2 PANORAMA ECONÔMICO E JURÍDICO: PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 2016
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- Raul Nunes Fidalgo
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1 2 PANORAMA ECONÔMICO E JURÍDICO: PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 2016
2 VISÃO ATUAL DA TRIBUTAÇÃO NO BRASIL: - Aumento exponencial da Carga Tributária, especialmente sobre o consumo e não sobre a renda (ao contrário do restante do Mundo) e aumento da insegurança jurídica; - Aumento exponencial da transferência de responsabilidades aos contribuintes (exemplo e-social) e no controle dos contribuintes (exemplo: Projeto de lei que determina que as empresas informem sobre a realização de planejamentos tributários); - Aumento exponencial nas discussões judiciais tributárias e redução da sonegação e planejamentos tributários ilícitos.
3 ENTENDIMENTO ATUAL DOMINANTE REFERENTE À PLANEJAMENTOS: Planejamento tributário deve sempre ter o intuito de otimizar os negócios da empresa. no linguajar jurídico, ele deve ter um propósito negocial e nunca visar exclusivamente a redução de impostos, porque é isso que o fisco irá questionar (Exemplo não aceito pelo Fisco operação casa-descasa ).
4 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Planejamento tributário ilícito Posição defendida pela Receita e atualmente prevalece: considera-se indicativo de falta de propósito negocial a opção pela forma mais complexa ou mais onerosa, para os envolvidos, entre duas ou mais formas para a prática de determinado ato Simulação Abuso de Forma e Direito Planejamento tributário lícito
5 MAIOR PROBLEMA TRIBUTÁRIO - INSEGURANÇA JURÍDICA a) Imprevisibilidade das decisões judiciais (decisões judiciais favoráveis a alguns e desfavoráveis a outros); b) Imprevisibilidade legislativa - Impossibilidade de conduzir/planejar (exemplo: desoneração da folha de pagamento).
6 Boa definição de Segurança Jurídica Princípio da determinabilidade de leis expresso na exigência de leis claras e Princípio da proteção da confiança, traduzido na exigência de leis essencialmente estáveis, ou, pelo menos, não lesivas da previsibilidade e calculabilidade dos cidadãos relativamente aos seus efeitos jurídicos. J. J. Gomes Canotilho
7 TRIBUTAÇÃO QUE TEM AFETADO A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Contribuições previdenciárias - Folha de Pagamento (Desoneração da Folha de Pagamento)
8 Desoneração da Folha de Pagamento a) Substituição da contribuição previdenciária 20% (patronal); b) CPRB incide sobre a receita bruta; c) Grande parte da indústria da construção foi incluída: - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos CNAE 412, 432, 433 e 439; - as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos CNAE 421, 422, 429 e 431.
9 Desoneração da Folha de Pagamento Até novembro 2015: Alíquota 2% sobre Receita Bruta A partir novembro 2015 (Lei /2015): ALÍQUOTA 4,5% SOBRE RECEITA BRUTA
10 Desoneração da Folha de Pagamento - Opção de escolha o que demandará uma avaliação de cada empresa; - Esta opção é similar àquela envolvendo lucro real/presumido, já que vinculará a empresa por todo o ano calendário; Observação: A grande maioria da indústria de construção irá deixar a sistemática de desoneração da folha pagamento
11 Desoneração da Folha de Pagamento Com relação as empresas do setor de Construção Civil, enquadradas nos grupos de CNAE 412, 432, 433 e 439, a opção dar-se-á por obra de construção civil e será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa à competência de cadastro no CEI ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada para a obra, e será irretratável até o seu encerramento.
12 Desoneração da Folha de Pagamento Principal discussão judicial: Exclusão do ISSQN pago pelas empresas da base de cálculo da CPRB (o ISSQN pago não poderia ser considerado como receita bruta) Existência de diversas liminares e sentenças favoráveis aos contribuintes
13 Tributação sobre Folha de Pagamento - Arrecadação e fiscalização pela Receita Federal; - Complexidade legislativa; - Discussões tributárias;
14 Tributação sobre Folha de Pagamento e-social versus Obrigações acessórias atuais
15 Tributação sobre Folha de Pagamento Principais discussões - Natureza dos pagamentos realizados = indenizatórios ou salariais? - Inexistência (por enquanto) de parametrização das folhas de pagamento
16 Tributação sobre Folha de Pagamento Principais oportunidades que não dependem do Poder Judiciário: Contestações administrativas e gestão FAP Correto enquadramento SAT Observância da legislação atual e de Soluções Consulta da Receita Federal
17 Contestações administrativas e gestão FAP FAP = É o único elemento da carga tributária que permite aos contribuintes a realização de gestão com vistas à redução do pagamento de tributo (diminuição da contribuição previdenciária RAT/SAT)
18 FGTS Multa 10% sobre demissões Aspectos favoráveis à discussão desta cobrança: - Argumentação jurídica é bem robusta e forte (discute-se que referida cobrança afigura-se eivada de inconstitucionalidade, já que houve o exaurimento da finalidade e, consequentemente, o desvio de destinação); - Existência de inúmeras decisões judiciais favoráveis à referida discussão judicial, especialmente nos tribunais da primeira e da terceira região, além do que o Supremo Tribunal Federal já reconheceu repercussão geral, o que significa que a matéria será analisada pela mais alta corte;
19 FGTS Multa 10% sobre demissões Aspectos favoráveis a discussão desta cobrança: - Grande possibilidade de que, ao definir-se pela inconstitucionalidade do tema, o STF realize a modulação de efeitos da decisão, o que limitará a recuperação dos valores já pagos (últimos 5 anos) àquelas empresas que, antes deste reconhecimento, tiverem ajuizado as suas ações judiciais próprias; - Repercussão financeira decorrente de uma decisão favorável ao tema, proveniente do STF, é bem inferior ao de outras discussões tributárias, o que nos permitirá a possibilidade de um julgamento técnico, não político ;
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21 LOCALIZAÇÃO E CONTATO Alameda dos Jurupis, 943, conjunto 95, Moema, São Paulo/SP freire@freirecarvalho.com.br Tel.:
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