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a) PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), com as informações sobre as atividades exercidas em condições especiais ou de risco,

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Transcrição:

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 2ª Composição Adjunta da 13ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.501539/2015-18 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SUMARÉ Benefício: 42/170.449.332-0 Espécie: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Recorrente: MARIO APARECIDO BERFILIO - Titular Capaz Recorrente: TICIANI ANDREIA DA MATA ROCHA - Procurador Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: INDEFERIMENTO Relator: Relatório Trata-se de pedido de aposentadoria por tempo de contribuição, requerido na Agência da Previdência Social de Sumaré - SP em 10/12/2014, por Mario Aparecido Berfilio, nascido em 20/09/1958, neste ato representado por procuradora legal, cuja pretensão fora negada pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS, pelo motivo de falta de tempo de contribuição, com base na Emenda Constitucional Nº 20, de 16 de dezembro de 1998 e artigo 188 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto Nº 3.048, de 06 de maio de 1999. Além dos documentos pessoais e CTPS, para comprovação do tempo de contribuição e dos períodos de atividades especiais o segurado juntou ao processo os formulários de Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP das empresas, abaixo discriminados: EMPRESA PERÍODO FUNÇÃO AGENTE NÍVEL Tetra Pak Ltda. (fls. 50) 08/09/1982 a 30/09/1983 Auxiliar Cortadeira Ruído 85,6dB(A) Tetra Pak Ltda. (fls. 50) 01/10/1983 a 02/03/1988 Operador Machine Ruído 83,0dB(A) A Friedberg do Brasil Ind. e Com. Ltda. (fls.52) 14/08/1989 a 17/12/1991 Vigia NA NA Associação Hosp. Beneficente Sagrado Coração Jesus (fls.47) 01/06/1998 a 31/12/2009 Motorista Biológico Vírus e Bactérias Qualitativo Associação Hosp. Beneficente Sagrado Coração Jesus (fls.47) 01/01/2010 a 10/02/2015 Segurança Biológico Vírus e Bactérias Qualitativo

Na análise técnica não houve enquadramento administrativo por função de vigia do período de 14/08/1989 a 17/12/1991, por não constar no PPP o uso de arma de fogo e o fator de risco no qual o segurado estava exposto. Quanto os demais períodos requeridos como atividades exercidas em condições especiais foram encaminhados a Seção da Saúde do Trabalhador SST sendo emitido parecer favorável quanto o enquadramento do período de 08/09/1982 a 02/03/1988 por exposição ao agente de ruído, não sendo enquadrado o período de 01/06/1998 a 10/02/2015 por falta de informação nos formulários de PPP de elementos para a comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos biológicos contemplados na legislação (fls.69 a 73). O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, mediante documentos apresentados, apurou o tempo de serviço de 31 anos, 10 meses e 10 dias, até a data de entrada do requerimento, sendo o tempo mínimo necessário para aposentadoria pretendida 35 anos, conforme demonstrativo de fls.74/75. Contra a decisão denegatória o interessado, por sua procuradora legal interpôs recurso a Junta de Recursos da Previdência Social em 01/07/2015, solicitando a reanalise do pedido da aposentadoria por tempo de contribuição computando o período de 01/06/1998 a 10/02/2015 laborado na empresa Associação Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus como atividade especial nas funções de motorista e segurança, onde o segurado estava exposto à agentes biológicos em contato com pessoas doentes, anexando para comprovar a insalubridade recibos de pagamento salarial dos meses de 12/1998, 11/2009 e 06/2015, reafirmando que com a conversão do período em especial o segurado completa o tempo suficiente para concessão de sua aposentadoria, e por fim requer que os períodos de 02/01/1973 a 15/05/1974, 01/10/1974 a 31/01/1976 e de 01/06/1976 a 12/041977 todos da CTPS também sejam enquadrados por função de aprendiz de ceramista, oleiro e ceramista, estando exposto a agentes prejudiciais a saúde e a integridade física (evento 01). Consultando os autos, verifica-se que não há ciência das partes da decisão do indeferimento emitida pela Agência da Previdência Social/APS de Sumaré - SP. O Instituto Nacional da Previdência Social INSS apresentou as contrarrazões (evento 07/08) mantendo o indeferimento por falta de tempo de contribuição e encaminhou os presentes autos para JR/CRPS, para o prosseguimento dos feitos. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 11/02/2016 para sessão nº 0062/2016, de 19/02/2016. Voto EMENTA: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. INDEFERIMENTO. NÃO ENQUADRAMENTO DE PERÍODOS REQUERIDOS NA CONDIÇÃO ESPECIAL. NECESSIDADE DE COMPROVAR O TEMPO MÍNIMO NECESSÁRIO PARA APOSENTADORIA COM PROVENTOS INTEGRAIS. IMPOSSIBILIDADE ENQUADRAMENTO POR FUNÇÃO. LEGALIDADE DO ATO. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL:. LEI 8.213/91 ARTS. 52 E 57. DECRETO 3048/99 ARTIGOS. 56, 64 1º, 65 E 188, ART. 68 DO REDAÇÃO DECRETO 8.123/2013. RECURSO CONHECIDO E NEGADO FUNDAMENTAÇÃO: Diante do relatório apresentado e, por se tratar de recurso tempestivo conforme o estabelecido no Artigo 31 da Portaria 548, de 13 de Setembro de 2011 que aprova o Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência Social/ CRPS, passamos a avaliar o mérito do pedido. De acordo com a legislação previdenciária, o tempo de serviço exercido alternadamente em atividade comum e em atividade profissional, ou em condições especiais que sejam ou venham a ser considerados prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão, para complementação do benefício; A Emenda Constitucional nº 20 de 16 de dezembro de 1998 trouxe inúmeras alterações em relação à aposentadoria por tempo de contribuição da previdência social (artigo 201 da Constituição Federal de 1988).

Os segurados filiados ao Regime Geral da Previdência Social/RGPS anteriormente a data da publicação da EC nº 20/98 farão jus a aposentadoria com proventos proporcionais conforme artigo 188 do Regulamento da Previdência Social/RPS aprovado pelo Decreto nº 3.048/99 O benefício aposentadoria por tempo de contribuição encontra-se disposto no artigo 56 do Regulamento da Previdência Social-RPS aprovado pelo Decreto nº 3.048 de 06 de maio de 1999, cuja redação transcreveu abaixo: "Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após trinta e cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta anos, se mulher, observado o disposto no art. 199-A. (Alterado pelo Decreto nº 6.042 de 12/02/2007). O objeto deste recurso visa a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição com o reconhecimento das atividades exercidas em condições especiais para os períodos de 01/06/1998 a 10/02/2015 laborado na empresa Associação Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus nas funções de motorista e segurança, os quais não foram reconhecidos administrativamente e tampouco pela perícia médica como prejudiciais a saúde, por falta de informação nos PPP de elementos para a comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos biológicos contemplados na legislação. Deve-se ressaltar, ainda, que a caracterização e a comprovação da atividade especial devem ser orientadas pela Legislação Previdenciária vigente ao tempo de sua prestação, conforme o contido nos parágrafos 1º e 2º do art. 70, do Regulamento, presumindo-se, nos casos legais, a exposição a condições agressivas, ora a exposição a agentes nocivos arrolados em lei, independentemente da atividade, comprovada por qualquer meio, com exceção ao ruído que se exige laudo técnico ambiental em qualquer época. Assim temos que, a comprovação da exposição a agentes prejudiciais à saúde, tratando-se de período anterior à vigência da Lei nº 9.032/95, que deu nova redação ao art. 57 da Lei n 8.213/1991, é efetivada desde que esteja a atividade laboral enquadrada nas relações dos Decretos 53.831/64 ou 83.080/79, que foram validados pelo art. 295 do Decreto nº 357/91 e pelo art.292 do Decreto 611/92. Desta forma, a matéria posta em julgamento, fora disciplinada pelo legislador conforme se verifica nas disposições insertas nos artigos 1º, 2º e 3º do Decreto nº 53.831, de 25 de março de 1964, conforme transcrição: Art. 1º A Aposentadoria Especial, a que se refere o art. 31 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, será concedida ao segurado que exerça ou tenha exercido atividade profissional em serviços considerados insalubres, perigosos ou penosos nos termos deste decreto. Art. 2º Para os efeitos da concessão da Aposentadoria Especial serão considerados serviços insalubres, perigosos ou penosos, os constantes do quadro anexo em que se estabelece também a correspondência com os prazos referidos no art. 31 da citada Lei. Art. 3º A concessão do benefício de que trata este decreto, dependerá de comprovação pelo segurado, efetuado na forma prescrita pelo art. 60, do Regulamento Geral da Previdência Social, perante o Instituto de Aposentadoria e Pensões a que estiver filiado do tempo de trabalho permanente e habitualmente prestado no serviço ou serviços, considerados insalubres, perigosos ou penosos, durante o prazo mínimo fixado. Com a publicação da Lei n 9.032 de 29 de abril de 1995,o artigo 57 da Lei nº 8.213/1991 passou a exigir, para o cômputo do tempo de serviço como especial, a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos à saúde nas atividades desempenhadas, com caráter de habitualidade e permanência, conforme o contido no 1º do art. 64 e 2º e 3º do artigo 68 do RPS aprovado pelo Decreto nº 3.048/99 com a nova redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 09/06/2003. Neste sentido, disciplina a Súmula nº 04 das Turmas Recursais de Santa Catarina, cuja redação é: Súmula nº 4 O enquadramento do tempo de atividade especial por categoria profissional prevalece somente até 28-04-1995. E nos termos do 1º do art. 64 do RPS aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, a concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física, durante o período mínimo fixado no caput' Sobre a questão o 2º e 3º do art. 68 do RPS aprovado pelo Decreto n º 3.048/99 na redação do Decreto nº 8.123 de 2013, o legislador estabelece: Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV. 1º As dúvidas sobre o enquadramento dos agentes de que trata o caput, para efeito do disposto nesta Subseção, serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério da Previdência e Assistência Social. 2 o A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante descrição: I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada; II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato 3 o A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Na análise desse processo, constata-se inicialmente que a perícia médica reconheceu como atividade exercida em condições especiais pelo agente ruído o período de 08/09/1982 a 02/03/1988, não sendo enquadrado o período de 01/06/1998 a 10/02/2015 por falta de informação nos PPP da efetiva exposição aos agentes nocivos biológicos, não havendo também enquadramento por função de vigia do período de 14/08/1989 a 17/12/1991. Isto posto, com base na legislação previdenciária citada e os documentos acostados passamos a análise do direito do enquadramento como atividade especial por função dos períodos não reconhecido e não incluído pelo INSS, conforme abaixo: - período de 14/08/1989 a 17/12/1991 laborado na empresa A Friedberg do Brasil Ind. e Com. Ltda., na função de vigia, não cabe o enquadramento, visto que conforme PPP o segurado exercia a função de fiscalização da portaria e do estacionamento da empresa, inspecionando suas dependências para evitar a presença de pessoas estranhas e outras anormalidades, não existe nesse caso correlação com a função de guarda para enquadramento no anexo III código 2.5.7, tendo em vista que pela descrição da função não exercia função de proteger o patrimônio da empresa, fiscalizava e inspecionava, Portanto, não se aplica o enquadramento previsto até a publicação da Lei n 9.032 de 29 de abril de 1995.. - período de 01/06/1998 a 31/12/2009 laborado na empresa Associação Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus, na função de motorista, não deve ser enquadrado uma vez que não houve no PPP informações dos fatores de risco biológicos a que estava exposto o segurado e ainda conforme Súmula nº 4 O enquadramento do tempo de atividade especial por categoria profissional prevalece somente até 28-04-1995. - período de 01/01/2010 a 10/02/2015 laborado na empresa Associação Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus, na função de segurança, não poderá ser considerado atividade especial vez que na descrição de atividade o segurado apenas controla o fluxo de entrada e saída de pessoas na portaria do hospital, orientando-as e direcionandoas aos setores e serviços, mesmo que se configurasse a função de segurança ou vigilante, o enquadramento do tempo de atividade especial por categoria profissional prevalece somente até 28-04-1995. E não há informação no PPP o fator de risco a que estava exposto Ainda cabe salientar que em relação a solicitação no recurso da análise dos períodos de 02/01/1973 a 15/05/1974, 01/10/1974 a 31/01/1976 e de 01/06/1976 a 12/041977 todos da CTPS não poderão ser enquadrados por função de aprendiz de ceramista, oleiro e ceramista, vez que não foram apresentadas declarações das empresas que comprovem o desempenho da função de forma habitual em toda jornada de trabalho ou DIRBEN 8030 ou PPP ou outro documento

que conste a descrição de sua atividade, restando, portanto a análise prejudicada. Diante do exposto, esta conselheira, não reconhece o direito do recorrente à aposentadoria por tempo de contribuição requerida, visto que não implementa o tempo mínimo de contribuição estabelecido na legislação de 35 anos. CONCLUSÃO: Pelo exposto, VOTO no sentido de CONHECER DO RECURSO DO INTERESSADO, para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO, não reconhecendo as atividades exercidas em condições especiais requeridas, e não reconhecendo o direito à concessão do benefício pleiteado por não implementar o tempo mínimo exigido de contribuição, conforme o previsto no artigo 56 do Regulamento da Previdência Social/RPS aprovado pelo Decreto nº 3.048/99. Relator(a) Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). PRISCILA CONCEIÇÃO FELIX Conselheiro(a) Suplente Representante dos Trabalhadores Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). GUSTAVO XAVIER BASSETTO Conselheiro(a) Suplente Representante das Empresas Presidente concorda com voto do relator(a). GUILHERME DEMARCHI SILVA Presidente Decisório Nº Acórdão: 262 / 2016 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 2ª Composição Adjunta da 13ª Junta de Recursos do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros PRISCILA CONCEIÇÃO FELIX e GUSTAVO XAVIER BASSETTO. Relator(a) GUILHERME DEMARCHI SILVA Presidente