MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS 57ª Promotoria de Justiça de Goiânia

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE GOIÂNIA/GO O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por seu Promotor de Justiça titular da 57ª Promotoria de Justiça, vem perante V. Exa., no uso de suas atribuições legais e com base nos artigos 129, III e 37, 5º, da Constituição Federal, art. 5º, I, da Lei 7.347/85 e art. 25, IV, a, da Lei 8.625/93, propor AÇÃO CIVIL PÚBLICA em desfavor de: JOSÉ BONIFÁCIO, procurador do Estado aposentado, OAB/GO 1298, CPF/MF n.º 018.958.771-72, domiciliado na Av. Marechal Rondon, ap. 203, I Etapa, Bloco H3, Panorama Parque, Goiânia/GO, CEP 74565-010, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 1

I DOS FATOS: Consta da documentação inclusa que o réu JOSÉ BONIFÁCIO, procurador do Estado aposentado 1, ao utilizar o veículo oficial do Estado de Goiás Renault Clio, placa KEH-2147, cometeu no período compreendido entre 9/11/2001 e 28/2/2002, 17 (dezessete) infrações de trânsito, cujas multas totalizam R$ 4.584,65 (quatro mil e quinhentos e oitenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos). A Corregedoria-Geral da Procuradoria-Geral do Estado afirmou que o Governo de Goiás recolheu o valor acima mencionado em favor do DETRAN-GO, mas não houve ressarcimento ao erário por parte do ex-agente público responsável. Em resposta a requisições do MINISTÉRIO PÚBLICO, a Procuradoria-Geral do Estado informou que não há registro de procedimento administrativo ou judicial tendente a apurar o dano e o respectivo ressarcimento aos cofres do Estado de Goiás no caso em tela. Bem por isso, para se obter a recomposição do erário, afigura-se inafastável a propositura de presente ação pelo parquet. II DO DIREITO: Com efeito, JOSÉ BONIFÁCIO, ao praticar 17 (dezessete) infrações de trânsito, cujas multas totalizaram R$ 4.584,65, valor pago pelo Estado de Goiás e não ressarcido pelo réu, causou prejuízo ao erário, o que tipifica o ato de improbidade administrativa capitulado no art. 10 da Lei 8.429/92. Todavia, lamentavelmente, forçoso reconhecer que a conduta acima narrada foi alcançada pela prescrição encartada no art. 23, II, da Lei 8.429/92 c/c art. 322, I, da Lei Estadual 10.460/88. 1 JOSÉ BONIFÁCIO aposentou-se em outubro de 2003, por meio da Portaria n.º 2334, de 7 de outubro de 2003, publicada no Diário Oficial do Estado n.º 19.258, de 13/10/2003. 2

Malgrado operada a prescrição do ato ímprobo, inafastável a reparação dos prejuízos levados a efeito pelo réu, vez que o dever de reparar o dano ao erário é imprescritível, forte no que dispõe o art. 37, 5º, da Constituição da República, verbis: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] 5º. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. Nesse sentido, aliás, posiciona-se a melhor doutrina, afirmando ser a ação civil pública imprescritível, especialmente se o objeto for a recomposição ao erário: Reprisando o que já fora dito, é voz corrente que o art. 37, 5º, da Constituição dispõe sobre o caráter imprescritível das pretensões a serem ajuizadas em face de qualquer agente, servidor ou não, visando ao ressarcimento dos prejuízos causados ao erário. Como conseqüência, tem-se que somente as demais sanções previstas nos feixes do art. 12 da Lei de Improbidade serão atingidas pela prescrição, não o ressarcimento do dano (material ou moral), o qual poderá ser a qualquer tempo perseguido. Por este motivo, nada impede seja utilizada a ação referida no art. 17 da Lei nº 8.429/92, ou qualquer outra dotada de eficácia similar, com o fim, único e exclusivo, de demonstrar a prática do ato de improbidade e perseguir a reparação do dano. Assim, deve-se dispensar interpretação conforme à Constituição, sendo ele inaplicável às hipóteses de ressarcimento do dano. (GARCIA, Emerson; ALVES, Rogério Pacheco. Improbidade administrativa. 3ª ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 515/516) Vale ressalvar, por último, a imprescritibilidade constitucional das ações voltadas ao ressarcimento do erário (art. 37, 5º, in fine). Se a tutela condenatória na ação popular visar apenas o ressarcimento, tal prazo prescricional está afastado (não recepcionado) pela Constituição. O pedido ressarcitório inclusive poderá ser veiculado em ação civil pública. (DIDIER JR., Fredie; ZANETI JR., Hermes. Curso de direito processual civil. 3ª ed., Salvador: Editora Juspodivm, 2008, vol. 4, p. 289) Acerca da imprescritibilidade da ação civil pública de ressarcimento ao erário, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é torrencial, valendo transcrever, no ponto, a ementa do seguintes precedente, noticiado no Informativo STJ n.º 381, de 15 a 19 de dezembro de 2008, e publicado no DJe de 4/2/2009: 3

ADMINISTRATIVO - RECURSO ESPECIAL - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - LICITAÇÃO - CONTRATAÇÃO SEM CERTAME LICITATÓRIO - PRESCRIÇÃO - AFASTAMENTO - MATÉRIA CONSTITUCIONAL - NÃO- APLICABILIDADE - AÇÃO CIVIL PÚBLICA RESSARCITÓRIA - IMPRESCRITIBILIDADE - RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. PRIMEIRA PRELIMINAR RECURSAL ART. 535, CPC. O acórdão foi sintético; no entanto, é perfeitamente possível dele extrair a tese jurídica fundamental: a prescritibilidade da pretensão deduzida em ação civil pública de ressarcimento de danos. 2. SEGUNDA PRELIMINAR RECURSAL - IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DA ESPÉCIE - MATÉRIA CONSTITUCIONAL. O acórdão tratou da questão sob fundamento exclusivamente infraconstitucional. Conhecimento possível. Preliminar rejeitada. 3. TERCEIRA PRELIMINAR RECURSAL - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO E DISSÍDIO NÃO-DEMONSTRADO. É possível a abstração da tese jurídica, o que permite a compreensão da demanda. Prequestionamento existente. A divergência foi comprovada por meio de documentos eletrônicos, extraídos do sítio eletrônico do STJ, o que atende aos requisitos regimentais dispostos nesta Corte. 4. MÉRITO. IMPRESCRITIBILIDADE DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA RESSARCITÓRIA. "A ação de ressarcimento de danos ao erário não se submete a qualquer prazo prescricional, sendo, portanto, imprescritível. (REsp 705.715/SP, Rel. Min. Francisco Falcão, Primeira Turma, julgado em 2.10.2007, DJe 14.5.2008). Precedente do Pretório Excelso. Recurso especial provido. (REsp 1056256/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/12/2008, DJe 04/02/2009) Assim, mesmo estando o ato de improbidade administrativa alcançado pela prescrição, o ressarcimento ao erário é medida que se impõe. III DOS PEDIDOS: Em face de todo o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO requer: 1. O recebimento da presente ação e o processamento na forma e rito ordinários, juntando, para tanto, cópia de parte do procedimento n.º 2008.0001.0003.3588; 2. A citação do réu, pelos correios e com aviso de recebimento, nos termos do art. 19 da Lei 7.347/85 c/c o art. 221, I, do CPC, para, querendo, contestar o feito no prazo legal, sob pena de confissão quanto à matéria de fato e sob os efeitos da revelia; 4

3. A comunicação processual do ESTADO DE GOIÁS na pessoa de seu Procurador-Geral, Dr. Norival de Castro Santomé, na Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, n.º 26, Centro, Goiânia/GO, CEP 74.003-010, para os fins do art. 5º, 2º, da Lei 7.347/85; 4. A comunicação pessoal dos atos processuais a este representante do Ministério Público, nos termos do art. 236, 2º, do Código de Processo Civil, e do art. 41, IV, da Lei 8.625/93; 5. A procedência do pedido para condenar o réu no ressarcimento ao erário estadual, reparando-se o dano mediante o pagamento de R$ 4.584,65 (quatro mil e quinhentos e oitenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos), devidamente corrigidos; 6. A fixação, na sentença, de multa diária de R$ 1.000,00, nos termos do art. 11 da Lei 7.347/85; 7. A condenação do réu ao pagamento das custas, emolumentos processuais e ônus de sucumbência; 8. A produção de todas as provas legalmente admitidas, inclusive testemunhais, periciais e documentais. Valor da causa: R$ 4.584,65 (quatro mil e quinhentos e oitenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos). Pede DEFERIMENTO. Goiânia/GO, 19 de fevereiro de 2009. FERNANDO AURVALLE KREBS Promotor de Justiça 5