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: MIN. CÁRMEN LÚCIA DECISÃO

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09/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

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: MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES : FLÁVIO CÉSAR INNOCENTI E OUTRO(A/S)

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30/06/2017 SEGUNDA TURMA

: MIN. DIAS TOFFOLI PETRÓLEO LTDA CATARINA SANTA CATARINA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MATO GROSSO SEXTA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO Nº 41839/ CLASSE CNJ COMARCA CAPITAL

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: MIN. DIAS TOFFOLI TRABALHO MEDICO

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.

: MIN. DIAS TOFFOLI SÃO PAULO

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17/12/2013 PRIMEIRA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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: MIN. DIAS TOFFOLI :VRG LINHAS AÉREAS S/A :JOSÉ MARIA ZILLI DA SILVA :GUSTAVO ANGELONI :GERALDO MACHADO COTA JUNIOR

28/10/2014 PRIMEIRA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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10/06/2014 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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14/10/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

23/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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: MIN. DIAS TOFFOLI :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO :JOSE PORFIRIO DE BESSA :EVANDRO DE CASTRO BASTOS

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARCOS RAMOS. São Paulo, 20 de junho de 2018.

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02/08/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

22/09/2015 SEGUNDA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARANÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

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25/08/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

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19/05/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

ILUSTRÍSSIMO SENHOR SECRETÁRIO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SANTA RITA/PB.

30/06/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

: EMILIA SATOSHI MIYAMARU SEO E OUTRO(A/S) :MÁRCIA DOMETILA LIMA DE CARVALHO :CAROLINA CANAL CAETANO DRUMMONND

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 4 de maio de 2017.

21/08/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF

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11/03/2014 PRIMEIRA TURMA

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06/08/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

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DIREITO CIVIL. COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). INADIMPLÊNCIA. IRRELEVÂNCIA.

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: MIN. GILMAR MENDES

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

informando o código 0F1A F06A.D126FB35.

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Rio DE JANEIRO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARIA LÚCIA PIZZOTTI.

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Transcrição:

AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.741 MATO GROSSO DO SUL RELATORA AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :CLARINDO GIMENES : LIDIANE VILHAGRA DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) :BRADESCO SEGUROS S/A : EDYEN VALENTE CALEPIS E OUTRO(A/S) DECISÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGURO DPVAT. LEI N. 6.194/1974. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ARTS. 5º, INC. XXXVI E LV, E 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República. O recurso inadmitido foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul: DPVAT LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. As seguradoras que operam com o seguro obrigatório DPVAT possuem legitimidade passiva, nos termos do artigo 7º da Lei n. 6.194/1974. DPVAT ACIDENTE DE ÔNIBUS SEGURO OBRIGATÓRIO DEVIDO. A seguradora deve arcar com o pagamento do seguro obrigatório

ainda que o causador do acidente seja um transportador coletivo, sobretudo porque a Lei n. 6.194/74 não fez distinção entre categorias de veículos. DPVAT LIMITE MÁXIMO INDENIZÁVEL VALIDADE DOS CRITÉRIOS DISPOSTOS NA LEI N. 6.194/74. O valor de cobertura do seguro obrigatório de responsabilidade civil de veículo automotor (DPVAT) deve ser fixado consoante critério legal específico, que afasta qualquer outro teto colidente com seus ditames; também a fixação do DPVAT em salários mínimos ão traduz valor da correção ou de indexador, e sim a própria base de indenização, de sorte que não há ofensa ao artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal. DPVAT INCAPACIDADE TOTAL AO EXERCÍCIO LABORAL CONDENAÇÃO EM 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. Se o conjunto probatório demonstra suficiência para apontar que a invalidez do beneficiário é permanente, indicando a sua limitação total para o labor dantes exercido, as lesões devem ser interpretadas como aptas a gerar a reparação máxima no valor equivalente a 40 salários mínimos, não sendo crível supor a readaptação do acidentado. DPVAT FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO EM SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE À DATA DO EVENTO DANOSO SENTENÇA CONFIRMADA. O valor do seguro DPVAT deve corresponder ao valor do salário mínimo vigente à época do evento danoso, de modo que não há afronta alguma em relação aos dispositivos da Lei n. 6.194/74. DPVAT SEGURO OBRIGATÓRIO REEMBOLSO DAS DESPESAS MÉDICAS COMPROVAÇÃO POSSIBILIDADE. As despesas médicas decorrentes de acidente de trânsito devem ser reembolsadas à vítima por seguradora pertencente ao convênio do seguro obrigatório, no limite legal, desde que comprovadas. DPVAT INDENIZAÇÃO EM SALÁRIO MÍNIMO CORREÇÃO MONETÁRIA INCIDÊNCIA A PARTIR DO EVENTO DANOSO. A incidência de correção monetária inicia-se com a data do evento danoso, pois se deve recompor o valor da moeda desde o efetivo prejuízo; todavia, no caso em exame, mantenho a incidência da 2

correção monetária a partir da citação, como consta da sentença, com base no princípio da vedação da reformatio in pejus. DPVAT JUROS MORATÓRIOS - TERMO INICIAL LIMITAÇÃO. Na cobrança do seguro obrigatório, os juros moratórios fluem a partir da constituição em mora da seguradora, ou seja, da citação, visto não ser ela a causadora dos danos que ensejaram o pagamento do seguro, não se aplicando o enunciado da Súmula n. 54 do Superior Tribunal de Justiça. SUCUMBÊNCIA HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS MINORAÇÃO NEGADA. A verba honorária de sucumbência não pode alvitar o trabalho do causídico; por isso, nega-se provimento ao recurso do qual se valeu a parte para lograr a minoração do valor que não se revelou exacerbado (fls. 217 e 218). Foram opostos dois embargos de declaração, ambos rejeitados (fls. 234 e 248). 2. O Agravante alega que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXVI e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República. Sustenta que o requisito da repercussão geral em preliminar formal está sim apresentada em tópico correto além do que a manutenção do v. acórdão recorrido importa em violação direta e literal dos artigos constitucionais mencionados (fl. 6). Argumenta no recurso extraordinário: Tem-se que a matéria em análise não fora totalmente enfrentada, na medida em que limitou-se a concordar com os argumentos da sentença atacada, afastando a alegação da garantia ao direito adquirido e do ato jurídico perfeito, sem adotar tese ou posicionamento a fim de justificar o posicionamento consubstanciado no v. acórdão, violando, por óbvio, o disposto no artigo 93, inciso IX, 3

da Carta Magna. Ora, considerando que o acidente automobilístico que vitimou recorrente ocorreu em 1.989, resta patente que a consolidação do ato jurídico perfeito com fundamento na Lei 6.194/74 e, por essa razão, o direito à indenização nos moldes previstos no artigo 3º desta Lei, porquanto fora adquirido pelo recorrente. O v. acórdão recorrido afronta o princípio da efetividade, consubstanciado no devido processo legal, restando clarividente a violação ao disposto no artigo 5º, LIV da CF/88, pelo que deve ser reformado o v. acórdão combatido para o fim de determinar que a correção monetária incida desde o evento danoso, recompondo, assim, o valor de compra da moeda, bem como assegurando a efetividade da tutela jurisdicional pretendida pelo autor (fls. 266-277). 3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os seguintes fundamentos: a) inobstante o recorrente tenha apresentado tópico acerca da repercussão geral do caso em tela, não o fez em sede de preliminar ; e b) a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta (fls. 345-348). Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 4

afirmou: 5. O Desembargador Relator Elpídio Helvécio Chaves Martins Dessa maneira, os danos pessoais cobertos pelo seguro obrigatório devem seguir valores constantes no artigo 3º da Lei n. 6.194/74, que dispõe: No caso em análise, restou evidenciado que o autor faz jus a essa reparação, porque sofreu invalidez permanente parcial em virtude de acidente de trânsito (diminuição da motilidade do hemicorpo à esquerda, laudo pericial de fl. 115). Por isso, a seguradora deve ser condenada no valor correspondente ao estipulado na alínea b do artigo 3º da Lei n. 6.194/74. O autor sustentou que o valor do salário mínimo vigente no País deve ser adotado, e não o da época do sinistro. Entendo que o valor do seguro deve ser correspondente a 40 salários mínimos vigentes na data do evento danoso, e não data da liquidação ou em outra data, de maneira que não há falar em ofensa ao ato jurídico perfeito ou a direito adquirido (fls. 222 e 223). 6. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao arts. 5º, inc. XXXVI e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (Lei n. 6.194/1974), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. CONCESSÃO DE EFEITOS SUSPENSIVOS AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 2. Alegada afronta ao art. 5º, inc. XXXVI, LIV e LV, da Constituição. Análise de norma infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento (ARE 714.385-AgR, de minha relatoria, Segunda 5

Turma, DJe 20.11.2012). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 7 de fevereiro de 2013. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora 6