25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas
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1 Dinâmica de Acúmulo e Perda de Forragem em Sistema Silvipastoril de Floresta Raleada sob Pastejo com Ovinos e Efeito do Sombreamento Arbóreo sob a Atividade da Clorofila da Gramínea Elvis Carlos da Silva 1, José Expedito Cavalcante da Silva 2, Antônio Clementino dos Santos 3. 1 Aluno do Curso de Zootecnia; Campus de Araguaína; elviscarlos90@hotmail.com PIBIC/CNPq 2 Orientador(a) do Curso de Química; Campus de Araguaína; jecs@uft.edu.br 3 Co-orientador(a) do Curso de Zootecnia; Campus de Araguaína; clementino@uft.edu.br RESUMO As áreas de pastagens compreendem aproximadamente 180 milhões de hectares, cerca de 20% do território nacional. Desse total mais de 60% das áreas pastoris são constituídas por pastagens cultivadas. No entanto, a necessidade do entendimento das condições do solo no local onde irá implantar a gramínea é de suma importância. Assim a gramínea do gênero Brachiaria brizatha cv. Marandu apresenta condições necessárias para ser implantada em solos de baixa fertilidade e suporta pisoteio de animais. Assim, podemos concretizar que a gramínea do gênero Brachiaria brizatha cv. Marandu é essencial para o uso de fonte de alimento para os bovinos de corte. Este trabalho teve como objetivo básico realizar análise agronômica e análise físicoquímicas da gramínea do gênero Brachiaria brizatha cv. Marandu sobre sombreamento, por ser umas das gramíneas mais utilizadas no estado do Tocantins na pecuária bovinocultura de corte. O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal do Tocantins UFT, Campus Universitário de Araguaína (07º12 28, Latitude Sul e 48º12 26, Longitude Oeste), com temperaturas máximas de 40ºC e mínimas de 18ºC, umidade relativa do ar com média anual de 76% e precipitação anual de 1746 mm. Foram realizadas análises agronômicas e físicoquímicas, para observar altura de perfil, matéria seca, nitrogênio, proteínas e cinzas. Com base nos dados obtidos, podemos constatar que a gramínea responde de formar satisfatória no sistema arborizado (Silvipastoril), como fonte de alimento para os bovinos na pecuária de corte. Palavras-chave: Sistema Silvipastoril, Brachiaria brizatha, solo de baixa fertilidade. Página 1
2 INTRODUÇÃO A pecuária no Brasil, por sua importância econômica é uma atividade que demanda estudado em busca de informações sobre as melhores espécies de gramíneas, e principalmente aquelas que são adaptadas aos trópicos e aos solos de baixa fertilidade e já em uso. As gramíneas possuem grande importância, pois se constituem a base da alimentação dos animais dos rebanhos leiteiros e de corte (LIMA; DEMINICES, 2008). Mesmo em ascensão a pecuária brasileira tem ainda muito para se desenvolver, segundo (PEDREIRA; MELLO, 2000; SILVA E SBRISSIA, 2000) as espécies forrageiras tropicais passíveis de serem utilizadas no Brasil apresentam grande potencial, porém a produção, a qualidade da forragem produzida, as taxas de lotação (0,85 cabeças ha), e o desempenho e produtividade animal apresentado pela pecuária brasileira são bastante inferiores aos níveis ideais de produção, que são passíveis de ser obtidos, tanto do ponto de vista biológico como do ponto de vista operacional. Atualmente destaca-se a gramínea do gênero Brachiaria para a pecuária de corte. Como características, essa forrageira apresenta bom valor nutritivo, menor estacionalidade na produção, melhor relação folha/haste, e resistência à cigarrinha das pastagens, quando comparada à variedade do mesmo gênero (EMBRAPA,1985; ALCÂNTARA, 1986). A exploração pecuária é uma das maiores atividades econômicas brasileiras, sendo a maioria do rebanho criado em condição de pastejo, numa atividade extensiva. As áreas de pastagens compreendem aproximadamente 180 milhões de hectares, cerca de 20% do território nacional. Desse total mais de 60% das áreas pastoris são constituídas por pastagens cultivadas (IBGE, 2006). No entanto, a necessidade do entendimento das condições do solo no local onde irá implantar a gramínea é de suma importância. Assim a gramínea do gênero Brachiaria brizatha cv. Marandu apresenta condições necessárias para ser implantada em solos de baixa fertilidade e suporta pisoteio de animais. Assim, podemos concretizar que a gramínea do gênero Brachiaria brizatha cv. Marandu é essencial para o uso de fonte de alimento para os bovinos de corte. Este trabalho teve como objetivo básico realizar análise agronômica e análise bromatológica da gramínea do gênero Brachiaria brizatha cv. Marandu sobre sombreamento, por ser umas das gramíneas mais utilizadas no estado do Tocantins na pecuária bovinocultura de corte. Página 2
3 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal do Tocantins UFT, Campus de Araguaína, localizado a 07º12 28, Latitude Sul e 48º12 26, Longitude Oeste, com temperaturas máximas de 40ºC e mínimas de 18ºC, umidade relativa do ar com média anual de 76% e precipitação anual de 1746 mm, com estação seca e chuvosa bem definida, com período de estiagem no inverno. As forrageiras foram estabelecidas em um NEOSSOLO QUARTZARÊNICO órtico, em uma área previamente corrigida e adubada com base na análise química do solo. O corte da gramínea, foi realizado ha 20 cm do solo, um quadrado de 0,50 a 0,50 m ( 0,25 m²) foi realizado em cincos alturas de cada local, ou seja, de cada amostra. Após o corte o material foi acondicionada em sacos plástico, identificado e pesado, sendo posteriormente retirada uma amostra representativa (500 g) para determinar matéria natural e enviada ao laboratório de solos da Universidade Federal do Tocantins na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia no campus de Araguaína, onde foram secadas em estufa com ventilação de ar forçada, com temperaturas de 58 a 65 o C por 72 horas, para determinação da matéria seca parcial, conforme metodologia de SILVA & QUEIROZ (2002). Após a secagem, as amostras foram moídas em moinho tipo Willey, com peneira de 1 mm, armazenadas em saquinhos de plástico e identificadas. Em seguida, fez-se uma amostra composta do material resultante dos cortes realizados em função dos tratamentos utilizados em cada ano de avaliação. No Laboratório de Solos e Análises Foliares (UFT-EMVZ), foram realizadas as análises físicas para observar o teor de MS, a MS parcial foi submetida a 105 para a obtenção da MS definitiva. Nas análises químicas foliares para determinação dos teores de Nitrogênio, cinzas e proteína Bruta (PB). O N foi determinado pelo método de Kjeldahl. (MALAVOLTA et al., 1997). A obtenção do teor de cinzas foi realizado da seguinte forma, pesou um amostra significativa de 0,500 gramas e com cadinho foi levado a estufa a 600 C e calculou-se o teor de proteína bruta (PB = N x 6,25). Utilizou programas estatísticos para obtenção de mapas, os programas estatísticos foram, GS+ e o Surfer. RESULTADOS E DISCUSSÃO As análises realizadas foram agronômica e físico-química, para observar altura, matéria seca, nitrogênio e cinzas. Nas análises agronômicas realizou a medidas da altura e contagem dos perfilhos das gramíneas, Brachiaria brizatha cv. Marandu. Na análise física determinou matéria Página 3
4 natural, as amostra foram levadas à estufa a 65 C no período de três dias e obteve matéria seca (MS) da gramínea. Nas análises químicas, determinou o teor de nitrogênio para calcular proteína bruta (PB = N x 6,25) e de cinza. A Tabela 1, apresenta os resultados dos tributos químicos do solo, classificado como neosoloquartizareno. Tabela 1. Atributos químicos do solo (0-20 cm) da área experimental no local do experimento Tratamentos ph MO P K Ca Mg H+Al Al SB CTCe CTCp CaCl2 g dm -3 mg dm - 3 cmolc dm ³ Sol pleno 4,18ª 42,7ª 0,45a 0,05a 0,75a 0,68a 4,84b 0,4a 1,47ª 1,88a 6,3b 25% 4,05ab 40,8b 0,42a 0,3a 0,74a 0,82a 5,53a 0,41a 1,67ª 2,08a 7,2ª 50% 4,03b 41,7ab 0,37b 0,09a 0,78a 0,78a 5,46a 0,42a 1,65ª 2,08a 7,12ª 75% 4,02b 40,7b 0,39ab 0,04a 0,73a 0,67a 5,36 ab 0,43a 1,54ª 1,98a 6,91ab Letras iguais na coluna não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. SB = soma de base; MO = matéria orgânica ; CTCe = capacidade de troca catiônica ; CTCp = capacidade de troca catiônica. Não foram observadas diferenças (P>0,05) nos teores de magnésio e de cálcio na camada 0-20 cm de profundidade. Um dos motivos pode ser a ausência da ação antrópica na área com mata nativa, que mantém o teor de P estável. O P é elemento pouco móvel, permanecendo no local onde foi depositada (FALLEIRO et al., 2003). De acordo com Addiscott & Thomas (2000), a ausência de revolvimento e a manutenção de resíduos culturais na superfície (serrapilheira) contribuem para o aumento dos teores desde nutriente no solo. Na tabela 2 apresenta-se o número de perfilhos, altura, porcentagem de MS e produção da MS em quilograma por hectare. A matéria seca kg por há foi de 1995,32 sem adubação e animais. E. Alves (1999) relatou disponibilidade total de forragem de 4541 kg/há, utilizado 2,4 Unidade por animal (UA = 450 kg) e também houve adubação de 75 kg de P205, 75 kg de N e 75 kg de K20 por hectare/ano. Tabela 2: Médias do Nº de perfilhos, alturas, Matéria seca (%) e produção de MS Kg/ha. N De Perfilhos Altura (cm) Matéria Seca (%) Produção de MS Kg/ha 182,13 59,83 28, ,32 Página 4
5 Na realização das análises química, determinou-se o teor de nitrogênio para calcular proteína bruta (PB), pelo método de Kjeldahl e observou também o teor de cinza. O teor de PB foi de 11,2 % e o trabalho de Camarão (2002) encontrou valores inferiores, de 8,72 % de PB. O teor de cinzas foi da ordem de 4,9%. Com base nos dados observados acima podemos constatar que a gramínea responde de formar satisfatória, mesmo no sistema arborizado. Por isso tem utilizado está gramínea como fonte de alimento para os bovinos na pecuária de corte, e estudos mais aprofundados são necessários. LITERATURA CITADA MEINERZ, C. C.; GUARUANTI, A. J. et al. CRESCIMENTO DE Brachiaria brizantha cv. MARANDU COM CONSÓRCIO EM DIFERENTES TAXAS DE SEMEADURA DE MILHETO (Pennisetum glaucum L.). Rondon-PR. ns araguaina infograficos:-evolucao-populacional-e-piramide-etaria REZENDE, J. M. ALEXADRINO, E. NETO, J. J. P. MELO, J. C. ANDRÉ, A. M. S. MARTINS, D. Y. JÚNIOR, A. S. SILVA, D. P. Caracterização morfogênica de gramíneas do gênero Brachiaria estabelecidas no norte tocantinense. XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA FREITAS, K. R. ROSA, B. NASCIMENTO, J. L. BORGES, R. T. BARBOSA, M. M. SANTOS. D. C. Composição Química do Capim-mombaça (Panicum Maximum Jacq.) Submetido à Adubação Orgânica e Mineral. Ciência Animal Brasileiro AGRADECIMENTOS O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil, e apoia da UFT. Página 5
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