CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES

Documentos relacionados
CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES

CAP. 2 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

Zero de Funções ou Raízes de Equações

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CCI-22 CCI-22. 4) Equações e Sistemas Não Lineares. Matemática Computacional. Bissecção, Posição Falsa, Ponto Fixo, Newton-Raphson, Secante

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

Aula 4. Zeros reais de funções Parte 1

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes

Métodos Numéricos - Notas de Aula

Pretende-se calcular uma aproximação para a menor raiz positiva da equação

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

Cálculo Numérico. Zeros de funções reais

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima:

TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3

Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015

Artur M. C. Brito da Cruz. Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1

Cálculo Numérico. Aula 4 Zeros de Funções /04/2014. Prof. Rafael mesquita Adpt. por Prof. Guilherme Amorim

Resolução Numérica de Equações (Parte II)

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima:

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

Métodos iterativos dão-nos uma valor aproximado para s. Sequência de valores de x que convergem para s.

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CCI-22. Matemática Computacional. Carlos Alberto Alonso Sanches Juliana de Melo Bezerra

Capítulo 4 - Equações Não-Lineares

Métodos Numéricos Zeros Newton-Raphson e Secante. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

C alculo Num erico Ra ızes de Equa c oes Ana Paula Ana Paula C alculo Num erico

AULA 16 Esboço de curvas (gráfico da função

Equações Não Lineares. 35T12 Sala 3G4 Bruno Motta de Carvalho DIMAp Sala 15 Ramal 227

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

Solução numérica de equações não-lineares

( ) ( ) 60 ( ) ( ) ( ) ( ) R i. Método de Newton. Método de Newton = Substituindo i por x, teremos: 1.Introdução 2.

Método de Newton. 1.Introdução 2.Exemplos

Lista de Exercícios de Métodos Numéricos

Testes Formativos de Computação Numérica e Simbólica

Equações não lineares

1ª LISTA DE EXERCÍCIOS DE MÉTODOS NUMÉRICOS Prof.: Magnus Melo

- Métodos numéricos. - Métodos analíticos versus métodos numéricos. - Necessidade de se usar métodos numéricos. - Métodos iterativos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição

Métodos Numéricos Zeros Posição Falsa e Ponto Fixo. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

TP062-Métodos Numéricos para Engenharia de Produção Zeros: Introdução

Equações não lineares

Capítulo 6 - Equações Não-Lineares

Semana 5 Zeros das Funções_2ª parte

Exercícios sobre zeros de funções Aula 7

Métodos Numéricos Zeros: Introdução. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

f(1) = 6 < 0, f(2) = 1 < 0, f(3) = 16 > 0 x [2, 3].

Aula 2- Soluções de Equações a uma Variável (zeros reais de funções reais)

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Raízes de uma função. Laura Goulart. 14 de Março de 2019 UESB. Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 14 de Março de / 17

Interpretação Geométrica

Raízes de uma função. Laura Goulart. 16 de Março de 2016 UESB. Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 16 de Março de / 1

CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza.

Cálculo Diferencial em

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Métodos Computacionais Marcelo Nogueira

Capítulo 7: Equações Diferenciais Ordinárias. 1. Problema de valor inicial

Cálculo Numérico. Aula 5 Método Iterativo Linear e Newton-Raphson /04/2014

Cálculo Numérico Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Comunicação FCSAC Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II

Equações Algébricas e Transcendentes

Resolução Numérica de Equações Parte I

Cálculo Numérico. Aula 6 Método das Secantes e Critérios de Parada /04/2014

Ana Paula. October 26, 2016

Capítulo 06. Raízes: Métodos Abertos

Cálculo diferencial. Motivação - exemplos de aplicações à física

Andréa Maria Pedrosa Valli

Cálculo Numérico Ponto Fixo

Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Primavera 2004/2005. Cálculo I. Caderno de Exercícios 4

< 0, conclui-se, de acordo com o teorema 1, que existem zeros de f (x) Pode-se também chegar às mesmas conclusões partindo da equação

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES DE UMA OU MAIS VARIÁVEIS Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Cálculo Numérico A - 2 semestre de 2006 Prof. Leonardo F. Guidi. 2 a Lista de Exercícios - Gabarito. 1) Seja a equação não linear x e x = 0.

1, tal que x k+ 1 x para k +. x k + 1 : raiz aproximada da f; Uma forma de determinarmos um intervalo I = [ a,

O método da falsa posição

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares

A. Equações não lineares

Computação Científica 65

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II

Equações não lineares

José Álvaro Tadeu Ferreira. Cálculo Numérico Notas de aulas. Resolução de Equações Não Lineares

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

Método do Ponto Fixo

Marina Andretta/Franklina Toledo. 18 de outubro de Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires.

Ficha de Problemas n o 6: Cálculo Diferencial (soluções) 2.Teoremas de Rolle, Lagrange e Cauchy

SME0300 Cálculo Numérico Aula 4

Limites, derivadas e máximos e mínimos

DCC008 - Cálculo Numérico

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos

7 Derivadas e Diferenciabilidade.

Transcrição:

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES Vamos estudar alguns métodos numéricos para resolver: Equações algébricas (polinómios não lineares; Equações transcendentais equações que envolvem funções transcendentais, tais como e, sin, ln. DEFINIÇÃO (RAIZ DE UMA EQUAÇÃO OU ZERO DE UMA FUNÇÃO Um número z é uma raiz da equação f(= se f(z=. Graficamente, a raiz real de uma equação f(= é o ponto onde a função f toca o eio dos. y y=f( a b raiz Página de - Resolução numérica de equações

O cálculo numérico de uma raiz envolve duas fases: Fase I - Localização Determinação de valores a e b de tal modo que a raiz z esteja dontida num intervalo [a,b]; Fase II - Refinamento Cálculo de uma sucessão,,, 3, 4, 5,... de pontos do intervalo anterior, com lim n = z; Objectivo: obter uma aproimação para z dentro de uma precisão ε prefiada.. LOCALIZAÇÃO DAS RAÍZES Nesta secção é feita uma análise teórica e gráfica da função f(. Vejamos um teorema que nos vai ajudar a localizar as raízes de uma equação, num dado intervalo: Teorema : Seja f( contínua em [a,b]. Se f é tal que f(a.f(b<, então f tem pelo menos uma raiz z em ]a,b[. Se, para além disso, f ( eiste e preserva o sinal dentro do intervalo ]a,b[ (isto é, f ' (> ou f (< para a<<b, então a raiz z é única. INTERPRETAÇÃO GRÁFICA: y y=f( a b Página de - Resolução numérica de equações

y y=f( a b GRAFICAMENTE Método mais simples para isolar uma raiz. Para isolar graficamente uma raiz, basta fazer o esboço do gráfico de f( e ver em que ponto ou pontos a função intersecta o eio dos. TÉCNICA: Se a equação em causa é f(=, escreve-se f( na forma h(-g( e traçam-se os gráficos de h( e de g(. Um valor z é raiz da equação f(= precisamente quando os gráficos anteriores se intersectam, isto é, se h(z=g(z pois, neste caso: f(z=h(z-g(z=. Página 3 de - Resolução numérica de equações

EXEMPLO: Considerar a função f(= e - sin -. Neste caso: Sejam g(= e e h(= sin(+ 5 5 5-4 -3 - - 3 4 Página 4 de - Resolução numérica de equações

. REFINAMENTO DAS RAÍZES O procedimento de um método iterativo para determinar a solução eacta z de um problema pode, em linhas gerais, descrever-se do modo seguinte: A aplicação do método requer o conhecimento de, em geral, uma aproimação inicial para a solução z. Por meio de uma fórmula do tipo = f ( -, =,,... (fórmula de iteração é calculada uma sequência de aproimações ( para a solução. Se são verificadas certas condições de convergência a solução procurada é o limite desta sequência, i.e., z = lim, em que cada iteração está mais perto da solução que a iteração anterior. Assim, para se definir um processo finito de cálculo, pode ser tomada como aproimação para z, i.e., z, e o erro z é um erro de truncatura que pode ser estimado..3 CRITÉRIOS DE PARAGEM Um método iterativo tem de terminar, necessariamente, num número finito de passos. Assim, tornam-se necessários critérios de paragem que têm de ser definidos, por forma a encontrar o resultado pretendido. A decisão a tomar quanto ao critério de paragem deve ter em conta duas situações:. a sequência de aproimações calculadas converge, com a rapidez esperada, para a solução do problema e nessas condições o cálculo Página 5 de - Resolução numérica de equações

termina após a determinação de uma aproimação com a precisão pretendida;. a sequência de aproimações calculadas não converge para a solução ou verifica-se que a convergência é demasiado lenta. Na situação., se a diferença entre duas iterações consecutivas é pequena (entendendo-se por pequena se for menor que um dado valor pré-definido não se justifica a continuação do cálculo de iterações. Podemos, então, definir os seguintes critérios: i - < ε ii - < ε, sendo onde ε > é a precisão do erro admitida. Para evitar desperdiçar tempo de cálculo no computador no caso da situação., ou de uma escolha incorrecta de um valor para ε (escolhido no critério de paragem da situação., um outro critério de paragem deve ser usado adicionalmente: O cálculo de iterações é interrompido com a determinação de se, = ma sendo ma o número máimo de iterações especificado. Página 6 de - Resolução numérica de equações

.4 MÉTODOS ITERATIVOS PARA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES.4. MÉTODO DA BISSECÇÃO Seja f( uma função contínua em [a,b], onde [a,b] é um intervalo que contém uma única raiz de f(=, que denotamos por z. O método da bissecção consiste em construir uma sequência de intervalos com amplitude sucessivamente menor dentro dos quais eiste a raiz procurada, até à precisão pretendida. GRAFICAMENTE: y y=f( a z o b Página 7 de - Resolução numérica de equações

ANALITICAMENTE: I = [a,b] a + b = ( ponto médio de [ a,b] ª iteração: se: f(a.f( <, então z ]a, [ e a = a, b =. Neste caso, fazemos: a + b a + = = e I = [a,b ] = [a, ] ; caso contrário, se f(.f(b <, então z ], b [ e a =, b = a e, neste caso, fazemos:, b] ; a + b + b = = e I = [a,b ] = [ se nenhum dos casos anteriores acontecer então f( =, logo z=. ª iteração: se: f(a.f( <, então z ] a, [ e a = a, b =. Neste caso, fazemos: a + b a + = = e I = [a,b ] = [a, ] ; caso contrário, se f(.f(b <, então z ], b [ e a =, b = b e, neste caso, fazemos: a + b + b = = e I = [a, b ] = [, b ] ; se nenhum dos casos anteriores acontecer então f( =, logo z=. Página 8 de - Resolução numérica de equações

O processo é repetido até que se obtenha uma aproimação para a raiz eacta z, com uma precisão não superior a ε. EXEMPLO: Calcular a raiz da equação f(= -3 = para [, ], com ε.3. Raiz eacta: Raiz aproimada: a b f(a f(b f( erro.5 - -.75 -.5.75 -.75.65.5.5.75.65 -.75.65 -.359.5 3.65.75.6875 -.3594.65 -.53.65 4.6875.75.788 -.53.65 -.459.33 5.788.75.7344 -.459.65.8.56 Página 9 de - Resolução numérica de equações

CONVERGÊNCIA DO MÉTODO: Este método gera uma sequência de intervalos I, I, I,..., I,... com amplitude decrescente: I I I I... eistindo z, I, =,,,..., tal que f(z=. Sendo w (I a amplitude do intervalo I, tem-se que: w (I = w(i- =. w(i- =... = w (I Como w (I =b-a, obtém-se: b - a w (I = e lim w (I =. TEOREMA : Seja f uma função contínua em [a,b] que satisfaz f(a.f(b<. Seja o ponto médio do intervalo I gerado pelo método da bissecção. Então, z ] a, b [ tal que f(z = e lim = z ESTIMATIVA DO ERRO Se z I = ]a, b [, i.é, a < z < b, então a < z < b, e se a + b = obtém-se b a b a < z <. Donde, ( I b a w z < =. Página de - Resolução numérica de equações

Assim, para determinar uma aproimação para uma raíz com erro ε, o método iterativo é interrompido imediatamente após o cálculo do intervalo I se metade da sua amplitude não ecede ε, i.é, ( I w < ε. ESTIMATIVA DO NÚMERO DE ITERAÇÕES ( Prova-se que: - ε w(i ε b a + ε Número mínimo de iterações para determinar a raiz aproimada com um ln (b - a / ε erro não superior a ε : ln ( Ζ + PROPRIEDADES DE CONVERGÊNCIA Dada uma equação f(= desde que se conheça um intervalo [a, b] IR onde f é contínua e tal que f(a.f(b<, é possível aplicar o método da bissecção para calcular um intervalo tão estreito quanto se queira, contendo uma raiz da equação. Como não há restrições sobre a amplitude do intervalo inicial e portanto sobre a distância dos etremos do intervalo inicial à raiz, o método da bissecção é globalmente convergente. Página de - Resolução numérica de equações

.4. MÉTODO DA FALSA POSIÇÃO ( OU DO PONTO FIXO Seja f( uma função contínua em [a,b], onde f tem uma única raiz z no intervalo [a, b]. O método da falsa posição consiste em, cada iteração, dividir o intervalo [a, b ] num ponto + : ( b bf ( a ( b f ( a a f + = (A f correspondente à intersecção com o eio dos da recta que passa pelos pontos (a, f(a e (b, f(b. É de notar que sendo f(a. f(b < se tem que + ]a, b [. Na iteração seguinte é utilizado o subintervalo ]a, + [ se f(a.f( + < ou o subintervalo ] +, b [, se f( +.f(b <. GRAFICAMENTE: Página de - Resolução numérica de equações

ANALITICAMENTE: A equação da recta do tipo y - y = m. ( -, que passa pelos pontos (a, f(a e (b, f(b, com = a e fazendo = +, é dada por: y f(a f(b ( a = ( a f + a b A intersecção da recta anterior com o eio dos origina o ponto ( +,, donde: f(a ( a b + = a (B f(a f(b ( b bf ( a ( b f ( a a f + = (A f A equação da recta do tipo y - y = m. ( -, que passa pelos pontos (a, f(a e (b, f(b, com = b e fazendo = +, é dada por: y f(b f(a ( b = ( b f + b a A intersecção da recta anterior com o eio dos origina o ponto ( +,, donde: f(b ( b a + = b (C f(b f(a ( b bf ( a ( b f ( a a f + = (A f Página 3 de - Resolução numérica de equações

CONDIÇÕES DE CONVERGÊNCIA DO MÉTODO Os teoremas seguintes estabelecem condições suficientes para a convergência do método da falsa posição. TEOREMA 3: Sejam f e f ' contínuas no intervalo [a,b]. Se i f(a.f(b < ii f ' (, (mantém o sinal, [a,b] então a sucessão de aproimações gerada pelo método da falsa posição converge para z, único zero de f em [a,b]. TEOREMA 4: Sejam f, f ' e f '' contínuas no intervalo [a,b]. Se i f(a.f(b < ii f ' (, (mantém o sinal, [a,b], iii f ' ' (, (mantém o sinal, [a,b], então, a sucessão de aproimações gerada pelo método da falsa posição converge monotonamente para z, único zero de f em [a,b] e, além disso, um dos etremos do intervalo [a, b] é fio, ao longo das iterações, tendo-se + = f( f( f(c ( c com c = a ou c = b, tal que, f(c.f ' ' (c >. Página 4 de - Resolução numérica de equações

Ao impormos a condição iii no teorema 4, isto é, que a função f mantém a concavidade em [a, b] ( f convea para f (>, côncava para f (<, estamos a restringir o método da posição falsa aos 4 casos seguintes: CASO : f (>, f(a< e f(b> a = z b fio Da equação (B, para =, temos = a ( a f(a b f(a f(b Fazendo a = e mantendo b fio, f(b >, obtemos f( ( = b f( f(b mas, f( < f( f(b < I = [, ] e, f( b ( = b f( f(b mas, f( < f( f(b < I = [, ] e por indução, b f( temos que = ( b +, isto é, f( f(b f( f( f(c + = ( c, com c = b tal que f ( c f ( c > Página 5 de - Resolução numérica de equações

CASO : f (>, f(a> e f(b< a fio z =b Da equação (C, para =, temos = b ( b f(b a f(b f(a Fazendo b = e mantendo a fio, f(a >, obtemos f( ( = a f( f(a mas, f( < f(a f( < I = [ a, ] e, f( ( = a f( f(a mas, f( < f(a f( < I = [ a, ] e por indução, f( temos que = ( a +, isto é, f( f(a f( f( f(c + = ( c, com c = a tal que f ( c f ( c > Página 6 de - Resolução numérica de equações

CASO 3: f (<, f(a< e f(b> a fio z =b Este caso 3 é semelhante ao caso : Da equação (C, para =, temos = b ( b f(b a f(b f(a Fazendo b = e mantendo a fio, f(a <, obtemos f( ( = a f( f(a mas, f( > f(a f( < I = [ a, ], e por indução, f( temos que = ( a +, isto é, f( f(a f( f( f(c + = ( c, com c = a tal que f ( c f ( c > Página 7 de - Resolução numérica de equações

CASO 4: f (<, f(a> e f(b< =a b fio z Este caso 4 é semelhante ao caso : Da equação (B, para =, temos = a ( a f(a b f(a f(b Fazendo a = e mantendo b fio, f(b <, obtemos f( ( = b f( f(b mas, f( > f( f(b < I = [, ] e por indução, e, f( b ( = b f( f(b temos que = ( b f( +, isto é, f( f(b f( f( f(c + = ( c, com c = b tal que f ( c f ( c > EXEMPLO: Calcular a raiz da equação f(= -3= para [, ], com ε.3. Página 8 de - Resolução numérica de equações

.4.3 MÉTODO DE NEWTON - RAPHSON Sejam f, f ', f '' contínuas em [a,b] e z raiz única da equação f(=, em [a, b]. O método de Newton consiste em, obter o valor de + como a intersecção da tangente à curva de f no ponto (, f( com o eio dos. GRAFICAMENTE: y y=f( z + ANALITICAMENTE: Escrevendo f em série de Taylor em torno de z, obtemos: f(z f( + (z- f ' ( ( [a,b] Mas f(z=, donde f( + (z- f ' ( z f( f ( ' A relação anterior é a base da fórmula de recorrência do método de Newton: Página 9 de - Resolução numérica de equações

f( + = ' Fórmula de recorrência f ( CONVERGÊNCIA DO MÉTODO: ESTIMATIVA DO ERRO Uma estimativa para o erro da aproimação para z: z - CONDIÇÕES DE CONVERGÊNCIA DO MÉTODO O método de Newton (método da tangente é localmente convergente, i.é, para se verificar convergência, é necessário que a aproimação inicial esteja suficientemente próima da raiz z. O teorema seguinte estabelece condições suficientes para a convergência do método de Newton-Raphson. TEOREMA 5: Sejam f, f ', f '' contínuas no intervalo [a,b]. Se i f(a.f(b < ii f ' (, (mantém o sinal, [a,b], iii f ' ' (, (mantém o sinal, [a,b], iv a aproimação inicial, etremo favorável, é = a ou = b, onde f(. f ' ' ( > então a sequência gerada pelo método de Newton converge para z, único zero de f em [a,b]. As condições i e ii garantem que eiste uma única raiz no intervalo [a,b]; Página de - Resolução numérica de equações

A condição iii estabelece que f mantém a concavidade em [a,b] e além disso, em conjunto com a condição ii, implica que f é monótona em [a, b]; A condição iv diz que a tangente à curva quer em a quer em b intersecta o eios dos dentro do intervalo [a, b]. ORDEM DE CONVERGÊNCIA O método de Newton tem ordem de convergência igual a, i.é, convergência quadrática. EXEMPLO: Calcular a raiz da equação f(= -3= para [, ], com ε.3. Página de - Resolução numérica de equações