Análise da Proposta de Reforma Tributária Edinando Brustolin
Sistema Tributário Atual Muitos tributos, alguns incidindo sobre a mesma base; Cumulatividade; Desoneração incompleta dos investimentos; Desoneração incompleta das exportações; Guerra Fiscal; Tributação excessiva sobre a folha, resultando em informalidade
Objetivos da Reforma Tributária Simplificação do sistema, reduzindo o número de tributos e desburocratizando a legislação tributária; Eliminação da guerra fiscal; Desoneração tributária; Aperfeiçoar a política de desenvolvimento regional; Melhorar as relações federativas.
Simplificação do sistema Depois de 2 anos: Extinção do Salário-Educação, COFINS, PIS, CIDE e CSLL Criação do IVA-F Arrecadação do IVA-F = CONFIS + PIS + CIDE + Salário-Educação Aumento da arrecadação do IR para compensar a extinção da CSLL
Conflito IVA-F x ISS Art 153. Compete à União instituir impostos sobre: VIII operações com bens e prestação de serviços, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior 7º Relativamente ao imposto previsto no inciso VIII, considera-se prestação de serviço toda e qualquer operação que não circulação ou transmissão de bens. (NR) X Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: III serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar
ICMS Unificação das legislações estaduais em uma única lei complementar federal. Definição de alíquotas: Órgão Colegiado propõe ao Senado, que aprova ou rejeita; Determinados bens poderão alíquota definida em cada Estado, observados os limites nacionais
Guerra Fiscal Prazo gradativo para implantação - 8 anos Alteração do princípio de cobrança (da origem para o destino da mercadoria); Desativação dos incentivos fiscais Criação do FER (Fundo de Equalização de Receitas)
Desoneração tributária Desoneração dos investimentos: extinção do prazo para apropriação dos créditos de impostos pagos na aquisição de máquinas e equipamentos. Desoneração das exportações: Implementação de um sistema de vendas de créditos entre as empresas Desoneração da folha: Redução da contribuição patronal de 20% para 14% (1 p.p. ao ano, após aprovação da Reforma Tributária)
Política de Desenvolvimento Regional Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR); Ampliação dos recursos financeiros: 4,8% da receita do IR, IPI e IVA-F, excluídas as vinculações da seguridade social, FAT, subsídios e educação básica; Possibilidade de aplicação de até 5% do FNDR no Sul e Sudeste
Comparativo da PDR: Atual X PEC 233 Atual PEC 233 Base: IR + IPI Base: IR + IPI + IVA-F - Vinculações Regiões: N, NE e CO Regiões: N, NE, CO, S e SE Percentual: 3% Percentual: 4,8% Rateio: 50% Semi-árido 50% N, NE e CO Rateio: 95% NO, NE e CO 5% S e SE
Críticas à PDR Grande aumento do percentual de transferência; Limitação de apenas 5% para investimentos no Sul e Sudeste; Critérios para aplicação dos recursos
Relações Federativas Partilha de Receitas 1ª Etapa: Base: IR + IPI + IVA-F Percentual 38,8% 6,7% 2,5% 2,3% Recompõe CSLL e COFINS PIS CIDE Salário-Educação Seguridade Social FAT Destinação Programas de infraestrutura Educação Básica
Relações Federativas Partilha de Receitas 2ª Etapa: Base: IR + IPI + IVA-F 1ª Etapa Transferência FPE FPM FNDR FER Percentual 21,5% 23,5% 4,8% 1,8% Destinação Estados e DF Municípios N, NE, CO, S e SE Estados e DF
Observações Imposto de renda retido na fonte continua pertencendo a Estados e Municípios; Da vinculação de 2,5% para infra-estrutura (recomposição da CIDE), continua a transferência constitucional para Estados e Municípios (29%) Extinção do repasse do IPI-Exportação Criação do repasse do FER (75% aos Estados e 25% aos Municípios)
Considerações Ampliação da base de tributos que compõem o FPM, porém o repasse deve respeitar as vinculações anteriores; Inexistência de mecanismo que garanta a manutenção da receita do FPM, caso a arrecadação do IVA-F não recomponha a extinção das contribuições;
Considerações Mediante lei, o Governo Federal pode diminuir a contribuição previdenciária e aumentar o IVA-F, mas essa receita não entra na base de partilha do FPM; Partilha: a proposta da Reforma Tributária pretende manter a atual partilha da carga tributária nacional.
Variação da relação das vinculações sobre a base ampla de partilha 40,00% 34,55% 35,34% 37,83% 38,80% 30,00% 27,73% 20,00% 10,00% 0,00% 8,20% 3,28% 6,05% 6,29% 6,36% 6,69% 2,04% 1,91% 2,05% 2,24% 4,01% 2,63% 2,53% 1995 2000 2003 2005 2006 Arrecadação Seguridade/Total Arrecadação Salário-Educação/Total Arrecadação PIS/Total Arrecadação CIDE/Total
Estudo do IPEA mostra como as contribuições eram insignificantes em 1985 e hoje ultrapassam 50% da receita
Variação da relação do FPM sobre a base ampla de partilha Repasse FPM/Arrecadação Total 20,00% 15,00% 10,00% 12,43% 13,31% 11,32% 11,67% 10,06% 11,69% 5,00% 0,00% 1995 1997 1999 2002 2004 2006