Percepção dos Clientes sobre o Crédito à Habitação Concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde



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Transcrição:

Marlene Celeste Sousa Gomes Percepção dos Clientes sobre o Crédito à Habitação Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universitário da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde 3.3.14

Marlene Celeste Sousa Gomes Percepção dos Clientes sobre o Crédito à Habitação Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universitário da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde 3.3.14

Marlene Celeste Sousa Gomes, autora da monografia intitulada Percepção dos Clientes sobre o Crédito à Habitação Concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde, declara que, salvo fontes devidamente citadas e referidas, o presente documento é fruto do seu trabalho pessoal, individual e original. Cidade da Praia, 29 de Janeiro de 2014 Marlene Celeste Sousa Gomes Memória Monográfica apresentada à Universidade Jean Piaget de Cabo Verde como parte dos requisitos para a obtenção do grau de licenciatura em Economia e Gestão, variante banca e seguros.

Sumário O presente trabalho monográfico intitulado Percepção dos Clientes sobre o Crédito à Habitação enquadra-se no âmbito do curso de licenciatura em Economia e Gestão, variante Banca e Seguros, realizado pela Universidade Jean Piaget de Cabo Verde. As transformações que têm ocorrido no sector financeiro e bancário são resultados das reformas e modernização introduzidas, o que é extensivo ao sistema dos créditos e, particularmente ao crédito à habitação. Entretanto, depara-se com constrangimentos decorrentes de, entre outros aspectos, com os critérios e as modalidades de reembolso desse tipo de crédito, bem como as taxas de juro aplicadas. Este trabalho visa analisar a percepção dos clientes sobre o crédito à habitação concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde, de forma a inteirar-se dos tipos de taxas de juros aplicados no crédito à habitação, conhecer as garantias exigidas para a obtenção desse crédito e propor sugestão para melhoria do crédito à habitação. Para a realização do trabalho utilizou-se a metodologia com enfoque qualitativo e de carácter exploratório, com recurso no estudo documental, nomeadamente as pesquisas bibliográficas, bem como outras fontes que serviram de base de dados e informações ecómica de Cabo Verde. Com a realização deste estudo, concluiu-se que, a concessão de crédito envolve riscos, as taxas de juro aplicadas são elevadas, os critérios e as modalidades de créditos a habitação, bem como o periodo de reembolso nem sempre se adequam a realidade cabo-verdiana, pelo que requer medidas de políticas e estratégias que contribuam para a melhoria das condições do crédito à habitação aplicadas por essa instituição. Palavras-chave: cliente; concessão; crédito habitação; percepção.

Dedicatória Dedico este trabalho aos meus pais, Olívio Gomes Sanches e Ana Maria De Sousa Varela Sanches

Agradecimentos Agradeço à Deus, pelo dom da vida que me concedeu e aos meus pais, por todo o esforço que fizeram, para que hoje estarei nesse lugar. Ao meu orientador, Mestre Simão Paulo Rodrigues Varela, um muito obrigada pelo acolhimento e conselho, pela paciência e dedicação ao longo da minha investigação. À todos que, de uma maneira ou de outra, contribuíram para a concretização deste trabalho. À todos, um muito obrigada!

Siglas e abreviaturas ATM: Automatic Teller Machines ou Caixa Automática B2B: Business to Business ou Negócios entre Empresas B2C: Business to Costumer ou Transação Comercial pela Internet BCV: Banco de Cabo Verde CECV: Caixa Económica de Cabo Verde CTT: Correios, Telégrafos e Telefones DO: Depósito à Ordem EO: Efeciência Operacional FBCF: Formação Bruta de Capital Fixo GAP: Qualidade na Prestação de Serviço INPS: Instituto Nacional de Previdência Social NTCI: Novas Tecnologias da comunicação e da Informação PIB: Produto Interno Bruto POS: Point Of Sales ou Postos de Vendas ROA: Return On Assets ou Retorno Sobre Activo ROE: Return On Equity ou Retorno Sobre Recursos Próprios SARL: Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada SERVQUAL: Serviço de Marketing Competindo através da Qualidade de Serviços SWOT: Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades, Ameaças TAE: Taxa Anual Efetiva TIC: Tecnologia de Informação e Comunicação TI: Tecnologia de Informação UNIMEP: Universidade Metodista de Piracicaba

Conteúdo Introdução... 15 1.Contextualização e problemática... 15 2.Importância do trabalho... 16 3.Perguntas de partida... 16 4.Objetivo do trabalho... 16 4.1.Objetivo geral... 16 4.2.Objectivos específicos... 17 5.Estrutura do trabalho... 17 Capítulo 1: Abordagem teórica e metodológica... 19 1.1.Apresentação de conceitos... 19 1.2.Referencial teórico... 21 1.2.1.Qualidade de serviço a clientes... 21 1.2.2.Modelos de qualidade de serviços aos clientes... 23 1.2.2.1.Modelo de qualidade de Albrecht e o triângulo dos serviços... 23 1.2.2.2.Modelo de Gronroos da qualidade do serviço percebida pelo cliente... 23 1.2.2.3.Modelo da qualidade de Gummesson-Gronroos... 24 1.2.4.Modelo de análise do Gap da qualidade... 24 1.2.2.5.Serviços de atendimento a clientes... 26 1.2.6.Factores que influenciam a qualidade no atendimento a clientes... 31 1.2.6.1.Eficiência operacional... 31 1.2.6.2.Estrutura organizacional... 32 1.2.7.Pessoas envolventes... 33 1.2.8.Marketing bancário... 34 1.2.9.Novas tecnologias de suporte ao atendimento bancário... 36 9/82

1.2.9.1.E-Business... 39 1.2.9.1.1.Principais vantagens do uso do B2B pelas empresas... 40 1.2.9.1.2.Electronic commerce... 40 1.2.9.2.Atendimento aos clientes... 42 1.2.9.3.Marketing estratégico... 43 1.2.9.4.Satisfação dos clientes... 44 Capítulo 2: Crédito à habitação em Cabo Verde... 47 2.1.Enquadramento geral e legal... 47 2.2.Contratação do crédito para habitação... 48 2.3.Tipos de taxas de juro aplicadas no crédito à habitação... 48 2.4.Garantias para obtenção de um crédito à habitação... 49 2.5.Importância da determinação da taxa de esforço... 49 2.6.Pedido de empréstimo... 49 2.7.Reembolso do crédito... 51 2.8.Amortização antecipada do crédito... 52 2.9.Deveres de informação sobre crédito à habitação... 53 Capítulo 3 : Percepção dos Clientes sobre o Crédito à Habitação Concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde... 54 3.1.Caracterização da Caixa Económica de Cabo Verde... 54 3.1.1.Breve historial... 54 3.1.2.Missão e visão... 56 3.1.3.Enquadramento Macroeconómico das Actividades da CECV... 57 3.1.4.Evolução do crédito... 58 3.1.5.Evolução de depósitos... 59 3.1.6.Evolução da quota de mercado... 61 3.1.7.Evolução dos principais indicadores económicos financeiros... 62 3.1.8.Estratégia competitiva... 64 10/82

3.1.8.1.Estratégia de marketing... 66 3.1.9.Análise do meio envolvente... 67 3.2.Análise dos resultados do estudo... Error! Bookmark not defined. Conclusão... 75 Bibliografia... 78 11/82

Quadros Quadro 1: Valor pago pelo crédito à habitação concedido pela CECV... 51 Quadro 2: Capital Social da CECV após 1993... 55 Quadro 3: Estrutura actual do Capital Social da CECV... 56 Quadro 4: Evolução do Crédito da CECV (2007 2011)... 58 Quadro 5: Evolução dos Depósitos da CECV (2007 2011)... 60 Quadro 6: Evolução da Quota de Mercado da CECV (2007 2011)... 61 Quadro 7: Evolução de Resultados da CECV (2007-2011)... 62 Quadro 8: Evolução de Rácios da CECV (2007 2011... 63 Quadro 9: Pontos fortes e fracos... 70 Quadro 10:Oportunidades e ameaças... 71 12/82

Gráficos Gráfico 1: Evolução do Crédito da CECV (2007 2011)... 59 13/82

Figuras A Figura 1: Esquema metodológico... 46 14/82

Introdução 1.Contextualização e problemática As transformações que têm ocorrido no sector bancário são resultado da transformação da Caixa Económica de Cabo Verde numa instituição financeira autónoma, liberalização do mercado e da economia, abertura de fronteiras económicas e financeiras, inovação tecnológica, desregulamentação e da centricidade do cliente, tudo isso é proveniente das mudanças ocorridas na economia mundial consequentemente ao nível do sistema financeiro. A concessão de crédito é uma forma de garantir uma vida estável para os clientes. A Caixa Económica de Cabo Verde como um Banco Comercial tem pautada pela fidelização dos seus clientes concedendo-lhes um atendimento personalizado e apostou bastante na concessão de crédito a fim de garantir uma casa própria para arrendamento ou moradia. O crédito à habitação é, na realidade, um crédito com plano finaceiro, em tudo semelhante aos restantes créditos pessoais. Contudo, diferem na finalidade (aquisição de habitação própria ou obras na habitação própria) e, como é óbvio, devido ao prazo de utilização do bem adquirido, no prazo de reembolso. 15/82

Quando as condições financeiras de um cliente melhoram e a prontidão de pagamento é exemplar, deve-se aumentar o limite de crédito. Esta decisão pode resultar num aumento de vendas e lucros para a empresa. 2.Importância do trabalho Pretendeu-se desenvolver este tema com o intuito de abraçar e alargar mais conhecimentos a cerca da concessão do crédito à habitação. Pois a percepção dos clientes sobre o crédito à habitação em Cabo Verde é sem dúvida um instrumento de extrema importância para as empresas que queiram sobreviver no mercado competitivo a nível do sector bancário. O interesse pelo tema justifica-se pelo facto de ser um tema muito pertinente a propósito de acordar as instituições bancárias na realização das suas actividades. É um tema interessante, pouco debatido e muitas instituições não têm dado um tratamento personalizado aos seus clientes, visto que é um pilar fundamental para o sucesso das instituições. Com base no exposto, para a realização do trabalho utilizou-se a metodologia com enfoque qualitativo e de carácter exploratório, com recurso ao estudo documental e consulta aos responsáveis e especialistas da área. 3.Perguntas de partida Para a realização deste trabalho, formulou-se as seguintes perguntas de partida: P1: Qual é a percepção dos clientes sobre o crédito à habitação concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde? P2: O que deve ser feito para melhorar as condições de concessão e reembolso do crédito à habitação aplicadas pela Caixa Económica de Cabo Verde? 4.Objetivo do trabalho 4.1.Objetivo geral 16/82

Este trabalho tem por objectivo geral analisar a percepção dos clientes sobre o crédito à habitação concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde. 4.2.Objectivos específicos Este trabalho tem, entre outros, os seguintes objectivos específicos: Inteirar-se sobre os procedimentos para a formulação do pedido e concessão desse tipo de crédito; Inteirar-se das taxas de juro aplicadas no crédito à habitação da Caixa Económica de Cabo Verde; Conhecer as garantias exigidas, por essa instituição, para obtenção de um crédito à habitação; Compreender a importância da determinação da taxa de esforço; Dar a conhecer os critérios de reembolso do crédito concedido por essa instituição financeira; e Propor sugestões que contribuam para a melhoria das condições do crédito à habitação aplicadas por essa instituição. 5.Estrutura do trabalho Para que o trabalho tenha uma sequência lógica, para além das partes pré-textuais e póstextuais, da introdução e da conclusão, o trabalho encontra-se estruturado em 3 (três) capítulos a saber: Capítulo 1, Abordagem teórica e metodológica, fez-se a Fundamentação teórica e apresentou-se a metodologia utilizada para a realização da pesquisa. Capítulo 2, Crédito à habitação em Cabo Verde, abordou-se para além dos aspectos relativos ao enquadramento geral e legal, fez-se a abordagem da contratação do crédito para habitação, tipos de taxas de juros aplicados no crédito à habitação, garantias para obtenção de um crédito à habitação, importância da determinação da taxa de esforço, pedido de 17/82

empréstimo, reembolso do crédito, amortização antecipada do crédito e deveres de informação sobre crédito à habitação. Capítulo 3, percepção dos clientes sobre o crédito à habitação concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde, caracterizou-se a Caixa Económica de Cabo Verde, fez-se a análise SWOT da concessão de crédito á habitação aos seus clientes. Ainda fez-se a análise e discussão dos resultados do estudo e bem como as sugestões para a melhoria do crédito à habitação em Cabo Verde com enfoque para a Caixa Económica de Cabo Verde. 18/82

Capítulo 1: Abordagem teórica e metodológica Percepção dos Clientes sobre o Crédito à Habitação 1.1.Apresentação de conceitos Para uma melhor compreensão e abordagem desse trabalho, apresentou-se, os conceitos de: Crédito A palavra crédito pode ser conceituada como sendo o acto de vontade ou disposição de alguém ceder, por algum periodo, uma parcela de seu património a outrem, com a expetativa de receber tal parcela integral depois de transcorrido o período estipulado a parcela do património dada em crédito pode ser representada em dinheiro ou em bens (Silva, 2002:58). Em finanças o crédito é definido como um instrumento de políticas financeira a ser usado por uma empresa na venda a prazo de seus produtos ou serviços. De acordo com Ross et al. (1995:574), a concessão de crédito é o mesmo que fazer um investimento num cliente, um investimento vinculado à venda de um produto ou serviço. Crédito à habitação Crédito à habitação é o crédito concedido pelas instituições de crédito para aquisição, construção, beneficiação, recuperação ou ampliação de casa própria para habitação per- manente ou para arrendamento (BCV, 2013:5). Crédito ao consumo Crédito ao consumo é o crédito com plano financeiro e é concedido por prazo fixo, sendo o reembolso feito em prestação, em geral mensal, fixa de capital e juro (Nunes et al. 2002:4.17). Instituições de crédito Instituições de crédito são as empresas cuja actividade consiste em receber do público depósitos e outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a concessão de crédito (Cabido, 1999:37). Taxa Anual Efectiva (TAE) A TAE dá uma visão global sobre os custos do empréstimo a contratar. Com efeito, para além da taxa de juro, o cliente, ao contrair um empréstimo, incorre noutros custos. A TAE vai, 19/82

assim, permitir que se conheçam todos os custos associados a esse produto bancário, traduzindo-o num valor numérico (BCV, 2013:8). Indexante O Indexante é o índice de referência do mercado monetário, cuja forma de cálculo é previamente convencionada, estando o seu valor sujeito a modificação por efeito de alteração do valor do índice de referência, em periodicidade que deve ser coincidente com o respectivo prazo de cotação (BCV, 2013:9). Assim, de acordo com essa fonte o valor do indexante se alterar de três em três meses, significa que a taxa de juro do empréstimo é revista trimestralmente, ou seja, o valor da prestação poderá diminuir ou aumentar trimestralmente. O spread bancário O spread bancário é um valor percentual que os bancos aplicam a uma taxa de referência e que pode ser considerado como a margem de lucro do banco. O valor do spread decorre da análise de vários factores do cliente e do empréstimo em concreto, mas, de um modo geral, quanto menor é o risco para a instituição menor será o spread, reduzindo assim o custo do empréstimo para o cliente (BCV, 2013: 9). Assim, para o BCV, na maioria das vezes, a instituição financeira não poderá, unilateralmente, alterar o Spread definido, excepto se definido no contrato. Risco de crédito Risco de crédito ocorre quando as pessoas individuais, empresas ou entidades governamentais deixam de honrar o compromisso assumido de efectuar um pagamento (BCV, 2013:54). 20/82

1.2.Referencial teórico 1.2.1.Qualidade de serviço a clientes Durante as últimas duas décadas do século passado Qualidade de Serviços foi objecto de inúmeros estudos académicos e reconhecida como factor chave na diferenciação de produtos e na construção de vantagem competitiva (Santos, 2003). A obtenção de vantagem competitiva sustentável no mercado será muito difícil somente com produtos superiores e preços razoáveis. A oferta de serviços de qualidade superior é essencial para o excelente desempenho sobre uma base duradoura no mercado. A Qualidade de serviços é muito mais difícil de ser copiada pelos competidores do que qualidade de produtos e preços. (Parasuraman e Grewal, 2000). Nessa linha de pensamento, Grönroos (1984:37) definiu o conceito de qualidade percebida como o resultado de um processo de avaliação onde o consumidor compara suas expectativas com o serviço que ele percebe ter recebido. Parasuraman et al. (1985:42) definiram qualidade de serviço como a comparação entre as expectativas do consumidor e suas percepções do serviço. Parasuraman et al. (1988:15) representaram o conceito de qualidade de serviço como a avaliação geral de uma empresa de serviços, que resulta da comparação entre o desempenho da empresa com as expectativas gerais dos consumidores de como as empresas naquela indústria deveriam desempenhar. Baseados nesse conceito, desenvolveram o SERVQUAL, o mais conhecido modelo de avaliação multidimensional de qualidade de serviços (Santos, 2003). Pela abordagem da não confirmação, qualidade de serviços é definida como diferença entre a percepção e a expectativa do cliente em relação ao serviço (Q = P E). 21/82

A segunda corrente, o modelo do efeito directo, mais recente, questiona a abordagem da não confirmação. Adopta exclusivamente as medidas de percepção (e não da lacuna percepção - expectativa). A argumentação favorável às medidas de percepção é que elas explicam mais a variância das medidas (Cronin e Taylor, 1992). O estudo de Cronin e Taylor (1992) revelou elevado coeficiente baseando-se apenas nas medidas de desempenho, que resultou no desenvolvimento de outro instrumento de avaliação multidimensional da qualidade de serviços. De acordo com esses argumentos, qualidade de serviços é definida como a avaliação geral do desempenho do serviço, a percepção (Q = P). Assim, adoptou neste trabalho o conceito de qualidade baseado na abordagem da não confirmação: a diferença entre o que é percebido e o que é esperado (Q = P E) pelo cliente, no atendimento de prestação de serviço. É o conceito de qualidade utilizado no desenvolvimento de outros instrumentos de avaliação da qualidade de serviços prestados ao cliente. A atenção dada ao cliente em todas as fases que compreendem o atendimento às suas necessidades deve ser revestido de cuidados que façam prevalecer a qualidade do serviço prestado bem como garantir que ele volte a efectuar novas compras. Wing (1998:149) diz que todo o ponto de contacto de um cliente com uma empresa quer por telefone, pessoalmente ou por correspondência é um ponto de prestação de serviço. É a hora em que o cliente forma mais uma ideia e faz mais um julgamento sobre a empresa. À luz do que foi denominado por Jan Carlzon 1, chamam essa ocasião de hora da verdade. 1 Executivo sueco Jan Carlzon, foi protagonista de uma das maiores viradas empresariais da década de 80. Quando assumiu a SAS em 1981, uma companhia aérea na Suécia, a empresa estava num enorme prejuízo financeiro. A SAS voltou a ter lucro em apenas um ano. Em 1984, a SAS foi eleita a companhia aérea do ano. 22/82

Por sua vez, Shiozawa (1993:48), atento a essa questão, alega que esses momentos caracterizam empresas que se organizam em função do cliente e não em função do produto ou serviço. Daí a importância que dão a cada pormenor que compõem a acção de atendimento. Isso, de certa forma, assegura à empresa a garantia de estar oferecendo aos seus clientes aquilo que eles tanto valorizam, ou seja, qualidade não só no produto mas, principalmente, no serviço. 1.2.2.Modelos de qualidade de serviços aos clientes 1.2.2.1.Modelo de qualidade de Albrecht e o triângulo dos serviços Actualmente a presença de líderes com espírito inovador é indispensável para qualquer serviço. Liderança de serviços é a capacidade de liderar com enfoque nos serviços: serviços de usuários, serviços à organização e serviços aos colaboradores (para atingir os objectivos) (Albrecht, 1998). Um dos aspectos importantes do modelo de Albrecht (1992) é o cliente. Ele precisa ser definido tanto em termos de dados demográficos quanto em psicográficos. 1.2.2.2.Modelo de Gronroos da qualidade do serviço percebida pelo cliente A melhoria da qualidade é mencionada como um objectivo interno, sem quaisquer referências explícitas ao que se deseja dizer por qualidade do serviço. Falar de melhoria na qualidade sem definir o que isso significa, como é percebida pelos clientes e como pode ser melhorada tem um valor limitado (Gronroos, 1993). A qualidade de serviço, para os clientes tem duas dimensões: uma dimensão ou resultado técnico e uma dimensão funcional ou relacional ao processo; Como exemplo de uma dimensão da qualidade técnica do resultado do processo de produto do serviço assenta-se na interacção dos clientes com a organização, que por sua vez serve para a própria avaliação da qualidade. Em relação a outra dimensão (qualidade funcional do processo), está relacionada com às funções do prestador de serviço e à forma como este lida com a hora da verdade (é o 23/82

verdadeiro momento de oportunidades) nas interacções comprador vendedor propriamente ditas (Parasuraman et al, 1985). 1.2.2.3.Modelo da qualidade de Gummesson-Gronroos Segundo Gronroos (1993) este modelo tem por objectivo ajudar tanto os fabricantes quanto às organizações prestadoras de serviço na gestão da qualidade. Para descrever a qualidade, foi necessário centralizar-se em duas referências: o modelo 4Q de Gummesson, baseado na noção de que todos contribuem para a qualidade e de que existe uma quantidade de fontes diferentes da qualidade em uma organização. Para este autor, este modelo demonstra que na qualidade percebida do serviço, os clientes têm expectativas em relação à qualidade, mesmo antes de terem experiência com aquela organização, o que, por si só, pode exercer um impacto sobre a qualidade, funcionando, desta forma, como um filtro. Segundo Gronroos (1993), a gestão tem que observar e compreender o impacto sobre a qualidade de várias funções da organização e que existem várias fontes da qualidade, das quais a produção é apenas uma. 1.2.4.Modelo de análise do Gap da qualidade O modelo em pauta foi desenvolvido por Berry (1996), bem como Parasuraman et al. (1985), Zeithaml et al. (1991), com o objectivo de analisar as fontes dos problemas da qualidade e auxiliar os gestores a compreenderem como a qualidade do serviço pode ser melhorada. De acordo com estes autores, os gaps da qualidade são resultados das inconsistências no processo de gestão da qualidade. Os cincos gaps são os seguintes: O gap na percepção da gestão (Gap 1): Este gap significa que a gestão percebe as expectativas de qualidade de forma imprecisa. O gap é essencialmente devido a: informação imprecisa dos dados sobre as expectativas; inexistência de uma análise da procura; informações deturpadas; níveis organizacionais em demasia que alteram as informações que 24/82

podem fluir, partindo dos envolvidos nos contactos com os clientes para o nível de gestão de topo. O gap na especificação da qualidade (Gap 2): Este gap significa que as especificações da qualidade por serviço não são coerentes com as percepções da gerência quanto às expectativas da qualidade. Este gap é, segundo os autores, resultado de: erros de planeamento; má gestão do planeamento; falta de estabelecimento de metas claras na organização; e suporte deficiente da gestão de topo no planeamento da qualidade por serviço. A qualidade, da forma como percebida pelos clientes, é hoje um factor de sucesso vital na competição por serviços, permitindo que o compromisso com a qualidade ocupe uma posição elevada na lista de prioridades da gestão (Parasuraman et al. 1985 e Zeithaml, et al. 1991). O gap da entrega dos serviços (Gap 3): Este gap significa que as especificações da qualidade não são atendidas pelo desempenho do processo da produção. A tecnologia e os sistemas não facilitam o desempenho em conformidade com as especificações. Segundo esses autores, as razões para este gap podem ser, divididas em três categorias, a saber: gestão e supervisão; percepção das especificações e regras, bem como das necessidades e desejos dos clientes por parte dos colaboradores; falta de suporte nas operações de tecnologia e sistemas. O gap nas comunicações com o mercado (Gap 4): Este gap significa que promessas feitas através das actividades de comunicação com o mercado não são coerentes com os serviços entregues. De acordo com Parasuraman et al. (1991), as razões para a ocorrência de um gap nas comunicações com o mercado podem ser divididas em duas categorias, a saber: o 25/82

planeamento e a execução das comunicações de marketing externo não caminham lado a lado com as operações, e a existência de uma propensão a promessas demasiadas que ocorrem com frequência em todos os anúncios e comunicações com o mercado. O gap na qualidade percebida do serviço (Gap 5): Este gap significa que o serviço percebido ou experimentado não é coerente com o serviço esperado. O gap resulta em má comunicação; qualidade confirmada negativamente; impacto negativo na imagem corporativa local e negócios perdidos. Para Brow et al. (1993:85) a análise do gap de qualidade é uma forma directa e apropriada de identificar inconsistências entre as percepções do prestador e do cliente, no que diz respeito ao desempenho dos serviços. Abordar esses gaps parece ser a base lógica para formulação de estratégias e tácticas que assegurem expectativas e experiências consistentes aumentando, portanto, a probabilidade de satisfação e uma avaliação qualitativa positiva. 1.2.2.5.Serviços de atendimento a clientes Tendo em consideração a sociedade orientada para os serviços, a qualidade e a excelência do mesmo assumem um factor estratégico para o sucesso da empresa. Na intenção de clarificar esse conceito, hoje tão considerado no mercado competitivo, Kotler (2000:448) define serviço como qualquer acto ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada. O autor explica ainda que sua execução pode estar ou não ligada a um produto concreto. Os serviços vêm assumindo uma posição cada vez mais importante para a conquista da satisfação dos clientes. 26/82

Kotler (2000:314) acredita que as grandes diferenças de serviços são facilidade de pedido, entrega, instalação, experiência do cliente, orientação ao cliente. Tschohl e Franzmeier (1996:10), de uma forma abrangente, conduzem à ideia de que a qualidade do serviço é a orientação de todos os recursos e de todo o pessoal de uma companhia em direcção à satisfação do cliente. Existe um elemento de serviço em toda actividade de atendimento por qualquer empregado porque, em última análise, exerce um impacto sobre a qualidade real percebida do produto adquirido pelo cliente. Gianesi e Correia (2006), concordam que a qualidade de atendimento a cliente tornou-se, nas últimas décadas, um forte diferencial da estratégia competitiva das empresas que se despertam para a necessidade de estar atentas ao como maximizar a satisfação dos clientes, atendendo de forma incomparável aos seus desejos, necessidades e expectativas. É de destacar a posição de Freemantle (1994:127), ao mencionar que o atendimento ao cliente é uma prática, não uma teoria. Isso evidencia que, embora seja necessário um planeamento e controlo para se atingir a qualidade, de nada valerá se não ultrapassar as fronteiras do discurso e do registo formal em documentos executivos. Freemantle (1994:128) apresenta 14 testes mais importantes para o bom atendimento ao cliente, os quais são aplicáveis a todas as empresas e organizações, sejam elas do sector público ou privado. Os testes são imutáveis e reflectem os fundamentos básicos do atendimento ao cliente. O autor em referência acredita que a organização que passa nesses testes, demonstra ter atingido um extraordinário atendimento a clientes, a tal ponto que não pode ser superado por qualquer um de seus concorrentes, a saber: Cumprindo a promessa de atendimento todas as declarações de intenção feitas pela organização como corporação ou por empregados em particular e, portanto, encaradas pelos clientes como promessas devem ser cumpridas; 27/82

O atendimento telefónico em cinco segundos todas as chamadas telefónicas para uma empresa deve ser atendido dentro de cinco segundos (em qualquer parte da organização). Os clientes têm limites que variam. E, nenhuma desculpa é aceitável; Respostas documentadas em dois dias todos os documentos dos clientes que exijam uma resposta devem ter seu recebimento acusado dentro de dois dias e uma data final especificada para uma resposta completa. De preferência, a pessoa a quem o documento é dirigido deve responder pessoalmente e, de maneira personalizada, à consulta. Tempo máximo de espera de cinco minutos em nenhuma circunstância, qualquer cliente deve esperar mais que cinco minutos por atendimento. Os clientes perdem tempo e dinheiro valiosos tendo de esperar por atendimento. Os clientes sempre optam pela empresa que não os faz esperar; Atitudes positivas dos empregados toda e qualquer interacção entre um cliente e um representante da organização serão conduzidas de uma forma, amigável e positiva, com uma demonstração genuína de olhar pelo cliente; Comunicações pró-activas Caso a promessa de atendimento ao cliente não puder ser cumprida, por um motivo qualquer, é imprescindível informá-lo antes que ele reclame; Sinceridade e franqueza todas as comunicações da empresa aos clientes devem ser feitas numa base completamente sincera e franca. Nada deve ser omitido ao cliente, nem deve-se distorcer a verdade; Confiabilidade dos sistemas o sistema de prestação de serviços aos clientes deve funcionar sempre, com alto padrão de confiabilidade; Reparação rápida deve-se tomar providências imediatas, sem hesitação, para reparar qualquer defeito do produto ou falha no atendimento ao cliente. É inevitável que alguma coisa saia errada; Estar por dentro todos os empregados devem conhecer o produto, conhecer o serviço, conhecer a empresa, saber como fazer as coisas, saber como resolver problemas e conhecer os clientes habituais pelos nomes. É importante que os funcionários estejam prontos para lidar com qualquer dúvida ou contingência do cliente; 28/82