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23/08/2017. FERNANDO MURARO JR. Engenheiro agrônomo e analista de mercado da AgRural Commodities Agrícolas

Transcrição:

Associação Brasileira dos Produtores de Soja

De acordo com o 5 Levantamento de safra 2015/16, publicado em fevereiro pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a área plantada deve crescer 3,6% no comparativo com a safra anterior, atingindo 33,23 milhões de hectares (tabela 1). A expectativa da Conab também é de produtividade acima da anterior, cerca de 3.037 Kg/ha. Como resultado, a produção da oleaginosa deve atingir 100,93 milhões de toneladas. O resultado mantém a soja como principal cultura cultivada no país, representando 48% da produção nacional de grãos. Tabela 1 SOJA (em grão) - CONAB BRASIL 2014/15 2015/16 (Milhões de hectares) 32,09 33,23 Produtividade (Kg/ha) 2.998 3.037 Produção (Milhões de Ton) 96,23 100,93 Exportação (Milhões de Ton em grãos) 50,80 56,75 Fonte: Conab; Elaboração: Aprosoja Brasil Já o Departamento Americano de Agricultura (USDA) manteve sua estimativa de safra brasileira em 100 milhões de toneladas (Tabela 2), em uma atitude conservadora, e as exportações em 57 milhões de toneladas. Todavia, o órgão reduziu a previsão de safra Americana de 108,35 entre dezembro e fevereiro para 106,95 milhões de toneladas. As exportações dos EUA devem atingir 45,99 milhões de toneladas, enquanto as exportações mundiais 129,85 milhões de toneladas, com uma produção de 320,51 milhões de toneladas. A única alteração do órgão se deu para a safra argentina, agora estimada em 58,5 milhões de toneladas, 1,5 milhão de toneladas acima da última estimativa. Com isso, o Brasil segue como o maior exportador de soja do mundo, participando com 44% do comercio mundial do grão. 1 No que tange a produção mundial da oleaginosa, o Brasil permanece em segundo lugar, logo após os EUA. A produção brasileira representa 31% da soja produzida no mundo. Tabela 2 SOJA (em grão) - USDA USDA PRODUÇÃO (Milhões de Ton) EXPORTAÇÃO (Milhões de Ton) 2014/15 2015/16 2015/16 EUA 106,88 106,95 45,99 BRASIL 96,20 100,00 57,00 ARGENTINA 60,80 58,50 11,80 CHINA 12,35 12,00 0,2 MUNDO 318,68 320,51 129,85 Fonte: USDA; Elaboração: Aprosoja Brasil De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o ano de 2015 o Brasil teve um decréscimo de -10% no valor FOB de exportação de soja em grão, -17% para o farelo de soja e um aumento de 2% para o óleo de soja, quando se compara os dados consolidados de 2014 com 2015 (tabela 3). De Janeiro a Dezembro de 2015, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 88,22 bilhões, bem abaixo dos 95,75 em 2014. Quando a comparação é no peso líquido de exportação, o complexo soja como um todo teve crescimento, 19%, 8% e 28%, para grão, farelo e óleo de soja, respectivamente. A queda de preço médio em US$/ton do complexo soja foi um dos fatores que motivaram as quedas no valor FOB de exportação. Observou-se declínio de -24% no grão, -23% farelo e -20% para o óleo de soja.

Tabela 3 Exportação FOB (US$ 1.000) 2014 2015 % Em Grãos 23.277.378 20.983.575-10% Farelo 7.000.584 5.821.074-17% Óleo 1.129.659 1.154.053 2% Peso Líquido (Mil ton) Em Grãos 45.692 54.324 19% Farelo 13.716 14.827 8% Óleo 1.305 1.670 28% Médio (US$/ton) Em Grãos 509 386-24% Farelo 510 393-23% Óleo 866 691-20% Fonte: Abiove; Elaboração: Aprosoja Brasil De acordo com o fechamento da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), para as exportações de soja em grão de 2015, um novo recorde foi atingido, passando de 50 milhões de toneladas exportadas em 2014, para 53 milhões de toneladas em 2015. O porto de Santos foi novamente o principal porto utilizado para escoar a safra brasileira, atingindo 12 milhões de toneladas de soja embarcadas. No porto de Rio Grande o aumento foi de (42%) atingindo 11,5 milhões de toneladas. A produção do Centro-Oeste teve uma alternativa aos portos tradicionais, portos como de Itaquí (São Luís/MA), Vila do Conde (Barbacena/PA) e Aratu(Categipe/BA) tiveram um crescimento de 57%, 92% e 36%, respectivamente, quando somados embarcaram cerca de 9,5 milhões de toneladas. Conforme a Conab, as regiões com possíveis problemas por excesso de chuva: regiões pontuais do norte do PR; regiões pontuais do estado do MT; regiões pontuais do estado do MS; regiões pontuais do sul de SP e regiões pontuais do sul de GO. Possíveis problemas por falta de chuva: regiões pontuais do estado do RS; regiões pontuais do norte, sul e oeste do SC. Chuvas Favoráveis: leste de RO; sudeste do PA; todo estado do TO; sul do MA; sudoeste do PI; oeste da BA; noroeste e Triângulo de MG; norte e sul de SP; norte, oeste, leste e sudoeste do PR; centro-sul e sudeste do PR; norte, sul e oeste de SC exceto regiões pontuais; todo estado do RS, exceto regiões pontuais; todo estado do MS; todo estado do MT; todo estado de GO DF. Regiões com possíveis problemas por excesso de chuva: regiões pontuais do norte do PR; regiões pontuais do estado do MT; regiões pontuais do estado do MS; regiões pontuais do sul de SP e regiões pontuais do sul de GO. Na região do MATOPIBA trabalhos foram iniciados em algumas regiões. Na Bahia máquinas iniciaram a colheita, porém o resultado inicial foi baixo devido a umidade no grão, região do Tocantins também iniciaram sua colheita, mas com ritmo lento, e no início dessa semana o Maranhão iniciou a colheita. As chuvas favoreceram o plantio de áreas até o momento no Piauí. O Clima ainda preocupa o produtor e é sem dúvida umas das maiores incógnitas juntamente com a volatilidade da taxa de câmbio, do início do ano, influenciando decisivamente nos preços de Chicago, visto que o fator clima influencia na oferta final da oleaginosa. Antes esperada em até 105 milhões de toneladas, a safra 2015/16 de soja está estimada bem abaixo desse valor, entre 98,60 milhões de toneladas (Abiove), 99,20 (Agroconsult) e 100,93 (Conab). Enquanto o El Niño começou a perder a força no final de janeiro, porém continua influenciando o clima até início do outono no Brasil, nos EUA as condições climáticas são favoráveis para o início do plantio. Segundo dados de coleta no mercado, o mês de fevereiro foi caracterizado por estabilidade de preço nos estados. A saca de soja brasileira cotada em R$ 71,67 (jan/2016) passou para R$ 70,85 (fevereiro/2016), uma queda de 1,14%. 2

No Paraná a soja atingiu 8,81% de aumento na variação do preço (dezembro-fevereiro), chegando a uma cotação média de R$ 72,62/saca no estado. Mato Grosso atingiu R$ 63,03/saca (2,87%), Mato Grosso do Sul R$ 66,05/saca (-7,52%), Goiás R$ 67,79/saca (1,65%) e Rio Grande do Sul R$ 73,48 /saca (1,67%). A cotação da soja atingiu US$ 8,75 (março 2016) por bushel em Chicago, Cotações compensadas pelo câmbio elevado, que tornou mais competitiva a soja brasileira (gráfico 1). Gráfico 1 Variação média preço/saca de soja R$73,48 R$72,27 R$71,42 Dezembro/2015 R$66,05 R$72,62 R$66,74 R$66,69 fevereiro/2016 R$67,79 R$69,97 R$63,03 R$64,89 R$70,85 RS MS PR GO MT BRASIL Fonte: Mercado; Elaboração Aprosoja Brasil De acordo com dados oficiais, o aumento da produção e das exportações da agropecuária, foi o que manteve o saldo positivo de empregos formais em 2015, encerrando o ano com uma geração de 9,821 mil vagas com carteira assinada. Conforme apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a produção brasileira teve um incremento de 7,7%, chegando a um volume de 209,5 milhões de toneladas. Além disso, a balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 19,7 bilhões graças ao saldo positivo o agronegócio (US$ 75 bilhões) e da forte queda nas importações totais (US$ 57,7 bilhões). A participação do agro nas exportações totais saiu de 43% para 46%, embora em valores absolutos tenham sido 6% inferior, na comparação com 2014. Neste contexto, o complexo soja participa com 31% das exportações do agro e 14% do total exportado. Isso significa que de cada US$ 100,00 exportados, US$ 14,00 são de soja. A colheita da soja no Brasil, já iniciada em alguns estados, segue lenta, entre 10% a 13%, acima dos 9% da safra passada. O estado de Mato Grosso atingiu 12% da área, contra 16% em 2015. Em Goiás, apenas 7% da área foram colhidas, índice baixo devido a chuva intensa no mês de janeiro. No Paraná a colheita chegou a 24% da área plantada, acima dos 16% em 2015. O tempo mais firme e estável ajudou os produtores a avançarem. O clima que preocupou os produtores da região do MATOPIBA em janeiro, com fortes chuvas, começou mais firme em fevereiro, e a colheita já avança e algumas áreas. Segundo a Aprosoja/MS o Mato Grosso do Sul irá manter a produtividade média do estado mesmo registrando o dobro da média de chuva para o período. A entidade espera uma produção de 7,2 milhões de toneladas (4,1% acima de ano anterior) com uma área total de 2,4 milhões de hectares. Já a comercialização do estado, cerca de 45% da safra 2015/16 de soja já foi comercializada, acima dos 25% comercializada em igual período do ano passado. O valor Bruto da Produção atingiu pelo 7 ano consecutivo números positivos de crescimento, poderá chegar a R$ 504 bilhões no ano de 2016, 1% a mais do ano anterior. Apesar do cenário não ser bom, o Agronegócio tirou vantagem da alta do dólar para continuar crescendo. A seguir, análise do custo de produção realizada pela Aprosoja Brasil, realizada para os estados de: Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná, e Rio Grande do Sul). Os dados foram retirados dos levantamentos realizados pela Conab, Imea (Mato Grosso) e Deral (Paraná), comparando os anos safras 2014/15 e 2015/16. Com exceção da Bahia e Minas Gerais que tiveram os custos das sementes inferiores ao ano safra 2014/15, todos os outros tiveram elevação nos preços de sementes para 2015/16. Já para os custos de fertilizantes, agrotóxicos e custeio da lavoura todos os estados analisados tiveram elevação dos preços (tabela 4). 3

Tabela 4 - ANÁLISE DO CUSTO DE PRODUÇÃO - SAFRAS 14/15-15/16 Comparativo Custo de Produção (Sementes, Fertilizantes, Agrotóxicos e Custeio da Lavoura) CUSTO DE SEMENTES Safra 14/15 Sementes - Médio (R$/ha) Sementes (R$) Custo Semente (R$/ha) Semente (em mil R$) MA 749,60 129,80 97.298,08 762,3 2% 202,50 56% 154.365,75 59% BA 1.422,00 139,30 198.084,60 1.550,00 9% 122,50-12% 189.875,00-4% MT 8.934,50 219,70 1.962.909,65 9.140,00 2% 218,81-0,4% 1.999.923,40 2% MS 2.300,50 203,00 467.001,50 2.430,00 6% 266,00 31% 646.380,00 38% GO 3.325,00 210,00 698.250,00 3.381,50 2% 266,00 27% 899.479,00 29% MG 1.319,40 236,00 311.378,40 1.445,00 10% 206,50-13% 298.392,50-4% PR 5.224,80 294,40 1.538.181,12 5.443,70 4% 330,40 12% 1.798.598,48 17% RS 5.249,20 201,07 1.055.456,64 5.275,00 0,5% 300,00 49% 1.582.500,00 50% Brasil 32.092,09 204,16 6.552.087,18 33.228,40 4% 239,09 17% 7.944.536,62 21% CUSTO DE FERTILIZANTES Safra 14/15 Fertilizantes- Médio (R$/ha) Fertilizantes(R$) Fertilizantes - Médio (R$/ha) Fertilizantes (em mil R$) MA 749,60 568,93 426.469,93 762,3 2% 709,46 25% 540.821,36 27% BA 1.422,00 469,44 667.543,68 1.550,00 9% 634,72 35% 983.816,00 47% MT 8.934,50 622,90 5.565.300,05 9.140,00 2% 702,58 13% 6.421.581,20 15% MS 2.300,50 668,27 1.537.355,14 2.430,00 6% 862,8 29% 2.096.604,00 36% GO 3.325,00 452,19 1.503.531,75 3.381,50 2% 535,65 18% 1.811.300,48 20% MG 1.319,40 488,40 644.394,96 1.445,00 10% 667,58 37% 964.653,10 50% PR 5.224,80 353,36 1.846.235,33 5.443,70 4% 479,32 36% 2.609.274,28 41% RS 5.249,20 385,70 2.024.616,44 5.275,00 0,5% 491,52 27% 2.592.768,00 28% Brasil 32.092,09 501,15 14.215.447,27 33.228,40 4% 635,45 27% 21.115.111,39 49% CUSTO DE AGROTÓXICOS Safra Agrotóxicos - 14/15 Médio (R$/ha) Agrotóxicos (R$) Agrotóxicos - Médio (R$/ha) Agrotóxicos (em mil R$) MA 749,60 304,62 228.343,15 762,3 2% 358,07 18% 272.956,76 20% BA 1.422,00 479,47 681.806,34 1.550,00 9% 531,31 11% 823.530,50 21% MT 8.934,50 638,46 5.704.320,87 9.140,00 2% 834,74 31% 7.629.523,60 34% MS 2.300,50 492,97 1.134.077,49 2.430,00 6% 709,15 44% 1.723.234,50 52% GO 3.325,00 370,18 1.230.848,50 3.381,50 2% 486,71 31% 1.645.809,87 34% MG 1.319,40 407,74 537.972,16 1.445,00 10% 531,28 30% 767.699,60 43% PR 5.224,80 345,42 1.804.750,42 5.443,70 4% 412,01 19% 2.242.858,84 24% RS 5.249,20 360,59 1.892.809,03 5.275,00 0,5% 421,34 17% 2.222.568,50 17% Brasil 32.092,09 424,93 13.214.927,95 33.228,40 4% 535,57625 26% 17.796.341,87 35% CUSTEIO DA LAVOURA Safra Custeio da Lavoura - 14/15 Médio (R$/ha) Custeio da Lavoura (R$) Custeio da Lavoura - Médio (R$/ha) Custeio da Lavoura (em mil R$) MA 749,60 1.147,98 860.525,81 762,3 2% 1464,5 28% 1.116.388,35 30% BA 1.422,00 1.212,73 1.724.502,06 1.550,00 9% 1425,98 18% 2.210.269,00 28% MT 8.934,50 1.655,96 14.795.174,62 9.140,00 2% 1958,21 18% 17.898.039,40 21% MS 2.300,50 1.476,30 3.396.228,15 2.430,00 6% 1967,29 33% 4.780.514,70 41% GO 3.325,00 1.126,26 3.744.814,50 3.381,50 2% 1409,62 25% 4.766.630,03 27% MG 1.319,40 1.329,31 1.753.891,61 1.445,00 10% 1649,71 24% 2.383.830,95 36% PR 5.224,80 1.544,94 8.072.002,51 5.443,70 4% 1836,69 19% 9.998.389,35 24% RS 5.249,20 1.310,64 6.879.811,49 5.275,00 0,5% 1444,34 10% 7.618.893,50 11% Brasil 32.092,09 1.350,52 41.226.950,75 33.228,40 4% 1644,54 22% 54.645.516,01 33% Fonte: Conab, IMEA (dados de MT) e DERAL (dados do PR); Elaboração Aprosoja Brasil 4

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