UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DE RIBEIRÃO PRETO EEFERP - USP

Documentos relacionados
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DE RIBEIRÃO PRETO EEFERP - USP

Objetivo da aula. Trabalho celular 01/09/2016 GASTO ENERGÉTICO. Energia e Trabalho Biológico

Prof. Ms. Gerson Leite

Necessidades de Energia. Leylliane Leal

Fisiologia do Exercício. cio Custo cios

CICLO DA VIDA CONCEPÇÃO

Profa. Mestre. Luana Mota Martins

NUTRIÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES

Avaliação da Aptidão Cardiorrespiratória

Taxa metabólica basal TMB é o consumo de energia por uma pessoal ou qualquer animal quando está em repouso; Proporcionalidade: TMB m 3/4

Gabarito dos exercícios de estimativa da taxa metabólica basal e de gasto energético em atividade física para a disciplina de Nutrição Normal

A intensidade e duração do exercício determinam o dispêndio calórico total durante uma sessão de treinamento, e estão inversamente relacionadas.

25/05/2017. Avaliação da aptidão aeróbia. Avaliação da potência aeróbia. Medida direta do consumo máximo de oxigênio Ergoespirometria (Padrão-ouro)

CONSUMO E GASTO ENERGÉTICO ESTIMATIVA DE GASTO ENERGÉTICO PARA METABOLISMO DE REPOUSO E ATIVIDADE FÍSICA DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO DA FSP-USP

Testes Metabólicos. Avaliação do componente Cardiorrespiratório

Energia: medidas e. necessidade

BE066 - Fisiologia do Exercício. Consumo Máximo de Oxigênio

Portal da Educação Física Referência em Educação Física na Internet

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Curso de Educação Física Disciplina: Fisiologia do Exercício. Ms. Sandro de Souza

TAXA METABÓLICA BASAL (TMB)

Avaliação do VO²máx. Avaliação do VO²máx

Suplementação no exercício: da atividade física à alta performance. Dra. Sueli Longo CRN3-3599

NUT A80 - NUTRIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA

NUT-A80 -NUTRIÇÃO ESPORTIVA

Prescrição Dietética

METABOLISMO EN E ER E GÉ G T É I T C I O

Taxa Metabólica Basal: é importante medir? Tânia Kadima Magalhães Ferreira

Prof. Ms Artur Monteiro

Consumo Máximo de Oxigênio

NUTRIÇÃO NO DESPORTO Como calcular as necessidades energéticas para cada indíduo?

Medidas da Atividade Física e Seus Determinantes Ambientais e Políticos (indicadores comunitários)

DESENVOLVIMENTO DE UMA METODOLOGIA ESTIMATIVA DO DISPÊNDIO DE ENERGIA PARA DIVERSAS VELOCIDADES DE CAMINHADA

Avaliação do VO²máx. Teste de Esforço Cardiorrespiratório. Avaliação da Função Cardíaca; Avaliação do Consumo Máximo de O²;

Equação de Corrida. I inclinação da corrida em percentual (%)

Fundamentos da Biofísica Termodinâmica

Minha Saúde Análise Detalhada

A partir do consumo de nutrientes, os mecanismos de transferência de energia (ATP), tem início e estes auxiliam os processos celulares.

Minha Saúde Análise Detalhada

Avaliação do VO²máx. Teste de Esforço Cardiorrespiratório. Avaliação da Função Cardíaca; Avaliação do Consumo Máximo de O²;

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva ISSN versão eletrônica

Movimentação Física e Prática de Esportes: Eu quero mas não consigo e se consigo, quero mais

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DE RIBEIRÃO PRETO EEFERP - USP

Dados da Avaliação. Objetivos. Protocolo de Imagem Corporal Marins e Marins (2010) Foto Auto-Imagem Objetivo. Exame de Sangue. Posturais - Anterior

ATIVIDADE FÍSICA E GORDURA CORPORAL

NUTRIÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO NO ESPORTE

Auditório das Piscinas do Jamor 20 e 21 de Outubro. Fisiologia da Corrida

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire

Fisiologia do Exercício. Aula 01

Bioenergética. Trabalho Biológico. Bioenergetica. Definição. Nutrição no Esporte. 1

Balança Digital BEL

Adaptações Metabólicas do Treinamento. Capítulo 6 Wilmore & Costill Fisiologia do Exercício e do Esporte

Introdução à Nutrição

Prof. MSc. Paulo José dos Santos de Morais

08/08/2016.

Medidas e Avaliação da Atividade Motora

PROCEDIMENTO DE MEDIDA E INTERPRETAÇÃO DA TAXA METABÓLICA DE REPOUSO

GASTO ENERGÉTICO EM ADOLESCENTES EUTRÓFICOS E COM SOBREPESO 1

Teste Ergométrico. Dados do Avaliado. Idade: 41 Estatura: 172 FC máx: 179 bpm Sexo: Masculino Indivíduo: Sedentário FC submáx: 152 bpm.

Limiar Anaeróbio. Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD. Wasserman & McIlroy Am. M. Cardiol, 14: , 1964

28/10/2016.

PRESCRIÇÃO DO TREINAMENTO PARA EMAGRECIMENTO. obesa envolve um plano de ação muito mais complexo, sendo prescrito de acordo com a condição

RELAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE IMC E DESEMPENHO MOTOR DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA DE MARINGÁ

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA PROGRAMA DE DISCIPLINA CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA: FISIOLOGIA DO ESFORÇO

DISPÊNDIO ENERGÉTICO DO ÁRBITRO E DO ÁRBITRO ASSISTENTE DE FUTEBOL

Cassio Nobre - Personal trainner e Consultori

MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO

Mais em forma, mais veloz, mais forte, mais alongado: Programa de Desenvolvimento de Cárdio Precor

Metabolismo do exercício e Mensuração do trabalho, potência e gasto energético. Profa. Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti

ENERGIA: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

Temperatura Corpórea. 40,0 o c. 36,5 o c. Guyton, 2006

ESCORE DA SOCIEDADE DO JOELHO: PRÉ-OP. Ο Indígena

25/04/2014 CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE - EACH/USP. Educação Física/Cinesiologia. áreas. O que é atividade física?

ENERGIA, NECESSIDADES NUTRICIONAIS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

SOBREPESO E OBESIDADE

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO AERÓBIO

Teste Ergométrico. Dados do Avaliado. Idade: 61 Estatura: 175 FC máx: 159 bpm Sexo: Masculino Indivíduo: Ativo FC submáx: 135 bpm. Peso: 95.

Fisiologia do Esforço

23/03/2015. Educação Física. áreas. O que é atividade física? CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE - EACH/USP

TEORIA E PRÁTICA DO TREINAMENTO TREINAMENTO PRINCÍPIOS PIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO AULA 2

VESTIBULAR UFPE UFRPE / ª ETAPA

Fís. Leonardo Gomes (Arthur Ferreira Vieira)

TRABALHO PESADO. Apostila 09

NÍVEL DE CONDICIONAMENTO AERÓBIO VO ² MÁXIMO EM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento da Dependência Química. Benefícios Fisiológicos

- Definir os termos trabalho, potência, energia e eficiência mecânica, dar uma breve explicação sobre o método utilizado para calcular o trabalho

ESCORE DA SOCIEDADE DO JOELHO: PÓS-OP

EXERCÍCIO FÍSICO E IDOSOS

Proposta de resolução do Exame FQ11-1ªFase

Colégio Santa Dorotéia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DE RIBEIRÃO PRETO EEFERP - USP. Prof. Dr. Dalmo Roberto Lopes Machado

Actividade vs. Exercício Físico: Aconselhamento e Prescrição por Profissionais Qualificados O Fisiologista do Exercício

25/4/2011 MUSCULAÇÃO E DIABETES. -Estudos epidemiológicos sugerem redução de 30% a 58% o risco de desenvolver diabetes

Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes

Caros alunos. Caso não tenha o programa instalado em seu computador, segue o link para download:

MECÂNICA DOS FLUIDOS LISTA DE EXERCÍCIOS

Prática Clínica Nutrição Esportiva

Curso: Integração Metabólica

Paradigmas Quanto à Associação Atividade Física, Aptidão Física e Saúde Dartagnan Pinto Guedes Universidade Estadual de Londrina - Brasil

Transcrição:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DE RIBEIRÃO PRETO EEFERP - USP REF0063 - Medidas e Avaliação em Educação Física e Esporte Prof. Dr. Dalmo Roberto Lopes Machado

Energia A capacidade de realizar trabalho Definição: A necessidade de energia de um indivíduo é o nível de ingestão de energia a partir do alimento que irá equilibrar o gasto de energia quando o indivíduo possui um tamanho e composição corporal e nível de atividade física consistentes com boa saúde a longo prazo. (WHO, 1985)

Gasto Energético Total (GET) Taxa metabólica basal (TMB) ou de repouso (TMR) Demanda energética mínima necessária para sobreviver em repouso, processos vitais. Representa mais ou menos 60 à 75% do GET. Efeito térmico dos alimentos (ETA) Valor da digestão, absorção, metabolismo e armazenamento dos nutrientes. Representa mais ou menos 10% do GET. Gasto da atividade física (GAF) Energia gasta em exercícios físicos e atividades físicas voluntárias ou involuntárias Avaliação da atividade e do exercício físico. GET = TMB(R) + ETA + GAF

Gasto Energético Total (GET)

Fatores que afetam o gasto de energia em repouso Tamanho corporal : - MIG - TMB - Atletas possuem TMB 5% Idade: Criança TMB (1-2 anos de vida) Envelhecimento TMR 2% a 3% por década (após o início da maturidade) Sexo: TM que o cerca de 5% a 10% (de mesmo peso e altura) Estado hormonal: Hiper/hipotireoidismo Estresse TM das : flutua com o ciclo menstrual e durante a gravidez Outros fatores A febre TM em 13% p/ cada grau acima de 37 ºC Temperatura ambiente TMB 5% a 20%.

Como medir?

Medição do Gasto de Energia Calorimetria: é a medição do metabolismo corporal por meio da liberação de calor pelo corpo. Calorimetria Liberação de calor real do organismo (Bouchard, 2003) Medir produção de energia durante um longo período de tempo, de pelo menos 24 hs Resposta mais lenta devido ao tamanho e à defasagem de tempo entre o calor produzido pelo organismo até ser medido pelo calorímetro Howley & Franks, 2008

Calorimetria Direta Maior acurácia à realização (1% a 2% de erro) Limitações do método: Não é representativo de um ambiente de vida de um indivíduo normal; Engenharia complexa Alto custo 1Kcal 15 1 o C 1L água 20L. 1Kcal. 0,5ºC = 20Kcal min ºC min (SI, INMETRO, 2007)

De onde vem a energia para o exercício? Medida Carboidrato Gordura Proteína a Densidade calórica (Kcal. g -1 ) 4,0 9,0 4,0 Equivalente calórico de 1 L de O 2 (Kcal. L -1 ) 5,0 4,7 4,5 Quociente respiratório (VCO 2 /VO 2 celular) 1,0 0,7 0,8 a Não inclui a energia derivada da oxidação de nitrogênio em aminoácidos, excreção com uréia. (Adaptado de L. K. Koebel, 1984) Carboidrato (5,0) + Gordura (4,7) = 4,85 kcal. L -1 Conversão do consumo de oxigênio em quilocalorias = 5,0 kcal. L -1

Calorimetria Indireta O GE é estimado através da medição do O 2 consumido e do CO 2 excretado O equipamento varia, mas a pessoa respira em uma peça colocada na boca ou por um capuz ventilado, através do qual os gases expirados são coletados Dispêndio energético (kcal) = (3,9 * VO 2 ) + (1,1 * VCO 2 ) (Weir, 1949)

Formas de expressar o gasto energético: A demanda energética é uma atividade calculada a partir do consumo de oxigênio no estado de equilíbrio medido durante a atividade. VO 2 (L. min -1 ) volume de oxigênio expresso por litro de oxigênio por minuto. Ex. um homem de 80kg em corrida de esteira: ventilação = 60 L. min -1 ; O2 inspirado = 20,93%; O2 expirado = 16,93%. VO 2 (L. min -1 ) = 60 L. min -1 (20,93% O 2 16,93% O 2 ) = 2,4 L. min -1 kcal. min -1 quilocalorias usadas por minuto (5kcal por litro O 2 ). Ex. Se aquele homem (80k) corresse 30 min (VO 2 = 2,4 L. min -1 ) o gasto deenergia seria: Howley & Franks, 2008

Formas de expressar o gasto energético: A demanda energética é uma atividade calculada a partir do consumo de oxigênio no estado de equilíbrio medido durante a atividade. O 2 (ml. Kg -1. min -1 ) O valor expresso por litro de oxigênio por minuto (Absoluto) é multiplicado por 1000 e dividido pelo peso corporal. Assim é obtido o VO2 Relativo. Ex. um homem de 80kg em corrida de esteira: ventilação = 60 L. min-1 ; O2 inspirado = 20,93%; O2 expirado = 16,93% Howley & Franks, 2008

Formas de expressar o gasto energético: A demanda energética é uma atividade calculada a partir do consumo de oxigênio no estado de equilíbrio medido durante a atividade. MET (equivalente metabólico) Taxa metabólica de repouso. 1MET = 3,5 ml. Kg -1. min -1 As atividades são expressas por múltiplos da unidade MET Ex. No exemplo anterior o gasto de energia seria: 30 ml. Kg -1. min -1 3,5 ml. Kg -1. min -1 = 8,6 METs kcal. Kg -1. h -1 O gasto energético expresso por MET também pode expressar o número de calorias que alguém usa por quilograma de peso corporal por hora. Ex. considerando o valor anteriormente obtido (8,6 METs x 3,5 ml. kg -1. min -1 = 30 ml. kg -1. min -1 ) 30 ml. Kg -1. min -1. 60min. h -1 = 1800 ml. Kg -1. h -1 = 1,8 ml. Kg -1. h -1 1,8 ml. Kg -1. h -1. 5 kcal. L O 2-1 = 9 kcal. Kg -1. h -1 Howley & Franks, 2008

Formas de expressar o gasto energético: Expressões Conversões Operações O 2 (L. min -1 ) Multiplica por 5,0 kcal L. min -1 VO 2 * 5,0 = kcal kcal. min -1 Multiplica por 1000 e peso kcal*1000/peso(kg) = VO 2 (ml/kg/min) O 2 (ml. Kg -1. min -1 ) Divide por 3,5 ml. Kg -1. min -1 VO 2 (ml)/3,5 = MET MET Minutos da atividade X 60 MET * 60min = kcal. h -1 kcal. Kg -1. h -1 A demanda energética é uma atividade calculada a partir do consumo de oxigênio no estado de equilíbrio medido durante a atividade. Relativo ao peso corporal Então: 1 L O2 = 5 kcal 1 kcal = 200 ml O2 1 MET = 3,5 ml O2 3,5 200 = 0,0175 1 MET = 0,0175 kcal/kg/min

Estimativa do custo energético Equações: Estimativa do gasto energético Basal Harris J, Benedict F. A biometric study of basal metabolism in man. Washington D.C. Carnegie Institute of Washington, 1919.

Estimativa do custo energético Equações: Estimativa do gasto energético Basal Preconizadas pela Organização Mundial da Saúde Idade (anos) TMB (kcal/dia) r Dp TMB (kj/dia) r Dp Feminino < 3 61,0 Peso 51 0,97 61 255 Peso 2140 0,97 255 3-10 22,5 Peso + 499 0,85 63 94,1 Peso + 2090 0,85 264 10-18 12,2 Peso + 746 0,75 117 51,0 Peso + 3120 0,75 489 18-30 14,7 Peso + 496 0,72 121 61,5 Peso + 2080 0,72 506 30-60 8,7 Peso + 829 0,70 108 36,4 Peso + 3470 0,70 452 > 60 10,5 Peso + 596 0,74 108 43,9 Peso + 2490 0,74 452 Masculino < 3 60,9 Peso 54 0,97 53 255 Peso 2260 0,97 222 3-10 22,7 Peso + 495 0,86 62 94,9 Peso + 2070 0,86 259 10-18 17,5 Peso + 651 0,90 100 73,2 Peso + 2720 0,90 418 18-30 15,3 Peso + 679 0,65 151 64,0 Peso + 2840 0,65 632 30-60 11,6 Peso + 879 0,60 164 48,5 Peso + 3670 0,60 686 > 60 13,5 Peso + 487 0,79 148 56,5 Peso + 2040 0,79 619 r : Coeficiente de correlação entre as medidas real e estimada da TMB; e Dp : Desvio-padrão das diferenças entre as medidas real e estimada da TMB. Fonte: FAO/WHO/UNU, 1985 Homem 80kg; 22 anos KCAL=15,3 * 80 + 679 = 1903 kcal/dia ou KJ=64,0 * 80 + 2840 = 7960 kj/dia

Estimativa do custo energético Equações: Estimativa do gasto energético Basal Regiões tropicais (China, Japão, Malásia, Havai, América do sul) Idade (anos) TMB (kj/dia)* r TMB (kj/dia)* r Moças Rapazes 3-10 63 Peso + 2466 0,41 113 Peso + 1689 0,75 10-18 47 Peso + 2951 0,63 84 Peso + 2122 0,80 18-30 48 Peso + 2562 0,67 56 Peso + 2800 0,59 30-60 48 Peso + 2448 0,77 46 Peso + 3160 0,66 r : Coeficiente de correlação entre as medidas real e estimada da TMB * Para converter em unidades kcal, multiplicar os valores estimados da TMB por 0,239 Homem 80kg; 22 anos 56 * 80 + 2800 = 7280 kj/dia ou 7280 * 0,239 = 1739,9 kcal/dia Henry & Rees, 1991 1 caloria = 4,1868 Joule 1000 4,1868 = 0,2388458 1 kcal = 0,239 kj Bureau international des poids et mesures

Estimativa do custo energético em exercício Caminhadas: 1 m. min -1 superfície horizontal = 0,1 ml.kg -1. min -1 (Dill, 1964) O 2gasto = 0,1 ml. Kg -1. min -1 (velocidade horizontal) + 3,5 ml. Kg -1. min -1 1 MET = 3,5 ml O2 Quantos METs e o VO2 estimados em uma caminhada de 90 m por minuto? O 2gasto = 0,1 ml. Kg -1. min -1 (90 m/min) + 3,5 ml. Kg -1. min -1 O 2 = 12,5 ml. Kg -1. min -1 MET = 12,5 3,5 ml. Kg -1. min -1 MET = 3,6 Howley & Franks, 2008

Estimativa do custo energético em exercício Caminhadas em superfície vertical - rampas: (Balke&Ware, 1959; Nagle et al., 1965) 1 m. min -1 superfície vertical = 1,8 ml.kg -1. min -1 O 2gasto = 0,1 ml. Kg-1. min-1 (velocidade horizontal) + 1,8 ml. Kg-1. min-1 (velocidade vertical) + 3,5 ml. Kg-1. min-1 Velocidade vertical = %inclinação * velocidade horizontal Qual é o custo de O2 total em uma caminhada de 90 m por minuto com inclinação de 12%? Vertical = 1,8 ml. Kg -1. min -1 * 0,12(% inclinação) * 90 m/min = 19,4 ml. Kg -1. min -1 VO 2gasto = 0,1 * 90 (horizontal) + 19,4 (vertical) + 3,5 (repouso) VO 2 = 9,0 (horizontal) + 22,9 VO 2gasto = 31,9 ml. Kg -1. min -1 ou (31,9/3,5) 9,1 METs Howley & Franks, 2008

Estimativa do custo energético em exercício Corridas: O custo do jogging ou corrida a 1 m. min -1 equivale a 2 vezes ao de andar. (Balke, 1966; Bransford&Howley, 1977; Margaria et al., 1963) O 2gasto = 0,2 ml. Kg -1. min -1 (velocidade horizontal) + 3,5 ml. Kg -1. min -1 Qual é o gasto energético de correr 10 km em uma pista em 60 minutos? 10.000 m 60 min = 167 m. min -1 VO 2gasto = 167 m. min -1. 02 ml. Kg -1. min -1 + 3,5 ml. Kg -1. min -1 VO 2gasto = 36,9 ml. Kg -1. min -1 ou 10,5 METs Howley & Franks, 2008

Estimativa do custo energético em exercício Caminhadas: O 2gasto = 0,1 ml. Kg -1. min -1 (velocidade horizontal) + 3,5 ml. Kg -1. min -1 Caminhadas em superfície vertical - rampas: 1 m. min -1 superfície vertical = 1,8 ml.kg -1. min -1 O 2gasto = 0,1 ml. Kg -1. min -1 (velocidade horizontal) + 1,8 ml. Kg -1. min -1 (velocidade vertical) + 3,5 ml. Kg -1. min -1 Corridas: (velocidades acima de 140m/min [5,2mph]. Menos do que isso, correr ou caminhar não diferem) O 2gasto = 0,2 ml. Kg -1. min -1 (velocidade horizontal) + 3,5 ml. Kg -1. min -1 Corridas em superfície vertical - rampas: 1 m. min -1 superfície vertical = 0,9 ml.kg -1. min -1 (parte do impulso vertical associado na corrida horizontal é usado no trabalho em pista inclinada) O 2gasto = 0,2 ml. Kg -1. min -1 (velocidade horizontal) + 0,9 ml. Kg -1. min -1 (velocidade vertical) + 3,5 ml. Kg -1. min -1 Howley & Franks, 2008

Estimativa do VO 2 máx. Cálculo do gasto de VO 2 estimado em esteira VO 2caminhada (ml. Kg -1. min -1 ) = velocidade * 0,1 + %inclinação * 1,8 + 3,5 ml. Kg -1. min -1 VO 2corrida (ml. Kg -1. min -1 ) = velocidade * 0,2 + %inclinação * 0,9 + 3,5 ml. Kg -1. min -1 Cálculo do VO 2 estimado em bicicleta VO2 (ml. min -1 ) = carga (kgm. min -1 ) * 2 ml. kgm + 3,5 (ml. Kg -1. min -1 ) x peso (kg) Onde: Kgm. min -1 = kilogrâmetros/min (kgm/min). É a resistência mecânica (kilopounds) estimado pela circunferência da roda, sendo a distância percorrida igual ao número de revoluções (voltas) por minuto. Na maioria dos ergômetros essa circunferência (distância) corresponde a 3 ou 6 metros por revolução. A carga é expressa em kilogrâmetros/min (kgm. min -1 )ou em watts. Howley & Franks, 2008

Estimativa do gasto energético GE total = GE basal x Gradiente GE cotidiano + 20%(crescimento) Gradiente GE cotidiano pouco ativo1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2.0 muito ativo GE basal = Superfície Corporal x Coef. Calórico x 24 SC = 0,007184 x Estatura (cm) 0,725 x Peso (kg) 0,425 Coef. Calórico Masc = 38 Kcal Fem = 35 Kcal DuBois & DuBois, 1916

Estimativa do gasto energético em exercício Coef. Calórico (Masc) = 38 Kcal Ex. Homem Peso = 70 kg Estatura = 174 cm SC = 0,007184 x 174 (cm) 0,725 x 70 (kg) 0,425 SC = 0,007184 x 42,11 x 6,08 = 1,84 m 2 GE basal = 1,84 x 38 x 24 (horas/dia) = 1678,52 Kcal. GE total = 1678,52 x 1,6 = 2685,63

Técnicas de medidas da Atividade Física Não existe um padrão de referência: a combinação de diferentes instrumentos pode fornecer dados mais confiáveis e precisos combinar sensores de movimento ou monitores de freqüência cardíaca com questionários Laboratório Calorimetria direta Calorimetria indireta Água duplamente marcada Monitor de freqüência cardíaca Sensor eletrônico de movimento Pedômetros Acelerômetros Epidemiológico Diários Questionários Observação Comportamental Ingestão Calórica Levantamentos de lazer e trabalho Educação Física Observação direta (CARS) Questionário e entrevista Registro recordatório Monitoração mecânica e eletrônica: Sensor de movimento Pedômetro Acelerômetro

Técnicas de medidas da Atividade Física Nível de atividade física habitual: Níveis de intensidade de esforços físicos de acordo com o instrumento de medida Children s Activity Rating Scale (CARS) Puhl et al., 1990 Nível de prática habitual de atividade física de Baecke, 1982 (estudos epidemiológicos) Seção 1 Atividades no trabalho/escola Seção 2 Atividades esportivas, programas de exercício físico, lazer ativo Seção 3 Atividades de ocupação de tempo livre IAFH = Seção 1 + Seção 2 + Seção 3 Auto recordação das atividades do cotidiano Bouchard et al., 1983 Recordatório das 24h atividades diárias Ideal (7 dias); ao menos 4 dias (2 semana + 2 final de semana) NAF = Dispêndio energético (kcal/dia) Taxa metabólica basal (kcal/dia) Ipaq - International Physical Activity Questionnaire (2002)

Tipos de atividades cotidianas e seu equivalente gasto energético Categoria Tipos de Atividade Gasto Energético 1 Repouso na cama: horas de sono. 1,0 0,26 2 Posição sentada: refeições, assistir TV, trabalho intelectual sentado, etc 3 Posição em pé suave: higiêne pessoal, trabalhos domésticos leves sem deslocamentos, etc. 4 Caminhada leve (<4km/h): trabalhos domésticos leves sem deslocamentos, dirigir carros, etc. 5 Trabalho manual suave: trabalhos domésticos como limpar chão, lavar carro, jardinagem, etc. 6 Atividade de lazes e prática de esportes recreativos: volibol, ciclismo passeio, caminhar de 4 a 6 km/h, etc. 7 Trabalho manual em um ritmo moderado: trabalho braçal, carpintaria, pedreiro, pintor, etc. 8 Atividade de lazer e prática de esportes de alta intensidade: futebol, ginástica aeróbica, natação, tenis, caminhar > 6 km/h, etc. 9 Trabalho manual intenso, prática de esportes competitivos: carregador de cargas elevadas, atletas profissionais, etc METS Kcal/Kg/15' 1,5 0,38 2,3 0,57 2,8 0,69 3,3 0,84 4,8 1,20 5,6 1,40 6,0 1,50 7,8 2,00 Dia da semana: Horas 0-15 minutos 16-30 minutos 31-45 minutos 46-60 minutos 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Bouchard et al., 1983

Tipos de atividades cotidianas e seu equivalente gasto energético Categoria Tipos de Atividade Gasto Energético 1 Repouso na cama: horas de sono. 1,0 0,26 2 Posição sentada: refeições, assistir TV, trabalho intelectual sentado, etc 3 Posição em pé suave: higiêne pessoal, trabalhos domésticos leves sem deslocamentos, etc. 4 Caminhada leve (<4km/h): trabalhos domésticos leves sem deslocamentos, dirigir carros, etc. 5 Trabalho manual suave: trabalhos domésticos como limpar chão, lavar carro, jardinagem, etc. 6 Atividade de lazes e prática de esportes recreativos: volibol, ciclismo passeio, caminhar de 4 a 6 km/h, etc. 7 Trabalho manual em um ritmo moderado: trabalho braçal, carpintaria, pedreiro, pintor, etc. 8 Atividade de lazer e prática de esportes de alta intensidade: futebol, ginástica aeróbica, natação, tenis, caminhar > 6 km/h, etc. 9 Trabalho manual intenso, prática de esportes competitivos: carregador de cargas elevadas, atletas profissionais, etc METS Kcal/Kg/15' 1,5 0,38 2,3 0,57 2,8 0,69 3,3 0,84 4,8 1,20 5,6 1,40 6,0 1,50 7,8 2,00 Dia da semana: Horas 0-15 minutos 16-30 minutos 31-45 minutos 46-60 minutos 00 2 2 1 1 01 1 1 1 1 02 1 1 1 1 03 1 1 1 1 04 1 1 1 1 05 1 1 1 1 06 1 1 1 1 07 3 2 2 4 08 2 2 2 2 09 2 2 2 2 10 4 4 2 2 11 2 2 2 2 12 4 3 2 2 13 2 2 2 4 14 2 2 2 2 15 2 2 2 2 16 4 4 2 2 17 2 2 2 2 18 4 3 6 6 19 6 6 5 5 20 4 3 3 2 21 2 2 2 2 22 2 2 2 2 23 3 3 2 2 Bouchard et al., 1983

Categoria das atividades do cotidiano Cálculo dos equivalentes METs Dispêndio energético 1 26 períodos de x 0,26kcal/kg/15 6,76kcal/kg 2 48 períodos de x 0,38kcal/kg/15 18,24kcal/kg 3 7 períodos de x 0,57kcal/kg/15 3,99kcal/kg 4 9 períodos de x 0,69kcal/kg/15 6,21kcal/kg 5 2 períodos de x 0,84kcal/kg/15 1,68kcal/kg 6 4 períodos de x 1,20kcal/kg/15 4,80kcal/kg 7 - - 8 - - 9 - - Total 96 períodos 41,68kcal/kg Gasto energético do cotidiano: Ex. Homem 25 anos Peso = 70 kg Estatura = 174 cm Taxa metabólica basal: Exemplo do cálculo: 41,68kcal/kg/dia x 70 kg = 2918 kcal/kg/dia Gasto energético total:

Categoria das atividades do cotidiano Cálculo dos equivalentes METs Dispêndio energético 1 26 períodos de x 0,26kcal/kg/15 6,76kcal/kg 2 48 períodos de x 0,38kcal/kg/15 18,24kcal/kg 3 7 períodos de x 0,57kcal/kg/15 3,99kcal/kg 4 9 períodos de x 0,69kcal/kg/15 6,21kcal/kg 5 2 períodos de x 0,84kcal/kg/15 1,68kcal/kg 6 4 períodos de x 1,20kcal/kg/15 4,80kcal/kg 7 - - 8 - - 9 - - Total 96 períodos 41,68kcal/kg Gasto energético do cotidiano: Ex. Homem 25 anos Peso = 70 kg Estatura = 174 cm Taxa metabólica basal: Exemplo do cálculo: 41,68kcal/kg/dia x 70 kg = 2918 kcal/kg/dia Idade (anos) TMB (kcal/dia) TMB(kcal/dia) = (15,3 x 70kg) + 679 18-30 15,3 Peso + 679 = 1071 + 679 = 1750kcal/dia Fonte: FAO/WHO/UNU, 1985 Gasto energético não-basal: Powers & Howley, 2005 Ge não-basal = 2918-1750 = 1168 kcal/dia

Nível de Atividade Física NAF (nível de atividade física) = Ex. Homem 25 anos Peso = 70 kg Estatura = 174 cm Gasto energético do cotidiano = 2918 kcal/kg/dia TMB = 1750kcal/dia NAF = = 1,67

Nível de Atividade Física NAF (nível de atividade física) = Ex. Homem 25 anos Peso = 70 kg Estatura = 174 cm Gasto energético do cotidiano = 2918 kcal/kg/dia TMB = 1750kcal/dia Tabela de referência: NAF = = 1,67 Nível de Atividade Física Mulheres Homens (NAF) Leve < 1,56 < 1,55 Moderado 1,64 1,78 Vigoroso > 1,82 > 2,10 FAO/WHO/UNU, 1985 FAO (Food and agriculture Organization)/WHO (Word Health Organization)/UNU (United Nations University). Energy and Protein requirements. WHO Techical Report Series 724, Genebra, 1985.

Outras Técnicas de Medida da Atividade Física Nível de Atividade Física Habitual: Níveis de intensidade de esforços físicos de acordo com o instrumento de medida Children s Activity Rating Scale (CARS) Puhl et al., 1990 Nível de Prática Habitual de Atividade Física de Baecke, 1982 (estudos epidemiológicos) Seção 1 Atividades no trabalho/escola Seção 2 Atividades esportivas, programas de exercício físico, lazer ativo Seção 3 Atividades de ocupação de tempo livre IAFH = Seção 1 + Seção 2 + Seção 3 Auto Recordação das Atividades do Cotidiano Bouchard et al., 1983 Recordatório das 24h atividades diárias Ideal (7 dias); ao menos 4 dias (2 semana + 2 final de semana) NAF = Dispêndio energético (kcal/dia) Taxa metabólica basal (kcal/dia) IPAQ - International Physical Activity Questionnaire (2002)

IPAQ - International Physical Activity Questionnaire Atualmente existem 8 revisões Podem ser: Longo (completo) 23 questões Curto (resumido) 8 questões Abordagem (longo): Seção 1- atividade física no trabalho Seção 2 - atividade física como meio de transporte Seção 3 atividade física em casa: trabalho, tarefas domésticas e cuidar da família Seção 4- atividades físicas de recreação, esporte, exercício e de lazer Seção 5 - tempo gasto sentado IPAC, 2002

IPAQ - International Physical Activity Questionnaire Classificação do nível de atividade física IPAQ 1. Muito ativo 2. Ativo 3. Irregularmente ativo Irregularmente ativo a Irregularmente ativo b 4. Sedentário

1. Baecke JAH; Burema J; Frijters JER. A short questionnaire for the measurement of habitual physical activity in epidemiological studies. American Journal of Clinical Nutrition, v.36, p.936-42, 1982. 2. Balke B; Ware RW. An experimental study of physical fitness of Air Force Personel. U.S. Armed Force Medicine Journal, v.10, p.675-82, 1959. 3. Balke B. A simple field test for the assessment of physical fitness. Civil Aeromedical Research Institute Report, v.63, p.1-8, 1963. 4. Bouchard C; Tremblay A; LeBlanc C et al. A method to assess energy expenditure in children and adults. American Journal of Clinical Nutrition, v.37, p.461-7, 1983. 5. Dill D B Oxygen Used in Horizontal and Grade Walking and Running on the Treadmill. Journal of Applied Physiology, v.20, Jan, p.19-22. 1965. 6. DuBois D, DuBois EF A formula to estimate the approximate surface area if height and weight be known. Arch. Intern. Med. 17:862, 1916. 7. FAO (Food and Agriculture Organization)/WHO (World Health Organization)/UNU (United Nations University). Energy and Protein Requirements. WHO Technical Report Series 724, Geneva: WHO. 1985. 8. Guedes, DP; Guedes, JERP Manual Prática para Avaliação em Educação Física. São Paulo: Manole. 2004. 9. Harris JA; Benedict EG. A Biometric Study of Basal Metabolism in Man. Boston: Carnegie Institution of Washington. 1919. 10. Henry CJ; Rees DG. New predictive equations for the estimation of basal metabolic rate in tropical peoples. European Journal of Clinical Nutrition, v.45, p.177-85, 1991. 12. Howley ET; Franks BD Manual de condicionamento físico - 5 Ed. Artmed, 2008. 13. IPAC - Long Last 7 Days Self-administered version of the IPAQ. Revised October 2002. 14. INMETRO. Sistema Internacional de Unidades - SI.. 8. ed.(rev.) Rio de Janeiro, 2007. 114 p. 15. Margaria R. Measurement of muscular power in man. J Appl Physiol, v.21, p.1662-4, 1966. 16. Puhl J; Greaves K; Hoyt M; Baranowski T. Children s Activity Rating Scale (CARS): description and calibration. Research Quarterly for Exercise and Sport, v.61, p.26-36, 1990. 17. Reed GW; Hill JO. Measuring the thermic effect of food. American Journal of Clinical Nutrition, v.63, p.164-9, 1996. 18. Weir JB. New methods for calculating metabolic rate with special reference to protein metabolism. Journal of Physiology, v.109, p.1-9, 1949.