ESTUDO COMPARATIVO DOS CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE PARA DESENVOLVIMENTO DE GAMES

Documentos relacionados
RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO AÇÕES EDUCACIONAIS INCLUSIVAS

FACULDADES INTEGRADAS SÃO JUDAS TADEU PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

NOME DO CURSO: Atendimento Educacional Especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva Nível: Aperfeiçoamento Modalidade: Presencial

TemaTres e a construção de tesauros: aspectos de aplicabilidade para o profissionald a informação

A Webquest como proposta metodológica para o ensino de Matemática

DIÁLOGO SOBRE ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS QUE VALORIZAM O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

NOME DO CURSO: Atendimento Educacional Especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva Nível: Especialização Modalidade: Presencial

DEFICIÊNCIA FÍSICA E TRABALHO COM PINTURA: POSSIBILIDADES DE INCLUSÃO

NOME DO CURSO: O uso pedagógico dos recursos de Tecnologia Assistiva Nível: Aperfeiçoamento Modalidade: Presencial

TERMO DE REFERÊNCIA 04/2010

PED TECNOLOGIAS E EAD ORIENTAÇÕES ACADÊMICAS

Câmpus de Bauru. Plano de Ensino

Instrumento de avaliação de LDD de física

AS ANALOGIAS NAS AULAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIALIZAÇÃO E ENTENDIMENTO DE CONTEÚDOS

PANORAMA DOS PROCESSOS AVALIATIVOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO E DOS CURSOS

Especialização em Ensino de Química

O USO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA EM SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DO MUNICÍPIO DE DOURADOS-MS

CARACTERIZAÇÃO METODOLÓGICA DAS DISSERTAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL DA UFSCAR

Libras, Educação Especial e Inclusiva

OS SABERES DOCENTES: AS CONCEPÇÕES DE PROFESSORAS DA REDE MUNICIPAL DO RECIFE

CONSULTAS PÚBLICAS PARA O PROCESSO DE (RE)ELABORAÇÃO CURRICULAR 1 BOAS PRÁTICAS DE CONSULTA PÚBLICA EM PROCESSOS DE (RE)ELABORAÇÃO CURRICULAR

LÍNGUA PORTUGUESA UNIVERSOS. 6 Aborda os conhecimentos linguísticos de. 3 Propicia ao aluno oportunidades para

Jaguarão, 26 de fevereiro de Amanda Meincke Melo

Palavras-chave: Educação Física. Produção Colaborativa de Práticas Corporais Inclusivas. Alunos público alvo da Educação Especial. 1.

Especialização em Ensino de Química

A Organização do Trabalho de Pedagógico na Forma de Projetos

Plano de Ensino. Qualificação/link para o Currículo Lattes: Teoria Exercício Laboratório

SESSÃO 01-13h30 às 15h30 SALA ENGENHARIAS

ScholarApp: um catálogo de aplicativos educacionais

Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

A CONCEPÇÃO DE ENSINO ELABORADA PELOS ESTUDANTES DAS LICENCIATURAS

TRABALHO COLABORATIVO DE UMA PROFESSORA ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL EM UMA ESCOLA COM EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Palavras-chave: Educação Especial, Educação Infantil, Autismo, Interação. 1. Introdução

ACESSIBILIDADE WEB: AVALIANDO INSTITUIÇÕES DE ENSINO EM EAD

Clarissa Lopes de Oliveira 1 Anete Charnet Gonçalves da Silva 2 Márcia de Oliveira Menezes 3 INTRODUÇÃO

1. Identificação Instituição Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Trindade

Visão Geral do Curso. Prof. Alberto Costa Neto Introdução à Ciência da Computação (Programação em Python)

POLÍTICA DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO DO UNIBAVE

RESULTADO DOS TRABALHOS INSCRITOS PARA II SEMANA DE PESQUISA E EXTENSÃO- CAMPUS TELÊMACO BORBA

CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

CURRÍCULO DO CURSO DE PSICOLOGIA

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CRIAÇÃO DE MATERIAL EDUCACIONAL PARA AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO FINAL DE CONCLUSÃO DE CURSO

Políticas Públicas para EAD e Inovação Pedagógica no Ensino Superior: o percurso da UFPE. Auxiliadora Padilha UFPE

MAIS RESENHA: UMA PROPOSTA PARA FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO NA ESCOLA

GOOGLE DRIVE COMO RECURSO TECNOLÓGICO DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM

Além do mais, através da capacidade de animação e simulação, os objetos de aprendizagem podem tornar mais simples a compreensão de fenômenos a serem

O PLANEJAMENTO DA PRÁTICA DOCENTE: PLANO DE ENSINO E ORGANIZAÇÃO DA AULA

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA O USO PEDAGÓGICO E INTEGRADO DO TABLET EDUCACIONAL PROFESSOR:

JOGO DIGITAL COLETA MATEMÁTICA COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA DOS ANOS INICIAIS

CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O PROCESSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE LICECIATURA EM PEDAGOGIA

Projeto Interface Interativa Inclusiva.

A coordenação pedagógica deverá conduzir o processo de construção do Plano Anual com base nos documentos previamente construídos na rede e na escola.

NOME DO CURSO: O Ensino da Língua Brasileira de Sinais na Perspectiva da Educação Bilíngue Nível: Aperfeiçoamento Modalidade: A distância

Visão Geral do Curso. Prof. Alberto Costa Neto Introdução à Ciência da Computação (Programação em Python)

SUGESTÕES DE AULAS DO PORTAL DO PROFESSOR PARA A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, NA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

CHAMADA ALUNO DOMÍNIO CONEXO PERÍODO

INTRODUÇÃO ÁREA TEMÁTICA:

Um olhar reflexivo sobre os gêneros digitais.

EDITAL Nº 12/2018. Abre inscrições para seleção de professores-autores para a elaboração de materiais didáticos do curso de pósgraduação

PLANO DE CURSO CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

ADITIVO II ANEXO III REDE DE AGENTES SOCIAIS COM ENFOQUE NA CULTURA AFROBRASILEIRA

GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NO ENSINO DA CARTOGRAFIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

ELABORAÇÃO DE UM RECURSO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS A CRIANÇAS NÃO-ORALIZADAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O GÊNERO VIDEO TOUR COMO INSTRUMENTO DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA E DE VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE LOCAL

Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)

O USO DE TECNOLOGIAS NAS AULAS DE MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VARGINHA/MG

RELATÓRIO: PRIMEIROS PASSOS. Dra. Ana Paula Silveira

Anais do Simpósio de Iniciação Científica FACLEPP UNOESTE 1 RESUMOS DE PROJETOS...2 RESUMOS COM RESULTADOS...5

ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA CURRICULAR PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA A PARTIR DO PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA FÉLIX ARAÚJO

TCC EM SISTEMAS DA INFORMAÇÃO. Aula 2- Eixo temático 1 Tecnologias para acesso participativo e universal do cidadão ao conhecimento

CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA DOSVOX PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

PRODOCÊNCIA UEPB: PROFISSÃO DOCENTE, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Aula 1. Planejamento. Lilian R. Rios 18/02/16

CIÊNCIA PARA PROMOÇÃO DA EQUIDADE

22º Seminário de Educação, Tecnologia e Sociedade De 10 a 16 de outubro Núcleo de Educação On-line/ NEO; FACCAT, RS

MOOC PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO USO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM

Mariana Vaitiekunas Pizarro (Instituto Federal do Paraná / IFPR-Londrina)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE EDUCAÇÃO COLÉGIO DE APLICAÇÃO. Solicitação de Ampliação para Extensão:

ideias para aprimorar a capacitação dos profissionais de sua escola

TGD - O POSICIONAMENTO DA ESCOLA REGULAR NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO. PALAVRAS - CHAVE: Autismo. Ações pedagógicas. Escola inclusiva.

PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO NA ESCOLA

DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA ALIADO AO USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E NO ATENDIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL.

UM PROCESSO PARA MANUTENÇÃO DA CONSISTÊNCIA DE INTERFACES INTEGRADAS AO AMADEUS

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Metodologia da Pesquisa Aplicada à Educação IV. Carga Horária Semestral: 40 Semestre do Curso: 8º

Eixo temático 1: Pesquisa em Pós-Graduação em Educação e Práticas Pedagógicas.

O MAPA CONCEITUAL COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Análise do questionário Utilização de software educativo na sala de aula. 1. Identificação

Cada um dos programas proposto tem por objetivo sensibilizar e capacitar jovens

PLANO DE AÇÃO Comissão Própria de Avaliação

TCC DE LETRAS LICENCIATURA E BACHARELADO MANUAL DE ORIENTAÇÕES

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FUPAC FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE ITANHANDU. Regulamento do Núcleo de Atendimento Psicopedagógico - NAP

SEQUÊNCIA DE ENSINO COM O USO DO RECURSO METODOLÓGICO HISTÓRIA EM QUADRINHOS - HÁBITOS DE HIGIENE E SAÚDE

O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA EM OURO PRETO MG Regina Aparecida Correa Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP Resumo

2º PRODUTO EDUCACIONAL

ELABORAÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA COMO ATIVIDADE ESCOLAR NO ENSINO BÁSICO. Ricardo Ferreira Paraizo *

APRENDER A ENSINAR COM TECNOLOGIA EM CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS. Uma instituição do grupo

Transcrição:

ESTUDO COMPARATIVO DOS CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE PARA DESENVOLVIMENTO DE GAMES QUE CONTRIBUAM COM A APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES COM TRASNTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. Mestranda Gisele Silva Araújo Dr. Manoel Osmar Seabra Júnior Programa de Pós Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT Unesp) Eixo Temático 14: Tecnologia Assistiva Transtorno do Espectro Autista, Games, Tecnologia Assistiva 1. Introdução Vivemos hoje, o compartilhamento intenso de meios tecnológicos que permitem o desenvolvimento de softwares, games e aplicativos [apps], em curto período de tempo. Nos últimos 35 anos os games tem marcado presença na sociedade, movimentando em 2015, uma cifra U$ 99.3 bilhões de dólares no mundo, superando a indústria do cinema, gerando a abertura de empresas na área de desenvolvimento de games, principalmente os casuais como os jogos de celulares que demandam menos tempo e recursos para desenvolvimento. Esta categoria de jogos também conhecidos como wireless junto com os on-line foram os que mais cresceram nos últimos cinco anos (ALVES, 2009 e NEWZOO, 2016). Na indústria de jogos (games) existe um viés para a produção de jogos com finalidade educacional que trabalham conteúdos escolares tornando a aprendizagem mais lúdica e prazerosa. Pesquisadores, como Alves (2009), Ruiz (2009); Gomes e Boruchovitch (2010) desenvolvem uma linha de pesquisa que fortalece a ideia de empregar games com finalidade educacional, como instrumento de diagnóstico, intervenção e aprendizagem (GOMES E BORUCHOVITCH, 2010). Porém, nesse sentido, compreende-se que um único game não servirá de maneira homogênea a todos os públicos, assim é preciso investigar em quais elementos norteadores (na relação criadores e literatura) pautam-se para desenvolver games voltados a inclusão de crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista. De maneira que esse projeto de pesquisa propõe os seguintes objetivos.

2. Objetivos 2.2 Objetivo Geral Identificar e Comparar os critérios de elegibilidade apontados pelos profissionais que desenvolvem games voltados a crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista na relação com os indicadores literários. 2.2 Objetivos Específicos Identificar nos indicadores literários do Brasil e do EUA os critérios de elegibilidade necessários para compor games a serem utilizados por crianças e jovens que tenham o Transtorno do Espectro Autista. Eleger e analisar categorias de games voltados ao público Autista com o viés da inclusão educacional, elaborados e disponibilizados em sites livres e/ou comerciais no Brasil. 3. Método Para esse projeto de pesquisa foi escolhido o método comparativo, que segundo Gil (2008, p.16) consiste na investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles. O procedimento metodológico será delineado em quatro partes: revisão sistemática; elaboração de roteiro; realização de entrevistas e análise de games. 3.1 Participantes Participarão da pesquisa cinco desenvolvedores de games voltados para crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista. Para a escolha desses participantes foram estabelecidos os seguintes critérios: a) ser desenvolvedor TI; b) ter trabalhado na elaboração do game voltado para o público alvo da pesquisa; c) ter participado do fluxograma de desenvolvimento do game; d) ter o seu game comercializado ou disponibilizado em download free ao público alvo da pesquisa; e) estar trabalhando nas atualizações desse game; f) ter os índices de feedback dos seus clientes, em relação ao conteúdo do game. 3.2 Materiais e Instrumentos de Coleta de Dados

Serão utilizados gravador de áudio e os games voltados para Transtorno do Espectro Autista comercializados e/ou distribuídos por download free, assim como os seus protocolos de instruções. Os procedimentos adotados para a coleta de dados reunirão os seguintes instrumentos: revisão sistemática de literatura (análise documental), roteiro sob técnica de entrevista semiestruturada, os games e os seus protocolos de instrução. A coleta de dados percorrerá quatro etapas, a saber: 1 a revisão sistemática em literatura brasileira e estadunidense; 2 a elaboração do roteiro de entrevistas; 3 a realização das entrevistas e 4 a análise dos games voltados ao público alvo da pesquisa. 3.2.1 Primeira Etapa (revisão sistemática) A revisão sistemática foi escolhida, pois seu método nos permitirá identificar e coletar de maneira sistematizada os dados de critérios elegibilidade para a confecção de games voltados ao público Autista na literatura brasileira e estadunidense. O conhecimento da produção cientifica da temática em questão, nesses dois países é essencial para reunirmos dados consistentes em nível nacional e internacional. Conforme apontado por Costa e Seabra Júnior (s/d, no prelo) a revisão sistemática, [...] reúne e disponibiliza um panorama geral das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, por meio da aplicação de métodos de busca sistematizados e apresentados de modo explícito, além da apreciação crítica e síntese da informação selecionada. O delineamento desta revisão sistemática será realizado por dois juízes no mesmo intervalo de tempo que corresponderá os meses de maio a setembro de 2016. Esse procedimento será adotado por minimizar o viés no processo de busca e para que os dados encontrados sejam comparados, resultando em um consenso entre os juízes. Essa etapa ocorrerá em três subetapas, seleção dos artigos, coleta de dados e análise dos dados. Seguindo o fluxograma para o desenvolvimento de uma revisão sistemática, proposto por Costa e Seabra (s/d, no prelo). 3.2.2 Segunda Etapa (elaboração dos roteiros) Por se tratar de uma entrevista semiestruturada, a qual de acordo com Manzini (2003), oferece segurança ao jovem pesquisador ao entrevistar, o instrumento de coleta de dados é o roteiro, que tem como função principal auxiliar o pesquisador a conduzir a entrevista para o

objetivo pretendido (2003, p. 13). O roteiro também serve para auxiliar o pesquisador a se organizar antes e no momento da entrevista, além da organização da interação social (MANZINI, 2003). Para elaborar o roteiro de entrevistas alguns cuidados, por parte do pesquisador, e também dos juízes que irão avaliar o instrumento serão tomados, como: 1) a linguagem utilizada; 2) o formato das perguntas, e 3) a sequência; conforme apontam Rea; Parker, 2000; Manzini, 1990/1991; 2003. 3.2.3 Terceira Etapa (realização das entrevistas) Essa etapa da coleta de dados, entrevistas, terá início do 1º trimestre de 2017, precisamente dos meses de janeiro a março (2017). Após a realização das entrevistas, as mesmas serão transcritas na íntegra, pela pesquisadora, de acordo com as Normas de Marcuschi (1986), tais normas são compostas de 14 simbologias para auxiliar na transcrição de falas. 3.2.4 Quarta Etapa (análise dos games) Nessa etapa os games serão avaliados através de checklist que serão desenvolvidos a partir da análise dos dados oriundos das entrevistas e análise documental, e obedecerão aos padrões de recomendação do WCAG 2.0 Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web. Tal técnica assemelha-se a proposta adotada por Cheiran (2013), onde trabalhou-se com o tema Jogos Inclusivos: diretrizes de acessibilidade para jogos digitais. Esse trabalhou propôs uma reestruturação de diretrizes de acessibilidade para jogos digitais. Porém no presente projeto de pesquisa pretende-se comparar os critérios de elegibilidade apontados pelos profissionais que desenvolvem games voltados a crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista na relação com os indicadores literários. 3.3 Procedimentos para Análise dos Dados Para análise de conteúdo das entrevistas optou-se pela análise temática, em que trechos dos relatos verbais transcritos são separados em temas, de acordo com os temas da entrevista (BARDIN, 2000; MANZINI, 1990/1991). Posteriormente a essa etapa será realizada a triangulação dos dados oriundos da revisão sistemática, entrevistas e análise de games de acordo com a metodologia proposta por Bardin (2000).

REFERÊNCIAS ALVES, L. R. G. Games: desenvolvimento e pesquisa no Brasil. In: NASCIMENTO, A. D.; HETKOWSKI, T. M. (Org). Educação e contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas. Salvador: EDUFBA, 2009, pp. 376-394. Disponível em: www.scielo.br. Acesso em: 25 março 2016. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2000 COSTA, C. R. e SEABRA JÚNIOR, M. O. Trabalho colaborativo entre o professor do ensino comum na interface educação física e atendimento educacional especializado. (no prelo). CHEIRAN, J. F. P. Jogos inclusivos: diretrizes de acessibilidade para jogos digitais (Dissertação de Mestrado). 162f. Programa de Pós Graduação em Computação. Instituto de Informática, UFRS, Porto Alegre, 2013. GOMES, M. A. M., & BORUCHOVITCH, E. A aprendizagem por meio de jogos: uma abordagem cognitivista. In: BORUCHOVITCH, E. & BZUNECK, J. A. Aprendizagem: processos psicológicos e o contexto social da escola. 2 ed. São Paulo: Vozes, 2010. Cap. 3, p. 89-117. MANZINI, E. J. A entrevista na pesquisa social. Didática, São Paulo, v. 26/27, p. 149-158, 1990/1991. MANZINI, E. J. Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semi-estruturada. In: MARQUEZINE, M. C.; ALMEIDA, M. A.; OMOTE, S. (Org.) Colóquios sobre pesquisa em Educação Especial. Londrina: Eduel, 2003, p. 11-25. MARCUSCHI, L. A. Análise da Conversação. São Paulo: Ática, 1986. NEWZOO, Games. Disponível em: newzoo.com/insights/markets/games/. Acesso em: 25 março 2016. REA, L. M.; PARKER, R. A. Desenvolvendo perguntas para pesquisas. Tradução: Nivaldo Montigelli Jr. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. São Paulo: Pioneira, 2000. RUIZ, A. R. Tecnologia, conhecimento e docência. In: A. R. RUIZ, C. L. DIAS, E. M. MONDIN, H. F. BARROS, L. O. CREPALDI, O. M. BOSCOLI, et al., Ação docente no cotidiano da sala de aula: práticas e alternativas pedagógicas. São Paulo: Arte & Ciência, 2009. Cap. 8, p. 167 188. Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0 Disponível em: http://traducoes.w3c.br/tr/wcag/. Acesso em: 25 março de 2016.