CNDR Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional A macrorregião sudeste no contexto do desenvolvimento regional para integração nacional José Edil Benedito Instituto Jones dos Santos Neves IJSN 22outubro2012
Desenvolvimento Regional no Brasil um pouco de história Primeiros Modelos Norte/ Ne/CO Temas e ações pontuais 1912 Plano de Defesa da Borracha e Superintendência de Defesa da Borracha. 1924 Inspetoria Federal de obras Contra as Secas IFOCS, atual DNOCS (1945). 1942 Banco de Credito da Borracha / BCA 1951 1943 -Fundação Brasil Central 1945 CHESF 1948 Comissão do Vale do São Francisco 1952 BNB 1953 Superintendência do Plano de Valorização econômica da Amazônia Segundo Momento Expansão e Planejamento Desenvolvimento Regional 1958/59 GTDN e SUDENE 1966 - SUDAM e BASA 1967 - SUFRAMA - SUDHEVEA - SUDECO - SUDESUL - SUVALE CODEVASF (1974) 1969/74 - FUNRES GERES - FUNDAP /ES - PIN e PROTERRA - FINAM e FINOR - FISET turismo/ pesca /floresta Crise dos anos 80 e 90 extinção e paralisação de operações de financiamento Reestruturação e Nova Política 1989 - Fundos Constitucionais de Financiamento: FNO, FNE e FCO. Fundos regionais de desenvolvimento. 2003 PNDR No novo século 2007/09 - Recriação da SUDENE, SUDAM e SUDECO - SUDESUL projeto. 2012 Conferência - Nova Política Nacional DR Em geral - Ausência dos temas e problemas regionais do SUDESTE
DESIGUALDADE REGIONAL
Desigualdades sociais, regionais e grande diversidade. Área N: 45,3% NE: 18,3% CO: 18,8% SE: 10,8% S: 6,8% Ano - 1980 PIB: 3,34% POP: 5,56% PIB: 5,39% POP: 5,72% PIB: 11,96% POP: 29,25% PIB: 62,34% POP: 43,47% PIB: 16,97% POP: 15,99%
Desigualdades sociais, regionais e grande diversidade. Ano - 2009 Área N: 45,3% NE: 18,3% CO: 18,8% SE: 10,8% S: 6,8% PIB: 5,04% POP: 8,02% PIB: 9,59% POP: 7,26% PIB: 13,51% POP: 27,99% PIB: 55,32% POP: 42,26% PIB: 16,54% POP: 14,48%
Fonte: Contas Nacionais; Contas Regionais - IBGE Elaboração: Coordenação de Estudos Econômicos - CEE/IJSN 40,0 35,0 Participação dos estados da região Sudeste no Produto Interno Bruto do Brasil - 1995 a 2009 37,3 36,5 36,7 36,1 36,0 36,0 35,6 34,6 34,1 33,1 33,9 33,9 33,9 33,1 33,5 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 11,2 11,2 11,1 11,7 11,9 11,8 11,7 11,6 11,1 11,5 11,5 11,6 11,2 11,3 10,9 8,6 8,8 8,8 8,6 8,4 8,5 8,5 8,6 8,8 9,1 9,0 9,1 9,1 9,3 8,9 5,0-2,0 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 1,9 1,8 1,8 2,1 2,2 2,2 2,3 2,3 2,1 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo
Fonte: Contas Nacionais; Contas Regionais - IBGE Elaboração: Coordenação de Estudos Econômicos - CEE/IJSN 30.000 CRESCIMENTO ECONÔMICO PIB per capita - Brasil e estados da Região Sudeste - 2002 a 2009 25.000 26.202 22.103 20.000 19.145 15.000 13.259 16.918 14.329 10.000 5.000 11.543 8.258 6.904 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Brasil Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo
Concentração Industrial no Sudeste Reduziu-se a desigualdade industrial no Sudeste 1968 1973 1984 1995 2009 Espírito Santo 0,5% 0,7% 1,8% 2,3% 3,4% Minas Gerais 9,2% 8,0% 11,9% 12,2% 16,6% Rio de Janeiro 20,1% 17,1% 16,3% 12,5% 17,3% São Paulo 70,3% 74,2% 70,0% 73,1% 62,6% SUDESTE 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Analfabetismo Região\ Anos 2000 2010 Cresc. Anual Brasil 12,9 9,4-3,1% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 15,7 11,2-3,4% 24,9 18,6-2,9% 7,7 5,4-3,5% 7,2 5,0-3,6% 10,2 7,1-3,6%
ESCOLARIDADE 14,00 Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais: Brasil e estados da região sudeste - 2001 a 2011. 12,00 12,37 11,68 11,47 10,00 9,72 8,00 8,56 8,53 8,59 7,87 6,00 4,00 5,98 5,64 4,75 3,97 6,38 3,67 2,00 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 Brasil Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Fonte: PNAD/IBGE 2001-2011. Elaboração: CES/IJSN
ESCOLARIDADE 9,00 Escolaridade média (em anos) da população de 25 anos ou mais: Brasil e estados da região sudeste 2001 a 2011 8,50 8,00 8,29 8,46 8,21 7,50 7,26 7,53 7,35 7,00 6,94 7,17 6,91 6,97 6,50 6,00 5,97 5,50 5,67 5,00 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 Brasil Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Fonte: PNAD/IBGE 2001-2011. Elaboração: CES/IJSN
Renda Domiciliar Per Capita Região\ Anos 2000 2010 Cresc. Anual Brasil 584,4 766,5 2,7% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 355,3 493,7 3,3% 304,3 458,3 4,2% 765,0 943,0 2,1% 672,8 919,4 3,2% 675,7 933,7 3,3%
POBREZA E DESIGUALDADE 1050,00 Renda domiciliar per capita da população Brasil e estados da região sudeste- 2001 a 2011 950,00 981,28 921,31 850,00 750,00 830,25 785,10 781,29 762,81 747,48 650,00 550,00 575,41 532,18 509,31 Obs.: Valores em R$ de 450,00 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 Brasil Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Fonte: PNAD/IBGE 2001-2011. Elaboração: CES/IJSN
POBREZA E DESIGUALDADE 0,6100 Coeficiente de Gini da renda domiciliar per capita Brasil e estados da região sudeste- 2001 a 2011 0,5900 0,5700 0,5500 0,5300 0,5100 0,5872 0,5830 0,5627 0,5509 0,5395 0,5262 0,5223 0,4900 0,4700 0,4919 0,4885 0,4743 0,4500 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 Brasil Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Fonte: PNAD/IBGE 2001-2011. Elaboração: CES/IJSN
Percentual de Extremamente Pobres (R$ 70) Cresc. Região\ Anos 2000 2010 Anual Brasil 14,5 9,4-4,3% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 23,9 17,2-3,2% 29,0 17,2-5,1% 7,0 5,3-2,7% 6,7 3,6-6,0% 8,2 5,5-4,0%
POBREZA E DESIGUALDADE 20,00 Porcentagem de extremamente pobres Brasil e estados da região sudeste- 2001 a 2011 18,00 17,48 16,00 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 11,97 11,47 9,42 7,38 6,99 4,00 2,00 3,91 3,00 2,89 2,58 0,00 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 Brasil Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Fonte: PNAD/IBGE 2001-2011. Elaboração: CES/IJSN
Desemprego Região\ Anos 2000 2010 Cresc. Anual Brasil 15,3 7,6-6,7% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 14,8 8,7-5,1% 15,9 9,7-4,8% 16,4 7,5-7,5% 12,0 4,7-9,0% 13,7 6,6-7,0%
% MERCADO DE TRABALHO 13,5 12,5 11,5 10,5 9,5 8,5 7,5 6,5 5,5 Taxa de desemprego da população de 15 anos ou mais de idade: Brasil e estados da região Sudeste - 2001 a 2011 12,1 9,3 9,2 8,9 11,5 11,1 11,4 9,8 9,1 8,7 12,8 12,3 9,7 9,2 8,9 11,3 11,1 8,9 8,8 7,3 9,4 9,3 12,5 11,4 8,4 11,7 9,9 8,4 7,5 6,6 10,2 10,1 9,1 8,1 7,3 9,5 8,0 7,1 6,0 5,7 8,2 9,6 9,1 7,9 7,1 8,2 7,6 6,9 6,7 5,9 4,5 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 Brasil Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Fonte: PNAD/IBGE 2001-2011. Elaboração: CEE/IJSN
Índice dos Valores Médios Anuais EVOLUÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL REAL - CRIAÇÃO (1940-2009) 180 Salário mínimo real 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1944 1946 1948 1950 1952 1954 1956 1958 1960 1962 1964 1966 1968 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 FONTE:IPEADATA NOTA: Índice dos valores do salário mínimo real, a preços de abril de 2010, pelo INPC-IBGE e ICV-Fipe (para o período 1940-1944).
Regiões Elegíveis pela PNDR : Espaços do território brasileiro, situados no Sul e Sudeste, classificados como de Média e Baixa Renda
FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO DA PNDR
ÁREA DE ATUAÇÃO
FUNDOS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL ÁREA DE ATUAÇÃO A área de atuação da SUDAM, denominada Amazônia Legal, compreende a Região Norte, o Estado do Mato Grosso e a porção do Maranhão a oeste do meridiano 44 o. A SUDENE atua na Região Nordeste e nos municípios do norte dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, nos termos do art. 2º da Lei Complementar nº 125 de 2007.
DESTINAÇÃO PROPOSTA PARA O FUNDO NACIONAL Destinação do FNDR Base de Cálculo: IR + IPI + IVA-f premissa: nova base é o dobro da base atual IR + IPI Estimativa de Valores (R$ milhões) 1,5% Programas de Financiamento do NO, NE e CO 7.432 0,5% para Programas de Desenvolvimento Econômico e Social (90% p/no, NE e CO) 2.477 >>>>> Norte, Nordeste e Centro-Oeste (90%) (Recursos no âmbito federal) 2.230 >>>>>Sul e Sudeste (10%) (Recursos no âmbito do Governo Federal) 248 0,11% - fundos estaduais p/desenvolvimento econômico e social de áreas menos desenvolvidas do Sul e Sudeste 545 1% - fundos estaduais do NO, NE e CO p/infra-estrutura voltados para manutenção e atração de empreendimentos do setor produtivo, incluindo subvenções econômicas e financeiras 4.955 Total (3,11% da arrecadação do IR + IPI + IVA-f) 15.410 Obs. O IVA-F (IVA Federal) é o novo Imposto sobre Operações com Bens e Prestação de Serviços que deverá substituir o PIS, a COFINS, a CIDE e a Contribuição sobre a folha para o salário educação
APLICAÇÕES DE ACORDO COM A PNDR (em R$ Milhões) Fundo FCO FNE FNO Total Tipologia PNDR Valor Aplicado % Valor Aplicado % Valor Aplicado % Valor Aplicado % Baixa Renda - - 1.530 13,8 144 7,7 1.674 9,0 Estagnada 1.768 31,9 3.760 33,9 556 29,7 6.083 32,9 Dinâmica 963 17,4 3.337 30,0 234 12,5 4.534 24,5 Alta Renda 2.816 50,8 2.464 22,2 936 50,1 6.216 33,6 Total 5.547 100,0 11.091 99,9 1.869 100,0 18.506 100,0 Fonte: Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil e Banco da Amazônia.
Governança da PNDR
Governança, Diálogo Federativo e Participação Social Enormes desafios em termos de governança: concepção e implantação de mecanismos democráticos de participação social, modelos de gestão, montagem e aplicação de arranjos institucionais de cooperação vertical e horizontal Ministros e Presidente da República Secretários Executivos Ministérios Foruns de Messorregiões, Colegiados Territoriais etc
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desigualdades e elegibilidade Adotar critérios de elegibilidade mais amplos: - regiões de periferia urbana e metropolitana, - oportunidade de desenvolvimento integrado de regiões. Governança Representatividade do Sudeste na governança esboçada é baixa. - Sistema de governança deve garantir a participação dos estados, municípios e sociedade organizada na formulação e na gestão PNDR. - Participação deliberativa - Fortalecer as bases de cooperação dos entes federativos Estado, municípios e União, inclusive com as unidades federativas vizinhas, para convergências em iniciativas de integração regional; - Monitoramento da performance da política instrumentos e resultados.
Financiamento - Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional sem constrangimentos ou prejuízo para as receitas e finanças estaduais e municipais - Desenvolver mecanismos de repasses de recursos do FNDR para Fundos Estaduais/municipais - fundo a fundo. - Bancos oficiais operarem com taxas de juros diferenciadas que contribuam para redução das desigualdades e desenvolvimento regional Vetores - Expandir e interiorizar sistemas regionais e locais (setoriais) de inovação - Investir em infraestrutura: promover inserção, atratividade e competitividade das regiões. Superar gargalos logísticos. Gerar ambiência de investimentos produtivos - Intensificar o envolvimento da nova PNDR com outras políticas educação, tecnologia e inovação, saúde, cidades, infraestrutura como condição de superação de desigualdades regionais.
HABITAÇÃO PROGRAMA NOSSA CASA Números de Unidades Habitacionais Entregues 2004-2010 Discriminação 2007 2008 2009 2010 2011 2012* OBRIGADO! TOTAL 812 419 1101 484 2094 1268 IDURB 240 346 328 247 1506 948 SEAG** 508 0 493 88 588 320 SEADH*** 64 73 280 149...... * O ano de 2012 refere-se a unidades entregues e previstas. **Produção por autogestão de entidades conveniadas. *** O ano de 2010 refere-se a Entregas Previstas. Fontes: Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura e Pesca (SEAG) Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEADH) Instituto de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado do Espírito Santo (IDURB) Elaboração: IJSN