(Lopes Neto, 2005) Manual adaptado por Prof. Ms. Maria Lucia Dondon



Documentos relacionados
EXCLUIR HUMILHAR ASSEDIAR O QUE É BULLYING? FAZER SOFRER AGREDIR DISCRIMINAR AMEDRONTAR INTIMIDAR BATER ZOAR PROVOCAR ISOLAR APELIDAR IGNORAR SACANEAR

Do P.L. nº 10/11 - Autógrafo nº 29/11 Proc. nº 173/11-CMV

BULLYING NA ESCOLA: UM OLHAR DA PSICOLOGIA 1. Jaqueline Tatiane Welke Hasper 2.

AUTOR(ES): REGIANE DE MORAIS SANTOS DE ASSIS, EDNADJA CARVALHO DO NASCIMENTO GALDINO

O que a lei define como bullying

CAMARA MUNICIPAL DE VALINHOS

Bullying. Iniciativa:

Bullying e Cyberbullying

Bullying: Brasil cria lei para lidar com a violência na escola

O que a lei define como bullying

Nos dias atuais questões referentes à violência escolar, comportamento

Conceito e definição

Of. nº 02/2016. Guaporé, 07 de março de 2016.

CYBERBULLYING. 12 de Janeiro de 2016

Cyberbullying: a violência virtual

Bullying. ... fique de olho! Você pode ser a próxima vítima!

PROJETO DE COMBATE AO BULLYING DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO. Introdução

O Bullyingno contexto das escolas brasileiras. Professora Cíntia

BULLYING NA ESCOLA: OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA. Camila Righi Medeiros Camillo. Suzete Benites. UNIFRA - Centro Universitário Franciscano

BULLYING VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Disciplina: Práticas de Letramento e Educação CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

O BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

O que é o Cyberbullying?

Resolução de Questões do ENEM (Manhã)

Os desafios de combater o Bullyng na escola. Prof. Diego Moreira PUCSP

Seminário IRC Tema: Cyberbulliyng

O "BULLYING" Sandra Diogo, Carlos Vila Estudantes do curso de Psicologia do Instituto Superior Miguel Torga (Portugal)

BULLYING: DOMÍNIO PELO MEDO

PROC. Nº 1439/09 PLL Nº 050/09 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Capacitação para Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual Infantil. Por Viviane Vaz

Uma aplicação da análise de correspondência múltipla na identificação de ocorrências de Bullying

VIOLÊNCIA ESCOLAR AO OLHAR DA ENFERMAGEM 1

Em vigor a partir de fevereiro/2016

Bullying. Psiquilíbrios

GÊNERO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA AS MULHERES

Escrito por Cláudia Ter, 31 de Agosto de :06 - Última atualização Seg, 04 de Outubro de :18

Indisciplina e Estratégias de Gestão de Conflitos. 4ª Sessão Isabel Castro Lopes

BULLYING E CYBRBULLYING: UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA NAS ESCOLAS. Eixo Temático: Temas Transversais

Cuidado! Proteja Seus Filhos dos Bullies

BULLY L IN I G G N A E SCOLA O O Q U Q E É?

INTERVENÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL CICLO I NO COTIDIANO ESCOLAR DOS ALUNOS DIANTE DO BULLYING

TITLE Bullying preconceito e inclusão. ÁREA DE ENFOQUE: Paz e Prevenção e Resolução de Conflitos! Projeto da Coordenadoria Distrital

CYBERBULLYING NO DIREITO DA INTIMIDADE E DA PRIVACIDADE

Prevenção e Enfrentamento ao Abuso Sexual para Adolescentes. Elaborado por Viviane Vaz

CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

CARTILHA DE PREVENÇÃO AO ASSÉDIO SEXUAL E MORAL NO ESPORTE

Lei de combate ao bullying precisa vir acompanhada de educação digital Gabriel Brito, da Redação

Como os diversos segmentos sociais podem contribuir para o rompimento da dinâmica Bullying? Ministério Público contra o Bullying

PRÁTICAS POSITIVAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING. JULIANA SCHWEIDZON MACHADO PSICÓLOGA KIDPOWER INTERNATIONAL Parte III

Questionando o sentido de algumas ações: bullying, vício em tecnologias e outras questões

BULLYING NÃO É BRINCADEIRA JARDIM, G. 1; SALLES, C. 2; COUTINHO, M. 3; WEINHEIMER, G. 4

Escola Profissional Fialho de Almeida - Vidigueira

BULLYING ESCOLAR: O OUTRO LADO DA ESCOLA

BULLYING ESCOLAR: INVESTIGANDO A PRÁTICA EM UMA ESCOLA ATENDIDA PELO PIBID NA REDE PÚBLICA DE JOÃO PESSOA

Relatório de autoavaliação. Equipa de Coordenação da Ação Disciplinar

ESTADO DE SANTA CATARINA CÂMARA MUNICIPAL DE BALNEÁRIO PIÇARRAS CNPJ: /

PROJETO APE E PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA

BULLYING NO ENSINO SUPERIOR

O PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DO BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Agrupamento de Escolas de Mértola Ano Letivo

NÚCLEO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO NAP

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO PARA MANTER A ESTABILIDADE EMOCIONAL. Silvana Lopes Ribeiro Futura Diretora Executiva Mary Kay

PROJETO DE COMBATE AO BULLYING DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO. Introdução

VIOLÊNCIA ESCOLAR: Bullying mais uma expressão de violência no contexto escolar

Agosto / 2018 D IRE ITO S AU TO RAIS: M A 8 M ANAG E M E NT CO NSU L TING G RO U P 1

O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família. Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica

O que é e como combater

COMO AJUDAR ALGUÉM COM RISCO DE SUICÍDIO


(27) /dayaneteixeiracoaching

Circular CBCa 043/2018 Curitiba, 21 de maio de Assunto: COB Cartilha de prevenção ao assédio sexual e moral no esporte

A PRODUÇÃO DO BULLYING NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA 1

Atualmente essa nova geração do século XI vem se tornando cada vez mais moderno e avançado, a cada dia que se passa tem várias informações por todos

BULLYING: CONSTRUINDO CRIANÇAS E JOVENS DE FORMA AGRESSIVA

BULLYING: UMA PROBLEMÁTICA ENTRE OS JOVENS DO ENSINO MÉDIO NO SERTÃO DO PAJEÚ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DO SERTÃO CENTRAL UECE/FECLESC

O que é uma vítima de crime Foi vítima de crime? Quais as principais consequências desse facto, bem como quais as suas reações a esta ocorrência?

A criança é convencida que está doente, Sente-se culpada pelo trabalho constante que dá ao agressor e por tudo de mal que lhe é atribuído como causa,

MCC - GER SUL III PALESTRA VII

EDUCANDO PARA A DIVERSIDADE

Violência Moral e Psicológica no Trabalho: uma violência organizacional

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE

A Administração de Conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação.

Nosso objetivo: Exposição de casos clínicos, compartilhar conhecimentos e ampliar as possibilidades de atendimentos no seu dia a dia profissional.

Agrupamento de Escolas da Sé

BULLYING: UM COTIDIANO DE TERROR

Autor: Deputado Romualdo Junior 1º Vice-Presidente

Violência na Escola: O bullying e a prática educativa

PREVENÇÃO DE RECAÍDA APOIO FRATERNO CAPACITAÇÃO AVANÇADA

CYBERBULLYING,DESEMPENHO ACADÉMICO E COMPORTAMENTOS AUTODESTRUTIVOS

Ansiedade de Separação: O que é isso???


ASSERTIVIDADE E COMPORTAMENTO ASSERTIVO

o presente e o futuro da pediatria no Brasil

SPEC - Sistema de Proteção Escolar. ROE Registro de Ocorrência Escolar

Como a falta de informações prejudica o combate ao bullying

Mesa Diretora Biênio 2017/2018

Mal-me-quer, Bem-me-quer!

O BULLYNG NO ESPAÇO ESCOLAR

Transcrição:

BULLYING O Bullying pode ser entendido como um balizador para um nível de tolerância da sociedade com relação à violência. Portanto, enquanto a sociedade não estiver preparada para lidar com Bullying, serão mínimas as chances de reduzir as outras formas de comportamentos agressivos e destrutivos (Lopes Neto, 2005) Manual adaptado por Prof. Ms. Maria Lucia Dondon www.luciadondon.com.br

O que é BULLYING? Caracteriza-se por atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudante contra outro(s), causando dor e angústia sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. Essa assimetria de poder associada ao Bullying pode ser conseqüentemente da diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional, ou do maior apoio dos demais. CYBERBULLYING É uma variante do Bullying que tem dado mais trabalho para as escolas, pais e estudantes - é o virtual, também chamado de cyberbullying. Os alunos criam comunidades no Orkut, Twitter, MSN, entram de forma anônima ou não, e falam mau dos outros. 1 2

CLASSIFICAÇÃO O Bullying direto: os apelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais, ou expressões e gestos que geram mal estar aos alvos. O Bullying indireto: compreende atitudes de indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos sendo mais adotados pelas meninas. QUEM PRATICA O BULLYING? Geralmente nem se preocupa em ser simpático com os colegas;gosta de ser admirado e de intimidar os outros alunos;pode vir a exercer uma influência negativa o grupo. Admite-se que os que praticam têm grandes chances de se tornarem adultos com comportamentos antisociais, podendo vir a adotar,inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas. 3 4

ALVOS DO BULLYING Em geral,não dispõe de recursos,status ou habilidade para reagir ou cessar o Bullying. Geralmente,é pouco sociável, inseguro e sem esperança de ser aceito pelo o grupo.tem poucos amigos,é passivo,retraído,infeliz e sofre com a vergonha, medo, depressão e ansiedade. Sua auto estima pode estar tão comprometida que acredita ser merecedor dos maus tratos sofridos. AUTORES DO BULLYING É tipicamente popular, tende a envolver-se em uma variedade de comportamentos anti-sociais; pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos; é impulsivo; vê sua agressividade como qualidade;tem opiniões positivas sobre si mesmo; é geralmente mais forte que seu alvo; sente prazer e satisfação em dominar,controlar e causar danos e sofrimentos a outros. 5 6

TESTEMUNHAS DO BULLYING A maioria dos alunos não se envolve diretamente em atos de Bullying e geralmente se calam por medo de ser a próxima vítima. Muitas testemunhas acabam acreditando que o uso de comportamentos agressivos contra os colegas é o melhor caminho para alcançarem a popularidade e o poder e passam a ser praticantes do Bullying. CONSEQUÊNCIAS Para quem pratica: Tem uma falsa sensação de poder. Pode prejudicar sua convivência com os colegas. Podem vir a adotar, no futuro comportamentos delinqüentes. Pode tornar-se um adulto violento, inclusive com a família. Podem envolver-se em atos criminosos. 7 8

CONSEQUÊNCIAS Para quem sofre: Sente-se humilhado. Sente-se intimidado. Seu aprendizado é prejudicado. Sofre intensamente. Não consegue buscar ajuda. Sente dor. CONSEQUÊNCIAS Para quem sofre: Isola-se dos colegas. Pode ter reações violentas. Tem medo de ir à escola. Sua auto-estima fica abalada. Pode prejudicar sua vida adulta. Pode tentar ou cometer o suicídio. Sofre em silencio. 9 10

CONSEQUÊNCIAS Para quem testemunha: Tem medo de vir a sofrer o Bulying. Sente-se intimidado, indefeso e inseguro. Sofre em silêncio. Não sabe como ajudar a quem sofre Bullying. Sente medo de ir à escola. Fica ansioso. O QUE FAZER PARA AJUDAR A VITIMA Informe seu professor sobre qualquer situação de Bullying que você tenha testemunhado. Procure fazer com que seu amigo, que sofre Bullying, se sinta mais à vontade no grupo. Se o seu amigo contou que sofreu o Bullying, tente convencê-lo a procurar ajuda de um adulto, pai ou professor. Seu aprendizado é prejudicado. Pode acreditar que seja bom praticar o Bullying. 11 12

AÇÕES DA ESCOLA CONTRA O BULLYING AÇÕES DA ESCOLA CONTRA O BULLYING Capacitar docentes e equipe pedagógica para implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema. Prevenir e combater a prática do Bullying nas escolas. Observar, analisar, identificar eventuais praticantes e vitimas do Bullying nas escolas. Discernir, de forma clara e objetiva, o que é brincadeira e o que é Bullying. Desenvolver campanhas educativas, informativas e de conscientização com a utilização de cartazes e de recurso audiovisual. Valorizar as individualidades, canalizando as diferenças para melhoria da auto-estima dos estudantes. Orientar pais e familiares sobre como proceder diante da prática do Bullying. Incluir, no Regimento Escolar, regras normativas contra o Bullying. Auxiliar vitimas e agressores. 13 14

Esse assunto deve fazer parte da vida escolar de todos os alunos, durante a maior parte do tempo possível. Assim, as diversas atividades desenvolvidas nas escolas, devem contar sempre com ações voltadas a combater o bullying. Por exemplo: Referências: www.observatoriodainfancia.com.br Lopes Neto AA. Bullying Comportamento agressivo entre os estudantes. J Pediatra ( Rio de Janeiro.2005; 81 (5 Supl): S164 S 172. Nas festas da escola Nas aulas de arte e educação física Nas reuniões de pais Em concursos de redação Nas salas de aula Nas salas de leitura e biblioteca www.luciadondon.com.br 15 16