WORSHOPS SEMANAIS DO NÚCLEO DE ESTUDOS FISCAIS DA ESCOLA DE DIREITO DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS 18/05/2015



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Transcrição:

WORSHOPS SEMANAIS DO NÚCLEO DE ESTUDOS FISCAIS DA ESCOLA DE DIREITO DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS 18/05/2015 Apresentação: As reuniões semanais do Núcleo de Estudos Fiscais (NEF) têm o objetivo de discutir temas relevantes dentro da linha de pesquisa de tributação e desenvolvimento. Além de buscar este objetivo geral, as reuniões promovem a discussão de apresentações e textos preparados de acordo com as pesquisas desenvolvidas pelo Núcleo. No presente documento, estão transcritos os principais tópicos e temas debatidos durante a Reunião Semanal/Workshop ocorrida no dia 18 de maio de 2015, segunda-feira, das 13hs às 15hs Local: Escola de Direito de São Paulo (FGV DIREITO SP), Sala 701. Ana Teresa: mostrou a diferenciação entre os tipos de transparência e retomou os pontos/questionamentos mais importantes da última reunião: - Qual tipo de transparência podemos exigir das empresas? O objetivo da empresa é gerar lucro, não dar informação - Qual uso queremos dar para a informação? - Há a percepção de que a divulgação de informações faz crescer o numero de autuações fiscais. - É possível enxergar algum beneficio para a empresa divulgar voluntariamente suas informações? - Quais informações disponibilizar? Qual o limite? A empresa tem relação com inúmeras partes. - Empresa partes relacionadas - Empresa investidores - Empresa clientes - Empresa fisco - Empresa concorrentes - Empresa sociedade 1

Bruno: deliberação JUCESP n. 02, de 25 de março de 2015, que obriga também as empresas limitadas de grande porte a publicarem suas informações em jornais de grande circulação. Embora a transparência seja ainda embrionária no Brasil, estamos dando alguns passos em direção à divulgação cada vez maior de informações por parte das empresas. Impactos que a empresa pode sofrer caso não divulgue as informações: - desconsideração da personalidade jurídica - risco de a receita federal exigir a ata, para justificar eventual distribuição de lucros - Para pagar dividendos ao exterior, exige-se a autorização do Banco Central para justificar o contrato de câmbio o BC pode querer saber o valor de lucro da companhia, e a empresa não terá a ata na Junta para comprovar - A ser vista como uma empresa que descumpre as regras de compliance (má governança); Oziel: conseguimos uma liminar para não publicar essas informações: a Lei 11.638/07 não trouxe a obrigatoriedade de publicação dos balanços. Mas essa publicação está sub judice e a lei não é clara em obrigar essa publicação. A junta comercial não poderia obrigar as empresas a publicar isso ainda, a despeito de algumas já terem agido nesse sentido. Ana: Compliance e Informações Fiscais Lei 12.846 e Decreto 8.420/15- o que é um programa de integridade efetivo? Diego: a questão pode ser mais complexa ainda. De fato, um corte tem que ter. Mas mecanismos podem facilitar muito as coisas. Por que não pensar em algo como os formulários da CVM para ter essas informações padronizadas na rede? Sobre eventuais ganhos competitivos que as empresas possam ter em razão da não publicação dos balanços, acredito que a padronização dessas informações por todos tende a mitigar esse problema. Alexandre: considerando um pouco o aspecto histórico, há que se lembrar do lobby feito para a publicação nos jornais de grande publicação. Mencionou Parecer do prof. Modesto Carvalhosa sobre a questão. 2

Aldo: a publicação para as Limitadas seria suficiente para a transparência das informações tributárias? Isso porque a obrigatoriedade de publicação para as S.A.s já não é suficiente do ponto de vista tributário/fiscal. O ponto é esclarecer: queremos dar um passo atrás para abarcar também as limitadas ou o que estamos propondo para as limitadas já é mais do que aquilo que é publicado pelas S.A.s? Bruno: não se trata exatamente de um passo atrás. O que propomos aqui é primeiro entender o que é transparência, para depois conseguirmos avaliar o que será ideal de transparência a ser seguido por todas as empresas. Ana: Sobre a Lei Lei 12.846 e o Decreto 8.420/15 o que seria um exemplo de um programa de integridade efetivo? Registros contábeis que reflitam de forma completa e precisa as transações da pessoa jurídica. Controles internos que assegurem a pronta elaboração e confiabilidade de relatórios e demonstrações financeiras da pessoa jurídica. Procedimentos específicos para prevenir fraudes e ilícitos no âmbito de processos licitatórios, na execução de contratos administrativos ou em qualquer Pergunta ao Comitê Deliberativo se o Fiscal faz parte disso. Eurico: a pergunta da Ana é no seguinte sentido: chegamos a um extremo de desigualdade e a tamanho custo de transação sem segurança jurídica que talvez seja mais barato fazer isso de forma aberta. O desafio é, portanto, resignificar a ideia de transparência e mostrar que pode haver algo de positivo em termos institucionais. A ideia é justamente construir igualdade. O ponto é: interessa construir igualdade? Renata Belmonte: acho bem difícil que a empresa abra seus incentivos fiscais. Quanto à publicação de balanços, as empresas tendem a ser bastante refratárias também. Mas a mudança da linguagem para compliance faz muito sentido e pode ajudar para ganhar mais espaço a pesquisa. 3

Juliana: o Fisco precisa liberar as informações sobre a fiscalização. Mas a pergunta que fica: mas será que se o Fisco liberar informações dessa natureza vai interessar às empresas? Esse foi um impasse vivenciado pelo Fisco. Em relação à posição do Fisco, eu acredito que melhorou. Oziel: a Lei anticorrupção veio reforçar os procedimentos que as empresas devem ter na atuação com o poder publico. E a questão fiscal permeia isso. CGU 70% das empresas ainda não se preocuparam em preparar um procedimento de compliance interno. Tem um cenário positivo para isso e as empresas estão interessadas nesse assunto, uma vez que ainda estão muito despreparadas para essas mudanças. Mas é muito importante diferenciar a governança pública da governança privada: na pública, quem decide tem a caneta na mão ; regime especial não é público, porque não tem uma norma dizendo que ele tem que ser público; em um mesmo setor, algumas tem e outras não tem; se soubesse, pediria também; Diego: a lei anticorrupção passa às empresas a responsabilidade pelos atos de corrupção. Primeiro ponto: apetite de risco das empresas está cada vez mais contido. Quando as coisas descambam para o penal, fica mais difícil; A avaliação de risco numa empresa mudou por completo desde a entrada dessa nova lei. O programa de compliance envolve muitos outros fatores além da transparência. Mas para atender seu próprio programa interno de compliance a empresa passa a necessitar tratar de forma distinta os seus números. Giovanni: concordando com o Diego, o principal ponto que mudou foi a questão do Risco. Só que agora, pelo fato de ter se voltado para o Penal trouxe uma mudança mais drástica ainda. Isso fez mudar também a atuação do advogado agora é preciso ser preventivo e nao apenas reativo. Sobre a questão tributária, agora a penalidade que mais assusta o empresariado é a proibição de receber benefícios, incentivos, subvenções etc. A parte da multa é a que menos assusta. 4

Aldo: caso da Apple do EUA usavam estruturas lícitas de planejamento tributário (informações que eram divulgadas) e pagava pouquíssimo tributo nos EUA. (1% de tributação sobre a renda). Isso chamou a atenção do Senado e a Apple precisou se explicar. Mas saiu aplaudida do Senado. Ana: concorda com Aldo. Se quero de fato aferir alguma coisa tenho que ir para as informações que já existem. Mas o primeiro feedback que obtive das empresas foi negativo. Mas chegar com um não resultado é um dado também; Aldo: As empresas registram as despesas com lucros. Não daria pelo calculo inverso? Fabricio: Se tenho uma variação muito grande, há riscos de haver um planejamento... É possível aproximar quanto foi pago de tributo pela análise das demonstrações (Fluxo de Caixa DVA). Ao menos para IR e CSLL. O que dá para ser feito é dizer que determinada diferença é em decorrência de planejamento tributário, igual foi feito para o caso da Apple. Mas para impostos indiretos (ICMS) isso já não dá pra ser feito, nem mesmo essa proxy. Eurico: existe toda uma lógica de incentivos para tributos que não deveriam ser cumulativos que se tornam cumulativos em decorrência de lobbies. O Brasil esta afundando com isso. O Horizonte para daqui a 10 anos é pensar um novo IVA que seja igual para todos. A alíquota deve valer para todos. Mas para projetar isso para o futuro, é preciso pensar nos veto players de agora. Para criar o horizonte de mudança é preciso antes mostrar quem está pagando e quem não esta. Quem paga não sabe que esta pagando e não age sobre o sistema; quem não paga faz lobby para que as coisas permaneçam como estão. Talvez os nossos parceiros não sejam as empresas, mas sim as entidades setoriais que representam as empresas. Fabricio: talvez seja inclusive interessante separarmos a pesquisa por setor. Ana: a lei anticorrupção traz a inversão da ótica: a empresa também sofrera punições se anuir com a corrupção. 5

Giovanni: curioso que o Brasil é exemplo no mundo na questão da transparência: informações como gasto público, jucesp, etc, foram bem avaliadas. Eurico: abrir a informação ao mesmo tempo em que transforma a empresa em vidraça também é uma forma de construir reputação, para mostrar que a empresa paga os seus tributos e etc. É por um lado se expor mas é também se blindar. Colocou a questão: qual seria o impacto para o setor privado, de um índice como o ICAT? Giovanni e Diego acreditam que seria extremamente benéfico. Mas é fundamental ter critérios objetivos para realizar essa análise. Renata: Se quer trazer as empresas, trazer coisas novas que vem para todo mundo, não uma abordagem direta; Eurico: Nossas parceiras não são as empresas, mas sim associações empresariais; Giovanni: Problema das grandes limitadas: toma a multa inteira, mas não divulga; Ana Teresa: Alem desse caminho: alinhar o tema com compliance; frentes trazem resultados diferentes; Transparência as vezes não é tornar pública a informação, é criar mecanismos internos também; Diego: Novo jeito de atuar; Tem que vir do alto board e se espalhar; A transparência tributária alinha esse novo programa desfazer negócios; Uma empresa que tem um programa de compliance efetivo vai dar acesso aos dados que vocês precisam Giovanni: Cobrança da OCDE para que tenhamos programa de denúncia remunerada; Aquele que denunciar pode reaver até 10% do que foi onerado; Deputado Manato 1701 Valter Pinheiro e 664 (Projetos de LEI); Se 6

inspiravam na lei americana; quem é responsável por remunerar não pode denunciar; frank ; Relatório; Eurico: Transparência é efetividade de aplicação dos atos do direito; Daniel Bellan: Interessante essa mudança de perfil tributário; Ana: Lei anticorrupção traz essa inversão da ótica; Giovanni: Quanto que é corrupção de verdade? Sensibilidade cognitiva; No exterior, todo mundo que falava do Brasil elogiava pela transparência modelo de transparência: gastos públicos, junta comercial, lei de acesso... Eurico: Quando se olha ao redor do mundo, não tem transparência, porque tem igualdade; Diego: O jeito que o mundo passou a enxergar a transparência mudou; passou a olhar de uma forma diferente; Muda toda a dinâmica do mercado; Deixa-se de pensar que deixo de ganhar essa vantagem aqui para ganhar como um todo; Ana Teresa: Lei anticorrupção brasileira é inspirada no FCPA americano, mesmo que diferente; O FCPA vem desde 1970 (Marco é o escândalo de Watergate Diego Kiçula); Comentário de que não conseguiriam expandir os negócios fora dos EUA; que a corrupção faz parte do negocio nos países menos desenvolvidos, então as empresas locais teriam vantagem competitiva; Giovanni: Tem a lei francesa, UKBA, Colombia,... depende muito de quem vai ser regulado; depende de onde ela está; Lei 8420 está minuciosa e bem redondinha; Tem o FCPA guidelines; falta no Brasil estabelecer as bases; Seria legal como ideia para o NEF. Faturamento Bruto, por exemplo, não se sabe; Subsídios e incentivos; Eurico: o projeto começou com a ideia de entidade assistencial e empresas sociais; Tem uma pesquisa do CPJA; Ninguém revela se remunera ou não os 7

diretores; Construir um índice de assistência para as entidades assistenciais; Tentativa de pilotar essa ressignificação de transparência como forma de construir reputação; tem que ser uma coisa positiva; Diego: Volta-se à questão do efeito social; Quando muda a lente de análise disso: se divulgo e o mercado divulga, sem artifícios escondidos, cria-se um mercado mais justo com um mercado legal; Eurico: Muito efeito com o índice de transparência pública. Como fazer isso no privado? Diego: Em compliance, extremamente benéfico; Giovani: Proética; CGU Benefícios para empresas que tiverem bons programas de compliance aplicados; Proetica tinha empresas corruptas, por isso tinha dado errado; Setor privado adoraria; banco de compliance; Dificuldade de ser enganado pelo próprio setor privado; Diego: Como mensurar? Que o próprio regulamento diz? Auditorias surpresa? Giovanni: Solange (esposa do Giovani) como recomendação ser do transparência internacional; Eurico: Ideia de propor um índice de transparência e compliance corporativo, para desenvolver o tema. Oziel: Dia 29 (14h) na FIESP, vai haver um debate sobre a Lei Anticorrupção; *** 8