. São autónomas no que diz respeito ao planeamento, desenvolvimento e avaliação das aprendizagens; 2. Deverão funcionar como suporte ao desenvolvimento das UFCD de Cultura, Língua e Comunicação (CLC), área em que, aliás, aquelas UFCD estão associadas. O plano de formação proposto para cada uma das UFCD de Língua Estrangeira parte de uma concepção que privilegia a aprendizagem da língua em realizações concretas, mas não apresenta temas específicos para o desenvolvimento dessas competências. É aqui que surge o necessário cruzamento com as UFCD de CLC, que fornecem um leque variado de opções quanto a contextos e temáticas que poderão corporizar o plano de formação de Língua Estrangeira, ainda que esta não tenha de esgotar todos os conteúdos que aquela enuncia. A apropriação da Língua Estrangeira deverá ainda permitir a realização de actividades em que a mesma seja usada, nomeadamente em actividades integradoras, sendo que o PRA de cada formando terá de apresentar igualmente evidências da aquisição/desenvolvimento dessa Língua no contexto da formação, nomeadamente aplicada aos conteúdos de CLC. As UFCD de LEI e LEC avaliam-se da mesma forma das UFCD da componente tecnológica, ou seja, através da aplicação dos critérios de participação, motivação, aquisição e aplicação de conhecimentos, mobilização de competências em novos contextos, relações interpessoais, trabalho em equipa, adaptação a uma nova tarefa, pontualidade e assiduidades. A avaliação das UFCD de Língua Estrangeira é feita pelo respectivo formador, no âmbito das suas sessões, mas também terá em consideração as suas ocorrências em PRA para uma decisão sobre a validação das UFCD, nomeadamente através das actividades integradoras que, por seu turno, também facilitarão o treino e a consolidação linguística, para além das sessões de formação específicas. A validação da LE nos cursos EFA de nível secundário é realizada na área de competências chave de CLC. Programa Reactivar - Orientações 24/38

Equipa pedagógica A qualidade da equipa pedagógica é condição essencial para o bom funcionamento dos cursos, pelo que a selecção dos formadores deve obedecer a critérios claramente definidos. Os formadores da componente de formação de base devem ser detentores das habilitações que habilitem à docência dos correspondentes anos de escolaridade e áreas disciplinares do ensino regular. Na componente tecnológica os formadores devem possuir habilitação académica igual ou superior à habilitação de saída dos formandos, bem como formação profissional específica para a área que leccionam ou uma prática profissional certificada não inferior a dois anos. Exceptuando os cursos destinados a conferir apenas a habilitação escolar, todos os formadores, qualquer que seja a componente que ministrem, devem possuir o certificado de aptidão pedagógica. Integram igualmente a equipa técnico-pedagógica os tutores da FPCT, quando aplicável. Indicado pela empresa ou entidade em que o adulto realiza a FPCT, sempre que esta se aplique a um determinado percurso, o tutor é o responsável pelo acompanhamento técnico-pedagógico do formando durante o período em que esta componente decorre. A selecção deste elemento deve ser feita de entre os colaboradores daquela entidade que detenham competências profissionais e pedagógicas reconhecidas para o efeito, dado que as suas tarefas implicam: 1. Elaborar o plano individual de FPCT a realizar pelo formando, em articulação com a entidade formadora; 2. Facilitar a integração do formando no posto de trabalho em que realiza a FPCT, fomentando a aquisição e desenvolvimento de competências de âmbito sócioprofissional; 3. Assegurar as condições logísticas necessárias à realização da FPCT; Programa Reactivar - Orientações 25/38

4. Proceder à avaliação do formando no âmbito desta componente da formação, a partir do plano estabelecido e com base em instrumentos de registo criados para o efeito. As características desta tutoria implicam um trabalho prévio de articulação entre o tutor e os elementos da equipa pedagógica, nomeadamente no decorrer da fase final da formação de base e tecnológica, com especial relevância para esta última, dado que terá aplicabilidade directa na concretização de um plano de actividades de FPCT. Para tal, o tutor deverá participar nas reuniões finais de equipa pedagógica, sobretudo as que disserem respeito à avaliação sumativa. Esta participação fornecerá ao tutor informação fundamental sobre o(s) formando(s) que irá orientar no posto de trabalho, o que facilita a definição de metas e critérios de avaliação desta componente final do curso. A prestação dos formandos nesta componente entrará em linha de conta para a avaliação final do curso, com igual peso relativamente às restantes componentes, razão que reforça a necessidade de haver uma articulação bem sucedida entre a entidade formadora e a entidade enquadradora de FPCT. O modelo de articulação técnico-pedagógica, nomeadamente por meio da nomeação de um director de turma ou coordenador de curso, é da responsabilidade da entidade formadora. Independentemente do modelo adoptado, é necessário garantir: 1. O processo de recrutamento e selecção dos formandos; 2. A coordenação das metodologias de trabalho da equipa pedagógica; 3. A organização e gestão técnico-pedagógica dos cursos; 4. O acompanhamento e a orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos; 5. O processo de avaliação e registos dos resultados; 6. O desenvolvimento dos trabalhos área de PRA e no módulo de Aprender com Autonomia. Qualquer que seja a metodologia que se adopte na construção e desenvolvimento curricular, implica que todos os elementos da equipa pedagógica tenham: 1. Conhecimento dos formandos que constituem o curso, no que diz respeito ao seu percurso social, profissional e escolar, às suas motivações para a aprendizagem Programa Reactivar - Orientações 26/38

naquele momento específico da sua vida, aos seus modos e ritmos de aprender e às dinâmicas que estabelecem quando estão em grupos de trabalho. 2. Um domínio efectivo dos referenciais de formação do CNQ aplicáveis a um dado percurso, bem como dos referenciais de competências-chave de nível básico e de nível secundário. 3. Uma boa relação de trabalho entre si, que favoreça a implementação de práticas e metodologias concordantes com as características desta oferta de formação. A complexidade do trabalho das equipas pedagógicas dos cursos do Programa Reactivar implica a realização periódica de reuniões da equipa pedagógica. Sugere-se que a regularidade destes encontros de trabalho deve ser mensal, nomeadamente porque a curta carga horária associada a cada UFCD implica um trabalho constante de articulação entre os elementos da equipa, seja no nível básico, pelo seu desenvolvimento em Temas de Vida, seja no secundário, pela metodologia de Portefólios Reflexivos de Aprendizagem. As reuniões de equipa pedagógica constituem-se como sessões de trabalho em conjunto, em que se realizam diversas tarefas relacionadas com a formação. Reuniões iniciais 1. Conhecer o perfil genérico dos formandos candidatos ao grupo de formação; 2. Promover métodos de articulação com todos os elementos da equipa, com vista à definição de estratégias de trabalho conjunto, nomeadamente em co-docência, caso esta se aplique; 3. Definir o cronograma de desenvolvimento do curso; 4. Construir o horário da formação, exceptuando-se as entidades cuja definição daquele seja feita pelo órgão de gestão; 5. Planificar as actividades iniciais do percurso formativo; 6. Projectar as primeiras sessões conjuntas da área de PRA, no caso dos cursos de nível secundário; 7. Calendarizar as reuniões de equipa, com uma periodicidade preferencialmente mensal. Programa Reactivar - Orientações 27/38

Reuniões periódicas 1. Planificar as actividades integradoras, a partir das UC/UFCD que estiverem a ser trabalhadas, de acordo com cada fase do percurso formativo; 2. Aferir sobre as condições de funcionamento do curso, nomeadamente quanto a equipamentos e recursos; 3. Fazer um balanço sobre o envolvimento e resultados que cada formando do respectivo grupo de formação vai demonstrando, com efeitos na programação das actividades individuais e conjuntas a realizar; 4. Calendarizar sessões conjuntas da área de PRA e respectiva planificação de acções a desenvolver (organização/acompanhamento/avaliação do PRA e/ou validação de UFCD), quando se trate de cursos de nível secundário; 5. Caracterizar periodicamente o grupo de formação quanto a parâmetros como a assiduidade, a pontualidade, o relacionamento interpessoal, a colaboração em trabalhos de grupo e a responsabilidade pessoal (entre outros); 6. Desenvolver outras actividades, que decorram do processo formativo e que sejam consideradas importantes para o sucesso do mesmo. Reuniões finais 1. Identificar potencialidades e constrangimentos, de natureza variada, dentro do grupo de formação; 2. Registar as validações obtidas num determinado período de formação. No caso do nível secundário, esta tarefa decorre da realização de sessões conjuntas da área de PRA, com o objectivo de avaliar e validar uma ou várias UFCD; 3. Reorientar as estratégias de formação de acordo com os resultados que forem sendo evidenciados, tanto a título individual como relativamente ao grupo de formandos; 4. Reflectir sobre as práticas de formação, como forma de promoção de ajustamentos no desempenho de cada um dos elementos da equipa pedagógica a cada realidade em concreto. Programa Reactivar - Orientações 28/38

Horários O desenvolvimento dos cursos deve organizar-se com base nas seguintes cargas horárias diárias, em função do regime adoptado pela entidade: 1. Regime Laboral (diurno ou a tempo integral) - 6 a 7 horas diárias, 30 a 35 horas semanais; 2. Regime Pós-Laboral - 3 a 4 horas diárias. A carga horária deve adequar-se às características e necessidades do grupo em formação, salvo quanto ao período de FPCT, em que a distribuição horária deve ser determinada em função do período de funcionamento da entidade enquadradora. Nos cursos de dupla certificação, o número de UFCD da componente tecnológica e respectiva carga horária de formação é, na maioria dos percursos, superior ao número UFCD e carga horária das UFCD da formação de base, factor que determinará a necessidade de se ponderar uma distribuição equilibrada das duas componentes no horário de funcionamento dos cursos. No caso ainda dos percursos flexíveis, que integram formandos encaminhados pela Rede Valorizar, levanta-se um conjunto de questões que tornam a organização dos horários uma tarefa complexa: uma vez que um percurso genérico integra um conjunto de percursos individuais, com cargas horárias associadas a cada adulto, isso terá implicações nos tempos de realização de determinados módulos de formação, sendo que poderá haver momentos de validação e certificação distintos dentro de um mesmo grupo de formação. Sugestões de critérios a considerar na elaboração dos horários: 1 - Os cursos de dupla certificação devem funcionar tendo em consideração uma lógica de alternância horária entre as componentes da formação de base e tecnológica, de forma a garantir que se possa realizar um trabalho integrado e articulado entre as mesmas. Esta distribuição implica a ponderação sobre o peso de cada componente em Programa Reactivar - Orientações 29/38