BBB. Rating NBC BANK BRASIL S.A. Bancos FUNDAMENTOS DO RATING



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Transcrição:

Relatório Analítico Semestral: JUN/10 Rating BBB O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial podem ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo. Data: 22/out/2010 Validade: 31/mar/2011 Sobre o Rating Perspectiva: Estável Observação: - Histórico: Jun/10: Afirmação: BBB (estável) Afirmação: A-3 (CP) Dez/09: Afirmação: BBB (estável) Afirmação: A-3 (CP) Jun/09: Afirmação: BBB (estável) Afirmação: A-3 (CP) Dez/08: Atribuição: BBB (estável) Atribuição: A-3 (CP) Analistas: Cátia Mota Tel.: 55 11 3377 0718 catia.mota@austin.com.br Mauricio Bassi Tel.: 55 11 3377 0709 mauricio.bassi@austin.com.br Austin Rating Serviços Financeiros Rua Leopoldo Couto Magalhães, 110 conj. 73 São Paulo SP CEP 04542-000 Tel.: 55 11 3377 0707 Fax: 55 11 3377 0739 www.austin.com.br FUNDAMENTOS DO RATING O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 22 de outubro de 2010, afirmou o rating de longo prazo BBB ( triplo B ) e de curto prazo A-3 para o NBC Bank Brasil. A perspectiva permanece estável. O NBC Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo teve origem na fundação do Banco Comercial Uruguai S.A. em 1997, em Porto Alegre. Atua na Região Sul do Brasil, por meio das carteiras comercial, leasing, câmbio, crédito, financiamento e investimento (financeira). Realiza operações junto a micro, pequenas e médias empresas do mercado brasileiro, além de grandes empresas em operações pontuais, especialmente empresas localizadas na Região Sul, com suas agências e escritórios localizados em Porto Alegre (matriz), Caxias do Sul (RS), Londrina (PR) e Joinvile (SC). Além de serviços financeiros, como captação de recursos e câmbio, atua com operações de crédito, como capital de giro, desconto de duplicatas, compror, vendor, conta garantida, CDC, CDC-I, leasing e resolução 3884. São efetuadas operações de empréstimos do exterior para seus clientes, com recursos do NBC do Uruguai, de acordo com a Lei 4131. Em 2006, seu controlador, o Nuevo Banco Comercial S.A. foi parcialmente privatizado, adquirido por um grupo de acionistas liderado pela Advent International, um dos líderes mundiais em private equity. Em junho de 2010, seus ativos montavam R$ 220,8 milhões e a carteira de crédito R$ 137,9 milhões. A manutenção da classificação ponderou seus adequados patamares de liquidez, elevada capitalização, estrutura de captação estável e em trajetória de diversificação, reduzindo a forte dependência de recursos de seu controlador, o Nuevo Banco Comercial do Uruguai. Foi considerada a capacidade de suporte do acionista, que conta com patrimônio de US$ 171,5 milhões e ativos totais na ordem de US$ 1,3 bilhão. Também, se fundamentou na qualidade de sua carteira de crédito que, embora concentrada regionalmente e entre grandes clientes, tem apresentado indicadores de inadimplência e perda adequados. A classificação também considera o seguimento de um Business Plan de longo prazo, que objetiva a diversificação das fontes de captação e a pulverização do risco individual por clientes, com redução do ticket médio das operações. Por outro lado, a classificação incorporou os desafios de um banco com autonomia relativamente baixa, sendo sua estratégia fortemente ligada ao seu controlador, além de uma estrutura de custos elevada, vis-à-vis a magnitude de seus ativos. Em 2010, o banco retomou a concessão de crédito, que foi retraída durante o ano de 2009, de acordo com o direcionamento do controlador, na expectativa dos desdobramentos da crise agravada em 2008. Dessa forma, após um período de retração, a carteira se expandiu durante 2010, refletindo em melhores indicadores de rentabilidade e, consequentemente, diluindo o custo ligado à atividade, o que é visto como positivo pela Austin Rating. O resultado de 2009 foi afetado pelo pagamento de débitos judiciais em discussão, por meio de acordo realizado em novembro de 2009, o banco decidiu pelo pagamento com desconto dos débitos contestados pela Receita Federal, sendo parte dos débitos liquidada com créditos tributários ativados. Tal evento elevou a parcela de prejuízos acumulados e reduziu o patrimônio líquido do banco, entretanto, este se mantém bem capitalizado, com ampla margem para crescimento das operações ativas, sem necessidade de aportes no curto prazo.

A classificação de risco de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e longo prazo da instituição. As notas atribuídas pela Austin Rating obedecem a uma escala de classificação nacional e servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias atuando no Brasil e, eventualmente, com atividades no exterior. A escala da Austin não leva em conta, e tampouco se limita, ao rating soberano do país, este empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação, Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração, Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazos) intrínsecos à instituição financeira em análise. A manutenção da classificação está alinhada com a metodologia de bancos da Austin Rating e se apoiou no acesso às informações contábeis e gerenciais do banco, bem como nas informações transmitidas em reunião com a administração. O disclosure apresentado nas demonstrações financeiras carece de maior grau de abertura de notas explicativas das contas do demonstrativo de resultados, do balanço patrimonial, de detalhes na composição da carteira de crédito, das faixas de atraso da carteira, composição dos depósitos e da composição do Patrimônio Líquido de Referência, à luz das parcelas de alocação de capital para as diferentes classes de risco, contempladas no enquadramento das instituições brasileiras ao Novo Acordo da Basileia (Basileia II). Entretanto, após solicitação, o grau de abertura das informações contábeis e gerenciais apresentadas pela administração do banco foi considerado satisfatório pelo Comitê. Permitiu ao Comitê uma análise adequada da evolução e composição das contas patrimoniais e do resultado, em linha com a metodologia de avaliação de riscos da Austin Rating. As demonstrações financeiras de junho de 2010 contêm pareceres dos auditores independentes, sem ressalvas. Qualidade dos Ativos Após um período de retração das atividades, ligada à postura conservadora de seu controlador, tendo em vista a crise financeira agravada em 2008, o NBC retomou a concessão de crédito durante o ano de 2010, com reflexo no aumento de seus ativos durante o primeiro semestre deste ano. O total de ativos perfez R$ 240,8 milhões no final de junho de 2010, auferindo crescimento de 25,5% frente a jun/09 e 9,1% na comparação com dez/09. A carteira de crédito manteve a representatividade nos ativos semelhante ao ano de 2009, em 57,3%, porém, inferior aos anos anteriores, quando representava 69,7% em 2008 e 83,5% em 2007. Ao final de junho de 2010, a carteira atingiu o montante de R$ 137,9 milhões, com crescimento de 17,2%, na comparação com jun/09, e de 8,9% comparado a dez/09. A carteira manteve composição semelhante aos períodos anteriores, com operações de capital de giro (30,2%), Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (17,9%), repasses da resolução 3844 (16,8%), leasing (12,3%), além de outros créditos com menor representatividade, como CDCI, CDC, desconto de título, compror, vendor, Finame e renegociação. Com a melhora do cenário econômico e aumento da liquidez no mercado, tem se observado a elevação da concorrência entre seus clientes de médio e grande porte por grandes instituições financeiras, o que tem pressionado o prazo das operações, porém não teve impacto no nível de garantias. O volume de créditos em atraso total teve drástica redução após a renegociação de grande parte dos créditos problemáticos, passando de R$ 13,5 milhões em junho de 2009 para R$ 2,9 milhões em junho de 2010. Com isso, o índice de inadimplência (que considera os contratos com atraso acima de 60 dias) passou de 8,2% em jun/09 para 2,1% em jun/10. O NBC manteve o nível de provisionamento dos períodos anteriores, entretanto, com a expressiva redução de créditos em atraso, as margens de cobertura tiveram significativa melhora. A provisão em jun/10 era equivalente a 70% o montante de crédito em atraso, enquanto em jun/09 a cobertura era de 41% e em dez/09 de 50%. Ressalta-se a elevação do volume de créditos baixados a prejuízo, no total de R$ 2,2 milhões no primeiro semestre de 2010 (R$ 0,7 milhão no mesmo período do ano anterior), o que contribui para redução dos créditos em atraso e, consequentemente, para redução dos indicadores de inadimplência Para esta classificação, também foram ponderadas as características da carteira de crédito, como a concentração em grandes clientes, o que aumenta sua vulnerabilidade frente a eventuais inadimplências de operações com representatividade elevada na carteira. Igualmente, a concentração de suas operações de crédito para empresas da 2

Região Sul vincula seu risco ao desempenho econômico dessa região, sendo que, em períodos de menor atividade econômica dos estados do Sul em relação a outras regiões, o crescimento e a qualidade da carteira podem ser diretamente afetados. O maior cliente representava 6,1% da carteira, enquanto os 20 maiores representavam 45,5%. Destaca-se como fator em observação, que um dos maiores clientes do banco encontra-se inadimplente e recentemente teve sua operação renegociada, sendo que este representava 5,2% da carteira total, impactando negativamente a percepção desta agência sobre a qualidade da carteira de crédito. Apesar de a maior operação em atraso ter sido alvo de renegociação, a constituição de provisão em maior nível abonaria a percepção desta agência de classificação de risco, quanto ao risco envolvido nas operações de crédito. A carteira de títulos e valores mobiliários manteve sua trajetória de retração, atingindo R$ 12,9 milhões ou o equivalente a 5,3% dos ativos. Estava aplicada em títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, classificados como disponíveis para venda. Capitalização Em junho de 2010, o patrimônio líquido somava R$ 53,3 milhões, sendo 2,6% maior que dez/09 e 7,3% inferior a dez/08. A retração do PL ainda sofre os efeitos do prejuízo auferido durante o ano de 2009, contabilizando a rubrica de prejuízos acumulados de R$ 9,8 milhões. Em linha com os anos anteriores, manteve-se pouco alavancado, tendo uma relação de crédito / PL de 2,6 vezes. Em que pese a elevação da carteira de crédito, o índice de Basileia recuou de 31,2% em dez/09 para 24,6% em jun/10, entretanto ainda está bastante elevado e proporciona ampla margem para ampliação da carteira, sem necessidade de capitalização. A Austin entende que seu controlador tem capacidade, no caso de necessidade de suporte. Destaca-se como fator relevante, a aquisição em dezembro de 2010 de 100% das ações ordinárias de seu controlador, o Banco NBC Uruguai, pelo Banco Canadense Scotiabank do antigo acionista, o Grupo Advent. A operação está em vias de formalização. A Austin entende que a alteração do controle do NBC Uruguai não afetará as atividades do NBC no Brasil, entretanto, acompanhará a troca do controle e gestão, além dos impactos na da estratégia da instituição. A Austin Rating entende como positivo o volume de capitalização do banco, porém, entende que há espaço para que o banco alavanque suas operações de crédito sem comprometer sua base patrimonial, o que também contribuiria para a diluição dos custos operacionais ligados à atividade de crédito, bem como contribuiria para resultados mais robustos. Tem como desafio se manter competitivo frente a um cenário de aumento da concorrência principalmente pela importante participação de grandes players no mercado bem como pelo achatamento dos spreads. Liquidez A estrutura de captação é composta por aplicações do acionista, CDBs, commercial papers e linhas de trade finance. Os depósitos se mantêm como sua principal fonte de funding, com R$ 68,9 milhões, ou 52,4% do total captado. Os recursos do controlador, embora tenham se reduzido, permanecem como importante fonte de captação, com R$ 43,2 milhões em jun/10, ou 32,9% do total, além de commercial papers emitidos no exterior junto a partes relacionadas, no montante de R$ 14,5 milhões (11% dos recursos captados). Embora os recursos do acionista tenham reduzido sua participação nos passivos em favor de CDBs captados junto a clientes, são considerados estratégicos, na medida em que apresentam como característica a estabilidade, quando comparados a outras fontes do mercado, e apresentam taxas competitivas. Considerando a cobertura de ativos e passivos por prazo, em junho de 2010, apresentava adequada estrutura de vencimentos no curto prazo, sendo que os ativos com vencimento até 90 dias representavam 1,7 vez os passivos com mesmo vencimento. Para os vencimentos entre 91 dias e 360 dias, a cobertura era de 1,1 vez e acima de um ano, de 1,22 vez. A linha de funding junto ao acionista é favorável para composição de sua estrutura de captação, na medida em que é caracterizado pela estabilidade que, por sua vez, está vinculada ao interesse do controlador em sua solvência. 3

Entretanto, cabe mencionar que o histórico do controlador revela um período de insolvência, que impactou na estrutura de captação do NBC Brasil, com a redução das linhas de funding disponíveis. Apesar de a restrição do funding não ter culminado em insolvência à época, o banco teve de readequar sua estratégia para geração de liquidez, resultando na redução de seu tamanho. Com isso, é importante ponderar que a diversificação das fontes de captação contribuiria para a independência da sucursal e gestão do risco de liquidez. O rating também incorpora os desafios enfrentados por um banco com atuação regional concentrada, com uma pequena rede de agências, o que dificulta o seu acesso à captação diversificada e aumenta, portanto, a sua dependência de recursos do acionista. Dessa forma, apesar de a captação concentrada em recursos do NBC Uruguai favorecer compatibilidade entre os prazos dos ativos e passivos, dada sua estabilidade, a solidez do controlador está intrinsecamente ligada à expansão de suas operações, na medida em que, as atuais linhas de crédito vigentes com o acionista não sejam renovadas, o NBC Brasil pode enfrentar dificuldades na recomposição da captação no mesmo espaço de tempo. Paralelamente, a estrutura de captação de depósitos apresenta elevada concentração entre os maiores aplicadores, sendo que o maior representava 34,7% do total de depósitos, os dez maiores 87,6% e os vinte maiores 92,0% do total. Portanto, deve ser ponderado o risco ligado à solidez do NBC uruguaio que, no passado recente, foi contaminado pela volatilidade dos depósitos provenientes da Argentina. Destaca-se que existe um limite para a captação junto ao controlador, uma vez que o NBC Uruguai pode destinar até 15% do seu patrimônio líquido (jun/10 US$ 171 milhões) para a subsidiária brasileira, o qual já está próximo do limite. A posição em caixa alcançou o montante de R$ 44,9 milhões, aplicado preponderantemente em títulos públicos e operações compromissadas. A posição representa 84,3% do patrimônio líquido e 31,9% das obrigações classificadas no curto prazo, posição considerada satisfatória. O banco está bastante acima da regra de liquidez mínima estabelecida, de R$ 12 milhões. Gestão / Estratégia / Governança Corporativa No início de 2010, houve troca na composição da diretoria do NBC Uruguai, assumindo como CEO o Sr. Horácio Correge, que já era responsável pelo relacionamento com o Brasil. A alteração é vista como positiva pela diretoria no Brasil, uma vez que aumenta a agilidade na aprovação das propostas de crédito. O NBC Brasil mantém relacionamento estreito com o seu acionista, sendo que a estratégia é definida e acompanhada em conjunto com a administração uruguaia. Da mesma forma, a concessão de crédito respeita uma política de alçadas, sendo que, ultrapassado este limite, a análise e aprovação do crédito é realizada conjuntamente pelos Comitês de Crédito do Brasil e do Uruguai. Por outro lado, apesar de mitigar parcialmente o risco de crédito das operações, por serem alvos de análise de dois Comitês distintos, é vista como um limitante à autonomia da subsidiária, uma vez que as operações consideradas viáveis pelo Comitê de Crédito brasileiro em sua relação risco/retorno podem ser negadas pelo Comitê do Banco Controlador. Ademais, esta análise implica em custos que não necessariamente se materializam em operações. Por ser controlado por um banco uruguaio, tem de respeitar diferentes marcos regulatórios (brasileiro e uruguaio), inviabilizando, em alguns casos, operações consideradas adequadas pela regulamentação brasileira, fator que penaliza o banco em suas tomadas de decisões. O NBC Bank opera com uma estrutura enxuta, de 3 agências localizadas em Porto Alegre, Londrina e Caxias do Sul além de escritório em Joinvile. Atualmente, o banco conta com 57 colaboradores (incluindo os dois diretores) e 10 estagiários. O NBC adotou uma postura bastante conservadora na concessão de créditos durante o primeiro semestre de 2009, visando avaliar os desdobramentos da crise sobre seus clientes, de acordo com decisão do controlador. Retomou a produção de créditos apenas no último trimestre do ano. Para o final de 2010, pretende alcançar carteira de aproximadamente R$ 200 milhões, tendo como foco em pequenas e médias empresas da região sul do país, reduzindo, ao mesmo tempo, a participação de grandes empresas. Foram contratados gerentes comerciais para atuação no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Como forma de redução do risco de crédito, os produtos com 4

garantias atreladas a títulos, cauções, descontos, etc. são privilegiados. Desde sua fundação até o ano de 2001, o NBC manteve um ciclo de expansão com crescimento acelerado dos ativos e diversificação do portfólio de produtos. Com a crise de seu controlador e consequente redução de acesso ao funding, teve seu foco direcionado à geração de liquidez, em linha com a estratégia seguida no Uruguai, com isso o banco teve seu tamanho reduzido (ativos e estrutura operacional) e concentração do crédito para grandes empresas. A partir de 2006, após o processo de saneamento e privatização de seu controlador, a estratégia de longo prazo foi redefinida. A partir de um estudo desenvolvido em 2006, o banco brasileiro redefine sua estratégia anualmente em conjunto com seu controlador. O NBC Brasil identifica oportunidades de negócios em segmentos e produtos que sirvam como alternativa para geração de resultados. Após a apreciação e aprovação pelo NBC Uruguai, é elaborado um plano de negócios para desenvolver as oportunidades selecionadas. Pelo lado passivo, em linha com a estratégia definida, tem reduzido a dependência de seu controlador com a prospecção de novos depositantes e outras modalidades de funding. Ressalta-se que apesar de os recursos do controlador se caracterizarem pela estabilidade, mitigando parcialmente o risco de liquidez, a obtenção de funding por outros canais favorece a definição da estratégia de crescimento com maior autonomia. Além do aumento do volume de depósitos de clientes com os quais mantém relacionamento, estuda a viabilidade de emissão de Commercial Papers em reais, que não incorrem em risco cambial e, portanto, custo de hedge. Desempenho O banco reportou lucro de R$ 1,3 milhão durante o primeiro semestre de 2010, superior aos R$ 181 mil apresentados no primeiro semestre do ano anterior. A rentabilidade sobre o PL foi de 5,0% e o retorno sobre o ativo de 1,1%, indicadores ainda considerados modestos. A receita da intermediação financeira teve forte elevação, passando de R$ 10,6 milhões em jun/09 para R$ 20,3 milhões, ligado principalmente a expansão das receitas de operações de crédito, que são responsáveis por 47,2% das receitas. O resultado de TVM, que compunha 30,5% das receitas, se manteve estável em R$ 6,2 milhões. Paralelamente, a despesa da intermediação financeira não teve variação significativa, de 5,7% entre jun/09 e jun/10, levando ao resultado bruto da intermediação financeira de R$ 8,4 milhões e margem bruta de 40,6%, em linha com o reportado pelos seus pares. A expansão da carteira de crédito contribui para a apresentação de resultados mais expressivos pelo banco. Além disso, tem permitido a diluição dos custos operacionais ligados à atividade. Ressalta-se que apesar da melhora, o custo de manutenção de sua estrutura se mantém elevado quando comparado as receitas. O índice de eficiência, que mede a relação entre as despesas administrativas e de pessoal com o resultado bruto da intermediação financeira e receitas de serviços, embora tenha se reduzido para 80% em jun/10, historicamente se mantém próximo de 100%, acima do patamar considerado adequado pela Austin Rating, entre 40% e 60%. A manutenção de uma estrutura de custos elevada, desde o ano de 2003, é um dos fatores que influenciam negativamente o resultado da instituição. Entretanto, ressalta-se que a estrutura mantida pelo NBC é a mínima necessária para atender tanto normas internas quanto exigências de órgãos reguladores, além de estar alinhada com a estratégia de crescimento das operações de crédito. No segundo semestre de 2009, o resultado do NBC foi impactado por eventos não recorrentes, ligado ao pagamento de IRPJ, CSLL, e PIS reclamadas pela Receita Federal sobre transações de vendas de títulos no exterior realizadas em 1998. Apesar de ainda estar em discussão (sem decisão final), o Banco decidiu pelo pagamento do valor em discussão através de adoção ao REFIS, utilizando parte de seus créditos tributários para quitação do débito, levando a um prejuízo de R$ 5,2 milhões em 2009. O valor total somou R$ 11,9 milhões, sendo R$ 4,8 milhões referentes a principal, que impactaram diretamente no resultado, e R$ 7,1 referentes a juros, compensados através da ativação de créditos tributários. 5

Risco de Mercado A política de gerenciamento de risco de mercado busca a definição de limites operacionais e de procedimentos que reduzam a exposição ao risco de mercado. São realizadas simulações em cenários de estresse em que se estabelece o limite máximo de perda de 5% sobre o patrimônio líquido. As políticas de acompanhamento de exposição ao risco de mercado estão sendo readequadas para estarem mais próximas a realidade do banco. A área de tesouraria tem atuação restrita ao apoio às demais áreas do banco, como câmbio, crédito e captação, visando à gestão de descasamentos de taxas e moedas e não a geração de resultados. O banco realiza operações de swap como forma de proteção a variações cambiais de suas operações de captação e aplicação de recursos. Utiliza o sistema Totalbanco para apuração do Patrimônio de Referência Exigido. Segundo informações da administração, possui política de baixa exposição cambial protegida por hedge. A maior parte de seus ativos em dólar possui hedge natural fruto da captação em dólar. A exposição em dólar, no total de R$ 2,3 milhões, em junho de 2010, era protegida por operações de hedge contratadas. Além da exposição cambial, mantinha descasamento nos indicadores de seus ativos e passivos, sendo, aproximadamente 31% dos ativos pós-fixados e 94% dos passivos neste mesmo indicador. Embora opere com margens que permitam a cobertura de eventuais variações na taxa de juros, um melhor casamento entre indexadores seria favorável para redução de sua exposição. Entretanto, o descasamento é parcialmente mitigado pelo giro de sua carteira e consequente remarcação dos ativos de acordo com os passivos. Fatores Exógenos As linhas de funding incentivadas pelos órgãos reguladores, como DPGE e linhas junto ao FGC, no momento do agravamento da crise de liquidez em 2008, permanecem na estrutura de captação do banco, colaborando para o alongamento de seus passivos e, consequentemente, na gestão de casamento de prazos. Pelo lado externo, a perspectiva de um cenário econômico estável tem permitido a emissão de títulos de dívida com prazos e taxas atrativos. O NBC tem como desafio manter seu market share em um cenário de aumento da concorrência na cessão de crédito, bem como retomar o relacionamento com seus clientes, principalmente após a sua forte postura defensiva adotada no ano anterior, com o objetivo de se manter rentável frente ao aumento da competitividade e achatamento de margens. A nova regulação do Acordo de Basileia 3 de capital mínimo, poderá requerer dos bancos alocação de capital adicional para se adequar às novas regras. Os bancos brasileiros deverão fazer maior alocação de capital para determinados tipos de riscos. As operações de compra de crédito e a utilização de créditos tributários são algumas das práticas que poderão sofrer interferência relevante em razão das novas regras. O NBC Brasil tem forte ligação com a economia da região sul, sendo impactado pelo desempenho dessas regiões. Da mesma forma, por seu controlador estar localizado no Uruguai, está vinculado a fatores macroeconômicos e ao mercado financeiro uruguaio e, consequentemente, argentino (dada a forte ligação entre os dois países). Ademais, tem de respeitar diferentes marcos regulatórios (brasileiro e uruguaio) e, consequentemente, se adequar as alterações em ambos países. PERSPECTIVA A perspectiva estável incorpora a opinião desta agência de classificação de risco que o banco continuará a trajetória de diversificação de sua captação, conservará a qualidade de sua carteira de crédito, assim como manterá os adequados patamares de capitalização. Como fatores que poderiam impactar positivamente em sua classificação, ressaltam-se a redução de sua estrutura de custos com reflexo no seu indicador de eficiência, melhora dos indicadores de rentabilidade, recentemente afetados pela conjuntura mundial e fatores não recorrentes, além de maior independência de seu controlador na tomada de decisões. Por outro lado, acarretaria em revisão negativa de 6

sua classificação a deterioração da qualidade de sua carteira de crédito frente aos atuais níveis de provisionamento, a manutenção dos atuais patamares de rentabilidades, aceleração do descasamento dos indicadores de liquidez ou restrição de suas fontes de funding. Balanço (Base: Demonstrações Financeiras - Consolidado de junho de 2010 auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, sem ressalva) Valores em R$ mil dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Ativo Circulante 96.844 134.642 149.236 160.692 Disponibilidades 2.963 1.203 2.169 11.171 Aplicações Interf. de liquidez 1.481 1.716 40.620 20.890 Títulos e Valores Mobiliários 3.484 20.565 53 41 Relações Interfinanceiras 38 53 95 430 Operações de Crédito 68.954 80.410 67.659 68.877 Operações de Arrendamento Mercantil 66-448 -141 8 Outros Créditos 18.761 30.563 37.995 58.535 Outros Valores e Bens 1.097 580 786 740 Realizável a Longo Prazo 41.456 40.092 39.507 47.755 Títulos e Valores Mobiliários 11.680 12.927 12.302 12.816 Operações de Crédito 20.866 17.109 8.794 18.574 Operações de Arrendamento Mercantil -44-585 -342-388 Outros Créditos 8.126 10.278 18.383 15.917 Outros Valores e Bens 828 363 370 836 PERMANENTE 28.282 36.762 32.033 32.364 ATIVO TOTAL 166.582 211.496 220.776 240.811 dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Passivo Circulante 105.643 127.701 122.588 140.680 Depósitos 22.723 23.398 41.828 42.005 Captação no Mercado Aberto 4.802 7.405 0 1601 Recursos de Aceites Emissão Títulos 0 4.676 13.949 14.510 Relações Interdependências 30 57 552 9756 Obrigações por Empréstimos 73.077 85.206 53.424 43.241 Repasses País - Inst. Oficiais 1.192 1.993 2.117 2.108 Instrumentos Financeiros Derivativos 8 195 19 0 Outras Obrigações 3.811 4.771 10.699 27.364 Exigível a Longo Prazo 6.644 26.090 46.243 46.852 Depósitos 2.123 10.834 27.246 26.896 Repasses País - Inst. Oficiais 124 2.284 1.419 1.012 Outras Obrigações 4.397 12.902 17.553 18.944 Patrimônio Líquido 54.255 57.496 51.945 53.279 PASSIVO TOTAL 166.582 211.496 220.776 240.811 7

RESULTADO dez/08 dez/09 jun/09 jun/10 Receita da Intermediação Financeira 49.101 30.999 10.631 20.311 Operações de Crédito 19.722 12.945 5.604 9.592 Operações de Arrend. Mercantil 13.998 13.118 6.705 6.192 Títulos e Valores Mobiliários 2.859 3.758 1.811 1.941 Instrumentos Financeiros Derivativos 238 0-3.489 482 Resultado de Câmbio 12.284 1.178 0 2.104 Despesa da Intermediação Financeira 38.441 28.484 11.254 11.900 Captação no Mercado 3.189 4.126 2.025 3.767 Empréstimos, Cessões e Repasses 27.574 2.920 2.330 2.435 Arrendamento Mercantil 8.720 9.848 5.001 4.650 Resultado com Instr. Financ. Deriv. 590 6.869 0 0 PCLD -1.632 4.721 1.898 1.048 Resultado Bruto da Interm. Financeira 10.660 2.515-623 8.411 Outras Rec./Desp. Operacionais -5.470-15.749-131 -6.465 Receitas de Prestação de Serviços 1.367 877 455 408 Despesas de Pessoal 8.065 9.727 4.770 4.127 Outras Despesas Administrativas 5.485 5.610 2.773 2.987 Despesas Tributárias 1.324 13.088 628 521 Outras Rec./Desp. Operacionais 8.037 11.799 7.585 762 Resultado Operacional 5.190 13.234-754 1.946 Resultado não Operacional -428 1.290 1.023 198 Resultado antes IR 4.762-11.944 269 2.144 RESULTADO LÍQUIDO 3.153-5.176 181 1.334 R$ milhões dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Total de Crédito 139.043 147.321 126.665 137.901 Risco nível AA 47.332 57.093 51.668 53.726 Risco nível A 41.696 45.915 26.705 34.090 Risco nível B 29.449 29.985 23.667 27.933 Risco nível C 5.891 4.225 9.982 7.405 Risco nível D 1.108 2.040 3.184 5.317 Risco nível E 7.265 6.129 7.977 7.821 Risco nível F 631 508 947 0 Risco nível G 2 207 322 177 Risco nível H 5.669 1.219 2.213 1.432 Total de Crédito em Atraso 6.006 4.277 12.690 7.457 Provisão Total 8.956 4.317 6.293 5.105 Cobertura Provisão / Atraso 1,49 1,01 0,50 0,68 Write offs 2.673 3.007 2.745 2.235 Cobertura Provisão / Write offs 3,35 1,44 2,29 2,28 8

INDICADORES DE DESEMPENHO ADEQUAÇÃO DO CAPITAL (%) dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Capitalização 48,39 37,4 30,9 30,0 Concentração em Crédito 100,5 84,3 67,1 66,2 Alavancagem em Crédito (x) 2,6 2,6 2,4 2,6 Índice da Basileia 35,2 25,1 31,2 24,6 LIQUIDEZ (%) dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Encaixe 105 36,9 42,9 267,5 Liquidez Corrente 91,7 105,4 121,7 114,2 Liquidez Imediata 28,8 76,2 102,4 73,6 QUALIDADE DO ATIVO (%) dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Inadimplência (> 60 dias) 4,3 2,9 10,0 2,1 Provisionamento 6,4 2,9 5,0 3,7 Comprometimento do PL (> 60 dias) 9,5 6,9 21,8 5,0 CUSTO (%) dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Intermediação 12,5 24,6 12,8 13,4 Eficiência 120,5 112,7 452,2 80,7 Custo Total 24,6 34,3 29,7 22,0 RENTABILIDADE (%) dez/07 dez/08 dez/09 jun/10 Margem Bruta 39,5 21,4 10,1 40,6 Rentabilidade PL 0,3 5,5-10,0 5,0 Retorno sobre Ativo 0,1 1,5-2,3 1,1 LIQUIDEZ Caixa Livre e Equivalente Caixa Dez/08 Jun/09 Dez/09 Jun/10 Disponibilidades 1.203 1.891 2.169 11.171 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 1.716 36.801 40.620 20.890 TVM Disp. Venda 9.995 11.781 12.290 12.857 Liquidez Total 12.914 50.473 55.079 44.918 Liquidez Total/ Depósitos 0,38 1,31 0,80 0,65 9

Classificação da Austin Rating Solidez Financeira AAA AA A BBB BB B CCC CC C O banco apresenta solidez financeira intrínseca excepcional. Normalmente trata-se de grandes instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, excelente situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, contudo, afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é quase nulo. O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório. O banco apresenta solidez financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial podem variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é muito baixo. O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial podem ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo. O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, mas vulneráveis às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio. O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, tem uma vulnerabilidade grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio. O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é alto. O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setorial que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é muito alto. O banco apresenta péssima solidez financeira, exigindo eventual assistência externa. Tais instituições estão limitadas por um ou mais dos seguintes elementos: negócio de questionável valor; condições financeiras deficientes e um ambiente empresarial altamente desfavorável. O risco é altíssimo. Sinais de (+) mais e (-) menos são utilizados para identificar uma melhor ou pior posição dentro de uma mesma escala de rating. 10

Obrigações Escala Nacional de Curto Prazo (inferior a 360 dias) A-1 Excelente capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo, comparativamente a outros emissores e emissões nacionais. Essas emissões apresentam segurança extremamente forte quanto ao pagamento de juros e principal. O risco de crédito é muito baixo. A-2 Boa capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo, comparativamente a outros emissores e emissões nacionais. Essas emissões apresentam forte segurança quanto ao pagamento de juros e principal. O risco de crédito é baixo. A-3 Satisfatória capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo, comparativamente a outros emissores e emissões nacionais. Essas emissões apresentam adequada segurança quanto ao pagamento de juros e principal, porém risco maior dentre as classificadas como grau de investimento. O risco de crédito é moderado. B C D Fraca capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo, comparativamente a outros emissores e emissões nacionais. Essas emissões apresentam segurança abaixo da média para o pagamento de juros e principal. O risco de crédito é alto. Capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo muito fraca, comparativamente a outros emissores e emissões nacionais. Emissões com esse rating apresentam segurança muito fraca quanto ao pagamento de juros e principal. O risco de crédito é muito alto. Pagamento em situação de Default. A escala de rating de crédito de curto prazo não prevê a utilização dos diferenciadores. Rating é uma classificação de risco, por nota ou símbolo. Esta expressa a capacidade do emitente de título de dívida negociável ou inegociável em honrar seus compromissos de juros e amortização do principal até o vencimento final. O rating pode ser do emitente, refletindo sua capacidade em honrar qualquer compromisso de uma maneira geral, ou de uma emissão específica, onde é considerada apenas a capacidade do emitente em honrar aquela obrigação financeira determinada. As informações obtidas pela Austin Rating foram consideradas como adequadas e confiáveis. As opiniões e simulações realizadas neste relatório constituem-se no julgamento da Austin Rating acerca do emitente, não se configurando, no entanto, em recomendação de investimento para todos os efeitos. Para conhecer nossas escalas de rating e metodologias, acesse: www.austin.com.br 11

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