Equações não lineares

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Equações não lineares"

Transcrição

1 Capítulo 2 Equações não lineares Vamos estudar métodos numéricos para resolver o seguinte problema. Dada uma função f contínua, real e de uma variável, queremos encontrar uma solução x que satisfaça a equação não linear: f(x ) = 0. (2.1) Em geral a equação (2.1) não pode ser resolvida exatamente, isto é, a solução x não pode ser descrita a partir de uma combinação finita de operações algébricas simples (+,,/,, exp, log) e funções elementares (polinômios, razão entre polinômios, potências racionais, e as funções transcendentais: exp,log, trigonométricas, hiperbólicas). Há casos em que a própria função f não é conhecida explicitamente: pode ser definida a partir de uma série infinita, ou a partir de uma integral ou ainda ser solução de uma equação diferencial. nesses casos utilizamos métodos numéricos para resolver a equação. Idealmente, poderíamos dividir o procedimento nas seguintes etapas: inicialmente devemos encontrar uma região de interesse onde possam existir soluções da equação; em seguida, quando possível, isolar os intervalos que contém apenas 1 solução; feito isso, determinamos pelo menos 1 aproximação inicial x 0 da solução (de acordo com o método utilizado, pode ser necessário utilizar mais de uma aproximação inicial) para cada intervalo; finalmente, a partir das aproximações iniciais, o método numérico consiste na construção de uma seqüência {x n } n=0 que converge para a solução, isto é, lim x n = x n + solução da equação (2.1). Portanto os métodos numéricos para encontrar a solução de equações não lineares são métodos iterativos. A cada iteração, utilizamos um subconjunto das aproximações x n 1,x n 2,...,x 0, obtidas anteriormente, para determinar a próxima aproximação x n. Estudaremos os métodos separados em três classes principais: Métodos de quebra: o ponto de partida é encontrar um intervalo que contenha pelo menos 1 solução. Segundo o teorema de Bolzano, basta determinar um intervalo em que a função f muda de sinal. Os métodos de quebra consistem na descrição de como subdividir o intervalo inicial em intervalo cada vez menores que ainda contenham a mesma solução. Nesse caso, a seqüência x 0,x 1,x 2,...,x n é formada pelos extremos dos intervalos. A solução numérica será encontrada quando a largura do intervalo em uma m-ésima iteração for pequeno o suficiente para satisfazer as exigências de exatidão. Métodos de ponto fixo: A seqüência {x i } i=n i=0 é construída a partir da sucessiva iteração

2 Capítulo 2. Equações não lineares 21 x n+1 = φ(x n ). A convergência do método é garantida pelo teorema do ponto fixo, daí o nome dos métodos. Métodos de múltiplos passos: Uma generalização do método anterior onde a função φ depende de mais de uma aproximação anterior, i. e., x n+1 = φ(x n,x n 1,...,x n p ) para algum p n Métodos de quebra Os métodos de quebra utilizam como primeira aproximação um intervalo que contenha pelo menos 1 solução da equação não linear. As iterações consistem em seguidas subdivisões dos intervalos de maneira que o novo intervalo sempre contem a solução. O uso do teorema é comum a todos os métodos de quebra, ele fornece condições para que os intervalos contenham pelo menos 1 solução da equação. Apresentamos o teorema sem sua prova. Teorema (Bolzano) Seja I = [a,b] R e uma função f : I R contínua. Então o conjunto imagem f(i) é também um intervalo e [f(a),f(b)] f(i) ou [f(b),f(a)] f(i). Portanto, se encontrarmos um intervalo [a,b] tal que, por exemplo, f(a) < 0 e f(b) > 0, então pelo teorema de Bolzano existe, um ponto x [a,b] tal que f(x ) = 0. O que difere os métodos de quebra entre si é a maneira com que os intervalos são subdivididos Método da bissecção A aproximação inicial consiste em um intervalo [x 0,x 1 ] tal que f(x 0 )f(x 1 ) < 0. Então dividimos o intervalo ao meio, ou seja, no ponto x 2 = x 0 + x 1. Entre os intervalos [x 0,x 2 ] e [x 2,x 1 ] 2 escolhemos aquele que possui pelo menos 1 solução, ou seja, aquele em que f(x 2 )f(x i ) < 0 para i = 0,1. Pode ainda ocorrer que x 2 seja solução, ou seja, x 2 = x ou ainda que ambos os intervalos sejam tais que f(x 0 )f(x 2 ) < 0 e f(x 2 )f(x 1 ) < 0, nesse caso, ambos subintervalos contém pelo menos 1 solução e podemos continuar o procedimento em cada um deles em separado. Observação. Se a aproximação inicial [x 0,x 1 ] for tal que f(x 0 )f(x 1 ) > 0 isto não quer dizer que não exista solução nesse intervalo, apenas o teorema não permite uma conclusão sobre a existência ou não de solução nesse intervalo. Nesse caso é necessário escolher outro intervalo ou então realizar um divisão adicional. Por exemplo, se f(x) = x(1 x), a equação não linear f(x ) = 0 possui soluções x = 0 e x = 1, porém f( 1)f(3) > 0. Devemos adotar um critério de parada no processo de subdivisão dos intervalos. Em geral adotamos dois valores pequenos ε 1 e ε 2 de maneira que a solução é escolhida uma vez que uma das três desigualdades seguintes seja satisfeita: x n x m < ε 1, f(x n ) < ε 2 ou f(x m ) < ε 2. O seguinte algoritmo descreve com maior detalhe todos os passos. A entrada do programa consiste nos extremos do intervalo inicial [a,b], a função f, os parâmetros de exatidão ε 1 e ε 2 e o número máximo de passos aceitável N. A saída pode ser mensagens de erro, o intervalo mínimo (de comprimento ε 1 ) onde a solução se encontra (se não for possível obter a exatidão pretendida, ε 2 ) ou a solução x com exatidão dada pelo parâmetro ε 2. Por comodidade, os comentários estão colocados após o algoritmo.

3 Capítulo 2. Equações não lineares entrada {a,b,f,ε 1,ε 2,N} 2. x 0 a; x 1 b;f 0 f(x 0 ); f 1 f(x 1 ); i 1 3. se f 0 f 1 > 0, então: saída{ Erro nos dados de entrada }; vá para: final 4. enquanto f 0 > ε 2 e f 1 > ε 2 e i < N a) se x 0 x 1 < ε 1 então: saída{x 0,x 1 }; vá para: final b) x 2 0,5 (x 0 + x 1 ); f 2 f(x 2 ) c) se f 2 f 0 < 0, então: x 1 x 2 ; f 1 f 2, senão: x 0 x 2 ; f 0 f 2 d) i i se i > N, então: saída{ Não atingiu a exatidão exigida em,n, passos. }; vá para: final 6. se f 0 ε 2 então: saída{x 0 }; vá para: final, senão: saída{x 1 }; vá para: final 7. final: termina o programa. Comentários: linha 2: as variáveis x 0 e x 1 guardam o valor dos extremos dos intervalos, f 0 e f 1 guardam o valor da função nesses extremos. A variável i é um contador. linha 4: laço em que os intervalos são divididos. Se alguma das condições for satisfeita encontramos a solução com exatidão desejada ou excedemos o número máximo de passos. linha 4(a): os intervalo atingiu o menor valor admissível. O intervalo que contem a solução é retornado como saída, porém a exatidão não foi atingida. linha 4(c): teste para encontrar o intervalo que contem pelo menos 1 solução com certeza. linha 4(d): incremento do contador linha 5: se o código está nesse ponto, o laço 4 terminou, ou seja, ou encontramos a solução ou excedemos o número máximo de passos. linha 6: não é necessário testar f 1 pois se i > N é falso e f 0 ε 2 é falso, só resta f 1 ε 2 como afirmação verdadeira. Como exemplo do método, vamos estudar a equação não linear para f(x) = x e x. A solução é dada em termos da função especial W de Lambert: x = W(1) = 0, A tabela seguinte ilustra o comportamento dos extremos do intervalo para a equação x e x = 0 com intervalo inicial (0.0, 1.0): Após 20 iterações chegamos ao intervalo ( , ). O valor 0, é satisfatório como solução com 6 casa decimais exatas. Limitações do método No caso de raízes múltiplas de polinômios, pode não existir um intervalo onde a função troca de sinal. Ou pelo menos pode ser difícil encontrar tal intervalo. Veja os gráficos abaixo.

4 Capítulo 2. Equações não lineares 23 iteração x 0 x 1 1 0, 5 1,0 2 0,5 0,75 3 0,5 0, , , , , , , Tabela 2.1. Tabela das primeiras iterações para o método da bissecção f x x x Figura 2.1. Gráfico da função f(x) = x e x, no intervalo x [0, 1]. f x f x x x Método da falsa posição ou regula falsi A diferença básica entre este método e o método da bisseção está na forma de dividir o intervalo. O método da falsa posição utiliza como ponto intermediário para divisão do intervalo (x 0,x 1 ), o ponto dado pela intersecção entre o eixo x e a reta que une os pontos (x 0,f(x 0 )) e (x 1,f(x 1 )). A reta que une esses dois pontos possui equação ρ(x): Portanto, o ponto intermediário x m é dado por ρ(x) = f(x 0) f(x 1 ) x 0 x 1 x + x 0f(x 1 ) x 1 f(x 0 ) x 0 x 1. x m = x 0 (x 0 x 1 ) f(x 0 ) f(x 1 ) f(x 0). A tabela seguinte ilustra o comportamento dos extremos do intervalo para a equação x e x = 0 com intervalo inicial (0.0, 1.0):

5 Capítulo 2. Equações não lineares 24 f x x x 0 x x m x 1 Figura 2.2. A reta que une os pontos (x 0, f(x 0 )) e (x 1, f(x 1 )) está pontilhada. Ela cruza o eixo x no ponto que divide o intervalo, x m iteração x 0 x 1 1 0, 0 0, , 0 0, , 0 0, , 0 0, , 0 0, , 0 0, Tabela 2.2. Tabela das primeiras iterações para o método da falsa posição. Após 7 iterações chegamos ao resultado nas mesmas condições (6 casas decimais de exatidão) utilizadas no método anterior Métodos de ponto fixo Os métodos de ponto fixo são caracterizados por reescrever a equação não linear f(x ) = 0 (2.2) na forma φ(x ) = x e utilizar o teorema do ponto fixo que veremos logo adiante para garantir a convergência da seqüência x n+1 = φ(x n ) para o ponto fixo x que é solução de (2.2). Seja portanto a função φ : [a,b] R φ(x) = x + γ(x)f(x), onde γ(x) 0 no intervalo [a,b]. Nesse caso, se φ(x ) = x, então como γ(x) 0 para todo x [a,b], f(x ) = 0. A solução x será então determinada através da convergência da seqüência {x n } n=0, lim n x n = x, onde x n+1 = φ(x n ). A garantia da convergência é estabelecida pelo teorema do ponto fixo:

6 Capítulo 2. Equações não lineares 25 Teorema (ponto fixo) Seja φ uma função contínua, definida em um intervalo I = [a,b] e tal que as seguintes condições sejam satisfeitas: φ(i) I, obs: (a notação indica x I, g(x) I) x I, φ (x) L < 1 obs:(φ é uma contração) Então dado qualquer x 0 I, existe um único ponto x I tal que a seqüência x n+1 = φ(x n ) converge para x = φ(x ). Demonstração: Vamos tratar inicialmente a questão da convergência (existência de ponto fixo). Seja a distância entre dois pontos consecutivos x n+1 e x n da seqüência : x n+1 x n = φ(x n ) φ(x n 1 ). Segundo o teorema do valor médio, existe um c [x n,x n 1 ] tal que φ(x n ) φ(x n 1 ) = φ (c) x n 1 x. De acordo com as hipóteses, φ é tal que φ(i) I, então se a aproximação inicial x 0 pertence a I então φ(x n ) e φ(x n 1 ) também lhe pertencem. Como c [x n,x n 1 ] I então segundo as hipóteses φ (c) L < 1, então x n+1 x n = φ(x n ) φ(x n 1 ) = φ (c) x n x n 1 L x n x n 1. (2.3) Utilizando recursivamente a desigualdade (2.3) temos x n+1 x n L x n x n 1 L 2 x n 1 x n 2... L n x 1 x 0, portanto lim x n+1 x n lim n n Ln x 1 x 0 = x 1 x 0 lim n Ln. Novamente segundo as hipóteses, L < 1 e x 1 x 0 é um número finito pois x 1 e x 0 pertencem ao intervalo finito [a,b]. Assim lim n L n = 0 e lim x n+1 x n = 0. n Ou seja, a seqüência converge para um x = φ(x ). Dessa forma, existe pelo menos um ponto x no intervalo [a,b] que satisfaz a equação x = φ(x ). A seguir vamos verificar que esse ponto é único. Sejam x 1 e x 2 dois pontos distintos no intervalo I = [a,b] que satisfazem a equação x = φ(x), ou seja, x 1 = φ(x 1 ) e x 2 = φ(x 2 ). Então, de acordo com o teorema do valor médio, existe um c [x 1,x 2 ] tal que x 1 x 2 = φ (c) x 1 x 2.

7 Capítulo 2. Equações não lineares 26 Segundo as hipóteses, x 1,x 2 I, então φ (c) L < 1, ou seja x 1 x 2 < x 1 x 2 o que é uma contradição. Portanto, no intervalo I = [a,b] há um e somente um ponto x = φ(x). Observação. Note que na demonstração do teorema do ponto fixo, é fundamental que a derivada de φ seja estritamente menor do que 1 em alguma vizinhança I que contém a solução. Caso contrário, se φ (x) 1 em um intervalo I, não podemos excluir a possibilidade de que as iteradas transitem por uma seqüência cíclica de pontos sem convergir para a solução x, ou mesmo a possibilidade de haver mais de uma solução nesse intervalo. Naturalmente isto não quer dizer que esses comportamentos ocorram sempre que as hipóteses do teorema não forem válidas Método da iteração linear Trata-se de encontrar uma função φ que satisfaça as hipóteses do teorema do ponto fixo para alguma vizinhança em torno da solução x da equação f(x ) = 0. Como a função φ é construída a partir de uma outra função γ(x) 0 em um intervalo que contem a solução de f(x ) = 0, encontrá-la significa determinar γ(x) 0. A condição de convergência é garantida então pelo teorema do ponto fixo se as suas hipóteses forem satisfeitas. Vamos considerar o exemplo que já estudamos anteriormente, f(x) = x e x. Nesse caso f(x) = 0 x = e x = φ(x). Portanto, como por definição, φ(x) = x + γ(x)f(x), no nosso exemplo γ(x) 1. Assim γ(x) 0 para qualquer valor de x. Como φ (x) = e x, as hipóteses do teorema do ponto fixo são válidas apenas nos intervalos 1 I [W(1),1], onde φ(i) I e φ (x) < 1. Vamos escolher então a aproximação inicial x 0 = 0,5. a seqüência é dada em seus primeiros termos por iteração n x n 1 0, , , , , , Tabela 2.3. Tabela das primeiras iterações para o método da iteração linear com φ(x) = e x. A solução com 6 dígitos exatos é alcançada após 22 iterações. Uma outra possibilidade para a função φ seria a escolha φ(x) = ln x que corresponde a γ(x) = x + ln x x e x que é sempre negativa no intervalo (0,+ ). No entanto, φ (x) = 1 x é maior do que a unidade no intervalo (0, 1) que contém a solução e assim, o teorema do ponto fixo não dá 1 A função W é função W de Lambert e esta relacionada à solução da equação x = e x. Na prática, não procuramos garantir a hipótese φ(i) I pois muitas vezes, determinar esse intervalo exatamente equivale a resolver a equação não linear.

8 Capítulo 2. Equações não lineares 27 garantias de convergência. Podemos perceber que logo nas primeiras iterações, a seqüência toma valores negativos e, dessa forma, como φ(x) = lnx, a seqüência não estará definida apenas nos números reais. Em particular essa seqüência não converge para nenhuma solução de f(x) no plano complexo (a equação possui infinitas soluções lá) Método Newton-Raphson A partir da demonstração do teorema do ponto fixo, podemos notar que quanto menor for o limite superior L < 1 para o valor absoluto da derivada de φ na vizinhança da solução x mais rapidamente a seqüência converge para a solução da equação não linear. O método de Newton-Raphson é um método iterativo que utiliza essa propriedade da convergência das seqüências para garantir uma convergência rápida para a solução a partir do instante que x n+1 se aproxima de uma vizinhança suficientemente próxima de x. Portanto, a idéia é determinar uma função γ(x) tal que φ (x ) = 0 e assim garantir que, em uma vizinhança próxima de x, a função φ é tal que φ 1. Tomando a derivada de φ, por definição temos: φ (x) = 1 + γ (x)f(x) + γ(x)f (x) e em x = x, solução da equação f(x ) = 0, temos φ (x ) = 1 + γ(x )f (x ). Portanto, a escolha γ(x) = 1 f (x) (2.4) implica φ (x ) = 0 de maneira que na vizinhança de x, φ assume pequenos valores. A partir da escolha (2.4) para a função γ, a função φ é dada por φ(x) = x f(x) f (x). (2.5) Vamos novamente utilizar o exemplo f(x) = x e x, nesse caso a iteração é dada pela função φ: Partindo da aproximação inicial x 0 = 0,5: φ(x) = x x e x (x + 1) = 1 + e x 1 + e x. iteração n x n 1 0, , Tabela 2.4. Tabela das primeiras iterações para o método Newton-Raphson com φ(x) = (x+1) 1+e x. a seqüência converge para a solução exata até a 6 a casa decimal em duas iterações. Se utilizarmos x 0 = 1,0 como aproximação inicial obteríamos o mesmo resultado após três iterações.

9 Capítulo 2. Equações não lineares 28 Vamos analisar com um pouco mais de detalhe a questão da convergência. Se a função φ é suficientemente bem comportada a ponto de admitir uma expansão em série de Taylor em torno da solução x, então x n+1 x = φ(x n ) x = φ(x ) + φ (x ) x n x φ (x ) x n x 2 x Como a derivada φ é dada por φ (x ) x n x φ (x ) x n x 2 + O( x n x 3 ). (2.6) φ (x) = f(x)f (x) (f (x)) 2, (2.7) podemos concluir que se f (x ) 0 então φ (x ) = 0. E assim, a desigualdade (2.6) assume a forma x n x 1 2 φ (x ) x n 1 x 2 + O( x n 1 x 3 ) com φ (x ) = f (x ) f (x ). Ou seja, se f (x ) 0 então a convergência é quadrática pelo menos. No entanto se f (x ) = 0 (por exemplo, no caso de raízes múltiplas), a derivada de φ no ponto x não se anula. Se realizarmos uma expansão de Taylor para (2.7) encontraremos (devemos expandir o numerador e o denominador independentemente), no caso em que f (x ) = 0 e f (x ) 0, φ (x n ) = f (x ) 3! f (x ) (x n x ) + O((x n x ) 2 ), ou seja φ (x ) = 1 2 se f (x ) = 0. E assim a desigualdade (2.6) assume a forma x n x 1 2 x n 1 x + O( x n 1 x 2 ) e a convergência é linear como nos métodos de iteração linear Métodos de múltiplos pontos Método da secante O método da secante é similar ao método da falsa posição, diferem entre si pelo fato de que no método da secante não há divisão e escolha de intervalos, a seqüência de aproximações é calculada a partir das duas últimas aproximações e portanto, devemos iniciar com duas aproximações para a solução. Ao contrário do método da falsa posição, não há necessidade de que a solução esteja entre as duas aproximações iniciais.

10 Capítulo 2. Equações não lineares 29 A seqüência é montada a partir da regra para iteração 2 x n+1 = x n (x n x n 1 ) f(x n ) f(x n 1 ) f(x n). De maneira semelhante à que ocorre nos métodos de ponto fixo, para que ocorra convergência, em geral, as duas primeiras aproximações devem estar em uma vizinhança suficientemente próxima da solução. É possível demonstrar que existe um constante K tal que x n+1 x lim n x n x ρ = K, onde ρ = ,618. Ou seja, apesar de ser mais lenta que no método Newton-Raphson, a 2 convergência é mais rápida que a convergência linear de alguns métodos de ponto fixo. iteração n x n 1 0, , Tabela 2.5. Tabela das primeiras iterações para o método da secante para f(x) = x e x, com aproximações iniciais x 0 = 0, 9 e x 1 = 1, 0. a seqüência converge para a solução exata até a 6 a casa decimal em quatro iterações. Se utilizarmos x 0 = 0,5 e x 1 = 1,0 como primeiras aproximações obteríamos o mesmo resultado após três iterações Exercícios 1) Seja a equação não linear x e x = 0. A solução é dada em termos da função W de Lambert, x = W(1) 0, Se utilizarmos o método da bissecção e o intervalo inicial (0, 1) serão necessárias 20 iterações para obter um resultado com 6 casas decimais exatas. Utilizando o mesmo intervalo inicial mas com o método da falsa posição serão necessárias apenas 8 iterações para obter um resultado com a mesma exatidão. Se no entanto, o intervalo inicial for ( 10, 10) serão necessárias iterações no método da falsa posição enquanto que no método da bissecção serão necessárias apenas 24 iterações. Como você explicaria essa diferença? 2 É comum utilizar as seguintes variações para minimizar os efeitos de arredondamento: x n+1 = f(x n 1 ) 1 f(xn) f(x n 1 ) x n (xn x n 1) f(xn) x n (xn x n 1) 1 f(x n 1 ) f(xn), se f(x n) < f(x n 1), se f(x n 1) < f(x n)

11 Capítulo 2. Equações não lineares 30 2) Encontre as duas soluções reais da equação x + e x 3 = 0 com seis dígitos exatos. 3) As seguintes equações possuem possuem uma raiz real positiva igual a 3 2. x 4 3,5x 3 + 2,25x 2 + 3,375x 3,375 = 0 x 4 + 1,5x 3 1,5x 2 3,5x 1,5 = 0 Utilize o método de Newton-Raphson com algumas aproximações iniciais diferentes para encontrar essa raiz. O que você pode notar? 4) Utilize os métodos de Newton-Raphson e da secante para determinar a primeira raiz real positiva da equação cos(x) = x. 5) Utilize os métodos de Newton-Raphson e da secante para determinar as duas raizes reais e positivas da equação x x 0.8 = 0 6) Determine as três raizes reais e positivas da equação cos(x) = 0.02x 2

Equações não lineares

Equações não lineares DMPA IM UFRGS Cálculo Numérico Índice 1 Método da bissecção 2 Método Newton-Raphson 3 Método da secante Vamos estudar métodos numéricos para resolver o seguinte problema. Dada uma função f contínua, real

Leia mais

Métodos Numéricos - Notas de Aula

Métodos Numéricos - Notas de Aula Métodos Numéricos - Notas de Aula Prof a Olga Regina Bellon Junho 2007 Zeros de equações transcendentes e Tipos de Métodos polinomiais São dois os tipos de métodos para se achar a(s) raízes de uma equação:

Leia mais

Cálculo Numérico A - 2 semestre de 2006 Prof. Leonardo F. Guidi. 2 a Lista de Exercícios - Gabarito. 1) Seja a equação não linear x e x = 0.

Cálculo Numérico A - 2 semestre de 2006 Prof. Leonardo F. Guidi. 2 a Lista de Exercícios - Gabarito. 1) Seja a equação não linear x e x = 0. Cálculo Numérico A - 2 semestre de 2006 Prof. Leonardo F. Guidi 2 a Lista de Exercícios - Gabarito 1) Seja a equação não linear x e x = 0. A solução é dada em termos da função W de Lambert, x = W 1) 0,

Leia mais

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação CAPÍTULO1 EQUAÇÕES NÃO-LINEARES 1.1 Introdução Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação f(x) = 0, onde f é uma função arbitrária. Quando escrevemos resolver numericamente,

Leia mais

Lista de Exercícios de Métodos Numéricos

Lista de Exercícios de Métodos Numéricos Lista de Exercícios de Métodos Numéricos 1 de outubro de 010 Para todos os algoritmos abaixo assumir n = 0, 1,, 3... Bisseção: Algoritmo:x n = a+b Se f(a) f(x n ) < 0 então b = x n senão a = x n Parada:

Leia mais

Métodos iterativos dão-nos uma valor aproximado para s. Sequência de valores de x que convergem para s.

Métodos iterativos dão-nos uma valor aproximado para s. Sequência de valores de x que convergem para s. Análise Numérica 1 Resolução de equações não lineares ou Cálculo de zeros de funções Problema: Dada a função f(x) determinar o valor s tal que f(s) = 0. Slide 1 Solução: Fórmulas exemplo: fórmula resolvente

Leia mais

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima:

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima: Cálculo Numérico 1 Erros Nenhum resultado obtido através de cálculos eletrônicos ou métodos numéricos tem valor se não tivermos conhecimento e controle sobre os possíveis erros envolvidos no processo.

Leia mais

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima:

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima: Cálculo Numérico 1 Erros Nenhum resultado obtido através de cálculos eletrônicos ou métodos numéricos tem valor se não tivermos conhecimento e controle sobre os possíveis erros envolvidos no processo.

Leia mais

Cálculo Numérico. Aula 4 Zeros de Funções /04/2014. Prof. Rafael mesquita Adpt. por Prof. Guilherme Amorim

Cálculo Numérico. Aula 4 Zeros de Funções /04/2014. Prof. Rafael mesquita Adpt. por Prof. Guilherme Amorim Cálculo Numérico Aula 4 Zeros de Funções 2014.1-09/04/2014 Prof. Rafael mesquita rgm@cin.ufpe.br Adpt. por Prof. Guilherme Amorim gbca@cin.ufpe.br Últimas aulas... Aritmética de máquina Erros Sistema de

Leia mais

Cálculo Numérico Ponto Fixo

Cálculo Numérico Ponto Fixo Cálculo Numérico Ponto Fixo Método do Ponto Fixo (MPF) Dada uma função f(x) contínua no intervalo [a,b] onde existe uma raiz única, f(x) = 0, é possível transformar tal equação em uma equação equivalente

Leia mais

Resolução Numérica de Equações (Parte II)

Resolução Numérica de Equações (Parte II) Cálculo Numérico Módulo III Resolução Numérica de Equações (Parte II) Prof: Reinaldo Haas Cálculo Numérico Bissecção Métodos Iterativos para a Obtenção de Zeros Reais de Funções Bissecção Newton-Raphson

Leia mais

f(1) = 6 < 0, f(2) = 1 < 0, f(3) = 16 > 0 x [2, 3].

f(1) = 6 < 0, f(2) = 1 < 0, f(3) = 16 > 0 x [2, 3]. 1 As notas de aula que se seguem são uma compilação dos textos relacionados na bibliografia e não têm a intenção de substituir o livro-texto, nem qualquer outra bibliografia. Métodos Numéricos Para Solução

Leia mais

Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes

Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes Departamento de Computação Página da disciplina http://www.decom.ufop.br/bcc760/ Introdução Dada uma função y = f(x), o objetivo deste

Leia mais

TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira

TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira Sumário 1. Como obter raízes reais de uma equação qualquer 2. Métodos iterativos para obtenção de raízes 1. Isolamento das raízes 2. Refinamento

Leia mais

Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015

Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015 Cálculo Numérico Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015 1 Capítulo 1 Solução numérica de equações não-lineares 1.1 Introdução Lembremos que todo problema matemático pode ser expresso na forma de

Leia mais

Cálculo Numérico. Aula 6 Método das Secantes e Critérios de Parada /04/2014

Cálculo Numérico. Aula 6 Método das Secantes e Critérios de Parada /04/2014 Cálculo Numérico Aula 6 Método das Secantes e Critérios de Parada 2014.1-22/04/2014 Prof. Rafael mesquita rgm@cin.ufpe.br Adpt. por Prof. Guilherme Amorim gbca@cin.ufpe.br Aula passada? Método Iterativo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC1419 Cálculo Numérico - LISTA 1 - Zeros de Funções (Profs. André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda) 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos

Leia mais

Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções

Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções 1.) De acordo com o teorema de Bolzano, se uma função contínua f(x) assume valores de sinais opostos nos pontos extremos do intervalo [a, b], isto é se f(a)

Leia mais

Leonardo F. Guidi. Notas da disciplina Cálculo Numérico A

Leonardo F. Guidi. Notas da disciplina Cálculo Numérico A Leonardo F Guidi Notas da disciplina Cálculo Numérico A 1 Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio Grande do Sul Av Bento Gonçalves, 9500 Porto Alegre - RS Sumário Capítulo 1 Representação de

Leia mais

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares 1. Considere a equação sin(x) e x = 0. a) Prove que

Leia mais

Cálculo Numérico. Zeros de funções reais

Cálculo Numérico. Zeros de funções reais Cálculo Numérico Zeros de funções reais Agenda Introdução Isolamento de raízes Refinamento Bissecção Posição Falsa Método do ponto fixo (MPF) Método de Newton-Raphson Método da secante Introdução Um número

Leia mais

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3 CÁLCULO NUMÉRICO Aula 6 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/48 CONSIDERAÇÕES INICIAS MÉTODO DO PONTO FIXO: Uma das condições de convergência é que onde I é um intervalo

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 6 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/47 CONSIDERAÇÕES INICIAS MÉTODO DO PONTO FIXO:

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 9 04/2014 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/42 CONSIDERAÇÕES INICIAS MÉTODO DO PONTO

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 7 04/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproximados para as soluções (raízes) de equações da

Leia mais

DCC008 - Cálculo Numérico

DCC008 - Cálculo Numérico DCC008 - Cálculo Numérico Equações Não-Lineares Bernardo Martins Rocha Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Juiz de Fora bernardomartinsrocha@ice.ufjf.br Conteúdo Introdução Localização

Leia mais

Ana Paula. October 26, 2016

Ana Paula. October 26, 2016 Raízes de Equações October 26, 2016 Sumário 1 Aula Anterior 2 Método da Secante 3 Convergência 4 Comparação entre os Métodos 5 Revisão Aula Anterior Aula Anterior Aula Anterior Aula Anterior Método de

Leia mais

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES Vamos estudar alguns métodos numéricos para resolver: Equações algébricas (polinómios não lineares; Equações transcendentais equações que envolvem funções

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 8 04/2014 Zeros reais de funções Parte 2 Voltando ao exemplo da aula anterior, vemos que o ponto médio da primeira iteração

Leia mais

C alculo Num erico Ra ızes de Equa c oes Ana Paula Ana Paula C alculo Num erico

C alculo Num erico Ra ızes de Equa c oes Ana Paula Ana Paula C alculo Num erico Raízes de Equações Sumário 1 Introdução 2 3 Revisão Introdução Introdução Introdução Introdução Serão estudados aqui métodos numéricos para a resolução do problema de determinar as raízes de uma equação

Leia mais

CAP. 2 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS

CAP. 2 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS 5 CAP. ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS OBJETIVO: Estudo de métodos iterativos para resolução de equações não lineares. DEFINIÇÃO : Um nº real é um zero da função f() ou raiz da equação f() = 0 se f( )=0.

Leia mais

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza.

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza. Métodos Numéricos Turma CI-202-X Josiney de Souza josineys@inf.ufpr.br Agenda do Dia Aula 5 (16/09/15) Zero de funções: Introdução Tipos de métodos Diretos Indiretos ou iterativos Fases de cálculos Isolamento

Leia mais

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Leia mais

TP062-Métodos Numéricos para Engenharia de Produção Zeros: Introdução

TP062-Métodos Numéricos para Engenharia de Produção Zeros: Introdução TP062-Métodos Numéricos para Engenharia de Produção Zeros: Introdução Prof. Volmir Wilhelm Curitiba, 2015 Os zeros de uma função são os valores de x que anulam esta função. Este podem ser Reais ou Complexos.

Leia mais

Raízes de uma função. Laura Goulart. 14 de Março de 2019 UESB. Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 14 de Março de / 17

Raízes de uma função. Laura Goulart. 14 de Março de 2019 UESB. Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 14 de Março de / 17 Raízes de uma função Laura Goulart UESB 14 de Março de 2019 Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 14 de Março de 2019 1 / 17 Aproximação de uma raíz Dado uma precisão ɛ > 0, diremos que um ponto c

Leia mais

Raízes de uma função. Laura Goulart. 16 de Março de 2016 UESB. Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 16 de Março de / 1

Raízes de uma função. Laura Goulart. 16 de Março de 2016 UESB. Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 16 de Março de / 1 Raízes de uma função Laura Goulart UESB 16 de Março de 2016 Laura Goulart (UESB) Raízes de uma função 16 de Março de 2016 1 / 1 Aproximação de uma raíz Dado uma precisão ɛ > 0, diremos que um ponto c R

Leia mais

O método da falsa posição

O método da falsa posição Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit O método da falsa posição

Leia mais

Métodos Numéricos Zeros: Introdução. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

Métodos Numéricos Zeros: Introdução. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Métodos Numéricos Zeros: Introdução Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Um número real é um zero da função f(x) ou uma raiz da equação f(x)=0, se f( )=0. 2 Os zeros de uma função

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 7 04/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproximados para as soluções (raízes) de equações da

Leia mais

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza.

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza. Métodos Numéricos Turma CI-202-X Josiney de Souza josineys@inf.ufpr.br Agenda do Dia Aula 9 (30/09/15) Método de Ponto Fixo: Método de Newton- Raphson ou Método das Tangentes O que é Como é calculado Particularidades

Leia mais

Marina Andretta/Franklina Toledo. 18 de outubro de Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires.

Marina Andretta/Franklina Toledo. 18 de outubro de Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Determinação de raízes de funções: Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 18 de outubro de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta/Franklina Toledo (ICMC-USP)

Leia mais

Cálculo Numérico. Aula 5 Método Iterativo Linear e Newton-Raphson /04/2014

Cálculo Numérico. Aula 5 Método Iterativo Linear e Newton-Raphson /04/2014 Cálculo Numérico Aula 5 Método Iterativo Linear e Newton-Raphson 2014.1-15/04/2014 Prof. Rafael mesquita rgm@cin.ufpe.br Adpt. por Prof. Guilherme Amorim gbca@cin.ufpe.br O que vimos até agora? Zeros de

Leia mais

Artur M. C. Brito da Cruz. Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1

Artur M. C. Brito da Cruz. Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1 Equações Não Lineares Análise Numérica Artur M. C. Brito da Cruz Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1 1 versão 20 de Setembro de 2017 Conteúdo 1 Introdução...................................

Leia mais

Capítulo 6 - Equações Não-Lineares

Capítulo 6 - Equações Não-Lineares Sistemas de Capítulo 6 - Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil e Electrotécnica Carlos Balsa Métodos Numéricos 1/

Leia mais

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Cálculo Numérico Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br MATERIAL ADAPTADO DOS SLIDES DA DISCIPLINA CÁLCULO NUMÉRICO DA UFCG - www.dsc.ufcg.edu.br/~cnum/

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Cálculo Numérico - Zeros de Funções Prof a Dr a Diane Rizzotto Rossetto Universidade Tecnológica Federal do Paraná 13 de março de 2016 D.R.Rossetto Zeros de Funções 1/81 Problema Velocidade do pára-quedista

Leia mais

SME0300 Cálculo Numérico Aula 4

SME0300 Cálculo Numérico Aula 4 SME0300 Cálculo Numérico Aula 4 Maria Luísa Bambozzi de Oliveira marialuisa @ icmc. usp. br Sala: 3-241 Página: tidia-ae.usp.br 13 de agosto de 2015 Aula Passada Operações Aritméticas: Arredondamento a

Leia mais

Andréa Maria Pedrosa Valli

Andréa Maria Pedrosa Valli Raízes de Equações Andréa Maria Pedrosa Valli Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Vitória, ES, Brasil 2-27 Raízes

Leia mais

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Licenciaturas em Engenharia do Ambiente e Química 2 o Semestre de 2005/2006 Capítulo II Resolução Numérica de Equações Não-Lineares 1. Considere a equação sin(x)

Leia mais

Equações não lineares

Equações não lineares DMPA IME UFRGS Cálculo Numérico Índice Raizes de polinômios 1 Raizes de polinômios 2 raizes de polinômios As equações não lineares constituídas por polinômios de grau n N com coeficientes complexos a n,a

Leia mais

Solução numérica de equações não-lineares

Solução numérica de equações não-lineares Capítulo 1 Solução numérica de equações não-lineares 1.1 Introdução Lembremos que todo problema matemático pode ser expresso na forma de uma equação. Mas, o que é uma equação? Uma equação é uma igualdade

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano. CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 5 Zeros reais de funções Parte 2 Voltando ao eemplo da aula anterior, vemos que o ponto médio da primeira iteração 1 = 2,5

Leia mais

Aula 2- Soluções de Equações a uma Variável (zeros reais de funções reais)

Aula 2- Soluções de Equações a uma Variável (zeros reais de funções reais) Cálculo Numérico IPRJ/UERJ Sílvia Mara da Costa Campos Victer ÍNDICE Aula 2- Soluções de Equações a uma Variável (zeros reais de funções reais) FASE I: Isolamento das raízes. FASE 2: Refinamento: 2.1-

Leia mais

Método do Ponto Fixo

Método do Ponto Fixo Determinação de raízes de funções: Método do Ponto Fixo Marina Andretta ICMC-USP 07 de março de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0500

Leia mais

Exercícios sobre zeros de funções Aula 7

Exercícios sobre zeros de funções Aula 7 Exercícios sobre zeros de funções Aula 7 André L. R. Didier 1 6 de Maio de 2015 7/47 Introdução Todas as questões foram obtidas da 3 a edição do livro Métodos Numéricos de José Dias dos Santos e Zanoni

Leia mais

- Métodos numéricos. - Métodos analíticos versus métodos numéricos. - Necessidade de se usar métodos numéricos. - Métodos iterativos

- Métodos numéricos. - Métodos analíticos versus métodos numéricos. - Necessidade de se usar métodos numéricos. - Métodos iterativos Tópicos Tópicos - Métodos numéricos - Métodos analíticos versus métodos numéricos - Necessidade de se usar métodos numéricos - Métodos iterativos - Resolução de problemas - Problemas com equações não lineares

Leia mais

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES DE UMA OU MAIS VARIÁVEIS Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES DE UMA OU MAIS VARIÁVEIS Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES DE UMA OU MAIS VARIÁVEIS Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO

Leia mais

Modelagem Computacional. Parte 2 2

Modelagem Computacional. Parte 2 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Parte 2 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2/2016 2 [Cap. 2 e 3] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning,

Leia mais

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Zeros de Funções

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Zeros de Funções MAP 2121 - CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Zeros de Funções 1: Mostre que a função f(x) = x 2 4x + cos x possui exatamente duas raízes: α 1 [0, 1.8] e α 2 [3, 5]. Considere as funções:

Leia mais

Cálculo Numérico Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Comunicação FCSAC Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU

Cálculo Numérico Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Comunicação FCSAC Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU Cálculo Numérico Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Comunicação FCSAC Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU Prof. Dr. Sergio Pilling (IPD/ Física e Astronomia) REVISÃO DA 1ª PARTE

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Lista de Exercícios / Cálculo Numérico 1ª Unidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Lista de Exercícios / Cálculo Numérico 1ª Unidade 1) Analise as alternativas abaixo e marque V para verdadeiro e F para falso. No segundo caso, explique como as tornaria verdadeiras: ( ) O método das secantes é utilizado para solucionar um problema de

Leia mais

José Álvaro Tadeu Ferreira. Cálculo Numérico Notas de aulas. Resolução de Equações Não Lineares

José Álvaro Tadeu Ferreira. Cálculo Numérico Notas de aulas. Resolução de Equações Não Lineares UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Computação José Álvaro Tadeu Ferreira Cálculo Numérico Notas de aulas Resolução de Equações Não Lineares Ouro

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares.

Leia mais

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Cálculo Numérico Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br MATERIAL ADAPTADO DOS SLIDES DA DISCIPLINA CÁLCULO NUMÉRICO DA UFCG - www.dsc.ufcg.edu.br/~cnum/

Leia mais

Solução aproximada de equações de uma variável

Solução aproximada de equações de uma variável Cálculo Numérico de uma variável Prof. Daniel G. Alfaro Vigo dgalfaro@dcc.ufrj.br Departamento de Ciência da Computação IM UFRJ Parte I Localização de zeros e Método da bissecção Motivação: Queda de um

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares.

Leia mais

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Matemática Aplicada e Análise Numérica Matemática Computacional - o ano LEMat e MEQ Exame/Teste - 5 de Fevereiro de - Parte I (h3m). Considere

Leia mais

Métodos Numéricos Zeros Posição Falsa e Ponto Fixo. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

Métodos Numéricos Zeros Posição Falsa e Ponto Fixo. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Métodos Numéricos Zeros Posição Falsa e Ponto Fixo Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Método da Posição Falsa 2 Método da Posição Falsa O processo consiste em dividir/particionar

Leia mais

Zero de Funções ou Raízes de Equações

Zero de Funções ou Raízes de Equações Zero de Funções ou Raízes de Equações Um número ξ é um zero de uma função f() ou raiz da equação se f(ξ). Graficamente os zeros pertencentes ao conjunto dos reais, IR, são representados pelas abscissas

Leia mais

Capítulo 4 - Equações Não-Lineares

Capítulo 4 - Equações Não-Lineares Capítulo 4 - Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil, Química e Gestão Industrial Carlos Balsa Métodos Numéricos 1/

Leia mais

CCI-22 CCI-22. 4) Equações e Sistemas Não Lineares. Matemática Computacional. Bissecção, Posição Falsa, Ponto Fixo, Newton-Raphson, Secante

CCI-22 CCI-22. 4) Equações e Sistemas Não Lineares. Matemática Computacional. Bissecção, Posição Falsa, Ponto Fixo, Newton-Raphson, Secante Matemática Computacional 4) Equações e Sistemas Não Lineares Carlos Alberto Alonso Sanches Bissecção, Posição Falsa, Ponto Fio, Newton-Raphson, Secante Introdução Ponto Fio Introdução Ponto Fio Raízes

Leia mais

SME0300 Cálculo Numérico Aula 6

SME0300 Cálculo Numérico Aula 6 SME0300 Cálculo Numérico Aula 6 Maria Luísa Bambozzi de Oliveira marialuisa @ icmc. usp. br Sala: 3-241 Página: tidia-ae.usp.br 20 de agosto de 2015 Aula Passada Equações Não-Lineares: Determinar raiz

Leia mais

Lista de Exercícios 1 Cálculo Numérico - Professor Daniel

Lista de Exercícios 1 Cálculo Numérico - Professor Daniel Lista de Exercícios 1 Cálculo Numérico - Professor Daniel Observação: Esta lista abrange os três primeiros tópicos da ementa do curso, teoria dos erros, sistemas lineares, e zeros de funções. Ela abrange

Leia mais

Notas de Aula de Cálculo Numérico

Notas de Aula de Cálculo Numérico IM-Universidade Federal do Rio de Janeiro Departamento de Ciência da Computação Notas de Aula de Cálculo Numérico Lista de Exercícios Prof. a Angela Gonçalves 3 1. Erros 1) Converta os seguintes números

Leia mais

Equações Não Lineares. 35T12 Sala 3G4 Bruno Motta de Carvalho DIMAp Sala 15 Ramal 227

Equações Não Lineares. 35T12 Sala 3G4 Bruno Motta de Carvalho DIMAp Sala 15 Ramal 227 Equações Não Lineares 35T12 Sala 3G4 Bruno Motta de Carvalho DIMAp Sala 15 Ramal 227 Introdução Um tipo de problema bastante comum é o de achar raízes de equações da forma f() = 0, onde f() pode ser um

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano. CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 09/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC49 Cálculo Numérico - LISTA - sistemas lineares de equações Profs André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda Métodos diretos Analise os sistemas

Leia mais

f(h) δ h p f(x + h) f(x) (x) = lim

f(h) δ h p f(x + h) f(x) (x) = lim Capítulo 6 Derivação numérica Nesta seção vamos desenvolver métodos para estimar a derivada de uma função f calculada em um ponto x, f (x, a partir de valores conecidos de f em pontos próximos ao ponto

Leia mais

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3 CÁLCULO NUMÉRICO Aula 6 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/47 CONSIDERAÇÕES INICIAIS MÉTODO DO PONTO FIXO: Uma das condições de convergência é que onde I é um intervalo

Leia mais

Matemática Computacional - Exercícios

Matemática Computacional - Exercícios Matemática Computacional - Exercícios 1 o semestre de 2007/2008 - Engenharia Biológica Teoria de erros e Representação de números no computador Nos exercícios deste capítulo os números são representados

Leia mais

= 2 sen(x) (cos(x) (b) (7 pontos) Pelo item anterior, temos as k desigualdades. sen 2 (2x) sen(4x) ( 3/2) 3

= 2 sen(x) (cos(x) (b) (7 pontos) Pelo item anterior, temos as k desigualdades. sen 2 (2x) sen(4x) ( 3/2) 3 Problema (a) (3 pontos) Sendo f(x) = sen 2 (x) sen(2x), uma função π-periódica, temos que f (x) = 2 sen(x) cos(x) sen(2x) + sen 2 (x) 2 cos(2x) = 2 sen(x) (cos(x) sen(2x) + sen(x) cos(2x) ) = 2 sen(x)

Leia mais

2.3- Método Iterativo Linear (MIL)

2.3- Método Iterativo Linear (MIL) .3- Método Iterativo Linear (MIL) A fim de introduzir o método de iteração linear no cálculo de uma raiz da equação (.) f(x) = 0 expressamos, inicialmente, a equação na forma: (.) x = Ψ(x) de forma que

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Método de Newton Paulo Evandro Viana Belo Horizonte, março de 006 AOS MEUS QUERIDOS E ESTIMADOS FAMILIARES E,

Leia mais

MINISTÉRlO DA EDUCACAO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS PATO BRANCO

MINISTÉRlO DA EDUCACAO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS PATO BRANCO prof. Jorge Roberto Grobe /09/4 4:2 cálculo numérico equações algébricas e transcendentes CAPITULO 4 4.0 SOLUÇÕES DE EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E TRANSCENDENTES 4. METODO DA BISSECÇÃO OU PESQUISA BINARIA Descrição:

Leia mais

Dízimas e intervalos encaixados.

Dízimas e intervalos encaixados. Dízimas e intervalos encaixados. Recorde que uma dízima com n casas decimais é um número racional da forma a 0.a a 2...a n = a 0 + a 0 + a 2 0 2 + + a n n 0 n = a j 0 j em que a 0,a,...,a n são inteiros

Leia mais

Métodos Numéricos Zeros Newton-Raphson e Secante. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

Métodos Numéricos Zeros Newton-Raphson e Secante. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Métodos Numéricos Zeros Newton-Raphson e Secante Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Método Newton Raphson 2 Método Newton-Raphson Dada uma função f( contínua num intervalo fechado

Leia mais

Raízes de Equações métodos delimitados. qual o problema? equações não lineares/raízes

Raízes de Equações métodos delimitados. qual o problema? equações não lineares/raízes Raízes de Equações métodos delimitados Aula 5 (16/0/07) Métodos Numéricos Aplicados à Engenharia Licenciatura em Engenharia Alimentar Escola Superior Agrária de Coimbra qual o problema? Podemos calcular

Leia mais

Resolução de Sistemas de

Resolução de Sistemas de Capítulo 5 Resolução de Sistemas de Equações Não-Lineares 51 Introdução Neste capítulo, apresentaremos o método de Newton para sistemas de equações não-lineares, ie, procuramos um vetor x que satisfaça

Leia mais

A. Equações não lineares

A. Equações não lineares A. Equações não lineares 1. Localização de raízes. a) Verifique se as equações seguintes têm uma e uma só solução nos intervalos dados: i) (x - 2) 2 ln(x) = 0, em [1, 2] e [e, 4]. ii) 2 x cos(x) (x 2)

Leia mais

Parte 1: Exercícios Teóricos

Parte 1: Exercícios Teóricos Cálculo Numérico SME0104 ICMC-USP Lista 5: Zero de Funções Lembrete (informação que vai estar disponível na prova) Método de Newton Método da Secante x k+1 = x k f(x k) f (x k ), x k+1 = x k J 1 F (x k

Leia mais

Integrais. ( e 12/ )

Integrais. ( e 12/ ) Integrais (21-04-2009 e 12/19-05-2009) Já estudámos a determinação da derivada de uma função. Revertamos agora o processo de derivação, isto é, suponhamos que nos é dada uma função F e que pretendemos

Leia mais

EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E TRANSCENDENTES ALVARO A. F. SOUZA

EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E TRANSCENDENTES ALVARO A. F. SOUZA EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E TRANSCENDENTES ALVARO A. F. SOUZA RAIZES Necessidade de determinar um número E tal que f( )=0 Equações Algébricas de 1º,2º,algumas de 3º,4º graus e algumas transcendentes podem ter

Leia mais

1. Funções Reais de Variável Real Vamos agora estudar funções definidas em subconjuntos D R com valores em R, i.e. f : D R R

1. Funções Reais de Variável Real Vamos agora estudar funções definidas em subconjuntos D R com valores em R, i.e. f : D R R . Funções Reais de Variável Real Vamos agora estudar funções definidas em subconjuntos D R com valores em R, i.e. f : D R R D x f(x). Uma função é uma regra que associa a cada elemento x D um valor f(x)

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma: f

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo temático Zeros de Função Conteúdo específico Métodos iterativos

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA Universidade Federal de Pelotas Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino Atividades de Reforço em Cálculo Módulo de Limites Aula 0 208/ Projeto GAMA Grupo de Apoio em Matemática Ideia Intuitiva

Leia mais

4.2 Exemplos de aplicação Raiz cúbica de um número k

4.2 Exemplos de aplicação Raiz cúbica de um número k Capítulo 4 Zeros de Funções 4.1 Introdução Considere o seguinte problema: dada uma função real f, achar suas raízes, isto é, os valores de x para os quais f(x)=0, como ilustra a figura abaixo (os pontos

Leia mais

3 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS OU SOLUÇÕES DE EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E TRANSCENDENTES

3 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS OU SOLUÇÕES DE EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E TRANSCENDENTES 3 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS OU SOLUÇÕES DE EQUAÇÕES ALGÉBRICAS E TRANSCENDENTES Prof. Jorge Roberto Grobe 01/04/2015 11:00:45 CN24NB 11 a edição i Índice de ilustrações FIGURA 1: Interpretação Geométrica

Leia mais