Sociedade Alphaville Residencial 09 Parecer de Auditoria Financeira Obra Social Esportiva Abril de 2005 a Abril de 2013. Auditor Responsável: Petterson de Moraes Pacheco 1
Santana de Parnaíba, 02 de Julho de 2013. Introdução Parecer de Auditoria Financeira da Obra Social Esportiva referente ao período de Abril de 2005 a abril de 2013, apresentado aos Administradores e demais Associados da Sociedade Alphaville Residencial 09. Nos termos do contrato firmado em 05 de novembro de 2012, apresentamos a seguir parecer técnico de vistoria financeira realizada nas Despesas ocorridas na Construção denominada Obra Social e Esportiva da Sociedade Alphaville Residencial 09. Certos de ter contribuído para a boa gestão e transparência das informações da Associação, apresentamos o parecer e seus anexos devidamente enumerados. Metodologia Esse trabalho tem cunho exclusivamente financeiro e contábil, não expressando em nenhum momento opiniões ou parecer técnico que não estejam ligados diretamente à parte financeira e contabilização das despesas. 1 Adotaremos como ponto inicial o a Ata da Assembléia Geral Extraordinária que discutiu e aprovou a construção da Obra Social e de Lazer da SAR-9. 2 Com base nos valores aprovados a titulo de previsão em AGE do dia 02/06/2008 e revisão feita na AGE Setembro de 2012 estaremos demonstrando através de planilhas os gastos relacionados com a Obra Social e o valor ora aprovado. 3 Estaremos atestando todas as despesas do período relacionadas à obra no que diz respeito às observâncias legais de apresentação de notas fiscais e os respectivos pagamentos. 4 Ratificaremos a correta contabilização das despesas nas contas de ativo da SAR-9. 2
5 Analisaremos a parte financeira entre a SAR-9 e as empresas contratadas durante o período e o real cumprimento das obrigações financeiras por parte da SAR-9, bem como as Atas de Reunião da Comissão de Obra e Conselho. Considerações Iniciais Ata de Aprovação Antes mesmo do ponto de partida que foi a aprovação da Construção da Obra Social e de Lazer ocorrida em 2008, no dia 04 de fevereiro de 2004 em Assembléia Geral Extraordinária foi aprovado o remanejamento do valor de R$ 20.000,00 do orçamento ordinário da SAR-9 para estudos preliminares para a construção da Obra Social e Lazer. Em Assembléia Geral Ordinária do dia 16 de janeiro de 2006 foram apresentados aos associados pelo Sr Presidente slides do projeto de reestruturação da área social a fim de demonstrar como será realizada cada mudança. Ata devidamente Registrada no Oficial de Registro Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de Barueri SP no dia 11 de outubro de 2012 microfilmagem número 193537. No dia 02 de junho de 2008 a então Diretoria da Sociedade Alphaville Residencial 9 apresentou aos Associados, através da Assembléia Geral Extraordinária, no item 1 Discussão e Aprovação da Proposta da Diretoria Executiva para o Plano Diretor da Sociedade Alphaville 9. Foi proposta pelo Presidente da Associação a Construção de uma nova área de lazer para o bem estar dos associados e também como forma de valorização do patrimônio individual uma vez que o Residencial 9 tem perdido associado em virtude de novos empreendimentos que estão surgindo com mais atrativos de lazer e segurança. Foram apresentados aos associados dois (02) diferentes orçamentos para avaliação, onde com base na verba aprovada seria desenvolvido um projeto final e também formou-se uma comissão para o gerenciamento do processo. Projeto 1 Valor de R$ 2.080.000,00 Projeto 2 Valor de R$ 2.350.000,00 Após debates entre os presentes foi aprovado o Projeto 1, onde conforme a apresentação financeira e a previsão de reajuste esse valor corresponderá em dezembro de 2008 à quantia de R$ 2.111.200,00. Uma parte do valor já estava disponível no caixa do residencial no valor de R$ 1.447.692,06, ficando assim uma diferença de R$ 663.507,94 a ser arrecadada em 12 parcelas de R$ 52,29 por lote padrão conforme definição do prazo pelos presentes na AGE, ficando essa cobrança aprovada de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2009. 3
Foram eleitos também na AGE os membros da Comissão de Obras que terão a função de discutir, decidir de comum acordo com a Diretoria Executiva da SAR-9, todas as etapas de execução do Plano Diretor, sendo elas projetos, orçamentos, construção, controle de qualidade, prazos e legislação junto a todos os órgãos públicos competentes e também fiscalizar todos os processos finalizando o trabalho com a conclusão e aceita da Obra pela SAR-9: Comissão: Sr. João Clímaco Sr. Firmino Gomes da Silva Sr. Osvaldo Toyofuku Sr. Antonio Carlos Nogueira Macedo Sr. Cláudio Centrone Sr. José Francisco Zankoes Sr. Wilson Ianelli Sra. Amélia Virginia Pereira Sra. Luíza Helena Abbudral Sr. Wolfgang Fleischmann Sr. Raul Bercht Sr. Marco Aurélio Barboza Sr. Joaquim da Costa Oliveira Sr. Pedro Salla Ramos Filho Sr. Carlos Idoeta Sr. Waldemir Ramos Sr. Ricardo Pina Ata devidamente Registrada no Oficial de Registro Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de Barueri SP no dia 29 de agosto de 2012 microfilmagem número 203260. Fato relevante: Em fevereiro de 2011 por determinação da Diretoria para um melhor gerenciamento financeiro da Obra Social / Esportiva foi aberta uma conta corrente em nome da Associação junto ao Banco Bradesco Agência 2774 c/c 19.900-1, onde no ato foi realizada a transferência no valor de R$ 1.560.338,85 proveniente da conta ordinária da Associação, sendo que a partir do mês de março de 2011 todas as despesas relacionadas à obra foram concentradas na nova conta. Em Assembléia Geral Ordinária de Junho de 2011 foi autorizada a transferência do superávit financeiro do ano de 2010 no valor de R$ 236.365,73 da conta ordinária para a conta corrente da Obra Social, depósito esse feito no dia 24 de outubro de 2011, conforme comprovação. Assembléia Geral Ordinária ocorrida no mês de novembro de 2011 Ficou aprovado o remanejamento da quantia de R$ 4
174.000,00 do fundo de investimentos da Associação para ser utilizado na Obra da Sede Social / Esportiva, valor esse transferido em 12/07/2012, conforme comprovante na página 3422 do livro de documentos contábeis. Contudo, na Assembléia Geral Extraordinária realizada no dia 15 de setembro de 2012 foram apresentados os números em resumo geral de gastos até aquele momento, passando, assim, a uma nova composição de verbas totais aprovadas, as quais foram consideradas por este parecer. Naquela oportunidade, conforme fls 15 a 18 da ata, o custo total estimado passou a ser de R$ 3.798.715,76, sendo certo que desta quantia foi informado à plenária já haver sido gasto e ou já contratado R$ 2.793.484,30, sendo necessária ainda a contratação de serviços no montante de R$ 1.005.231,46. Como naquele momento o que se havia arrecadado para esta finalidade era R$ 2.377.563,68, foi proposta a composição da diferença aprovada da R$ 1.421.152,08. Após vários debates foi aprovada utilização, a titulo de empréstimo, do Fundo de Reserva a quantia de R$ 400.000,00 e mais a arrecadação extraordinária de R$ 1.239.535,78, que seria arrecadados mensalmente até novembro de 2013, onde nessa data o Fundo de Reserva será totalmente recomposto. Aprovou-se também, para suprir a diferença entre a arrecadação e o montante total a ser gasto, fosse feita a transferência do Superávit financeiro ocorrido no ano de 2011 no valor de R$ 181.613,52, fato esse ocorrido no dia 17 de agosto de 2012 conforme comprovante na página 4079 do livro de documentos contábeis. Fatos ocorridos 1 Custo Contábil da Obra até o fechamento contábil ocorrido em 30 de abril de 2013, o Total dos Gastos com a Obra Social Esportiva R$ 3.962.127,09 (Três milhões, novecentos e sessenta e dois mil, cento e vinte e sete reais e nove centavos) Gastos com o Projeto R$ 371.716,90 Gastos com a Construção R$ 3.590.410,19 Considerando os dados da última assembléia, onde os valores ali aprovados montavam R$ 3.798.715,76, já houve um gasto superior de R$ 163.411,33, faltando ainda à contratação e pagamento do piso da quadra. 2 Movimento Financeiro da Obra: Além da análise contábil foi verificada a movimentação financeira, onde apropriou-se as despesas 5
de Imposto de Renda sobre a movimentação de aplicações, tarifas bancárias e despesas de Xerox relacionadas à obra e não contabilizadas nas contas 1.3.02.04.004 Projeto Social/Esportiva ou 1.3.02.04.002 Obra Sede Social / Esportiva, chegando-se ao custo total de R$ 4.027.197,41 (Quatro milhões, vinte sete mil, cento e noventa e sete reais e quarenta e um centavos). Seguindo o mesmo princípio, incluindo-se as receitas financeiras, geradas pelo montante aplicado, a receita total da obra foi de R$ 4.121.199,70 (Quatro milhões, cento e vinte e um mil, cento e noventa e nove reais e setenta centavos). Analisando-se, assim, a movimentação financeira até a data de 30/04/2013, há um superávit de R$ 94.002,38 (Noventa e quatro mil, dois reais e trinta e oito centavos) os quais, conciliados, estão em conformidade com o saldo da conta corrente própria. Demonstrativo Financeiro 6
3 Gastos não concretizados: Dos gastos previstos para conclusão da obra conforme deliberação da Assembléia extraordinária ocorrida no dia 15 de setembro de 2012 apenas Piso Quadra Revestimento Especial no valor de R$ 70.000,00 (Setenta mil reais), à época, não foi 7
concretizado, não aparecendo nos dados acima. Além disto, há ainda, os custos da aprovação de documentos finais, tais como, taxas municipais, Auto de Vistoria de Corpo de Bombeiros e também as possíveis adequações solicitadas pelos bombeiros, caso houver. 4 Documentação Contábil: Realizamos a conferência das despesas lançadas na contabilidade atestando assim o pagamento e contabilização das mesmas, certificamo-nos também a existência de documentação fiscal das operações. Todavia destacamos 03 operações que necessitam de esclarecimentos, sendo elas: 4.1 - Constatamos ausência de retenção de INSS e IR - RPA pagina 0090 da pasta de movimentação financeira ano 2010 e janeiro de 2011. RPA paga ao Sra. Cirlene Mendes da Silva no valor de R$ 1.884,00. INSS 11% = R$ 207,24 IRRF: R$ 13,32 4.2 Constatamos pagamento no valor de R$ 20.000,00 a empresa Destec Terraplanagem Projetos e Empreiteira Ltda pagina 0156 da pasta de movimentação financeira ano 2010 e janeiro de 2011. Uma vez que constamos que através de busca no Site da Receita Federal do Brasil que a empresa emissora da NF não possui em seu objeto social a descrição dos serviços contratados que foi a de Locação de Equipamento / Escavadeira Hidráulica além do que o endereço que consta na NF também difere do endereço apresentado na nota fiscal, na RFB traz a seguinte razão social Destec Desenho Técnico e Copiadora Ltda. Através de consulta publica na Junta Comercial do Estado de São Paulo não foi possível localizar mais detalhes da empresa. 4.3 Da mesma forma como no item anterior constatamos o pagamento no valor de R$ 31.040,00 a empresa Destec Terraplanagem Projetos e Empreiteira Ltda pagina 0161 da pasta de movimentação financeira ano 2010 e janeiro de 2011. (Documentação pagina 153 dos anexos do relatório) 8
5 CEI da Obra: No Projeto inicial das obras sociais foram apresentadas ao INSS as fases da obra no local atual de construção e também a fase que ocorreria no local da atual academia, com isso houve a geração de duas matrículas CEI (Cadastro Especifico do INSS) uma para a obra concretizada de número 70.004.96400/71 e outra para a obra que ficou apenas no projeto nº 60.004.14734/78, com isso, a Certidão Negativa de Débitos previdenciários não esta sendo emitida devido ao CEI da obra que não houve seqüência. A solicitação da baixa deste CEI, informando que não houve a construção a ele atrelada, deve ser solicitada. 6 GFIP/SEFIP x INSS (Habite-se): Além do fato anterior apontado, uma informação nas SEFIPs emitidas pela empresa construtora, nos chamou a atenção. Durante todo o período de contrato, as SEFIPs apontaram de 3 a 10 trabalhadores no máximo, que, diante do porte do trabalho desenvolvido parece-nos muito a quem do necessário. Em consonância com as SEFIPs, os valores de recolhimento do INSS também estão abaixo do que seria crível neste empreendimento. Isto pode gerar um possível problema de obtenção do Habite-se relacionado à quantidade de trabalhadores informados na GEFIP/SEFIP mensalmente transmitidas ao INSS pela empreiteira LZ (principal empreiteira), levando em consideração o volume da obra. Neste caso o procedimento do INSS poderá ser o de estimar o custo da mão de obra e aplicar os percentuais da empresa, trabalhadores, terceiros, RAT e outras entidades que poderá chegar até 36,8%. 7 Recomendações da Auditoria: Constatamos diversos pagamentos feitos ao empreiteiro contratado da obra LZ Arquitetura, cuja nota fiscal que comprove a despesa foi emitida por outro fornecedor, sendo que esses pagamentos foram realizados ao empreiteiro a titulo de reembolso, conforme relação abaixo: 9
Nesses casos por prudência recomendamos o Residencial solicitar carta de quitação junto às empresas emissoras das NFs, bem como carta de quitação de junto a empreiteira principal LZ Arquitetura. 10
Considerações Finais Validamos com isso as demonstrações contábeis e financeiras ocorridas desde primeiro pagamento fato contábil / financeiro no dia 25 de abril de 2005 até a última contabilização feita no dia 30 de abril de 2013, cabendo manifestação dos responsáveis pelos fatos relacionados nos itens 4.1 a 4.3 desse relatório, bem como as recomendações alocadas no item ponto 7 Recomendações da Auditoria. Acrescentamos que os fatos ocorridos após esta data que estejam relacionados aos custos finais da Obra Social não foram analisados por esta Auditoria Contábil / Financeira. Dos trabalhos realizados, esta é a minha convicção. Firmamos o presente Parecer Técnico do período de 25/04/2005 a 30/04/2013, com as folhas regidas e escrituradas somente no anverso. PETTERSON DE MORAES PACHECO Contador/Auditor 1SP213148 CRC SP Anexos: Planilha Contábil Razão da Obra pg. 012 a 045 Ata AGE Setembro de 2012 pg. 046 a 064 Planilha Financeira pg. 065 a 082 Principais Contratos e Adendos pg. 083 a 152 Documentos pg. 153 a 162 11