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Relatório. Data 17 de dezembro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF

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CÓPIA. Relatório. 27 Cosit SRRF06/DISIT

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SOLUÇÕES DE CONSULTA DA RFB DE INTERESSE DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Nova sistemática de cálculo da contribuição previdenciária patronal;

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Relatório. Data 3 de julho de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

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CIRCULAR Nº 031/2008 ALTERAÇÃO DO PRAZO DE RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS FEDERAIS MP Nº 447, DE 14/11/2008

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Fundamentos. 3.1 Nesse sentido, traz os seguintes questionamentos:

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CÓPIA. Coordenação Geral de Tributação. Relatório RJ RIO DE JANEIRO SRRF07

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Data 27 de abril de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

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CÓPIA. Coordenação-Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta nº Cosit Data 25 de agosto de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF

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REONERAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ASPÉCTOS JURÍDICOS

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RETENÇÃO DE INSS SOBRE FATURAS. Formas de retorno e garantia de direito

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Desoneração da Folha de Pagamento na Construção Civil. (Leis nº /11 e /13; Decreto nº 7.828/12; INs RFB nº 971/09 e 1.

Data 23 de março de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

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2.3 Solução de Consulta SRRF08/Disit nº 127, de 27 de abril de 2009:

Retenções na Fonte. Normas e Procedimentos para retenções de tributos municipais, estaduais e federais para prestadores de serviços

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Transcrição:

Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Divergência nº 25 - Data 17 de outubro de 2013 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS CESSÃO DE MÃO DE OBRA. OBRAS DE FUNDAÇÕES (CNAE 4391-6/00). NÃO SUJEIÇÃO AO INSTITUTO DA RETENÇÃO DE 11% (ONZE POR CENTO). As atividades de engenharia civil classificadas como prestação de serviços de sondagens de solo e de fundações especiais, assim como as obras de fundações (compreendida a execução de obra de fundações diversas para edifícios e outras obras de engenharia civil, inclusive a cravação de estacas) não estão sujeitas à retenção das contribuições previdenciárias na forma do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, conforme disposição do Anexo VII, combinado com o art. 142, III, e art. 143, XVI, da IN RFB nº 971, de 2009. Dispositivos Legais: Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 31; Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, art. 219, 2º, III, e 3º; Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, arts. 142, 143, 160 e Anexo VII. Relatório Trata-se de Representação de Divergência apresentada pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, na qual informa a existência de divergência entre as Soluções de Consultas nº 159/2012, da 9ª Região Fiscal, e nº 137/2010, da 6ª Região Fiscal. 2. Segundo o autor há divergência entre as conclusões das Soluções citadas em relação à retenção de 11% (onze por cento) prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, para obras de fundações que não se enquadram na categoria de especiais. Enquanto na 9ª Região Fiscal prevalece o entendimento de que a execução de fundações para obras de engenharia civil 1

Fls. 2 (não classificadas como especiais) está sujeita à retenção previdenciária de 11% (onze por cento) prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, na 6ª Região Fiscal o entendimento é o de que as atividades de fundações diversas para edifícios não estão sujeitas à retenção previdenciária, conforme ementas transcritas abaixo: Solução de Consulta SRRF09/Disit nº 159, de 2 de agosto de 2012 RETENÇÃO. OBRAS DE FUNDAÇÕES. ENGENHARIA CIVIL. A execução de fundações para obras de engenharia civil estão sujeitas à retenção previdenciária de 11% (onze por cento) prevista no art.31 da Lei nº 8.212, de 1991, exceto quando estas fundações forem classificadas pela Engenharia Civil como especiais. Solução de Consulta SRRF06Disit nº 137, de 26 de novembro de 2010 RETENÇÃO. CESSÃO DE MÃO DE OBRA. SONDAGENS DE SOLO. FUNDAÇÕES. As atividades de engenharia civil de sondagens de solo, fundações especiais e fundações diversas para edifícios, inclusive cravação de estacas, não estão sujeitas ao instituto da retenção imposto para a prestação de serviços mediante cessão de mão de obra. Fundamentos 3. A retenção de contribuições previdenciárias pela empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra está prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, com alteração introduzida pela Lei nº 9.711, de 20 de novembro de 1998. Dispõe a lei que a retenção será efetuada no percentual de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, este valor deverá estar destacado no corpo do documento fiscal e será recolhido pela empresa contratante no nome da empresa contratada (art. 31, caput e 1º). A lei prevê expressamente alguns serviços que estão sujeitos à sistemática da retenção, enquanto os demais estão previstos no regulamento, conforme disposição legal (art. 31, 4º): Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no 5o do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos). 1º O valor retido de que trata o caput, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, será compensado pelo respectivo estabelecimento da empresa cedente da mão-de-obra, quando do recolhimento das contribuições 2

Fls. 3 destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos segurados a seu serviço. (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). 4o Enquadram-se na situação prevista no parágrafo anterior, além de outros estabelecidos em regulamento, os seguintes serviços: (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998). I - limpeza, conservação e zeladoria; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). II - vigilância e segurança; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). III - empreitada de mão-de-obra; (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). IV - contratação de trabalho temporário na forma da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974. (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). 4. O Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999, que aprova o Regulamento da Previdência Social, estabeleceu que os serviços de construção civil realizados mediante cessão de mão de obra e empreitada estão sujeitos à retenção previdenciária de 11% (onze por cento) (art. 219, 2º, III, e 3º): Art.219. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter onze por cento do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e recolher a importância retida em nome da empresa contratada, observado o disposto no 5º do art. 216. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/06/2003) 2º Enquadram-se na situação prevista no caput os seguintes serviços realizados mediante cessão de mão-de-obra: III - construção civil; 3º Os serviços relacionados nos incisos I a V também estão sujeitos à retenção de que trata o caput quando contratados mediante empreitada de mão-de-obra. 5. Por sua vez, a Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, disciplina, em seus arts. 142 e 143, a retenção na construção civil: Art. 142. Na construção civil, sujeita-se à retenção de que trata o art. 112, observado o disposto no art. 145: I - a prestação de serviços mediante contrato de empreitada parcial, conforme definição contida na alínea "b" do inciso XXVII do art. 322; II - a prestação de serviços mediante contrato de subempreitada, conforme definição contida no inciso XXVIII do art. 322; III - a prestação de serviços tais como os discriminados no Anexo VII; e IV - a reforma de pequeno valor, conforme definida no inciso V do art. 322. 3

Fls. 4 Art. 143. Não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de: XVI - fundações especiais. (grifos nossos) 5.1. No mesmo sentido, assim disciplina o art. 160 do referido ato normativo: Art. 160. Excluem-se da responsabilidade solidária, sujeitando-se à retenção prevista no art. 112 e, conforme o caso, no art. 145: I - as demais formas de contratação de empreitada de obra de construção civil nãoenquadradas no inciso I do art. 154, observado o disposto no inciso IV do 2º do art. 151; II - os serviços de construção civil tais como os discriminados no Anexo VII, observado o disposto no art. 143 e no inciso III do 2º do art. 151. 5.2. Destaque-se que, em regra, a prestação de serviços na construção civil está sujeita à retenção. Entretanto o art. 143 expressamente exclui da incidência da retenção previdenciária diversos serviços, dentre eles os de fundações especiais. Portanto, sobre esses serviços resta claro não haver retenção, inexistindo divergência entre os posicionamentos apontados nas Soluções de Consulta apresentadas. 5.3. Com relação ao art. 142, III, e o art. 160, II, da IN RFB nº 971, de 2009, que determinam que os serviços previstos no Anexo VII da IN, estão sujeitos à retenção, convém lembrar que este Anexo trata de discriminar as obras e os serviços de construção civil, em conformidade com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). 5.4. Assim, para fins de determinar se há ou não retenção deverá ser verificada se a atividade classifica-se como obra ou como serviço. Classificando-se como obra, haverá a retenção caso a contratação seja na forma de empreitada parcial ou subempreitada; classificando-se como serviço haverá a retenção. 5.5. No caso das atividades de fundações diversas para edifícios, elas estão classificadas no Anexo VII como OBRAS, na subclasse 4391-6/00 (OBRAS DE FUNDAÇÕES): ANEXO VII DISCRIMINAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 43.91-6 OBRAS DE FUNDAÇÕES 4

Fls. 5 4391-6/00 OBRAS DE FUNDAÇÕES Esta Subclasse compreende: - a execução de fundações diversas para edifícios e outras obras de engenharia civil, inclusive a cravação de estacas (OBRA); - a execução de reforço de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (OBRA); - o aluguel, com operador, de equipamentos para execução de fundações (SERVIÇO). 5.6. Além disso, o art. 143, XVI, dispõe que os serviços de fundações especiais não se sujeitam à retenção previdenciária de 11% (onze por cento) prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, o que permite concluir que não haverá retenção no caso de contratação de serviços de fundações. Conclusão 6. Conclui-se que não estão sujeitas à retenção previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, as atividades de execução de fundações diversas para edifícios e outras obras de engenharia civil, inclusive a cravação de estacas, por serem classificadas como obras, e não como serviços, nos termos do Anexo VII, combinado com o art. 142, III, e art. 143, XVI, da IN RFB nº 971, de 2009. 6.1. Propõe-se a reforma da Solução de Consulta nº 159, de 2 de agosto de 2012, da Divisão de Tributação da Superintendência Regional da Receita Federal na 9ª Região Fiscal, a fim de adequá-la às conclusões acima. 6.2. Retifique-se a Solução de Divergência nº 14, de 12 de setembro de 2012. À consideração superior. ANDRÉA BROSE ADOLFO Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil (RFB) De acordo. Encaminhe-se à Coordenadora da Copen. 5

Fls. 6 CARMEM DA SILVA ARAÚJO Auditora-Fiscal da RFB Chefe da Ditri De acordo. Encaminhe-se ao Coordenador-Geral de Tributação. MIRZA MENDES REIS Auditora-Fiscal da RFB - Coordenadora da Copen Ordem de Intimação 1. Aprovo esta Solução de Divergência. 2. Fica reformada a Solução de Consulta nº 159, de 2 de agosto de 2012, da Divisão de Tributação da Superintendência Regional da Receita Federal na 9ª Região Fiscal 3. Encaminhe-se à Disit da SRRF09 para cientificar o recorrente desta Solução de Divergência e o consulente da reforma da Solução de Consulta nº 159, de 2012. 4. Substitua-se a Solução de Divergência nº 14, de 12 de setembro de 2012, por esta Solução de Divergência na Internet. 5. Publique-se esta Solução de Divergência no Diário Oficial da União. FERNANDO MOMBELLI Auditor-Fiscal da RFB - Coordenador-Geral de Tributação 6