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Transcrição:

UREIA CREATININA ÁCIDO ÚRICO CÁLCIO FOSFATO MAGNÉSIO OUTROS IÕES INORGÂNICOS: FERRO ZINCO COBRE CRÓMIO UREIA NH 2 NH 2 É sintetizada no fígado e constitui o principal produto excretor resultante do metabolismo protéico C Filtrada pelos glomérulos O Reabsorvida (40%) a nível do túbulo proximal Pequenas quantidades são excretadas pelo tracto gastrointestinal e pela pele Aumento: - estados catabólicos (ex.: febre e stress) - dieta rica em proteínas - absorção de aminoácidos e peptídeos após uma hemorragia gastrointestinal - desidratação -síndrome nefrótico fóti Diminuição: - baixa ingestão de proteínas - alguns casos de doença hepática - aumento da síntese de proteínas (infância e final da gravidez)

UREIA (cont.) Doseamento de ureia Amostra: soro, plasma e urina - Grandes concentrações de citrato ou fluoreto de sódio inibe a urease - conservar a urina refrigerada, adição de timol (se houver contaminação bacteriana há produção de amónia) Métodos: Método com urease urease Ureia + H 2 O NH 4+ + HCO 2-3 a) Quantificação da amónia produzida usando a reacção de Bertholet nitroprussiato i t NH 4+ + NaClO + fenol Indofenol b) Quantificação da amónia produzida por um ensaio enzimático acoplado GLDH NH 4+ + alfacetoglutarato + NADH ácido glutâmico + NAD + +H 2 O... Método directos H 2 C O=C CREATININA CH 3 Provem da creatina fosfato ou da creatina (sintetizada principalmente no fígado a partir da arginina, glicina e metionina) N Filtrada pelo glomérulo C NH Pequenas quantidades (até 15%) são secretadas pelos túbulos renais, logo a quantidade d filtrada não corresponde à quantidade d N excretada erro por excesso na GFR Os níveis plasmáticos não são dependentes da dieta, reflectem só a produção endógena (depende da massa muscular) e a taxa de filtração glomerular Doseamento da creatinina Amostra: soro, plasma e urina Métodos: Método baseados na reacção de jaffé OH - creatinina + picrato complexo corado Métodos enzimáticos - ex.: formação de piruvato ou H 2 O 2

Intervalos de referência soro urina (24 horas) clearence Ureia 8-23 mg/dl 6-17 g/d Creatinina adulto criança (<2anos) 0,6-1,2 mg/dl 0,3-0,6 mg/dl homem 1,0-2,0 g/d 107-139 ml/min mulher 0,8-1,8 g/d 87-107 ml/min ÁCIDO ÚRICO É o produto final do metabolismo das bases puricas (adenina e guanina) A ph fisiológico 98% está sob a forma ionizada Excreção renal e intestinal Fonte de purinas: Diminuição: Deficiente da xantina oxidase Lesão hepática grave Alterações tubulares renais Dieta (ex.: álcool l causa desidratação, que favorece a precipitação de uratos) Degradação dos nucleótidos endógenos (ex.: neoplasias, quimioterapia) Síntese de novo Diminuição da excreção renal Níveis mais elevados: no homem nos grupos socio-económicos mais elevados

ÁCIDO ÚRICO Síntese de novo Ácidos nucleícos síntese de novo Ácidos nucleicos Adenina Hipoxantina Guanina Dihidroadenina Xantina xantina oxidase ácido úrico ÁCIDO ÚRICO Gota 70% dos pacientes com gota primária têm uma síntese aumentada de ácido úrico CORRELAÇÃO CLÍNICA A história natural da gota desenvolve-se através de três fases clínicas bem definidas: - Hiperuricemia assintomática; - Ataques recorrentes de artrite gotosa aguda, intercalados com períodos assintomáticos (intercríticos); - Artrite gotosa crónica Um longo período de hiperuricemia assintomática quase sempre precede o primeiro ataque de artrite aguda

Função Renal Função renal: Excreção de metabolitos ÁCIDO ÚRICO (cont.) Causas de hiperuricemia Aumento da formação aumento da ingestão de ácido úrico aumento da síntese de purinas (idiopática ou inerente a um problema metabólico) aumento da renovação dos ácidos nucleicos (desordens mieloproliferativas, carcinomatoses, anemia hemolítica crónica, drogas citotóxicas,...) Diminuição da excreção pelo rim doença renal crónica drogas (diuréticos, especialmente as tiazidas) envenenamentos (chumbo) ácidos orgânicos (ác. láctico, ác. acetoacético e hidroxibutirato) Hiperparatiroidismo Função Renal Função renal: Excreção de metabolitos ÁCIDO ÚRICO (cont.) Porque é que o álcool aumenta o risco de gota? O álcool pode aumentar a concentração de ácido úrico no organismo. Existem duas causas que levam ao aumento do ácido úrico no organismo: - menor remoção do ácido úrico do organismo pelos rins - maior produção de ácido úrico no organismo O álcool pode afectar tanto a remoção como a produção É sabido que quando o álcool é convertido em ácido láctico, reduz a quantidade de ácido úrico removido do organismo através dos rins. Isto porque o ácido láctico compete com o ácido úrico no processo de remoção renal para a urina. Também é sabido que o aumento do etanol (álcool) no organismo aumenta a produção de ácido úrico porque aumenta a quantidade de ATP que é convertido em AMP um percursor do ácido úrico

ÁCIDO ÚRICO (cont.) Doseamento do ácido úrico Intervalo de referência soro homem mulher 4,0-8,5 mg/dl 2,7-7,3 mg/dl CÁLCIO Esqueleto:98% Circulação:2% Distribuição do cálcio no soro Cálcio total (2,25-2,60 mmol/l) Difusível 54% Não difusível (ligado a proteínas) 46% Livre (fisiologicamente activo) 47% Complexado (com fosfato e citrato) 7% Funções: Estrutural (ossos) Neuromuscular (contracção) Enzimática (coagulação) Hormonal (mensageiro secundário intracelular)

CÁLCIO (cont.) Absorção dependente: Vitamina D Hormona de crescimento Meio ácido Dieta rica em proteínas Aumento da absorção Ácido fitico Relação Ca 2+ /PO 4 3- >2 Alcalinidade intestinal Diminuição da absorção Alimentos ricos em cálcio Espargos, lentilhas, figos, nozes, gema, leite e derivados Regulação: PTH - hormona da paratiróide ( reabs. óssea, absorção intestinal e reab.) Calcitriol ( reabs. óssea, absorção intestinal e reabs.) Calcitonina (inibe a acção dos osteoclastos e reabs. intestinal) CÁLCIO (cont.) Doseamento do cálcio Amostra: soro ou plasma (sal lítio da heparina) Métodos - Absorção atómica - Eléctrodo selectivo de iões - Método colorimétrico: ex.: meio alcalino Cálcio+o-cresolftaleína (ag. complexante) complexo cálcio-o-cresolftaleína - comprimento de onda de máxima absorção: 575 nm - intensidade de cor é directamente proporcional à concentração de cálcio na amostra

CÁLCIO (cont.) Intervalos de referência Cálcio total mg/dl mmol/l Soro crianças 8,8-10,7 2,2-2,68 adultos 8,4-10,2 2,1-2,55 Urina mulher: <250 mg/24 horas homem: <300 mg/24 horas FOSFATO 80% - A nível do osso Anião intracelular predominante No LEC existe na forma de HPO 2-4 edeh 2 PO - 4 Regulação: PTH - hormona da paratiróide (reduz a concentração de fosfato, não afecta a concentração de hormona) Vitamina D ( reabs. óssea, absorção intestinal) Calcitonina ( reabs. Óssea) HOMEOSTASE DO CÁLCIO E FOSFATO Diminuição de cálcio - aumento da PTH (fostatúrico) e do calcitriol Diminuição de fosfato - aumento do calcitriol sem aumento da PTH (excesso de cálcio absorvido do intestino é excretado pelo rim)

FOSFATO (cont.) Doseamento do fosfato Amostra: soro, plasma (sal lítio da heparina), urina de 24 horas PO4 - fim da manhã PO4 - fim da tarde Métodos - determinação fotométrica do azul de molibdénio Intervalos de referência Soro mg/dl mmol/l Recém-nascido 3,5-8,6 1,13-2,78 Crianças 4,5-5,5 1,45-1,78 Adultos 2,7-4,5 0,87-1,45 Urina 24 horas 0,4-1,3 g/dia 12,9-42,0 mmol/dia MAGNÉSIO 50% - A nível do osso Existe em grandes concentrações intracelulares no miocárdio, músculo esquelético e fígado Funções: Activador enzimático Interfere na contracção muscular Transporte de iões Fosforilação oxidativa Regulação: Hormona da paratiróide ( reab. tubular) Aldosterona ( volume extracelular) Doseamente de magnésio: Amostra: soro, plasma (sal de lítio da heparina), urina de 24h acidificação Métodos: absorção atómica, colorimetria, titulação complexométrica,... Valores de referência: soro: 1,8-3,0 mg/dl (0,7-1,1 mmol/l) urina(/24h): 73-104 mg/dl (0,7-1,1 mmol/l)

A tabela periódica e a natureza 109 elementos 90 naturais na terra e sua atmosfera 110 111 112 114 116 118 A tabela periódica e a natureza C, H, O, N: 96% 96% + 3.6% 99.6%

Técnicas de análise Reacção colorimétrica ESI Fot. chama ESI titulação reacção color. 73 elementos = 0,4% A tabela periódica e o corpo humano

73 elementos = 0,4% Elementos vestigiários e ultra-vestigiários Diversos elementos vestigiários são "essenciais" (são necessários para a manutenção do estado de saúde) Outros não têm um papel biológico conhecido Todos podem tornar-se tóxicos se ultrapassados determinados limites A sua determinação em amostras biológicas (sangue total, soro, plasma, glóbulos rubros, urina, material de biópsias, fâneras...) importa para: Diagnóstico de doenças associadas a deficiências e/ou intoxicações Monitorização do tratamento das mesmas Elementos vestigiários e ultra-vestigiários em química clínica Monitorização de doentes em hemodiálise: diagnóstico de demência, osteodistrofia ou anemia inexplicada nestes doentes. A determinação é feita no soro.

Elementos vestigiários e ultra-vestigiários em química clínica Determinado no sangue total para diagnóstico de perturbações do sistema nervoso ou de anemia suspeita de associação a intoxicação por Pb. A determinação na urina serve geralmente para monitorizar o efeito da terapêutica com quelantes. Elementos vestigiários e ultra-vestigiários em química clínica Cofactor de numerosas enzimas. Determinado nos casos de suspeita de doença de Wilson (diminui a concentração no soro e aumenta a concentração na urina). Determinado em biópsia hepática para diagnóstico definitivo. Determinado também em casos de anemia hipocrómica microcítica resistente a terapêutica com ferro. Mais raramente para diagnosticar intoxicação acidental ou ocupacional.

Elementos vestigiários e ultra-vestigiários em química clínica Determinado no soro, sangue total ou urina quer para diagnóstico de deficiência quer de intoxicação. Diagnóstico de intoxicação acidental ou ocupacional. Determinado geralmente na urina, i mas a análise do cabelo também fornece informação relevante. Existe evidência de que a deficiência em Cr causa intolerância à glucose. Por outro lado, o Cr (VI) é reconhecidamente tóxico (carcinogénico pulmonar). A determinação de Cr na urina é usada para avaliar a exposição ocupacional [inalação e absorção de pó ou fumos contendo Cr (VI)]. Determinado na urina para diagnóstico de exposição ocupacional. Diagnóstico de intoxicação acidental ou ocupacional (ex.: fabrico de tintas). O Cd é reconhecidamente nefrotóxico. A determinação é feita no sangue total e na urina. Cofactor de enzimas, nomeadamente da glutationa peroxidase, é geralmente determinado no soro. É um elemento essencial, mas a relação entre as necessidades diárias e a quantidade tóxica é de apenas 10 vezes.