Relatório Econômico Mensal MAIO/14
Índice INDICADORES FINANCEIROS 3 PROJEÇÕES 4 CENÁRIO EXTERNO 5 CENÁRIO DOMÉSTICO 7 RENDA FIXA 8 RENDA VARIÁVEL 9
Indicadores Financeiros BOLSA DE VALORES AMÉRICAS mês % ano % 2013 Ibovespa Fech. 52.980 2,6% 2,9% (15,5%) IBrX Fech. 21.839 2,0% 2,6% (3,1%) ISE 2.485 1,6% 0,2% 1,9% S&P500 1.884 (0,0%) 1,9% 29,6% EUROPA DAX 9.556 (0,5%) 0,0% 25,5% FTSE 6.809 0,4% 0,9% 14,4% CAC 4.458 (0,7%) 3,8% 18,0% IBEX 10.475 0,1% 5,6% 21,4% Euro Stoxx 50 3.199 0,0% 2,9% 17,9% PAN ÁSIA Nikkei 14.485 1,3% (11,1%) 56,7% Hang Seng 22.134 0,0% (5,0%) 2,9% Austrália 5.449 (0,7%) 1,8% 15,1% Coréia do Sul 4.178 0,0% (4,1%) 2,2% Índia 6.696 0,0% 6,2% 6,8% OUTROS MERCADOS MOEDAS mês % ano % 2013 BRL/USD 2,2334 (0,2%) (5,5%) 15,3% BRL/EUR 3,0953 0,0% (4,7%) 20,0% USD/EUR 1,3869 0,0% 0,9% 4,2% YEN/USD 102,3300 0,1% (2,8%) 21,4% USD/AUD 0,9274 (0,2%) 4,0% (14,2%) JUROS BRASILEIROS mai/14 2013 2012 Futuro de DI jan/15 Futuro de DI jan/16 Futuro de DI jan/17 Futuro de DI jan/21 10,98 10,58 7,71 11,84 11,62 8,19 12,16 12,28 8,44 12,57 13,07 9,16 COMMODITIES Petróleo 99,42 (0,3%) 1,0% 7,2% Ouro 1.284,30 (0,6%) 6,5% (28,0%)
Projeções Economia Global INDICADORES MACROECONÔMICOS GLOBAIS Última atualização 5/5/2014 PROJEÇÕES 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 GLOBAL (*) 5,1 5,3 2,6 (0,3) 4,9 3,7 3,0 2,8 3,2 3,5 DESENVOLVIDOS 2,7 2,3 (0,2) (3,9) 2,6 1,4 1,3 1,1 2,0 2,2 ESTADOS UNIDOS 2,7 1,8 (0,3) (2,8) 2,5 1,8 2,8 1,9 2,8 3,0 ZONA DO EURO 3,3 3,0 0,4 (4,4) 2,0 1,6 (0,6) (0,4) 1,1 1,5 ALEMANHA 3,9 3,4 0,8 (5,1) 3,9 3,4 0,9 0,6 1,8 1,6 FRANÇA 2,5 2,3 (0,1) (3,1) 1,7 2,0 0,0 0,2 0,7 1,5 REINO UNIDO 2,8 3,4 (0,8) (5,2) 1,7 1,1 0,3 1,4 2,6 2,5 JAPÃO 1,7 2,2 (1,0) (5,5) 4,7 (0,5) 1,4 1,5 0,9 1,0 EMERGENTES 7,4 8,0 5,3 3,0 7,0 5,7 4,5 4,4 4,3 4,7 ASIA EX-JAPÃO 10,3 11,5 7,3 7,7 9,7 7,9 6,7 6,5 6,7 6,8 CHINA 12,7 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,4 7,2 AMÉRICA LATINA 5,6 5,8 4,3 (1,3) 6,0 4,6 3,1 2,3 2,3 3,0 BRASIL 4,0 6,1 5,2 (0,3) 7,5 2,7 1,0 2,3 1,5 1,5 (*) Calculado pela paridade do poder de compra (*) As áreas sombreadas são projeções.
INDICADORES MACROECONÔMICOS Projeções Economia Brasileira Última atualização 24/4/2014 PROJEÇÕES 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 BRASIL PIB crescimento real (%) 6,1 5,2 (0,3) 7,5 2,7 1,0 2,3 1,5 1,5 Inflação (IPCA/IBGE) (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,5 6,2 Inflação (IGPM/FGV) (%) 7,7 9,8 (1,7) 11,3 5,1 7,8 5,5 7,5 6,0 Taxa de câmbio média (R$/US$) 1,95 1,84 1,99 1,73 1,67 1,95 2,16 2,38 2,47 Taxa de câmbio final (R$/US$) 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,45 2,60 Taxa de juro nominal final do ano (Selic) 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,25 12,50 Taxa de juro nominal média (CDI) 11,8 12,3 9,8 10,2 11,6 8,5 8,1 10,8 11,9 Taxa de juro real média (deflacionado pelo IPCA) 7,0 6,1 5,3 4,0 4,8 2,5 2,0 4,0 5,4 Risco Brasil (spread acima dos treasuries) 222 416 196 186 208 142 221 280 200 Dívida pública líquida (% do PIB) 45,5 38,5 42,1 39,2 36,4 35,1 33,8 34,1 33,8 Resultado nominal do setor público (% do PIB) (2,8) (2,0) (3,3) (2,5) (2,6) (2,5) (3,3) (3,8) (2,0) Resultado primário do setor público (% do PIB) (**) 3,3 3,4 2,0 2,7 3,1 2,4 1,9 1,3 2,5 (*) As áreas sombreadas são projeções. (**) Sem fundo soberano e PPI
Cenário externo O final do 1T14 e início do 2T14 foi um período marcado por um comportamento positivo dos mercados emergentes, cujo desempenho foi bem superior quando comparado com os mercados desenvolvidos. A desaceleração dos EUA, associada à inauguração de uma postura mais cautelosa por parte do FED (liderado agora por Janet Yellen), pode ter contribuído para tal, juntamente com preços deprimidos no mundo emergente e liquidez global ainda muito elevada. A pergunta é se nos próximos meses haverá a repetição desse fenômeno ou se o mesmo já se exauriu, seja pela precificação agora menos favorável, seja pela persistência dos fundamentos ruins entre os emergentes. Temos uma visão mais benigna para a atividade global nos próximos trimestres, basicamente porque acreditamos em melhora dos dados de atividade econômica nos EUA com a normalização do clima e também porque esperamos alguma aceleração do crescimento da China no 2T14, mesmo que de maneira moderada em razão de questões estruturais. Mas mesmo que for confirmado este cenário de aceleração da atividade, os países desenvolvidos possuem capacidade ociosa e desemprego ainda elevados, fatores que mantêm a inflação baixa por longo período e que permitirão que a normalização de suas políticas, sobretudo monetária, ocorra de maneira lenta. A combinação de (i) crescimento mais forte, mas com ajuste lento das políticas monetárias dos países desenvolvidos, ao lado de (ii) uma situação econômica relativamente estável na China, é positiva mas pode atingir os países emergentes de maneira diferenciada. Para um determinado grupo, como a Ásia emergente, que não apresenta problema inflacionário e é mais dependente de fluxos comerciais externos, a normalização na política monetária das nações desenvolvidas deve contribuir para sua atividade. Já para o grupo de emergentes que é mais dependente de capital financeiro e ainda apresenta problemas estruturais de baixo crescimento e inflação alta, como é o caso do Brasil, o cenário de mudança da política monetária global poderia ser mais desafiador reduzindo fluxo de capital, no entanto, prevemos um cenário de mudança bem gradual. Os emergentes com problemas estruturais se beneficiam menos do cenário de melhor atividade global e é mais sensível aos seus próprios fundamentos econômicos domésticos. Sendo assim, a recuperação da economia global embora benéfica, poderá causar reações diferentes entre os países que compõem o bloco dos emergentes, conforme explicado acima.
Cenário doméstico Embora os indicadores de atividade econômica observados no início de 2014 tenham surpreendido positivamente quando comparados com os números preocupantes observados no final de 2013, o cenário não é favorável. Para o segundo trimestre, projetamos uma desaceleração considerável do crescimento do produto, devido principalmente ao fraco desempenho do setor industrial. Diversos indicadores corroboram tal constatação. O indicador de sentimento do empresariado elaborado pela FGV apresentou nova queda no mês (a quarta consecutiva) denotando o pessimismo do setor. Ademais, os estoques na indústria permanecem elevados, em especial no setor automobilístico. Paralelamente, os indicadores de confiança do consumidor sinalizam um menor crescimento do consumo nos próximos meses. Assim, nosso cenário segue inalterado. Diversos fatores irão desempenhar um papel negativo no crescimento brasileiro ao longo de 2014, tais como: as taxas de juros mais elevadas, a alta volatilidade da taxa de câmbio, o alto nível de incerteza e o baixo nível de confiança dos empresários e dos consumidores. Levando isso em consideração, mantemos nossa previsão de crescimento do PIB de 1,5% tanto para 2014 quanto para 2015. Vale ressaltar que tais previsões não consideram qualquer tipo de racionamento de energia. Em relação à inflação, o cenário prospectivo está cada vez mais complicado. Após apresentar altas expressivas em março e abril, impulsionadas pela pressão do clima quente e seco dos últimos meses sobre os preços de alimentos, a inflação ao consumidor adentrará agora em um período sazonalmente mais tranquilo. Apesar disso, é importante frisar que as pressões para cima nos preços ao consumidor estão se acumulando cada vez mais. Em primeiro lugar, o aperto persistente no mercado de trabalho mantém a inflação de serviços em níveis muito elevados. Adicionalmente, o represamento nos reajustes dos preços administrados, que foram amplamente utilizados nos últimos anos como ferramenta para manter o IPCA abaixo do teto da meta de inflação, tem provocado expressiva deterioração nas expectativas de inflação para os próximos anos. Ainda que o governo esteja buscando postergar o máximo possível o reajuste de tais itens, será inevitável evitar a subida de algumas tarifas nos próximos meses, em especial às de energia elétrica, dada a situação delicada do setor. A soma de todos esses fatores faz com que sejam crescentes os riscos de que a meta de inflação não seja cumprida neste ano. Nossas projeções indicam alta de 6,5% para o IPCA em 2014 e de 6,2% em 2015. Embora as perspectivas para a inflação não sejam favoráveis (a mediana das expectativas de mercado chegou inclusive a ultrapassar o teto da meta), acreditamos que o fim do ciclo de alta de juros está próximo. O Copom elevou a Selic para 11,00% em abril, mas desde então seus esforços de comunicação têm mostrado um banco central bastante confiante que os efeitos defasados das últimas altas de juros provocarão arrefecimento na inflação nos próximos meses, sinalizando assim uma maior propensão ao encerramento do ciclo. Contudo, levando em consideração a nossa projeção de aceleração da inflação em direção ao topo da meta até a reunião de 28 de maio, esperamos uma última elevação de 0,25%, o que levaria a taxa de juros Selic para 11,25% ao ano. Em resumo, o cenário para a economia brasileira continua muito desafiador, com crescimento baixo, inflação alta e juros também mais elevados.
Mercado Renda Fixa O mês de abril foi marcado pela boa performance dos mercados de juros e moedas internacionais, sendo principalmente impactados pela redução das posições pessimistas com os países emergentes. Neste mês, vale destacar também o aumento das tensões na Ucrânia, porém estes temores ainda não trouxeram maiores impactos aos mercados. O panorama doméstico segue sendo influenciado consideravelmente pelo noticiário internacional, e também se beneficiou de um maior fluxo dos investidores globais atrás das elevadas taxas de juros brasileiras. Renda Variável O mês de abril foi novamente um mês de desempenho positivo do mercado acionário brasileiro. Os resultados do primeiro trimestre divulgados até agora, os bancos superaram em média as expectativas, as empresas de varejo reportaram resultados mistos e as empresas de commodities decepcionaram. Em relação a eventos corporativos, as ações do Santander Brasil estão entre as maiores altas do mês após a matriz ter feito uma oferta de troca das ações da filial brasileira por ações do grupo Santander. Do lado negativo, as ações da Oi tiveram o pior desempenho depois da concretização do aumento de capital e fusão entre a Oi e a portuguesa Portugal Telecom. CIO Eduardo Castro Departamento Econômico Ricardo Denadai Hugo Penteado Danilo Passos Clayton Calixto ACESSE: WWW.SANTANDERASSET.COM.BR
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