Física IV. Prática 1 Sandro Fonseca de Souza. quarta-feira, 1 de abril de 15

Documentos relacionados
Física IV. Prática 1 Helena Brandão Malbouisson, sala 3018A slides (modificados) do prof. Sandro Fonseca de Souza

Física IV. Prática 1 Clemencia MORA HERRERA. Baseado nos slides do Prof. Sandro Fonseca

Física IV. Prática 1 Helena Brandão Malbouisson, sala 3018A slides (modificados) do prof. Sandro Fonseca de Souza

Física IV. Aula 1. Baseado no material preparado por Sandro Fonseca Helena Malbouisson Clemencia Mora

Física IV. Prática V Sandro Fonseca de Souza

TRANSFORMADORES. Introdução

Física IV. Prática IV Sandro Fonseca de Souza

Física IV. Prática II Sandro Fonseca de Souza

ENGC25 - ANÁLISE DE CIRCUITOS II

f = B. A. cos a Weber

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 03 Circuitos Magnéticos

Prof. Joel Brito Edifício Basílio Jafet - Sala 102a Tel

Transformadores monofásicos

Experimento 6 Laço de histerese

Física IV. Prática VII Sandro Fonseca de Souza

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

SEL 404 ELETRICIDADE II. Aula 08 Circuitos Magnéticos Parte III

Transformadores elétricos (trafos)

Física Experimental III - Experiência E9

SOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO

PÓS-GRADUAÇÃO PRESENCIAL MARINGÁ

Projeto Transformadores

Prof. Henrique Barbosa Edifício Basílio Jafet - Sala 100 Tel

Objetivo: Determinar a eficiência de um transformador didático. 1. Procedimento Experimental e Materiais Utilizados

Características Básicas dos Transformadores

Indução eletromagnética

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

Relatório: Experimento 1

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

TRANSFORMADOR MONOFÁSICO. Prof. Nelson M. Kanashiro 1. N0ÇÕES DE ELETROMAGNETISMO I I. Densidade de Fluxo Magnético ou simplesmente Campo Magnético,


Física IV. Prática IV Clemencia Mora Herrera. Baseado nos slides do Prof. Sandro Fonseca

Fluxo Magnético. Onde: B

Eletromagnetismo. Motor Eletroimã Eletroimã. Fechadura eletromagnética Motor elétrico Ressonância Magnética

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua.

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 05

Lei de Faraday. Notas de aula: LabFlex:

SEL 404 ELETRICIDADE II. Aula 05

preparação para o exame prático Segunda Série

AULA LAB 03 TRANSFORMADORES E INDUTORES

6.1 Relatório 1 74 CAPÍTULO 6. PRÉ-RELATÓRIOS E RELATÓRIOS. Nome 1: Assinatura 1: Nome 2: Assinatura 2: Nome 3: Assinatura 3: Turma:

Física IV - Laboratório REFLEXÃO E REFRAÇÃO

Física E Extensivo V. 8

` Prof. Antonio Sergio 1

INSTITUTO DE FÍSICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Grupo:... (nomes completos) Prof(a).:... Diurno ( ) Noturno ( ) Experiência 7

Relatório: Experimento 3

AULA LAB 02 TRANSFORMADORES E INDUTORES

Avisos. Entrega do Trabalho: 8/3/13 - sexta. P2: 11/3/13 - segunda

Conversores Estáticos

ANÁLISE DE HISTERESE MAGNÉTICA EM TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS

Revisão de Eletromagnetismo

NESSE CADERNO, VOCÊ ENCONTRARÁ OS SEGUINTES ASSUNTOS:

Física Experimental III

Transformadores monofásicos

ELETRICIDADE GERAL E APLICADA. Armando Alves Hosken Neto

INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA 3 1. INTRODUÇÃO 3 2. LEI DE FARADAY LENZ

Eletromagnetismo II 1 o Semestre de 2007 Noturno - Prof. Alvaro Vannucci

Física IV. Prática: Reflexão e Refração. Baseado no material preparado por Sandro Fonseca Helena Malbouisson Clemencia Mora

Aula Prática 8 Transformador em Corrente Contínua e Alternada

Prática 7: Interferência I: Anéis de Newton

Experimento 6 Laço de histerese

2-ELETROMAGNETISMO (Página 24 a 115 da apostila Fundamentos do Eletromagnetismo, do professor Fernando Luiz Rosa Mussoi) (Slides da apresentação

Física IV. Prática II Clemencia MORA HERRERA. Baseado nos slides do Prof. Sandro Fonseca

Revisão de Eletromagnetismo

Electromagnetismo Aula Teórica nº 22

Apostila de Laboratório. ZAB0474 Física Geral e Experimental IV

Capítulo 2 Leis essenciais de eletromagnetismo Equações de Maxwell Lei de Faraday Lei de Biot Savart

Ismael Rodrigues Silva Física-Matemática - UFSC. cel: (48)

Física Experimental III

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

Campo Magnético - Lei de Lenz

Condensador equivalente de uma associação em série

Eletricidade Aplicada. Aulas Teóricas Professor: Jorge Andrés Cormane Angarita

Física IV. Prática IV e V Clemencia Mora Herrera. baseada nos slides do Prof. Sandro Fonseca

Projeto de Elementos Magnéticos Revisão de Eletromagnetismo

Exercícios - Magnetismo e Indução Eletromagnética

Física IV. Prática VI Clemencia Mora Herrera baseado nos slides do Prof. Sandro Fonseca de Souza

Olimpíadas de Física Seleção para as provas internacionais. Prova Experimental B

Sala de Estudos FÍSICA - Lucas 3 trimestre Ensino Médio 3º ano classe: Prof.LUCAS Nome: nº

INSTITUTO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Eletrotecnia Aplicada Transformadores (parte 1) Engenharia Eletrotécnica e de Computadores ( )

TRANSFORMADORES. Fonte: itu.olx.com.br

Circuitos Elétricos. Prof. Me. Luciane Agnoletti dos Santos Pedotti

Experimento 4 Indutores e circuitos RL com onda quadrada

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA. Excitação CA

Experimento 7. Circuitos RC e filtros de frequência. 7.1 Material. 7.2 Introdução. Gerador de funções; osciloscópio;

Física IV. Prática II Clemencia MORA HERRERA. Baseado nos slides do Prof. Sandro Fonseca

Oscilações Eletromagnéticas e Corrente Alternada

O que é um indutor? Constituição. Tipos de indutores

ATENÇÃO: A partir da amostra da aula, terá uma idéia de onde o treinamento de eletroeletrônica poderá lhe levar.

TRANSFORMADOR ELÉTRICO (Segunda Parte)

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Retificadores. Prof. Clóvis Antônio Petry.

Física E Extensivo V. 8

Aula 3 Corrente alternada circuitos básicos

Máquinas de Corrente Alternada (ENE052)

Transcrição:

Física IV Prática 1 Sandro Fonseca de Souza 1 1

Normas e Datas Atendimento ao estudante: Terça-Feira de 10:00-11:00 na sala 3006 A (ou na 3050F). Presença é obrigatória as aulas de lab. e os alunos somente podem faltar a uma prática. A partir da segunda falta a média de lab. será reduzida em 10% Os alunos com menos de 75% de presença serão reprovados por falta. 2 2

Normas e Datas P1 lab: 18/05 na sala 3050F no horário da aula. P2: lab 29/06 na sala 3050F no horário da aula. Não haverá reposição da prova do lab. Haverá somente 2 aulas de reposição para cada prática perdida antes de cada prova. O aluno poderá somente repor uma única que compõe cada umas das provas. Entretanto, solicitações extraordinárias devem ser feitas por escrito na secretaria do DFNAE (3001A). Cada estudante receberá um formulário sobre o método dos mínimos quadrados e deverá fazer suas próprias cópias dos mesmos. 3 3

http://dfnae.fis.uerj.br/twiki/bin/view/ DFNAE/FisicaExp 4 4

Aula de Hoje Medidas, Ajustes e Gráficos; Métodos dos Mínimos Quadrados-MMQ. Prática 1: Transformadores 5 5

Principais fontes de erros em medidas experimentais 6 6

Erros sistemáticos Tem sua origem: Erro da medida; Falta de ajuste do instrumento de medida; Calibração do instrumento. Exemplos: Procedimento do experimentador; Alinhamento incorreto do instrumento. 7 7

Erros estatísticos Tem sua origem: Ocorrem por variações incontroláveis e aleatórias dos instrumentos de medida; Condições externas, por exemplo: Temperatura; Umidade do ar; Variação da rede elétrica. 8 8

Como você deve proceder com suas medidas experimentais. Minimizar ao mínimo as fontes de erros sistemáticos em suas medidas. De modo que restam apenas os erros estatísticos que podem ser tratados por métodos matemáticos. 9 9

Experimento Opera http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-17139635 10 10

Algarismos Significativos 0,05 11 11

Quais são os algorismos significativos? 12 12

Algarismos Significativos 13 13

Aproximações 14 14

Operações 15 15

Dominando os Gráficos 16 16

Gráficos 17 17

Gráficos 18 18

Ajuste de Funções 19 19

Métodos dos Mínimos Quadrados Encontrar a melhor curva regular que se ajuste aos dados experimentais. Pode-se usar um critério individual para traçar uma curva que se ajuste a um conjunto de dados. Entretanto, afim de evitar este tipo de critério, vamos utilizar o MMQ que possibilita encontrar uma curva que melhor representa um determinado conjunto de dados experimentais. 20 20

Métodos dos Mínimos Quadrados Vamos definir uma função linear do tipo: y = m.x + b Pelo MMQ a função de melhor se ajusta ao conjunto de dados experimentais, é aquela que minimiza a soma do quadrado dos desvios, N i=1 (y i y i ) 2 valor experimental valor obtido pela função 21 21

Métodos dos Mínimos Quadrados Considerando todos os dados, temos que o conjunto de desvios: d i = y i (m.x i + b),i=1, 2,...,N Assim utilizando o quadrado da soma dos desvios, a soma dependerá apenas da escolha dos coeficientes da função. f(m, b) = f(m, b) = N i=1 N i=1 d 2 i [y i mx i b] 2 22 22

Métodos dos Mínimos Quadrados f(m, b) m = m N i=1 [y i mx i b] 2 =0 N é o número de medidas experimentais m f(m, b) b m N i=1 (x 2 i )+b = b N N i=1 i=1 N i=1 (x i )+Nb = (x i y i ) [y i mx i b] 2 =0 N i=1 (y i ) Estas são chamadas equações normais. 23 23

Métodos dos Mínimos Quadrados Resolvendo o sistema de equações anteriores, temos que: M xy = N i=1 x i.y i 1 N N i=1 x i N i=1 y i m = M xy M xx M xx = N i=1 x 2 i 1 N N i=1 x i 2 b = 1 N N y i m N x i i=1 i=1 24 24

Métodos dos Mínimos Quadrados O desvio padrão e os erros associados ao coeficiente angular (m) e linear (b) são respectivamente: = 1 N 2 N i=1 (y i b mx i ) m = 2 M xx b = 2 NM xx N i=1 x 2 i 25 25

Usando os MMQ 26 26

Lei de Snell 1.sen 1 = 2.sen 2 θ1 em graus: 10,0 20,0 30,0 θ2 em graus: 7,0 14,0 20,5 40,0 26,0 sen 1 = 2 1.sen 2 50,0 31,5 60,0 36,0 70,0 40,5 y = m.x + b y = sen 1 x = sen 2 m = 2 1 b =0 27 27

Métodos dos Mínimos Quadrados N y x xx yy x.y Mxx Mxy m b σ^2 εm εb 0,174 0,122 0,015 0,030 0,021 0,013 0,019 1,40 4,00E-04 1,46E-06 0,342 0,242 0,059 0,117 0,083 0,052 0,074 1,41 1,95E-04 3,47E-07 0,500 0,350 0,123 0,250 0,175 0,109 0,156 1,42 2,54E-04 5,90E-07 0,643 0,438 0,192 0,413 0,282 0,171 0,251 1,47-3,91E-05 1,39E-08 0,766 0,522 0,273 0,587 0,400 0,243 0,356 1,46 1,46E-04 1,94E-07 0,866 0,588 0,345 0,750 0,509 0,307 0,452 1,48-1,89E-04 3,27E-07 0,940 0,649 0,422 0,883 0,610 0,375 0,542 1,45 2,34E-04 5,00E-07 N y x x.x y.y x.y Mxx Mxy m b σ^2 εm εb 9,0 4,231 2,911 1,429 3,030 2,080 0,487 0,712 1,46-2,00E-03 3,66E-05 5,06E-03 4,89E-02 m = 2 1 =1, 46 ± 0, 01 y =1, 46.x 28 28

Métodos dos Mínimos Quadrados 29 29

Referencias Apostila do laboratório na xerox do terceiro andar. 30 30

Fim 31 31

Prática 1 Transformadores 32 32

Lei de Faraday Michael Faraday (1791-1867) Lei de Faraday expressa à geração de um campo elétrico induzido numa região em que há um campo magnético variável Turbina da usina de Itaipú s E.ds = d B dt 33 Lei de Lenz 33

Introdução A corrente alternada que atravessa um dos enrolamentos, origina um fluxo magnético alternado sobre o núcleo. Parte deste fluxo induz uma força eletromotriz (fem). 34 34

Modelo Ideal P p = I p V p = P s = I s V s onde: Vp=V1 = voltagem no primário Vs=V2 = voltagem no secundário Pp= Potência no primário Vs= Potência no secundário 35 35

Modelo Ideal E esp = d B dt = V p N s = V s N p Ns = n de espiras do secundário Np = n de espiras no primário 36 V p V s = N s N p 36

Transformador Real Potencial fornecida pelo transformador é menor que a consumida, devido a perdas inevitaveis. Efeito Joule; Correntes de Foucault no núcleo; Histerese 37 37

Correntes de Foucault Quando um bloco metálico sobre a influência de um campo magnético surgem por indução correntes conhecidas como correntes de Foucalt ou correntes parasitas. A energia perdida (por efeito Joule) num bloco metálico maciço decorrente destas correntes é proporcional a espessura do material. Por este motivo, os blocos dos transformadores são laminados. 38 38

Correntes de Foucault Quando temos núcleos laminados dos transformadores (b), os elétrons das correntes de Foucalt não conseguem atravessar o espaço entre os laminas e as cargas se acumulam nas bordas das laminas (similar ao Efeito Hall). 39 39

Perdas por Histerese Quando um material é submetido a um campo magnético externo alternado, seus domínios, estarão em contínuo movimento, buscando alinhar-se com o campo magnético. O atrito entre os domínios causa aquecimento do material causando perdas por histerese. 40 40

Objetivo Verificar a razão entre a tensão de entrada (Vp) e a tensão de saída (Vs) de um transformador Comparar com o modelo de um transformador ideal. V s = N s N p V p y = m.x + b 41 41

Setup Experimental 42 42

Setup Experimental Solenóides 43 43

Procedimentos Monte a prática como mostrado anteriormente; Efetue as medidas para a configuração do transformador elevador (Np<Ns) de tensão; Meça as tensão de entrada e saída para 10 valores diferentes; Faça um gráfico de Vs x Vp em papel milimetrado; Obtenha a relação entre o número de espiras (Np/Ns) usando o MMQ; Compare o valor esperado com o verificado utilizando o método; Interprete os resultados e as possíveis causas de problemas encontrados; Repita todo o procedimento anterior para a configuração do transf. abaixador de tensão (Np>Ns). 44 44

Resultados N y x xx yy x.y MXX MXY m b σ^2 εb εb 3,90 6,70 44,9 15,2 26,1 39,9 23,2 0,58-4,9E-17 2,82E-32 5,90 10,20 104,0 34,8 60,2 92,5 53,5 0,58 0,0E+00 0,00E+00 7,90 13,80 190,4 62,4 109,0 169,3 96,9 0,57 0,0E+00 0,00E+00 10,00 17,40 302,8 100,0 174,0 269,1 154,7 0,57 0,0E+00 0,00E+00 12,00 20,90 436,8 144,0 250,8 388,3 222,9 0,57 0,0E+00 0,00E+00 14,00 24,50 600,3 196,0 343,0 533,6 304,9 0,57-2,0E-16 4,51E-31 16,00 27,90 778,4 256,0 446,4 691,9 396,8 0,57 2,0E-16 4,51E-31 18,00 31,30 979,7 324,0 563,4 870,8 500,8 0,58 3,9E-16 1,80E-30 20,10 34,90 1.218,0 404,0 701,5 1.082,7 623,5 0,58 3,9E-16 1,80E-30 N y X X.X Y.Y X.Y MXX MXY m b σ^2 εb εb 9,0 107,80 187,60 4.655,3 1.536,4 2.674,4 744,9 427,4 0,57 1,8E-02 2,94E-03 7,94E-04 4,91E-02 Np= 500 Ns= 250 Ns/Np =0,5 Transformador Abaixador V s = N s N p V p V s =0, 57.V p +0, 01 45 45

Conclusões 46 46

Próxima Aula Prática 2: Intensidade Luminosa. 47 47