Gravidez ectópica cornual: relato de caso

Documentos relacionados
GESTAÇÃO ECTÓPICA: DIAGNÓSTICO E MANEJO

CAPÍTULO 10. GRAVIDEZ ECTÓPICA: DIAGnÓSTICO PRECOCE. 1. DEfINIçãO:

Aspectos clínico-epidemiológicos da gravidez ectópica em um hospital da região amazônica: análise do período de 2010 a 2014

Histerectomia laparoscopica. Dr Namir Cavalli Cascavel Parana - Brasil

SANGRAMENTO DE PRIMEIRO TRIMESTRE NA EMERGÊNCIA- O PAPEL DO RADIOLOGISTA. Carla Milan

DIAGNÓSTICO DA GESTAÇÃO VIÁVEL E DAS COMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ INICIAL

Ex-Presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia. Mestre em Doenças Infecciosas e Parasitárias pelo IPTESP UFG

PRÉ-REQUISITO R4 ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA (403) ORGANIZADOR

Abordagem da Gravidez Ectópica. Suporte Avançado em Urgência/Emergência Ginecológica

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

Dispositivo Intrauterino com Cobre (DIU TCU)

Abordagem da Gravidez Ectópica. Suporte Avançado em Urgência/Emergência Ginecológica

Ultrassonografia na miomatose uterina: atualização

SANGRAMENTOS DO PRIMEIRO E SEGUNDO TRIMESTRES DA GESTAÇÃO OBSTETRÍCIA

ORGANIZADOR. Página 1 de 6

Histerectomia laparoscopica Manejo contemporâneo nuevas tecnologias. Dr Namir Cavalli Cascavel Parana - Brasil

INTRODUÇÃO BOA LEITURA!

GESTAÇÃO ECTÓPICA EM CICATRIZ DE CESÁREA PRÉVIA, RELATO DE CASO CESAREAN SCAR PREGNANCY, CASE REPORT

TRATAMENTO CLÍNICO DE GRAVIDEZ ECTÓPICA COM USO DO METOTREXATE

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Abril IST INFERTILIDADE HUMANA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ULTRASSONOGRAFIA EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E MEDICINA INTERNA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ULTRASSONOGRAFIA EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E MEDICINA INTERNA

CHECK UP. Dr. Alisson Chianca Ginecologia Avançada. ATIVIDADE FÍSICA Previne o Câncer pg. 08. Sinônimo de Prevenção Contra o Câncer. pg.

Patologias Obstétricas

Copyright Viseu. Thiago Regina Lucas Martinez Renato Souza Junior Tiago Shima. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Gineco 1 DST - QUESTÕES COMENTADAS

Abdome agudo ginecológico. Raphael Garcia Moreno Leão

Concurso Público UERJ 2012 Prova discursiva Médico Ccirurgião Geral

SABAA SISTEMATIZAÇÃO DO ATENDIMENTO BÁSICO DO ABDOME AGUDO

GRAVIDEZ OVARIANA ÍNTEGRA: TRATAMENTO CIRÚRGICO VIDEOLAPAROSCÓPICO *

ENFERMAGEM OBSTÉTRICA PROVA TEÓRICO-PRÁTICO Situação/Cenário Clínico

Infertilidade. Propedêutica básica do casal infértil

Aula 20 Pré-Natal de Alto Risco IV: Doenças. Prof. Ricardo Mattos UNIG,

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA - CAMPINAS PLANO DE CURSO. 1. NOME DO PROGRAMA: Residência em Ginecologia e Obstetrícia

SIC OBSTETRÍCIA OBSTETRÍCIA VOL. 3

Lesões Ovarianas na Pré e Pós-Menopausa. Laura Massuco Pogorelsky Junho/2018

DIRETORIA DA FEBRASGO 2016 / 2019

AVALIAÇÃO DAS HISTERECTOMIAS VAGINAIS REALIZADAS NO HOSPITAL DE CÍNICAS DE TERESÓPOLIS.

IMPLANTE DE DISPOSITIVO INTRA-UTERINO (DIU) HORMONAL PARA CONTRACEPÇÃO - INCLUI O DISPOSITIVO

Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais

VULVOVAGINITES E CERVICITES D I P A CORRIMENTO URETRAL MASCULINO ÚLCERA GENITAL

Conservador na Gravidez Ectópica

Conservador na Gravidez Ectópica

Ultrassonografia nos Tratamentos de Infertilidade C A R O L I N A P E R E I R A M É D I C A G I N E C O LO G I S TA E O B S T E T R A

GUIA SOBRE ENDOMETRIOSE

ORGANIZADOR. Página 1 de 7

Infertilidade conjugal: Definição e Protocolo básico de investigação Paula Andrea Navarro

CAPÍTULO 18. MIOMAS SUBMUCOSOS: ESTADIAMEnTOS PARA TRATAMEnTO HISTEROSCÓPICO. 1. INTRODUçãO

ENFERMAGEM. SAÚDE DA MULHER Assistência de Enfermagem ao Parto/Aborto. Parte 6. Profª. Lívia Bahia

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 PRÉ-REQUISITO (R4) PROVA ESCRITA

Imagem da Semana: Ultrassonografia transvaginal

Endometriose: Diagnóstico e Tratamento

ACRETISMO PLACENTÁRIO

Dr. Fábio Cabar. Sangramentos genitais da segunda metade da gestação. Sangramentos de Segunda Metade da Gestação. Placenta Prévia.

ABORDAGEM INICIAL DE PACIENTE COM QUEIXA DE INFERTILIDADE

APENDICITE AGUDA O QUE É APÊNCIDE CECAL? O QUE É APENDICITE E PORQUE OCORRE

SUMÁRIO SOBRE A FEBRASGO 4 O QUE É 5 SINTOMAS 6 DIAGNÓSTICO 7 TRATAMENTO 8 ENTENDA A ENDOMETRIOSE 9 ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE

Mario Vicente Giordano UNIRIO / SOGIMA 2016

SES - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE 2014 PROVA OBJETIVA

Mulher jovem, 29 anos, nulípara, com quadro de sangramento retal, sem outras queixas, submetida a colonoscopia para investigação.

MEDICINA LEGAL. Sexologia. Parte 3. Profª. Leilane Verga

Dr. Guilherme Galante Heuser

ENDOMETRIOSE. marcoams - inomed

PLANO DE CURSO GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

APE P NDICITE T A GUDA MARCELO LINHARES

COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO DA REFORMA CURRICULAR

XIII Reunião Clínico - Radiológica XVII Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalasen.

ÓBITO FETAL DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA FMABC DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA PROF. TITULAR: MAURO SANCOVSKI

Patologias do 3o. e 4o. períodos do parto

RELATÓRIO DIVISÃO ADJUNTA DE ATENÇÃO À SAÚDE

1 a ETAPA - PROVA C/EG

Imagem da Semana: Partograma

PARTO VAGINAL APÓS CESARIANA (PVAC VBAC)

RELATÓRIO DIVISÃO ADJUNTA DE ATENÇÃO À SAÚDE

-VIA DA UNIMED- CONSENTIMENTO INFORMADO CONCORDANDO COM A INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVO INTRA-UTERINO COMO MÉTODO REVERSÍVEL DE ANTICONCEPÇÃO.

PLANO DE CURSO. MÓDULO: Saúde Materno Infantil I CARGA HORÁRIA: 140 horas/aula CRÉDITOS: 07 6º PERÍODO - SEMESTRE:

RELATÓRIO DIVISÃO ADJUNTA DE ATENÇÃO À SAÚDE

RELATÓRIO DIVISÃO ADJUNTA DE ATENÇÃO À SAÚDE

INDICAÇÕES DE LAPAROSCOPIA NO MANEJO DE MASSAS OVARIANAS

RELATÓRIO DIVISÃO ADJUNTA DE ATENÇÃO À SAÚDE

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

Principais temas para provas. Obstetrícia vol. 3 SIC OBSTETRÍCIA

O transplante uterino (TU) é uma nova opção revolucionária para o tratamento

Dr. Fábio Cabar ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL REDE CEGONHA DR. FÁBIO R. CABAR

Achados Ultra-Sonográficos em Pacientes com Ameaça de Abortamento no Primeiro Trimestre da Gestação

ABDOME AGUDO NA GRAVIDEZ Waldemar Prandi Filho

ENDOMETRIOSE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS

Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp

DESAFIO DE IMAGEM Aluna: Bianca Cordeiro Nojosa de Freitas Liga de Gastroenterologia e Emergência

Leia estas instruções:

MODALIDADE ORAL. Ginecologia

Curso de emergências ginecológicas SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL

Preservação da fertilidade na mulher com cancro

Transcrição:

Revista de Medicina e Saúde de Brasília RELATO DE CASO : relato de caso Cornual ectopic pregnancy: case report Mariano Lopes Silva Filho 1, Graziella dos Santos Bezerra Marques 2, Jefferson Torres Nunes 2 Maternidade Dona Evangelina Rosa Resumo Gravidez ectópica intersticial ou cornual é que ocorre fora da cavidade uterina, com implantação e o desenvolvimento do ovo dentro do segmento da trompa que penetra na parede uterina ou entre o óstio tubário e a porção proximal do segmento ístmico; podendo se manifestar com quadro abdominal agudo, que impõe diagnóstico precoce e assistência de urgência. É relatado caso de paciente de 27 anos, admitida no setor de urgência de Maternidade de referencia no Piauí, com quadro de dor abdominal, sangramento transvaginal e amenorréia, cuja ultrassonografia transvaginal(ustv) demonstrou gravidez ectópica de localização intersticial, com ausência de batimentos cardíacos fetais. Foi realizada salpingectomia com ressecção cornual por laparotomia. Portanto a realização da USTV nas urgências obstétricas é de extrema importância no diagnóstico precoce da gravidez ectópica, diminuindo as complicações e o risco de mortalidade materna. Palavras chave: gravidez ectópica, útero, aborto. Abstract Interstitial or cornual ectopic pregnancy is occurring outside the uterine cavity, with implementation and development of the egg within the segment of the tube that penetrates the uterine wall or between the tubal ostium and proximal segment isthmus; may manifest with acute abdominal, which requires early diagnosis and emergency assistance. We report the case of a patient aged 27, admitted to the emergency sector Maternity reference Piauí, with abdominal pain, transvaginal bleeding and amenorrhea, whose ultrasound showed transva-inal location interstitial ectopic pregnancy with no fetal heartbeat. Was performed salpingectomy with cornual resection by laparotomy. Therefore the realization of TVS in obstetric emergencies is of utmost importance in the early diagnosis of ectopic pregnancy, reducing complications and the risk of maternal mortality. Key words: ectopic pregnancy, uterus; abortion. 1. Médico, especialista em Ginecologia e Obstetrícia 2. Médicos residentes em Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) E-mail do primeiro autor: marianolsf@hotmail.com Recebido em 11/05/2013 Aceito, após revisão, em 22/07/2013 74

Introdução A gestação ectópica é definida como a implantação e desenvolvimento do ovo fora da cavidade uterina e sua causa principal é uma lesão na luz do oviduto, devido à destruição do epitélio e formação de microaderências. 1 Localiza-se mais freqüente é na tuba correspondendo 96 a 99% dos casos e destas, mais de 70% se localizam na ampola ou infundíbulo, seguida pela zona ístmica (25%) e pela zona intersticial ou cornual (2%). Seguem-se a ovariana (0,9%), intraligamentar (0,5%), abdominal (0,5%) e cervical (0,2%), com implantação sobre um divertículo intramiometral (0,03 %) e em cicatriz de cesárea (0,01%). 2 Apesar de a mortalidade ter diminuído ao longo da última década, através do diagnóstico precoce, em países desenvolvidos com Estados Unidos, a gravidez ectópica ainda tem sido responsável por 9% das mortes no primeiro trimestre da gestação. No Brasil não existem medidas de prevalência nacionais ou mesmo regionais dessa patologia. 3 O presente artigo tem o objetivo de relatar um caso clinico de gestação ectópica com implantação cornual. Relato do Caso Paciente de 27 anos, com história negativa para doença inflamatória pélvica (DIP) ou cirurgia prévia e sem uso de medicações nos seis meses anteriores ao evento descrito. Procurou a urgência da Maternidade Dona Evangelina Rosa relatando discreta dor pélvica e moderado sangramento transvaginal. Além disso, relatava amenorreia de 8 semanas e negava gravidez anterior. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado geral, afebril, com palidez muco-cutânea importante (2+/4+) e normotensa. O abdome encontrava-se plano, levemente distendido e discretamente doloroso à palpação. O sinal de descompressão brusca do abdome era negativo, com ruídos hidroaéreos diminuídos. Através da data da última menstruação, apresentava-se em amenorreia de 8 semanas e 5 dias. Ao exame especular, constatou-se moderado sangramento proveniente do colo útero, toque vaginal combinado com colo impérvio, doloroso à mobilização do útero, útero globoso com abaulamento de fundo de saco anterior. O hemograma apresentou taxa de hemoglobina de 10,1 mg/dl e hematócrito de 30%. Foi realizada USTV, que evidenciou gestação ectópica de 8 semanas e 3 dias, com saco gestacional em porção intersticial de anexo esquerdo e ausência de batimentos cardíacos fetais; ausência de líquido livre em fundo de saco posterior. Diante da constatação do quadro de prenhez ectópica cornual de primeiro trimestre, demonstrado na 75

USTV, e também do quadro clínico e laboratorial apresentado pela paciente, foi proposta e realizada resolução da gestação ectópica (Figura 1) através de salpingectomia direita esquerdapor l aparotomia, incisão do tipo Pfannestiel, com ressecção cornual. Não houve intercorrências no intra ou pósoperatório, tendo a paciente recebida alta hospitalar no terceiro dia pós-operatório. Segue em acompanhamento ambulatorial sem alterações. Figura 1 Gravidez ectopica de localização cornual. Discussão A gravidez intersticial é uma gravidez ectópica de grande risco em decorrência da sua proximidade com os vasos uterinos em seu trajeto ascendente, sendo seu diagnóstico precoce extremamente importante já que a mesma cursa com maior índice de complicações hemorrágica, aumentando assim o risco de morte materna. 4 A incidência de gravidez ectópica vem crescendo nas últimas décadas, devido ao aumento de fatores de risco que a predispõem como doença inflamatória pélvica, malformações uterinas, idade avançada, tabagismo, história de infertilidade e uso das técnicas de reprodução assistida, endometriose, cirurgias tubárias e prenhez ectópica prévia. 5 A paciente do estudo engravidou espontaneamente, era primigesta, não possuía idade avançada, não apresentava fatores predisponente à gestação ectópica e não estava fazendo uso de qualquer método contraceptivo. O quadro clínico da gravidez ectópica é caracterizado por dor abdominal, atraso menstrual, sangramento vaginal, distensão abdominal, dor à mobilização do útero, abaulamento do fundo de saco, tumor anexial 76

e até choque hipovolêmico. 1 Desses sintomas, a paciente relatada apresentava dor abdominal e sangramento transvaginal, a presença destes sinais pode ser explicada pelo fato de gravidez tubária rota, porém sem sangramento intenso já que a mesma encontrava-se normotensa e hemodinamicamente estável. A ultrassonografia tem um papel fundamental no diagnóstico de gravidez ectópica, pois é um exame menos invasivo e de fácil realização, de baixo custo e de fácil acesso. Estudos comprovam que a sensibilidade da USTV com Dopplerfluxometria colorida no diagnóstico das gestações ectópicas é de 87%, com especificidade de aproximadamente 99%. 6 Os sinais ultrassonográficos de gravidez intersticial evidenciam localização de saco gestacional na porção intramural da trompa, estando o saco gestacional muito próximo ao útero. São três os critérios ultrassonográficos para a gravidez intersticial: 1. Cavidade uterina vazia; 2. Saco Coriônico a uma distância de pelo menos 1 cm da borda lateral da cavidade uterina e tecido miometrial delgado em torno do saco gestacional. 1 A ultrassonografia de urgência realizada na paciente evidenciou tais critérios. A via cirúrgica para o tratamento da prenhez ectópica pode ser a convencional, laparotômica ou a via laparoscópica. O tratamento cirúrgico é preferido. Em situações de emergência, a ressecção cornual ou a histerectomia podem ser necessárias. Em alguns casos, é possível uma ressecção mais conservadora com a retirada do corno por via laparoscócpica. 4 No presente caso, optou-se pela realização de salpingectomia com ressecção cornual, por via laparotômica, devido ao quadro de urgência da paciente visando evitar possíveis complicações. Além disso, não estava disponível no serviço equipamento para a realização de laparoscopia. Conclusão O caso exemplifica o papel importante do exame clinico e obstétrico bem como o uso de exames complementares, como ultrassonografia que permite não só confirmar a viabilidade da gravidez, mas sua localização. É importante, portanto, que o ultrassonografista, na vigência de quadro de dor abdominal com amenorréia, observe também os anexos cuidadosamente, 7 não se atendo apenas à avaliação do útero, pois quando o diagnóstico da gravidez ectópica é precoce e preciso, as complicações podem ser evitadas, reduzindo a morbimortalidade de grávidas nessa condição. Referências 1. Moawad NS, Mahajan ST, Moniz MH, Taylor SE, Hurd WW. Current diagnosis and treatment of interstitial pregnancy. Am J Obstet Gynecol 2010;202:(1):15-29. 77

2. Fernandes AMS, Moretti TBC, Olivotti BR. Aspectos epidemiológicos e clínicos das gestações ectópicas em serviço universitário no período de 2000 a 2004. Revista da Associação Médica Brasileira 2007;53:(3):213-16. 3. Murray H, Baakdah H, Bardell T, Tulandi T. Diagnosis and treatment of ectopic pregnancy. Cmaj 2005;173:(8):905-12. 4. Moawad NS, Dayaratna S, Mahajan ST. Mini-cornual excision: a simple stepwise laparoscopic technique for the treatment of cornual pregnancy. Jsls 2009;13:(1):87-91 5. Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine. Medical treatment of ectopic pregnancy. Fertil Steril. 2006;86(5 Suppl):S96-S102. 6.Ash A, Smith A, Maxwell D. Caesarean scar pregnancy. BJOG.2007;114:253-63. 7.Seror V, Gelfucci F, Gerbaud L, Pouly JL, Fernandez H, Job-Spira N, et al. Care pathways for ectopic pregnancy: a populationbased cost-effectiveness analysis. Fertil Steril. 2007;87(4):737-48. 78