DEGRADABILIDADE IN SITU DA MATÉRIA SECA, PROTEÍNA BRUTA E FIBRA EM DETERGENTE NEUTRO DE TRÊS HÍBRIDOS DE SORGO PARA CORTE/PASTEJO

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Transcrição:

DEGRADABILIDADE IN SITU DA MATÉRIA SECA, PROTEÍNA BRUTA E FIBRA EM DETERGENTE NEUTRO DE TRÊS HÍBRIDOS DE SORGO PARA CORTE/PASTEJO Nagylla Melo da Silva Barros 1 ; Susana Queiroz Santos Mello 2 1 Aluna do Curso de zootecnia; Campus de Araguaína; email: nagyllambarros@gmail.com PIBIC/CNPq 2 Orientador (a) do Curso de Zootecnia; Campus de Araguaína; email: sqsmello@gmail.com RESUMO: Objetivou-se no presente trabalho avaliar a degradabilidade in situ da matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro da planta inteira, folha e colmo de três híbridos para corte/pastejo cultivado na região Norte do Estado do Tocantins. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com três tratamentos e quatro repetições sendo os tratamentos os híbridos 0734005, 0734012 e BRS810, coletados após 56 dias da semeadura. Foram analisados os teores de degradação da Matéria Seca (MS), Fibra em Detergente Neutro (FDN) e Proteína Bruta (PB). As equações geradas foram comparadas por meio de teste de paralelismo e identidade de curvas. Os híbridos apresentaram altos teores de PB, exceto para a fração colmo. Observou-se também elevados teores de FDN e FDA onde não houve diferença (P<0,05) para a fração folha com média de 75,48% e 40,10% respectivamente.os híbridos experimentais 0734012 e 0734005 apresentaram maiores porcentagens da DEMS em todas as frações. Na DEPB destacou-se BRS810 e 0734012 para planta inteira e folha, e este ultimo com o 0734005 para o colmo. O menor desempenho para a DEFDN foi atribuído ao híbrido 0734005. Entre os híbridos o que apresentou o melhor perfil nutricional para ser usado na alimentação dos ruminantes foi experimental 0734012. Palavras-chave: composição bromatológica; forrageiras; nutrição; ruminantes INTRODUÇÃO Na busca por alternativas alimentares eficientes para um bom desempenho nutricional e valores de produção economicamente viáveis, estudos vêm se desenvolvendo nas últimas décadas sobre a fisiologia e atributos do valor nutritivo de forragens. Neste contexto, o sorgo estar dentre essas como uma das mais avaliadas na nutrição de ruminantes, devido sua qualidade, facilidade de manejo e boa adaptabilidade á diferentes condições edafoclimáticas, destacando-se os híbridos para corte/pastejo. O valor nutritivo da forragem convertido em produto animal vem sendo detalhado através de avaliações que predizem os processos da digestão eficiente, de forma a atingir ganhos por

animal cada vez mais significativos (MELLO, 2007), onde a técnica in situ se destaca por oferecer uma estimativa mais exata da degradação ruminal, com baixo custo e por possibilitar o contato íntimo do alimento avaliado com o ambiente ruminal. Assim, no presente trabalho objetivou-se avaliar a degradabilidade in situ da matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro da planta inteira, folha e colmo de três híbridos para corte/pastejo cultivado na região Norte do Estado do Tocantins. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido nas dependências da Escola de medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do Tocantins UFT/EMVZ, durante o ano de 2011. O material foi inoculado em quatro bovinos fêmeas mestiças zebuínas com fístulas permanentes no rúmen, mantidas durante todo o período experimental em pastagem de capim Brachiaria brizanhta cv. Marandú (Braquiarão) contendo em torno de 10% de proteína com acesso a bebedouro e mistura mineral. O material forrageiro utilizado foram três híbridos para corte/pastejo, coletados aos 56 dias após a semeadura. O ensaio durou 20 dias, sendo 15 de adaptação e cinco para medir a degradabilidade in situ da matéria seca (MS), proteína bruta (PB) e fibra detergente neutro (FDN). Realizou-se a pesagem de 1,80 g de amostra, em duplicatas a fim de manter 15 a 20 mg por cm 2 de área superficial dos sacos, sendo esta composta do Pool das repetições dos três híbridos de sorgo em cada fração da planta (planta inteira, folha e colmo). Um conjunto de 12 sacos foi incubado em cada tempo pré-estabelecido: 0, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 horas para a degradação da MS, PB e FDN conforme metodologia descrita por Mehrez & Orskov (1977), obedecendo-se algumas recomendações propostas por Nocek & Russel (1988), como a porosidade do saco e o tamanho da partícula. Realizaram-se as análises do material residual da degradação no laboratório de nutrição animal da EMVZ/UFT campos de Araguaína e as análises da composição bromatológica da planta inteira e das frações folha e colmo dos híbridos para corte/paste, no laboratório de Bromatologia da Universidade Estadual Paulista - UNESP no campus de Ilha Solteira SP, conforme metodologia descrita por Silva & Queiroz (2002). Os resultados foram submetidos à análise de variância com médias comparadas pelo teste Tukey á 5 % de probabilidade. A avaliação da degradação foi averiguada seguindo os horários de 0, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 horas após inoculação. Posteriormente procedeu-se a regressão dos dados com a utilização do modelo proposto

por Mehrez & Ørskov (1977). As equações geradas foram comparadas por meio de teste de paralelismo e identidade de curvas. RESULTADO E DISCUSSÃO A tabela 1 reporta que os resultados de PB da planta inteira dos híbridos avaliados não diferiram entre si e o valor médio destes foi de 8,53%. Em relação à folha maiores diferenças foram verificadas para o 0734012 e BRS 810 que apresentaram valor médio de 18,03 % acima do observado no 0734005. No colmo os valores não diferiram (P<0,05) entre si. Tabela 1. Composição Bromatologica (% MS) da planta inteira, folha e colmo de híbridos de sorgos para corte/pastejo. Planta inteira PB FDN FDA LIG CHOT CNF NIDA 0734005 8,33 A 69,24 B 45,75 A 3,04 A 85,05 A 15,81 A 0,30 A 0734012 8,39 A 69, 98 A 43,93 B 2,42 B 85,18 A 15,19 A 0,25 B BRS 810 8,49 A 68,99 B 45,40 A 2,93 A 84,63 A 15,65 A 0,29 AB Folha 0734005 11,55 B 75,60 A 40,44 A 3,34 B 79,69 A 4,09 A 0,52 B 0734012 13,77 A 75,55 A 40,35 A 5,04 A 78,09 B 2,54 AB 0,60 A BRS 810 14,42 A 75,30 A 39,53 A 3,65 B 77,06 B 1,76 B 0,43 C Colmo 0734005 4,14 B 73,22 B 47,50 B 3,57 A 91,81 A 18,59 A 0,17 B 0734012 5,39 A 74,04 B 47,59 AB 2,68 B 90,12 B 16,08 B 0,19 A BRS 810 4,12 B 75,64 A 48,38 A 3,38 AB 91,43 A 15,78 B 0,17 B Médias seguidas de diferentes letras maiúsculas nas colunas diferem entre si (P<0,05) pelo teste Tukey. Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina (LIG) carboidrato total (CHOT), carboidrato não fibroso (CNF), nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN) e nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA). Valores elevados de FDN foram observados na planta inteira e colmo para os híbridos 0734012 e BRS 810, respectivamente. Não houve diferença (P<0,05) para folha e a média dos híbridos foi de 75,48%. Os resultados de FDA seguiram a mesma tendência aos de FDN com maiores valores (P>0,05) atribuídos aos híbridos 0734005 e BRS810 para a planta inteira, BRS810 e 0734012 para colmo. O valor médio de FDA para os componente da folha que não diferiu entre si, foi de 40,10%. Deve-se ressaltar que teores de FDN acima de 70% e de FDA acima de 40% são suficientemente elevados para limitar a digestão (PACIULLO et al. 2001). Os valores de Lignina diferiram (P>0,05) para 0734005 e BRS 810 na planta inteira e colmo e 0734012 na folha. A tabela 2 demonstra que os resultados da DEMS foram maiores nos híbridos 0734012 e 0734005 na planta inteira, folha e colmo. Na DEPB destacou-se BRS810 e 0734012 para planta inteira e folha, e este último com o 0734005 para o colmo. Maiores resultados da DEFDN são

observados nos híbridos 0734012 e 0734005 nas frações planta inteira e folha. No entanto, nas taxas de passagem 4% e 5% da folha e, em todas as taxas da fração colmo, o menor desempenho de degradação foi para 0734005. Tabela 2. Degradação efetiva da matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro da planta inteira, folha e colmo de híbridos s para corte/pastejo calculadas para taxas de passagens de 2, 3, 4 e 5%/h. Planta inteira Folha Colmo 2% 3% 4% 5% 2% 3% 4% 5% 2% 3% 4% 5% DEMS* 0734005 59,74 54,47 50,67 47,80 62,60 56,57 52,32 49,18 59,16 55,05 51,85 49,31 0734012 59,78 57,42 50,59 47,73 62,62 56,66 52,46 49,34 59,44 55,21 51,94 49,33 BRS 810 59,06 53,92 50,19 47,36 62,57 56,61 51,39 49,25 58,98 54,98 51,86 49,36 DEPB* 0734005 54,69 47,92 43,03 39,39 68,10 62,74 58,59 55,29 46,03 40,70 36,59 33,33 0734012 54,91 48,06 43,16 39,49 69,44 64,23 60,15 56,88 46,55 41,08 36,90 33,60 BRS 810 55,20 48,46 43,58 39,88 69,57 64,30 60,19 56,91 45,42 40,23 36,22 33,01 DEFDN* 0734005 48,18 41,13 36,19 32,51 56,30 49,13 44,10 40,39 49,96 44,77 40,76 37,58 0734012 48,73 41,71 36,78 33,13 56,27 49,15 44,14 40,44 50,74 45,51 41,49 38,30 BRS 810 47,29 40,44 35,55 31,89 56,22 49,11 44,11 40,40 50,62 45,60 41,73 38,65 * Degradação efetiva da matéria seca (DEMS), degradação efetiva da proteína bruta (DEPB) e degradação efetiva da fibra em detergente neutro (DEFDN). Na tabela 3 pode-se observar que todos os híbridos não diferem (P>0,05) pelo teste de paralelismo, entretanto diferem (P<0,05) pelo teste de identidade para planta inteira e colmo Tabela 3. Equações de degradabilidade (%) da fração em função do tempo da planta inteira, folha e colmo de híbridos para corte/pastejo. Equações (modelo de Mehrez & Ørskov) Matéria seca Planta inteira R 2 Folha R 2 Colmo R 2 0734005 Y = 27,23 + 53,06 (l-e -0,03165.t ) A a 97,80 Y = 28,03 + 59,94 (1-e -0,02727.t ) A a 97,90 Y = 26,59 + 45,81 (1-e -0,04917.t ) A a 98,40 0734012 Y = 27,71 + 53,61 (1-e 0,02979.t ) A a 97,90 Y = 28,14 + 59,19 (1-e -0,02791.t ) A a 97,90 Y = 26,37 + 46,79 (1-e -0,0482.t ) Ab 98,00 BRS 810 Y = 26,85 + 51,98 (1-e -0,0326.t ) A b 97,06 Y = 27,74 + 59,34 (1-e -0,02842.t ) A a 97,80 Y = 26,80 + 44,98 (1-e -0,05029.t ) A c 98,80 Proteína bruta 0734005 Y = 13,26 + 67,97 (1-e -0,03122.t ) Ab 97,90 Y = 26,05 + 59,39 (1-e -0,04846.t ) A a 96,80 Y = 4,93 + 58,55 (1-e -0,04711.t ) A b 96,60 0734012 Y = 13,69 + 68,52 (1-e -0,03018.t ) Aa 97,90 Y = 26,71 + 59,16 (1-e -0,05203.t ) A a 96,90 Y = 5,55 + 59,21 (1-e -0,045.t ) A a 96,00 BRS 810 Y = 13,07 + 68,08 (1-e -0,03248.t ) Aa 98,10 Y = 27,34 + 59,12 (1-e -0,05003.t ) A a 97,01 Y = 4,50 + 57,62 (1-e -0,04897.t ) A c 96,30 Fibra em detergente neutro 0734005 Y = 7,34 + 69,51 (1-e -0,02837.t ) A a 98,30 Y = 15,53+ 71,15(1-e -0,02683 t ) A a 98,30 Y = 9,89+ 57,09 (1-e -0,04707.t ) A b 98,30 0734012 Y = 8,65 + 69,70(1-e -0,02706.t ) A a 98,40 Y = 15,51+ 70,70(1-e -0,02721.t ) A a 98,30 Y = 10,77+ 57,18 (1-e -0,04641.t ) A a 98,20 BRS 810 Y = 6,39 + 68,49 (1-e -0,02964.t ) A b 98,30 Y = 15,30+ 70,55(1-e -0,0276.t ) A a 98,20 Y = 11,72+ 55,27 (1-e -0,04748.t ) A b 98,60 Equações acompanhadas por letras maiúsculas e minúsculas iguais nas colunas são paralelas pelo teste de paralelismo e idênticas pelo teste de identidade de curvas a 5% de probabilidade, respectivamente. Os elevados coeficientes de determinação (R 2 ) demonstram que o modelo descreveu adequadamente as curvas de degradação.

CONCLUSÃO Entre os híbridos avaliados nas condições experimentais na Região Norte do Estado do Tocantins, o que apresentou o melhor perfil nutricional para ser usada na alimentação dos ruminantes foi experimental 0734012. LITERATURA CITADA MELLO, S.Q.S. Propriedades químicas e biológicas do sistema solo-planta em pastagem de capim-mombaça submetido a doses de nitrogênio e épocas de corte. Goiânia, Tese, 2007, 101f. Tese (Doutorado em Ciência Animal) Universidade Federal de Goiás, 2007. MEHREZ, A.Z.; ØRSKOV (, E. R. A study of the artificial fibre bag technique for determining the digestibility of feed in rumen. Journal of Agricultural Science, v.88, n.3, p.654-660, 1977. NOCEK, J., RUSSEL, J. B. Protein and carbohydrates as an integrated system. Relationship of ruminal availability to microbial contribution and milk production. Journal Dairy Science, Champaign, v.71, n.8, p.2070-2107, 1988. PACIULLO, D. S.C.; GOMIDE, J.A.; QUEIROZ, D.S.; SILVA, E.A.M. Correlação entre componentes anatômicos, químicos e digestibilidade in vitro da matéria seca de gramíneas forrageiras. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30, n.3, p.955-963, 2001. SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. 3ª. ed. Viçosa: UFV, 2002. 235p. AGRADECIMENTOS Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil pelo apoio na realização do presente trabalho. A minha orientadora Susana Mello pela oportunidade. A todos que direto ou indiretamente me ajudaram na realização do Trabalho: Simone, Elisângela, Thaís, Jhonne, Elyne, Danila, Kenny, Prof. Bergamaschine, Prof. Luciano, Prof. Newman e ao funcionário da Fenix Edvan Farias Mamão.