CONSERVAÇÃO DE FOLHAS DE COUVE MINIMAMENTE PROCESSADAS

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Transcrição:

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22 149 CONSERVAÇÃO DE FOLHAS DE COUVE MINIMAMENTE PROCESSADAS Marcelo Augusto Gutierrez Carnelossi 1, Ebenézer de Oliveira Silva 2, Rodrigo da Silveira Campos 3, Nilda de Fátima Ferreira Soares 4, Valéria de Paula Rodrigues Minim 5, Rolf Puschmann 6 RESUMO O presente trabalho investigou o efeito da temperatura e do tipo de embalagem na conservação póscolheita de folhas de couve (Brassica oleracea cv. acephala) minimamente processadas. Folhas minimamente processadas foram armazenadas em dois tipos de embalagens de poliolefina multicamada com diferentes permeabilidades a O 2 e CO 2 e em caixas PET. As embalagens, contendo 2g de produto, foram armazenadas a 1, 5 e 1 1 o C durante 15 dias. Couve armazenada a em embalagem com alta permeabilidade, manteve a qualidade por até 1 dias, com base na retenção dos teores de clorofila, carotenóides e vitamina C, apresentando, também, elevada aceitabilidade sensorial. Nos produtos armazenados em embalagens com baixa permeabilidade, a 1 e, os teores de clorofila total, carotenóides e se mantiveram constantes até o 5 dia de armazenamento. No entanto, o teor de vitamina C, decresceu com o tempo de armazenamento, observando-se maiores níveis sob embalagens com baixa permeabilidade. No entanto, a, o teor de clorofila total e vitamina C reduziram-se consideravelmente, em todos os tratamentos, e no décimo dia o produto se apresentava deteriorado. Palavras chaves: Brassica oleracea cv acephala, processamento mínimo, embalagem, pós-colheita CONSERVATION OF MINIMALLY PROCESSED KALE LEAVES ABSTRACT The present work investigated the effect of the temperature and the packing type on the post harvest conservation of minimally processed kale leaves (Brassica oleracea cv. acephala). Minimally processed kale leaves were stored in two types polyolefin multilayer packing, which had different permeability to O 2 and CO 2 and PET boxes. Those Packings, which contained 2g of product, were stored for 15 days at 1, 5 and 1±1 o C. Kale stored at 5 C in high permeability pack, maintained the quality for 1 days, according to the measured chlorophyll loss, carotenoids and vitamin C contents, presenting also, high sensorial acceptability. The products that were stored in low packing permeability at 1 and 5 C had the total chlorophyll and carotenoids constant until the 5 th day of storage. However, the vitamin C, decreased with storage time, and larger levels under low permeability packing were observed. Total chlorophyll and vitamin C was reduced considerably for 1 C, for all treatments, and the product presented itself deteriorated at the tenth day. Keywords: Brassica oleracea cv acephala, minimum processing, packing, post harvest 1 Bolsista DCR, Doutor do Departamento de Engenharia Química da UFS, Av Marechal Rondon s/n, Cidade Universitária, CEP 491-, São Cristovão, SE Tel. (79)-232 242/ 212 6686, e-mail: magcarnelossi@ig.com.br 1 Pesquisador, Doutor da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza CE, e-mail:ebenezer@cnpat.embrapa.br 1 Bolsista de PIBIC do Departamento de Biologia Vegetal, DBV/UFV, CEP36571-, Viçosa-MG, e-mail: rodrigocamp@yahoo.com 1 Professora, Ph D do Departamento de Tecnologia de Alimentos, DTA/UFV,CEP36571-, Viçosa-MG., e-mail: nfsoares@ufv.br 1 Professora Doutora do Departamento de Tecnologia de Alimentos, DTA/UFV, CEP36571-, Viçosa-MG, e-mail: vprm@ufv.br 1 Professor, Ph D do Departamento de Biologia Vegetal, DBV/UFV,CEP36571-, Viçosa-MG, e-mail:rolf@ufv.br

15 Conservação de folhas de couve minimamente processadas, Carnelossi et al. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, tem-se verificado um grande interesse na produção de frutos e hortaliças, minimamente processados, devido as acentuadas mudanças no estilo de vida das pessoas, o qual diminuiu o tempo disponível para preparo de frutas e vegetais, tanto em nível familiar, como nos restaurantes de comidas rápidas e hotéis (Beaulieu et al., 1997). Outro fator importante, para o aumento na produção de alimentos minimamente processados foi a tendência crescente de obtenção, pelos consumidores, de alimentos saudáveis, frescos e de alta qualidade. No Brasil, diversos são os produtos potencialmente utilizáveis, como minimamente processados, destacando-se o repolho, a taioba, a serralha e a couve. Essa última é altamente consumida pela população brasileira, o que viabiliza seu uso, como minimamente processado. O processamento mínimo é definido como qualquer alteração física, em frutos ou hortaliças, mas que mantém o estado fresco desses produtos (International Fresh Cut Produce Association - IFPA, 1999). O processamento mínimo inclui operações de seleção, lavagem, classificação, corte (fatiamento), sanitização, centrifugação, embalagem e refrigeração, realizadas de modo a obter-se um produto comestível fresco e que não necessite de subseqüente preparo (Rolle & Chism, 1987; Howard & Griffin, 1993). Entretanto, o processamento mínimo causa injúrias, induzindo respostas fisiológicas e bioquímicas acentuadas, em relação àquelas observadas em produtos intactos, diminuindo a sua conservação póscolheita. O armazenamento adequado de produtos minimamente processados é um dos pontos críticos para o sucesso do processamento mínimo (Schlimme & Rooney, 1994). A utilização de embalagens e de temperaturas adequadas pode manter um produto livre de microrganismos patogênicos, com maior manutenção da sua qualidade e uma maior vida de prateleira. Nesse sentido, as embalagens atuam como um veículo protetor, minimizando a perda de água do produto, característica acentuada nos produtos minimamente processados. As embalagens atuam, também, na redução da taxa respiratória do produto, durante o seu armazenamento, proporcionando uma adequada atmosfera para maior conservação e manutenção da qualidade dos produtos minimamente processados, bem como, facilitando o transporte, a manipulação e a venda deles. Assim sendo, a utilização de embalagens tem sido uma prática indispensável para o armazenamento e a proteção dos produtos minimamente processados (Schlimme & Rooney, 1994). O tipo de embalagem a ser utilizada para armazenamento de produtos minimamente processados depende de vários fatores, como por exemplo, a permeabilidade das embalagens a gases, o tipo de produto e a sua taxa respiratória, a temperatura de armazenamento, dentre outras. Todas essas características, em conjunto, quando adequadas, permitem um maior tempo de vida de prateleira dos produtos minimamente processados (Schlimme & Rooney, 1994). De acordo com Schlimme & Rooney (1994), dentre as funções das embalagens incluemse, ainda, proteção contra danos mecânicos, durante a manipulação, preservação ou retardamento da decomposição química e manutenção da integridade do produto, proporcionando uma aceitável aparência, cor e textura e nenhum ou níveis aceitáveis de contaminação do material. O presente trabalho teve por finalidade investigar o efeito de três diferentes tipos da embalagens e da temperatura na conservação póscolheita de folhas de couve minimamente processadas. MATERIAL E MÉTODOS Plantas de couve (Brassica oleracea cv. acephala) foram cultivadas continuamente na horta da Universidade Federal de Viçosa, MG. As folhas foram colhidas com aproximadamente 35 a 4 cm de comprimento (Medina, 1991), imediatamente levadas ao laboratório, colocadas em bandejas com o pecíolo imerso em água e armazenadas por 4 a 8 horas em câmara fria a 6 até o seu processamento. O Processamento mínimo constituiu-se das etapas de seleção, padronização e lavagem, fatiamento, sanitização, enxagüe, centrifugação, embalagem e armazenamento. Todas as etapas foram realizadas em laboratório refrigerado com temperaturas em torno de 18 2 C. As folhas de couve foram lavadas com água corrente e retiradas a nervura central. O corte foi realizado com auxílio de um processador industrial para vegetais (Skymsem), equipado com lâmina para corte de 1mm, gerando fatias de couve com espessuras de 1-3 mm. Na sanitização, o produto cortado foi imerso em água resfriada a com gelo, contendo 2 mg/l de cloro ativo, por 1 minutos (Simons & Sanguansri, 1997). A seguir, foi feito um enxagüe em água resfriada a, que continha 3 mg/l de cloro ativo, para retirada do excesso de sanitizante. A couve minimamente processada foi centrifugada por 1 minutos, utilizando-se uma Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22

Conservação de folhas de couve minimamente processadas, Carnelossi et al. 151 centrífuga doméstica (Arno) de pequeno porte, com velocidade constante equivalente a 8 x g. As características das embalagens utilizadas para o armazenamento de folhas de couve minimamente processadas são apresentadas no Quadro 1. Em cada embalagem foram colocados 2 g de folhas de couve minimamente processadas e seladas a quente, com o auxílio de uma seladora comercial (modelo AP45, Tec Mac). As amostras embaladas foram armazenadas em expositores verticais com circulação de ar (Metalfrio), a temperaturas de 1, 5 e, por até 15 dias. Durante o período de armazenamento foram retiradas amostras, a cada 5 dias, para determinação dos teores de clorofila e carotenóides, sólidos solúveis ( Brix), vitamina C e realizada análise sensorial. Os teores de clorofila e de carotenóides foram avaliados pelo método proposto por Lichtenthaler (1987) modificado por Carnelossi (2). O teor de sólidos solúveis totais ( Brix) foi determinado com o auxílio de um refratômetro de Abbé. Os teores de vitamina C foram determinados de acordo com a metodologia proposta pela American Official Analysis of Chemistry (AOAC, 39.51), com adaptações (Carnelossi, 2). Foi avaliada a aceitabilidade sensorial da couve minimamente processada, em diferentes tipos de embalagens e temperaturas, durante o armazenamento. Os testes de análise sensorial foram realizados no Laboratório de Análise Sensorial do Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFV, utilizando-se grupos de 3 provadores não treinados, por sessão. As análises foram realizadas, sob iluminação natural, em cabines individuais, para avaliar a aparência visual. Para cada provador foram oferecidas amostras de 3g de couve minimamente processada. Quadro 1 - Características das embalagens utilizadas para armazenamento de folhas de couve minimamente processadas Tipo Característica Permeabilidade 1, 2 (cm 3 m -2 dia -1 ) (g.m -2.dia -1 ) O 2 CO 2 H 2 O Poliolefina Baixa permeabilidade 6-8 18-24,9-1,1 Multicamadas 2 Alta permeabilidade 165 32 5, Polietileno Tereftalato (PET) 3 Caixa PET com tampa - - - 1- Fornecida pelo fabricante, Cryovac 2-Dimensões: 18x22cm de largura e comprimento, respectivamente 3-Dimensões: 12x2x8cm de largura, comprimento e altura, respectivamente Os provadores preencheram uma ficha individual de avaliação para cada amostra. Foi utilizada uma Escala Hedônica de nove pontos para as avaliações, sendo os extremos o valor 1, atribuído ao termo hedônico "desgostei extremamente", e o valor 9, atribuído ao termo "gostei extremamente" O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições para cada tratamento. Os dados foram expressos como médias. Teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, foi aplicado para detecção de diferenças de médias entre os tratamentos. Para a análise sensorial, os resultados foram avaliados por meio de análise de variância. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do programa de computação SAEG 5, Central de Processamento de Dados UFV. RESULTADOS E DISCUSSÃO Verificou-se, nos produtos armazenados em embalagens de baixa permeabilidade, a 1 e, que os teores de clorofila total (Figura 1) e carotenóides (Figura 2) se mantiveram constantes, durante todo o período de armazenamento. A, os teores de clorofila, em embalagens de baixa permeabilidade, reduziram-se em aproximadamente 23% até o décimo dia, quando o produto foi descartado por estar deteriorado e com sinais visíveis de senescência. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22

152 Conservação de folhas de couve minimamente processadas, Carnelossi et al.,9 Baixa permeabilidade,4 Baixa permeabilidade Clorofila (mg.g -1 MF),6,3 Carot. (mg.g -1 MF),3,2,1 1C 5C 1C,9 Alta permeabilidade,4 Alta permeabilidade Clorofila (mg.g -1 MF),6,3 Carot. (mg.g -1 MF),3,2,1 1C 5C 1C,9 Caixa,4 Caixa Clorofila (mg.g -1 MF),6,3 Carot. (mg.g -1 MF),3,2,1 1C 5C 1C Dias de Armazenamento Figura 1 - Teores de clorofila total em couve minimamente processada, em embalagens de poliolefina multicamada e caixa PET, durante armazenamento a 1, 5 e 1. As barras representam o erro padrão da média. Figura 2 - Teores de carotenóides em couve minimamente processada, em embalagens de poliolefina multicamada e caixa PET, durante armazenamento a 1, 5 e 1. As barras representam o erro padrão da média. No material armazenado, em embalagem com alta permeabilidade, ou em caixas PET mantidas a, os teores de clorofila (Figura 1) e carotenóides (Figura 2) permaneceram constantes, durante todo o período experimental. A, acentuada redução foi observada, após o quinto dia de armazenamento, antecipando a perda de clorofila, em relação ao produto armazenado a. Isso ocorre devido ao efeito da baixa temperatura sobre a diminuição do metabolismo do produto e, conseqüentemente, no controle de processos degradativos e sobre a senescência dele, como preconizado por Heaton & Marangoni (1996). Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22

Conservação de folhas de couve minimamente processadas, Carnelossi et al. 153 Verificou-se ainda, que produtos armazenados em caixas PET ressecaram, consideravelmente, a partir do quinto dia de armazenamento. Isso ocorreu porque a umidade relativa nos expositores foi muito baixa (7-8%) para produtos minimamente processados. O corte favorece a perda de água dos tecidos devido à maior exposição desses tecidos à baixa umidade relativa do ambiente (Brecht, 1995). A perda de água em tecidos cortados aumenta entre três e dez vezes, dependendo do tipo de órgão ou corte (Brecht, 1995). O ressecamento de produtos minimamente processados é bastante crítico para a manutenção de sua qualidade e aparência visual, limitando seu valor de mercado. Dessa forma, não é recomendável o armazenamento de couve minimamente processada no tipo de caixas PET utilizadas. Sól. Soluveis ( o Brix) 12 8 4 Baixa permeabilidade Vit. C (mg.1g -1 MF) 3 2 1 Baixa permeabilidade Sól. Solúveis ( o Brix) 12 8 4 Alta permeabilidade Vit. C (mg.1g -1 MF) 3 2 1 Alta permeabilidade Sól. Solúveis ( o Brix) 12 8 4 Caixa Dias de Armazenamento Vit. C (mg.1g -1 MF) 3 2 1 Caixa Figura 3 - Teores de sólidos solúveis ( Brix) em couve minimamente processada, em embalagens de poliolefina multicamada e caixa PET, durante armazenamento a 1, 5 e 1. As barras representam o erro padrão da média. Figura 4 - Teores de vitamina C em couve minimamente processada, em embalagens de poliolefina multicamada e caixa PET, durante armazenamento a 1, 5 e 1. As barras representam o erro padrão da média. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22

154 Conservação de folhas de couve minimamente processadas, Carnelossi et al. Os teores de sólidos solúveis (Figura 3) de couve minimamente processada, armazenada em embalagens de poliolefinas multicamada a 1 e, mantiveram-se constantes, em torno de 7 Brix, durante os 15 dias de armazenamento (Figura 3). Quando mantidas em caixas PET a 5 e, verificou-se um aumento no teor de sólidos solúveis de 7 para 12 Brix, sugerindo que nesses produtos ocorreu grande perda de água, concentrando assim, sólidos solúveis. Os níveis de vitamina C permaneceram entre 15 e 2 mg.1g -1 (MF) nos materiais acondicionados em todas as embalagens, até o quinto dia de armazenamento, sob as três temperaturas (Figura 4). A, o teor de vitamina C decresceu com o tempo de armazenamento (Figura 4). A, os teores de vitamina C caíram, bruscamente, após cinco dias de armazenamento, em todos os tratamentos, indicando grande perda de qualidade do produto (Figura 4), coincidindo com a deterioração visível observada. Os resultados obtidos indicam, também, que a degradação de vitamina C de couve minimamente processada aumenta com o incremento da temperatura. Quedas nos teores de vitamina C, em couve minimamente processada, durante o armazenamento a diferentes temperaturas, foram observadas (Beaulieu et al. 1997). Segundo esses autores, folhas de couve minimamente processadas armazenadas a 2 C apresentaram queda de até 12% após 3 horas de armazenamento, enquanto que a 4 C, foram observadas quedas de apenas 18% nos teores de vitamina C após 42 horas de armazenamento. Em Brocolis Favell (1998) observou-se retenção dos teores de vitamina C, por até 14 dias, quando armazenado a baixas temperaturas, indicando um controle da temperatura sobre a degradação de vitaminas (Klein, 1987). Os resultados obtidos vêm ao encontro com o preconizado por Klein (1987), de que vitamina C pode ser utilizada como um indicador de qualidade, por ser altamente sensível a variações de temperatura e oxigênio, dentre outros fatores envolvidos no processo de senescência do produto. Amostras de couve armazenadas em poliolefina multicamada, a 1 e, apresentaram maior aceitabilidade (p<,5), por até 5 dias, em relação àquelas armazenadas durante 1 e 15 dias, e situaram-se entre os valores 8 e 9 da escala hedônica, referente aos termos "gostei muito" e "gostei extremamente", respectivamente (Quadro 2). No entanto, nessas embalagens, a aceitação do produto, quando armazenados a, caiu a partir do quinto dia, situando-se no limite estipulado para aceitação do produto (valor 6, "gostei ligeiramente") ou abaixo dele, as quais não mais seriam aceitas comercialmente. Produtos armazenados em embalagens com baixa permeabilidade e, em caixa, mantidos a, apresentaram boa aceitação até o 15 o dia (Quadro 2). A, as amostras armazenadas em embalagens de alta permeabilidade e caixa PET obtiveram boa aceitação até o 1 o dia de armazenamento (Quadro 2). A, houve aceitação comercial, apenas, até o quinto dia (Quadro 2). Quadro 2 - Teste de aceitação (aparência) para couve minimamente processada armazenada em embalagens de poliolefina multicamada com alta e baixa densidade e caixa plástica, armazenada a 1, 5 e 1 Aceitabilidade Embalagens Temperaturas ( C) 1 8,9 a 8,3 a 6, b 6,8 b Baixa permeabilidade 5 8,9 a 8, a 3, b 2,3 b 1 8,9 a 6,6 b 3,7 c 1 8,9 a 8,5 a 7,5 a 6,9 b Alta permeabiliade 5 8,9 a 8,3 a 6,4 b 2,7 c 1 8,9 a 6,9 b 6, b 1 8,9 a 8,6 a 7,8 a 7, b Caixa PET 5 8,9 a 8,4 a 6,5 b 3, c 1 8,9 a 7, b 6,3 b Números seguidos de mesma letra nas linhas não diferem estatisticamente, em nível de 5% de probabilidade, pelo teste Scott-Knott. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22

Conservação de folhas de couve minimamente processadas, Carnelossi et al. 155 Amostras de couve armazenadas em embalagens de baixa permeabilidade, a 5 e, obtiveram boa aceitação comercial, apenas, até 5 dias de armazenamento, após esse período, o produto apresentou cheiro desagradável e apresentou-se deteriorado. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que a embalagem com alta permeabilidade foi a mais indicada para o armazenamento de couve minimamente processada. Nessas embalagens, os níveis de clorofila (Figura 1), carotenóides (Figura 2), sólidos solúveis (Figura 3) e os teores de vitamina C (Figura 4) permaneceram elevados por até 1 dias de armazenamento a. Observou-se, também, que a couve embalada em poliolefina com alta permeabilidade, mantida a, apresentou maior aceitabilidade (Quadro 2), além de não apresentar cheiro desagradável e não ficar ressecada (observação visual, dados não quantificados). CONCLUSÕES Com base na manutenção dos teores de clorofila, carotenóides, sólidos solúveis e vitamina C durante 1 dias de armazenamento a, a embalagem de poliolefina multicamada com alta permeabilidade manteve a qualidade da couve minimamente processada, apresentando também elevada aceitabilidade sensorial. As demais embalagens não foram eficientes na conservação da couve minimamente processada por este período. Dentre as temperaturas testadas para armazenamento de couve minimamente processada (1, 5 e ) observou-se que a melhor foi 1 o C, superando os efeitos de todas as embalagens. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Beaulieu, J.C., Oliveira, F.A.R., Fernandes, T.D., Fonseca, S.C., Brecht, J.K. Fresh-cut kale: quality assessment of portuguese storagesupplied product for development of a MPA system. CA'97 Proceedings, v.5, p.145-51. 1997. Brecht, J.K., Physiology of lightly processed fruits and vegetables. HortScience, v. 3, n. 1, p. 18-22, 1995. Carnelossi, M.A.G., Fisiologia pós-colheita de folhas de couve (Brassica oleracea cv, acephala) minimamente processadas. 2. 81f. Tese (Doutorado em Fisiologia Vegetal), Viçosa, MG/UFV, 2. Favell, D.J. A comparison of the vitamin C content of fresh and frozen vegetables. Food Chem., v. 62, n. 1, p.59-64, 1998. Heaton, J.W., Marangoni, A.G. Chlorophyll degradation in processed foods and senescent plant tissues. Trends Food Sci. Tech., v.7, p.8-15, 1996. Howard, L.R., Griffin, L.E. Lignin formation and surface discoloration of minimaly processed carrot sticks. J. Food Sci., v. 58, n. 5, p. 165-7, 1993. IFPA. Fresh-cut produce handling guidelines. 3ed., Produce Marketing Association, Newark, 1999, 39p. Klein, B.P. Nutritional consequences of minimal processing of fruits and vegetables. J. Food Qual., v.1, p.179-93, 1987. Lichtenthaler, H.K. Chlorophylls and carotenoids: pigments of photosynthetic biomembranes. In: Packer, L.,Douce, R. (Eds.). Methods in enzimology. London: Academic Press, v.148, p.35-81, 1987. Medina, V.M. Crescimento e senescência foliar da couve (Brassica oleracea, L. var. acephala) 1991.65 f. Dissertação (Mestrado em Fisiologia Vegetal). Viçosa, MG/UFV, 1991. Rolle, R., Chism, G.W. Physiological consequences of minimally processed fruits and vegetables. J. Food Quality, v.1, p.157-65, 1987. Schlimme, D.V., Rooney, M.L. Packing of minimally processed fruits and vegetables. In: WILEY, R.C.(Ed.). Minimally processed refrigerated fruits & vegetables. London: Chapman & Hall. 1994. p.135-82. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22

156 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DOUTORADO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS O curso de Doutorado em Engenharia de Processos foi criado por Resolução 1/99 do CONSUNI da UFPB. Foi credenciado pela CAPES em março/22. As inscrições para o Processo de Seleção para ingresso no Doutorado de Engenharia de Processos são abertas anualmente para inicio a partir de março de cada ano, sendo o período de inscrição realizado entre outubro e novembro do ano anterior. DOCUMENTOS EXIGIDOS: Formulário de Inscrição devidamente preenchido Duas cartas de Recomendação (formulário específico) 2 fotos 3x4 recentes Cópia do diploma de Mestre ou documento equivalente Curriculum Vitae do candidato (com comprovantes) Históricos Escolares da graduação e do Mestrado Plano preliminar de Tese aceito por um orientador credenciado pelo Curso Cópia autenticada da carteira de identidade. Prova de estar em dia com as obrigações militares e eleitorais A seleção dos candidatos será realizada com base na análise do Curriculum Vitae (peso 4) Histórico Escolar (peso 4) e Plano de Tese aceito por Professor cadastrado no Curso (peso 2) O Plano de Tese, com um máximo de 6 páginas, deverá incluir introdução, justificativa, objetivos e metodologia. Apresentação Oral do Plano de Tese: Data da apresentação deve-se consular a Coordenação Vagas: 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS LINHAS DE PESQUISA: PROCESSOS TÉRMICOS SEPARAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIA DE MATERIAIS OBJETIVOS: O Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Campina Grande tem uma ampla e reconhecida tradição nos cursos de pós-graduação em diversas áreas de Engenharia. Modernamente, tendo em vista os recentes progressos no ensino de engenharia, ações que privilegiem atuações multidisciplinares entre áreas afins, são fortemente recomendadas. O Curso de Doutorado em Engenharia de Processos, de natureza interdisciplinar, aglutina docentes dos Departamentos de Engenharia Química, de Materiais, Mecânica e Agrícola em torno de tópicos relativos à Engenharia de Processos, principalmente, através da abordagem de problemas regionais. O objetivo primário do Doutorado em Engenharia de Processos é a pesquisa, treinamento e formação de pessoal altamente capacitado, utilizando os princípios fundamentais da Ciência da Engenharia aplicados ao estudo dos fenômenos das transformações, operações e processos envolvidos nas indústrias de diversos setores, tais como: químico, cerâmico, plásticos, bioquímico, farmacêutico, agroalimentar, metalúrgico, etc. Alunos do Curso tem atualmente bolsas da CAPES, CTHIDRO e ANP. Cada uma das duas linhas de pesquisa, oferecidas pelo programa, inclui grandes temas de pesquisa de natureza multidisciplinar, que contemplam o desenvolvimento de uma série de projetos específicos voltados para a área de Desenvolvimento de processos. Maiores informações consultar http://www.cct.ufpb.br/ Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 22

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